Conhecida como Estrada Serramar, a RJ-142 Estrada Pio Francisco de Azevedo tem 61,3 quilômetros de extensão, ligando o município de Nova Friburgo ao município de Casimiro de Abreu.
No alto da serra começa a estrada, que passa por montanhas de clima europeu e rios cristalinos, chegando ao mar azul da Região dos Lagos, conectando dois extremos de beleza natural –a montanha e o mar – numa das mais belas regiões do estado do Rio de Janeiro.
O asfaltamento da estrada não seguiu o documento Carta de Lumiar redigido pelas lideranças comunitárias em 2002, o qual defendia a construção de uma Estrada-Parque.
Trechos da rodovia
1º Trecho: Muri x Lumiar
2º Trecho: Lumiar x Casimiro de Abreu
Extensão por município:
Nova Friburgo > 32,7km
Casimiro de Abreu > 28,6km
Graças a ela, a distância entre Friburgo e Rio das Ostras é encurtada para cerca de 90km. Seu traçado corta vilarejos e pontos de interesse turístico, como Stucky, São Tiago, Encontro dos Rios, Cascata, São Romão e Santa Luzia, sendo um dos principais meios de acesso ao distrito de Sana.
A estrada-parque que liga as regiões Serrana e dos Lagos é a realização de um sonho do ex-prefeito e ex-presidente do DER-RJ Heródoto Bento de Mello que levou 40 anos para se materializar. Ele próprio, com o auxílio de um trator, desbravou a estrada, então apenas uma trilha de tropeiros que levavam banana para a Baixada Litorânea, na década de 60.
No início da década de 80, no primeiro governo de Leonel Brizola, a estrada surgiu como via alternativa de acesso à BR-101 diante de um bloqueio da RJ-116 provocado pelas chuvas. Em 2006, após muita polêmica ambiental, a RJ-142 foi inaugurada com pompa pela então governadora Rosinha Garotinho.
Embora a estrada tenha sido idealizada pelo engenheiro Heródoto Bento de Mello, devido à uma resistência dos alemães para autorizar a abertura da estrada, - que sutuava-se em seus terrítórios - a construção só foi autorizada na década de 60, quando o engenheiro civíl alemão Dr. Giovanni Muller conseguiu a autorização para construção da rodovia.
Seu projeto original era a sequência da BR 120, uma ligação entre o litoral fluminense e a zona da mata mineira. A rodovia possuiria dimensões similares a BR 116.
Por diversos embargos ambientais e falta de politica publica para desenvolvimento das regiões - já que naquela época Rio das Ostras era apenas um pequeno povoado e a especulação imobiliaria era menor - o projeto foi engavetado até ao que se seguiu, o inicio de sua obra perdurando por mais de 50 anos, sendo concluida com diversas alterações, dimensões de pequena rodovia que não comporta um desenvolvimento adequado apenas contribuiu para esvaziamento populacional de Nova Friburgo em direção a Rio das Ostras e Macaé.
O primeiro trecho da estrada liga os distritos de Muri e Lumiar, ambos pertencentes a Nova Friburgo. Serve ainda de acesso ao distrito de São Pedro da Serra e a localidade de Vargem Alta, ambas localizadas entre as Serras de Macaé e Macaé de Cima.
O Rio Macaé é o principal rio que percorre as regiões atendidas pela RJ-142. Nasce na Serra de Santana, na divisa entre Cachoeiras de Macacu e Nova Friburgo, percorrendo os bairros dos distritos de Muri e Lumiar entre as serras do Rio Bonito e Macaé de Cima. Alcançando o município de Casimiri de Abreu, começa seu percurso de descida, margeando esse município até adentrar o território macaense, onde desagua no Oceano Atlântico no Centro de Macaé.
A rodovia possui grande importância de integração regional. Em 2002, as lideranças comunitárias da região criaram um projeto de criação de uma estrada-parque. Esse projeto foi enviado às autoridades por meio do documento Carta de Lumiar.
Indagando vícios quanto ao licenciamento ambiental, o Ministério Público moveu uma ação judicial pretendendo embargar as obras, sem, contudo, alcançar um resultado prático. Todavia, após obras realizadas em 2006, o trajeto entre Nova Friburgo e Rio das Ostras, diminuiu pela metade, de quase quatro horas para menos de duas horas, devendo ser trafegado com bastante atenção por causa das curvas bastante sinuosas.
Além de Lumiar, outras localidades estão situadas na rodovia, entre as quais Stucky, São Tiago, o Encontro dos Rios, Cascata, São Romão, Santa Luzia e Barra do Sana, sendo um dos principais meios de acesso para chegar até o Arraial do Sana.
Em fevereiro de 2009, durante as fortes chuvas de verão, um deslizamento de terra provoca um desastre de grandes proporções na localidade de Santa Luzia, responsável pela morte de uma criança. A Justiça determina então a interdição parcial e temporária da estrada.
Sua extensão possui inigualáveis belezas naturais, vales, morros, rios, pastagens, quedas d’água. Mas também muitas e perigosas armadilhas, que fazem da estrada uma verdadeira roleta-russa.
O verde das montanhas, que aos poucos vai tonalizando para o azul da Baixada Litorânea, divide atenções com:
1º Trecho: Muri x Lumiar
A rodovia, no trecho conhecido como Estrada Mury-Lumiar, tem início na intersecção com a RJ-116 Rodovia Presidente João Goulart no distrito friburguense de Muri.
Mury é o 8ª distrito do município de Nova Friburgo, sendo a principal porta de entrada para a cidade e ponto de passagem obrigatório para quem se destina a Lumiar e São Pedro da Serra, outros distritos turísticos do município, com suas cachoeiras e locais para esportes naturais, montanhismo, canoagem etc.
Localizado a cerca de oito quilômetros da sede do município e a cerca de mil metros de altitude, preserva, na arquitetura, traços significativos da colonização suíça e alemã observados no estilo das casas em madeira e em alguns empreendimentos como o Mury Shopping, que recria o visual e ambiente de uma pequena vila suíço-alemã.
O primeiro bairro atendido pela rodovia é o Parque dos Alpes, localizado próximo ao km 2. Há um quilômetro dali, está a Vila Rica, bairro de acesso ao Alto dos Cinquenta e às Fazendas São José e Dois Riachos, localizados entre os vales da Serra de Macaé de Cima.
Acessa-se o Vale do Cedro e o Vale do Stuck no km 4 da rodovia. Tais vilarejos estão localizados entre os rios do Capitão e São Domingos, afluentes d Rio Grande e com destino de suas águas no Rio Paraíba do Sul, no distrito de Cambiasca em São Fidélis.
No km 6 encontra-se o bairro do Estoquim. Alí acessa-se a RJ-144 Estrada de Stucky, rodovia que liga a RJ-158 em Carmo à RJ-142 em Nova Friburgo, atendendo aos municípios de Duas Barras e Bom Jardim.
A RJ-144 possui vários trechos precários em todos os municípios, possuindo vários quilômetros em leito natural entre Carmo e Duas Barras, no distrito bibarrense de Monnerat e entre Bom Jardim e Nova Friburgo.
Em Nova Friburgo, a RJ-144 denominada Estrada de Stucky é a principal via de acesso aos bairros do Estoquim, Colonial 61 e Ribeirão do Capitão, bairro bimunicipal localizado às margens do rio que a batiza.
Tal divisão deu-se em 1982, através da Lei Estadual de nº 37, que criava o município de Bom Jardim. A divisão já havia ocorrido no ano anterior, quando houve a primeira emancipação de Bom Jardim, com sede no distrito de São José do Ribeirão.
Pelo Decreto Estadual n.º 1, de 08 de maio de 1892 a Vila de São José do Ribeirão foi extinta, sendo seu território anexado ao município de Nova Friburgo. Meses depois, Bom jardim é desmembrado novamente de Nova Friburgo, através da Lei Estadual de nº 37, publicada no dia 17 de dezembro de 1992.
No km 7, acessa-se o pequeno vilarejo no Vale do Córrego Estoquim, através de uma via de leito natural, chega-se também ao Stuck.
Após 8 quilômetros do ponto inicial, a rodovia alcança os limites do distrito de Lumiar ateavés de um percurso em meio a mata e vales formados pelos afluentes do Rio Macaé na Serra de Macaé de Cima. Apenas há 15 quilômetros a frente se chega à sede de Lumiar.
O acesso à Vargem Alta está localizado próximo ao quilômetro 10, na região de vale onde nascem os córregos Santiago e da Cachoeira, assim como o Ribeirão São Domingos. A Estrada das Flores atende ainda a localidade da Cachoeira e penetrando 5 qulômetros do muniucípio de Bom Jardim, retorna ao território friburguense onde alcança a sede do distrito de São Pedro da Serra, ao qual Vargem Alta pertence.
Por mais 4,6km a estrada vicinal retorna à RJ-142 na sede do distrito de Lumiar. Os dez quilômetros já percorridos,possuem mutos aclives e grandes curvas.
A partir do acesso à Vargem Alta, a rodovia segue em paralelo ao Córrego Santiago. Entre os quilômetros 11 e 13 há diversos acessos ao Núcleo Colonial e ao Palmital, ambos localizados entre as rochas da Serra Macaé de Cima.
No quilômetro 14, está o acesso à Estrada de Macaé de Cima. Uma estrada vicinal de 26 quilômetros que acompanha o leito do Rio Macaé da Estrada Serramar até a Pedra do Verdun, onde nasce a Bacia do Rio Macaé próximo aos limites com os municípios de Silva Jardim e Cachoeiras de Macacu.
O Macaé recebe vários afluentes entre os quais o Rio das Flores, o Boa Esperança e o Bonito indo desaguar no oceano Atlântico. Para o seu vale afluíram desde 1821 vários colonos em busca de terras mais quentes e favoráveis ao cultivo do café.
De fato em sua margem constituíram-se fazendas de café. A região serrana era ainda uma área de difícil acesso ao litoral, em virtude do estado das estradas e pelo desafio do relevo, uma vez que se tinha que atravessar a Serra para atingir o Rio de Janeiro.
Toda esta dificuldade preservara os elementos naturais que nas primeiras décadas do século XIX ofereciam ainda o espetáculo da primitiva Mata Atlântica. O clima da área montanhosa de Nova Friburgo desempenhou um papel importante tanto no desenvolvimento da vegetação florestal como nas características sócio-econômicas assumidas pelo povoamento.
Por atingir baixas temperaturas e pelo elevado índice pluviométrico não favorecia o cultivo do café, o que juntamente com a presença do padrão familiar de produção tornou-se um fator em várias fases históricas de estímulo à produção vinculada ao abastecimento interno e à subsistência.
A Estrada de Macaé de cima dá acesso à diversos bairros dos distritos de Mury e Lumiar, entre eles o Mirandela, Rio das Flores, Rio Bonito de Cima, Sertão do Rio Bonito e Sansão.
No quilômetro 15 da RJ-142 está o acesso ao vale do Córrego do Palmital. No local, o Córrego Palmital desagua no Córrego Santiago. O caminho dá acesso ao Pico da Sibéria, o ponto mais elevado do distrito de São Pedro da Serra, com 1557 metros de altitude.
Do lado contrário, inicia-se a Estrada Rio
Bonito, principal via de acesso aos bairros do Galdinópolis, Fazenda da Vargem e Rio Bonito de Cima.
No 17º quilômetro, a rodovia atravessa a ponte sobre o Córrego Santiago, elemento que nomeia o bairro localizado ao lado direito da via a partir desse ponto. No Santiago, uma estrada vicinal dá acesso ao Rio Bonito de Baixo e à Toca da Onça.
Já se aproximando à sede do distrito de Lumiar, o Rio Macaé tem seu leito bem próximo à Estrada Serramar. No quilômetro 23 inicia-se o Perímetro Urbano do distrito.
Antes do acesso ao Centro de Lumiar, há o acesso à Estrada Ribeirão das Voltas, que dá acesso ao bairro do Ribeirão e à Grota Funda. Nesse mesmo ponto, o Rio Boa Esperança desagua no Rio Macaé.
A RJ-142 margeia o Boa Esperança, contornando então a região central de Lumiar, onde a Estrada Serramar recebe os nomes de Rua Pedro Brust (sentido Casimiro de Abreu), Rua Júlio Ambrósio Pimenta (sentido Mury) e Rua Sete de Setembro (ambos os sentidos).
No Centro do distrito, a rodovia se separa em duas vias, uma em cada sentido. Ambas se reencontram a partir da Praça de Lumiar. Em seguida, atravessa a ponte sobre o Rio Boa Esperança.
Lumiar, 5º distrito de Nova Friburgo, situa-se em área de Mata Atlântica na Reserva Florestal de Macaé de Cima, onde nasce o Rio Macaé, que gerou nome ao município de Macaé.
O distrito foi criado por uma Deliberação no dia 18 de outubro de 1889. Uma nova Deliberação em 1890, alterou o nome do distrito de Lumiar para São Pedro. Pela Lei Estadual n.º 1.242, de 22 de fevereiro de 1915, o distrito de São Pedro volta a denominar-se Lumiar.
Pela Lei Estadual n.º 1.363, de 12 de outubro de 1988, é criado o distrito de São Pedro da Serra, com área formada com parte dos distritos de Amparo e Lumiar.
Lumiar possui Área florestal contínua de 7 mil hectares da Serra do Mar, a 100 km da cidade do Rio de Janeiro, tem altitude entre 880 a 1.720 m. Grande parte desta reserva florestal se localiza na bacia hidrográfica do rio Macaé e seu afluente rio das Flores, cujos vales apresentam uma altitude média de 1.100 m. Este rio propicia o surgimento de grande parte das cachoeiras da região através dos vários declives nele localizados.
Assim, a tranquilidade das vilas da região de colonização suíça, o clima agradável, as matas e as cachoeiras são os maiores atrativos deste lugarejo. A reserva de Macaé de Cima conserva intocada beleza selvagem de mata atlântica.
Entre rios, árvores gigantescas, palmeiras, cipós e delicados arbustos, florescem orquídeas e bromélias, e é onde se escontra uma variada Fauna, de macacos, tamanduás, cotias e esquilos. A Reserva tem cerca de 4.699 espécies animais e vegetais, sendo 19 exclusivas da própria reserva.
O clima regional é do tipo superúmido, e a temperatura média anual é de 17,9°C, sendo janeiro, fevereiro e março os meses mais quentes, e junho, julho e agosto os meses mais frios.
A região surgiu da ocupação pelos imigrantes das margens do rio Macaé e seus afluentes. Lumiar era uma fazenda do nobre francês Felipe de Roure, que deu este nome por causa da vila em que nasceu sua esposa Michaella d'Abreu, em Portugal.
Lumiar e São Pedro da Serra são duas vilas que se completam oferecendo ao visitante inúmeras opções de lazer. De beleza natural impressionante, com ambiente florestal intocado, são dotadas de inúmeras belezas naturais, como as corredeiras do Rio Macaé, o Encontro dos Rios, a Pedra Riscada e extensas regiões de Mata Atlântica preservada.
Lumiar é vizinha ao Distrito de São Pedro da Serra, e também a outros povoados e localidades, tais como Boa Esperança, Toca da Onça, Galdinópolis, Rio Bonito, Cascata, São Romão e Santa Luzia que fazem parte do seu circuito eco-turístico, além da belíssima Área de Proteção Ambiental de Macaé de Cima.
Após a pavimentação da rodovia RJ-142, no final de 2006, Lumiar tornou-se um dos principais pontos de passagem entre Nova Friburgo e a Região dos Lagos. A estrada Serramar ou RJ-142, permite chegar rapidamente à região Litorânea, reduzindo em 108 km o percurso por Niterói, Manilha e Cachoeiras de Macacu.
Esse percurso ecológico começa em Teresópolis, passa por Nova Friburgo, Mury, Lumiar, São Pedro da Serra e segue até Casimiro de Abreu, Rio das Ostras, Macaé, Barra de São João, Búzios, Arraial do Cabo e Cabo Frio.
O trecho entre Mury e Lumiar foi pavimentado, em 1982, e reformado, em 2002. Partes do trecho Mury-Lumiar desabaram, em fevereiro de 2005, devido às fortes chuvas de verão. As comunidades da Sub-Bacia do Alto Rio Macaé ficaram isoladas por cerca de um ano, o que provocou uma crise muito forte nas atividades ligadas ao turismo e muita dificuldade no escoamento da produção agrícola.
Nesse período, muitas pessoas saíram das comunidades em direção aos centros urbanos próximos. O trecho entre Lumiar e Casimiro de Abreu foi pavimentado, em 2006. A pavimentação do trecho Lumiar-Casimiro de Abreu, ligando o território do Alto Rio Macaé com a Região dos Lagos e a BR101, reorganizou a dinâmica dos fluxos nestas comunidades. O desabamento de partes do trecho Mury-Lumiar somado a pavimentação do trecho até Casimiro levaram a uma mudança gradual no perfil dos turistas e dos novos moradores.
Desencadeou-se um grande fluxo de pessoas vindas da Região dos Lagos e do noroeste fluminense. Uma parte dos novos moradores veio da baixada litorânea em busca de alugueis mais baratos e acabaram formando um contingente de mão de obra barata. Além disso, a pavimentação da estrada provocou uma onda de expansão urbana ao longo de seu trajeto, impactando principalmente o 5º Distrito – Lumiar.
2º Trecho: Lumiar x Casimiro de Abreu
No Centro do distrito de Lumiar, a rodovia atravessa uma ponte estreita sobre o Rio Boa Esperança. Nesse trecho, a RJ-142 volta a acompanhar o Rio Macaé. Dessa vez, atravessando a Serra do Rio Bonito, onde está o maior número de curvas perigosas e a beira de encostas.
Após 3,5km da zona urbana de Lumiar, está o acesso à Estrada Ribeirão das Voltas. Estrada que dá acesso ao bairro do Ribeirão, localizado no interior da Serra do Rio Bonito.
A região possui poucos vilarejos, entre eles os povoados da Cascata e Encontro dos Rios. Trata-se de um local de destino para os praticantes de trekking, rafting, montanhismo, rapel e praticantes do ecoturismo.
Localizado a 9km de Lumiar e a 40km da sede do município de Nova Friburgo, está o bairro de Santa Luzia. O bairro fica na divisa com o município de Casimiro de Abreu às margens do Rio Macaé.
Após Lumiar ter se tornado um lugar conhecido com o movimento hippie dos anos 70 e 80, a região experimentou uma relativa expansão imobiliária em que pessoas provenientes dos grandes centros urbanos passaram a fixar residência em sítios e loteamentos que foram surgindo ao longo da rodovia que fora projetada pelo ex-prefeito de Nova Friburgo, o engenheiro Heródoto Bento de Mello.
Privilegiado pelas belezas naturais do rio Macaé, o lugar sempre foi alvo da cobiça de projetos econômicos que tinham como objetivo a implantação de centrais hidrelétricas na região, o que sempre encontrou a resistência dos moradores locais.
Sendo assim, em 2001, vários protestos foram realizados contra uma tentativa do Grupo Monteiro Aranha de viabilizar a construção de uma barragem ali. É criado o Movimento de Defesa do Rio Macaé sob a liderança de Elmo Amador e outros ecologistas de Nova Friburgo.
No final de 2006, a governadora Rosinha Garotinho inaugura o asfaltamento da Serramar, concluindo, assim, a pavimentação de toda a RJ-142. Porém, a obra é contestada pelo Ministério Público que entra com uma ação judicial alegando vícios quanto ao licenciamento ambiental.
O transporte municipal por ônibus em Nova Friburgo é realizado pela empresa Nova FAOL. As linhas que trafegam pela RJ-142 e região são:
46 Centro x Vargem Alta
46 Centro x Stucky
46-A Centro x Vargem Alta (via Estr. das Flores)
47 Centro x São Pedro da Serra
47-A Centro x Bocaina dos Blaudts
48-B Centro x São Pedro da Serra (via Benfica)
48 Centro x Benfica (via Lumiar)
48-A Centro x Boa Esperança (via Lumiar)
48-B Centro x Santa Luzia (via Lumiar/ Folly)
49 Centro x Rio Bonito
49-A Centro x Macaé de Cima (via Folly)
FAOL - Friburgo Auto Ônibus Ltda
Sendo iniciado sua atuação em outubro de 1950, ao som do ronco dos motores de seus sete primeiros ônibus, a FAOL vem construindo uma história de bastante êxito no contexto do já tradicional empreendedorismo friburguense.
Seus fundadores, além dos sócios Manoel Ilariano e Manoel Lúcio, foram João Batista (manutenção e caixa), Johann Mayer (contabilidade) e Salvador Canto (tráfego), que tiveram como conquista inicial a compra do primeiro terreno de dois mil metros quadrados, em Olaria, logo após dois anos do início de seu funcionamento.
A mudança para a sede própria, em Olaria, no ano de 1954, então com 14 ônibus e 30 funcionários, era a realização do primeiro de uma série de sonhos, o verdadeiro e principal combustível de sua trajetória vitoriosa.
Décadas após décadas de sucessos, consolidaram uma história de desafios, ousadia e investimentos, com muita tecnologia e constante treinamento de pessoal.
Além da informatização, permitindo ainda melhor desempenho e maior controle de seus diversos setores, os anos 1990 - a década da modernidade - trouxeram mais uma conquista: em 1995, a nova e moderna sede de Conselheiro Paulino, num terreno de 13.333 metros quadrados, dos quais 5.731 metros quadrados de área construída.
Além de chegar ao novo século, exatamente após ter vencido metade do século anterior, transformando dificuldades em desafios, a FAOL se consolidou como uma das maiores empresas de transporte de passageiros do Estado - um verdadeiro patrimônio friburguense.
A Friburgo Auto Ônibus Ltda (Faol) foi vendida para a carioca Real Auto Ônibus. Aexpectativa da população foi de que a nova concessionária renovasse parte dos 177 coletivos que atendiam na época cerca de 100 linhas urbanas de Nova Friburgo.
Atualmente são 89 linhas. Até então, a FAOL sempre foi administrada por um grupo de empresários de Nova Friburgo durante mais de seis décadas.
A nova identidade visual, com uma marca moderna e comprometida com os novos tempos, também coincide com um programa regular de renovação da frota para maior conforto e comodidade de seus passageiros.
Com atuação no Rio e em São Paulo, o Grupo Real assumiu o controle da Faol em junho de 2012. Logo depois, começou a ter prejuízos com a empresa que se intensificaram com a gratuidade para idosos a partir dos 60 anos, ofertada na cidade, além dos elevados custos de manutenção da frota em Friburgo. No início de 2017, o governo implantou a integração plena e deu um reajuste na tarifa de 6,7%, abaixo do que a Faol pediu.
Ainda em 2017, a Friburgo Auto Ônibus Ltda (Faol) negociou o controle acionário da concessionária com um novo grupo empresarial do Rio de Janeiro.
A FAOL foi então vendida para um consórcio formado pelas empresas de ônibus Coesa, Pavunense e Expresso Recreio, que operam na Região Metropolitana do Rio.
A Faol começou a ser gerida extra-oficialmente pelos novos donos extraoficialmente no dia 15 de maio de 2017. Os trâmites da negociação dependiam da autorização do governo municipal. A lei federal 8.987/1995, que regula as concessões de serviços públicos, proíbe mudanças na composição da concessionária sem autorização pública, com risco de anulação do contrato.
Conforme previsto na Lei, a Prefeitura de Nova Friburgo foi notificada e acordado entre as partes, foi aprovada a proposta.
Casimiro de Abreu → →
No quilômetro 33 da Estrada-Parque Serramar, a rodovia atravessa a ponte sobre o Rio Macaé, chegando-se então ao município de Casimiro de Abreu. Nesse ponto, termina o trecho de responsabilidade da equipe de conservação do 1º ROC (Residências de Obras e Conservação) do DER-RJ (Departamento de Estradas de Rodagem do Estado do Rio de Janeiro), localizada no município de Nova Friburgo.
Em novembro de 2015, o presidente da AUTRAC - Associação dos Usuários de Transportes Coletivos Intermunicipais e Interestaduais Rodoviários, Ferroviários, Hidroviários, Metroviários e Aéreos do Estado do Rio de Janeiro, Paulo Roberto Siqueira Baltazar, representou contra a empresa Auto Viação 1001 junto ao Ministério Público Estadual, na 2ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Nova Friburgo, e posteriormente pleiteou a realização de uma audiência pública na Câmara Municipal.
Seus questionamentos na justiça eram contra os ônibus utilizados na linha Nova Friburgo x Macaé via Rio das Ostras. Baltazar se referia ao risco iminente da integridade física dos usuários que se utilizam diariamente dos serviços da empresa de ônibus 1001, na referida linha, que opera com coletivos que ele considera inadequados.
Na ação, questionava as dimensões das carrocerias dos ônibus, haja vista o sinuoso traçado da rodovia RJ-142, com suas sequências de curvas perigosas e de alto risco, tendo que se considerar ainda a inexistência de acostamento.
Para ele, “vivenciava-se uma tragédia anunciada”. Segundo Paulo Baltazar, a linha Nova Friburgo x Macaé - via Serramar deveria ser operacionalizada com micro ônibus.
O trecho inicial dentro do território casimirense está localizado sobre a encosta da Serra da Pedra Branca, caracterizada por diversas curvas sinuosas às margens do Rio Macaé.
Nesse perímetro estão localizados os à margem direita o acessos às vilas de Campos Elíseos, Quilombo, Recantus dos Paratis, Novo Destino, Brejão e Macharet, alcançados através da Estrada do Quilombo.
Ao lado esquerdo acessam-se as vilas da Cascata e São Romão, ambas pertencentes à Nova Friburgo.
O caminho rumo ao Quilombo possui cerca de seis quilômetros de subida bem íngreme, estrada de chão sinuosa, cheia de buracos, pedras e, em caso de chuva, atoleiros. A Estrada do Quilombo é recente, aberta para a passagem de carros, sendo conservada a trilha antiga, mais estreita.
Nas margens do caminho de acesso bem como no Quilombo a mata atlântica é abundante, de diversificada fauna e flora, sendo fartas as fontes e cachoeiras. A mais de 700 metros de altitude, a posição geográfica do Quilombo é estratégica, pois permite que a chegada de visitantes seja avistada à distância.
Por 13,7 quilômetros, o rio marca o limite territorial entre os municípios de Nova Friburgo e Casimiro de Abreu. O fim desse limite, dá-se no encontro desse com o Rio Sana, junto ao acesso à Estrada do Sana, que dá acesso aos distritos macaenses de Sana e Frade.
Tal entroncamento está localizado no quilômetro 46, na foz do Rio Sana no Rio Macaé, o que faz com que o mesmo seja chamado de Barra do Sana, bairro também pertencente à Macaé, localizado na outra margem do Rio Macaé.
O distrito de Sana está situado na Serra da Macaé, entre Nova Friburgo, Casimiro de Abreu e Trajano de Moraes. Por estar localizado em altitudes que variam entre 300m e 500m, possui temperaturas entre 18°C e 24ºC na maior parte do ano e calor bem distribuído o ano inteiro. No inverno, a temperatura varia de 10ºC à 18ºC.
Subdivisões Pode-se dizer que o distrito do Sana é dividido em três bairros:
No bairro de Cabeceira do Sana, nasce o rio Sana, que corta todo o distrito, recebendo em seu curso uma dezena de pequenos e médios afluentes como o Rio Peito de Pombo,o Rio Andorinhas, o Rio São Bento, o Córrego da Boa Sorte, o Córrego da Glória e outras nascentes.
Sana foi fundada por um suíço que lhe deu o nome de Sena, em homenagem ao Rio Sena. Devido à pronúncia dos locais, acabou se transformando no nome atual.
O distrito do Sana foi um dos que mais sofreu com o desmatamento na região da Serra Mar, com suas madeiras destinadas para a construção civil e com o desmatamento para as monoculturas e criações de gado.
O distrito do Sana contém a microbacia do Rio Sana, importante afluente do Rio Macaé. A região apresenta características montanhosas, com encostas íngremes dissecadas por grotões úmidos onde passam os córregos, sendo caracterizados por corredeiras rochosas na maior parte de suas extensões. O Arraial do Sana, como é conhecido o centro do distrito, está localizado a cerca de 300 metros de altitude, no Vale Sopé da Serra de Macaé, junto a Serra dos Três Bicos.
A região do Sana passa a impressão de ter parado nos anos 1970. O vilarejo calmo da Serra Macaense possui construções rústicas, belas pousadas, grande diversidade biológica e espécimes de Mata Atlântica. Sempre foi muito procurado devido ao número de cachoeiras, águas cristalinas e trilhas ecológicas.
Embora a região de Macaé tenha destaque atualmente pelo petróleo da bacia de Campos, historicamente a região era tomada por fazendas de café e cana de açúcar.
A região onde hoje está inserida a unidade de conservação do Sana serviu como retirada intensa de madeira para a construção civil e ferrovias, como a que liga Imbetiba e Carapebus − passando por Macaé − inaugurada em 10 de agosto de 1874. As madeiras de menor qualidade serviam para o fornecimento de energia, na forma de lenha ou carvão.
Posteriormente, os morros também foram sendo desmatados para as plantações de café que acabou sendo a principal atividade econômica da região. Como reflexo da crise econômica de 1929, as plantações foram sendo substituídas pela pecuária de corte e de leite.
Nos anos de 1930, devido à crise, uma parte dos lavradores emigrou para o Paraná e São Paulo e aqueles que não possuíam fazendas de café transferiram-se para São Gonçalo e subúrbios do Rio de Janeiro. Os indivíduos que permaneceram na região se dedicaram, como fazem ainda hoje, a plantações de aipim, feijão, inhame e, principalmente, bananas.
Ainda é possível observar dentro do distrito algumas dessas antigas fazendas com pequenas plantações de café. O cenário quanto à criação de gado ainda é preocupante por parte dos ambientalistas e ONGs que acompanham o crescimento da atividade na região. A pecuária ainda é bastante criticada em razão dos prejuízos ao solo e aos corpos hídricos, além da poluição do ar e perda da biodiversidade.
A partir de meados da década de 90, foram surgindo investimentos no setor terciário por parte de pequenos e microempreendedores locais ou não, aproveitando-se das demandas turísticas criadas graças às belezas cênicas naturais da região do Sana. Estas iniciativas privadas se deram, principalmente, no desenvolvimento da infraestrutura da região para atrair turistas e recepcioná-los melhor.
O ordenamento precário do turismo na região provocou e provoca danos potenciais diretos à população sanense e aos seus recursos naturais, devido à fragilidade no controle e fiscalização. É um consenso entre a sociedade civil organizada, os segmentos de produtores rurais e empresários locais da necessidade do desenvolvimento do ecoturismo sustentável que incentive a conservação e aprimoramento da consciência ambiental, melhorando diretamente a qualidade de vida da população.
O serviço de transporte utilizado para chegar à região do Sana é uma das maiores queixas por parte dos visitantes e, principalmente, por parte dos moradores.
As críticas remetem ao elevado custo da passagem para quem parte de ônibus em Casimiro de Abreu, as condições do transporte e a pequena oferta de horários de saída e chegada ao distrito.
Além dos meios de transportes, as vias terrestres também são alvo de antigas reclamações de moradores da região. A precariedade das estradas e a falta de asfaltamento em partes das vias prejudica bastante o deslocamento dentro da região. Muitas vezes sendo alvo durante as campanhas eleitorais.
A partir da Barra do Sana, o Rio Macaé marca a divisa entre Casimiro de Abreu e Macaé por pouco mais de 8 quilômetros. No bairro do Tenar, atravessa-se a ponte sobre o Rio Tenar, afluente do Rio Macaé que nasce na Serra do Rio Bonito na divisa com o município de Silva Jardim.
Diferente do trecho friburguense, a partir de Barra do Sana a rodovia possui uma menor quantidade de curvas sinuosas e a elevação passa a ser mais plana.
Na Fiqueira Branca a rodovia atravessa a ponte sobreo Córrego da Luz. No local, está o acesso ao distrito macaense de Cachoeiros de Macaé, realizado pela MC-404 Estrada de Cachoeiros de Macaé.
A partir dessa localidade, o Rio Macaé se afasta da Estrada que começa a chegar em seus últimos quilômetros.
Antes de chegarmos ao Perímetro Urbano do Centro, passamos pela localidade de Córrego da Luz. Nessa vila nasce o córrego da Luz, ao qual atravessamos ao passar pela Figueira Branca.
O promeiro bairro no perímetro urbano da área central casimirense é o bairro Mirante do Poeta. O bairro locaçizado ao lado direito da rodovia é cortado pelo Rio Indaiaçu, afluente do Rio São João. No local há também uma estrada em leito natural que dá acesso à Cachoeiro de Macaé.
Às margens da Rodovia BR-101 Governador Mário Covas, está o Loteamento Pedro Ratts, onde termina a RJ-142 Estrada Pio Francisco de Azevedo.
As primeiras notícias sobre a área onde hoje se situa o município de Casimiro de Abreu datam do princípio do século XVIII. Um antigo aldeamento de índios guarulhos foi fundado pelo capuchinho italiano Francisco Maria de Todi no lugar denominado “aldeia velha”.
A ocorrência de frequentes epidemias naquela localidade fez com que a sede fosse transferida para as margens do rio São João de Ipucá, que já possuía núcleos de pescadores, onde foi construída uma capela em homenagem à Sacra Família de Jesus, Maria e José.
Anos mais tarde foi concedida aos frades franciscanos uma data de terras para patrimônio da aldeia e, pouco depois, essa administração passou às mãos dos padres seculares que, desinteressados pelo aldeamento, promoveram a dispersão dos índios e a consequente extinção do núcleo.
Por volta de 1761, o povoamento é elevado à categoria de freguesia, sob a denominação de Sacra Família de Ipucá. Com os frequentes surtos epidêmicos, foi novamente transferida a sede da localidade para a foz do rio São João, onde depois se edificou uma igreja consagrada a São João Batista.
O desenvolvimento aí verificado determinou a emancipação, feita pela Lei provincial nº 394, de 19 de maio de 1846. O território foi desmembrado de Macaé e o município instalado em 15 de setembro de 1859.
O arraial de Barra de São João foi elevado à categoria de vila, uma vez que desempenhava função portuária de exportação dos produtos agrícolas locais para o Rio de Janeiro. Durante todo esse período, a estrutura econômica municipal esteve baseada na agricultura.
O isolamento físico, associado à ausência de atividades agrícolas dinâmicas no município, foi responsável pela pequena expansão do núcleo, que iniciou acentuado declínio a partir de 1888, com a libertação dos escravos.
O desajustamento da economia local ocasionado pela Lei Áurea deu motivo a repetidos deslocamentos de sua sede entre Barra de São João, assolada por surtos de malária, e Indaiaçu, sendo a mesma definitivamente fixada em 1925 na última localidade, que passaria a se chamar, em seguida, Casimiro de Abreu, nome atribuído a todo o município em 1938, por ser berço e túmulo do poeta Casimiro José Marques de Abreu.
A implantação de estrada de ferro ligando Casimiro de Abreu à capital foi fundamental na estruturação da cidade, originando pequeno núcleo de comércio junto à estação ferroviária. Na década de 70, a construção da BR-101, que atravessa a cidade de Casimiro de Abreu, constituiu novo fator de desenvolvimento.
No alto da serra começa a estrada, que passa por montanhas de clima europeu e rios cristalinos, chegando ao mar azul da Região dos Lagos, conectando dois extremos de beleza natural –a montanha e o mar – numa das mais belas regiões do estado do Rio de Janeiro.
O asfaltamento da estrada não seguiu o documento Carta de Lumiar redigido pelas lideranças comunitárias em 2002, o qual defendia a construção de uma Estrada-Parque.
Trechos da rodovia
1º Trecho: Muri x Lumiar
2º Trecho: Lumiar x Casimiro de Abreu
Extensão por município:
Nova Friburgo > 32,7km
Casimiro de Abreu > 28,6km
Graças a ela, a distância entre Friburgo e Rio das Ostras é encurtada para cerca de 90km. Seu traçado corta vilarejos e pontos de interesse turístico, como Stucky, São Tiago, Encontro dos Rios, Cascata, São Romão e Santa Luzia, sendo um dos principais meios de acesso ao distrito de Sana.
A estrada-parque que liga as regiões Serrana e dos Lagos é a realização de um sonho do ex-prefeito e ex-presidente do DER-RJ Heródoto Bento de Mello que levou 40 anos para se materializar. Ele próprio, com o auxílio de um trator, desbravou a estrada, então apenas uma trilha de tropeiros que levavam banana para a Baixada Litorânea, na década de 60.
No início da década de 80, no primeiro governo de Leonel Brizola, a estrada surgiu como via alternativa de acesso à BR-101 diante de um bloqueio da RJ-116 provocado pelas chuvas. Em 2006, após muita polêmica ambiental, a RJ-142 foi inaugurada com pompa pela então governadora Rosinha Garotinho.
Embora a estrada tenha sido idealizada pelo engenheiro Heródoto Bento de Mello, devido à uma resistência dos alemães para autorizar a abertura da estrada, - que sutuava-se em seus terrítórios - a construção só foi autorizada na década de 60, quando o engenheiro civíl alemão Dr. Giovanni Muller conseguiu a autorização para construção da rodovia.
Seu projeto original era a sequência da BR 120, uma ligação entre o litoral fluminense e a zona da mata mineira. A rodovia possuiria dimensões similares a BR 116.
RJ-142 Estrada Serramar - Foto: Reprodução da internet |
O primeiro trecho da estrada liga os distritos de Muri e Lumiar, ambos pertencentes a Nova Friburgo. Serve ainda de acesso ao distrito de São Pedro da Serra e a localidade de Vargem Alta, ambas localizadas entre as Serras de Macaé e Macaé de Cima.
O Rio Macaé é o principal rio que percorre as regiões atendidas pela RJ-142. Nasce na Serra de Santana, na divisa entre Cachoeiras de Macacu e Nova Friburgo, percorrendo os bairros dos distritos de Muri e Lumiar entre as serras do Rio Bonito e Macaé de Cima. Alcançando o município de Casimiri de Abreu, começa seu percurso de descida, margeando esse município até adentrar o território macaense, onde desagua no Oceano Atlântico no Centro de Macaé.
A rodovia possui grande importância de integração regional. Em 2002, as lideranças comunitárias da região criaram um projeto de criação de uma estrada-parque. Esse projeto foi enviado às autoridades por meio do documento Carta de Lumiar.
Indagando vícios quanto ao licenciamento ambiental, o Ministério Público moveu uma ação judicial pretendendo embargar as obras, sem, contudo, alcançar um resultado prático. Todavia, após obras realizadas em 2006, o trajeto entre Nova Friburgo e Rio das Ostras, diminuiu pela metade, de quase quatro horas para menos de duas horas, devendo ser trafegado com bastante atenção por causa das curvas bastante sinuosas.
Além de Lumiar, outras localidades estão situadas na rodovia, entre as quais Stucky, São Tiago, o Encontro dos Rios, Cascata, São Romão, Santa Luzia e Barra do Sana, sendo um dos principais meios de acesso para chegar até o Arraial do Sana.
Em fevereiro de 2009, durante as fortes chuvas de verão, um deslizamento de terra provoca um desastre de grandes proporções na localidade de Santa Luzia, responsável pela morte de uma criança. A Justiça determina então a interdição parcial e temporária da estrada.
RJ-142 Estrada Serramar - Foto: Portal Multiplix |
Sua extensão possui inigualáveis belezas naturais, vales, morros, rios, pastagens, quedas d’água. Mas também muitas e perigosas armadilhas, que fazem da estrada uma verdadeira roleta-russa.
O verde das montanhas, que aos poucos vai tonalizando para o azul da Baixada Litorânea, divide atenções com:
- Súbitos estreitamentos de pista;
- Curvas estreitas e acentuadas;
- Visibilidade prejudicada pelo mato alto;
- Montes de terra de encostas invadindo o asfalto;
- Subidas e descidas;
- Buracos, crateras e erosões sinalizadas de improviso, algumas deles beirando precipícios.
A rodovia, no trecho conhecido como Estrada Mury-Lumiar, tem início na intersecção com a RJ-116 Rodovia Presidente João Goulart no distrito friburguense de Muri.
RJ-142 Rodovia Serramar km Zero - Foto: Reprodução da internet |
Localizado a cerca de oito quilômetros da sede do município e a cerca de mil metros de altitude, preserva, na arquitetura, traços significativos da colonização suíça e alemã observados no estilo das casas em madeira e em alguns empreendimentos como o Mury Shopping, que recria o visual e ambiente de uma pequena vila suíço-alemã.
O primeiro bairro atendido pela rodovia é o Parque dos Alpes, localizado próximo ao km 2. Há um quilômetro dali, está a Vila Rica, bairro de acesso ao Alto dos Cinquenta e às Fazendas São José e Dois Riachos, localizados entre os vales da Serra de Macaé de Cima.
Estrada Serramar - Foto: Guilherme Hainfellner |
No km 6 encontra-se o bairro do Estoquim. Alí acessa-se a RJ-144 Estrada de Stucky, rodovia que liga a RJ-158 em Carmo à RJ-142 em Nova Friburgo, atendendo aos municípios de Duas Barras e Bom Jardim.
A RJ-144 possui vários trechos precários em todos os municípios, possuindo vários quilômetros em leito natural entre Carmo e Duas Barras, no distrito bibarrense de Monnerat e entre Bom Jardim e Nova Friburgo.
Estrada do Stucky em Nova Friburgo |
Tal divisão deu-se em 1982, através da Lei Estadual de nº 37, que criava o município de Bom Jardim. A divisão já havia ocorrido no ano anterior, quando houve a primeira emancipação de Bom Jardim, com sede no distrito de São José do Ribeirão.
Pelo Decreto Estadual n.º 1, de 08 de maio de 1892 a Vila de São José do Ribeirão foi extinta, sendo seu território anexado ao município de Nova Friburgo. Meses depois, Bom jardim é desmembrado novamente de Nova Friburgo, através da Lei Estadual de nº 37, publicada no dia 17 de dezembro de 1992.
RJ-142 em condições precárias - Foto: Reprodução da internet |
Após 8 quilômetros do ponto inicial, a rodovia alcança os limites do distrito de Lumiar ateavés de um percurso em meio a mata e vales formados pelos afluentes do Rio Macaé na Serra de Macaé de Cima. Apenas há 15 quilômetros a frente se chega à sede de Lumiar.
O acesso à Vargem Alta está localizado próximo ao quilômetro 10, na região de vale onde nascem os córregos Santiago e da Cachoeira, assim como o Ribeirão São Domingos. A Estrada das Flores atende ainda a localidade da Cachoeira e penetrando 5 qulômetros do muniucípio de Bom Jardim, retorna ao território friburguense onde alcança a sede do distrito de São Pedro da Serra, ao qual Vargem Alta pertence.
Por mais 4,6km a estrada vicinal retorna à RJ-142 na sede do distrito de Lumiar. Os dez quilômetros já percorridos,possuem mutos aclives e grandes curvas.
A partir do acesso à Vargem Alta, a rodovia segue em paralelo ao Córrego Santiago. Entre os quilômetros 11 e 13 há diversos acessos ao Núcleo Colonial e ao Palmital, ambos localizados entre as rochas da Serra Macaé de Cima.
No quilômetro 14, está o acesso à Estrada de Macaé de Cima. Uma estrada vicinal de 26 quilômetros que acompanha o leito do Rio Macaé da Estrada Serramar até a Pedra do Verdun, onde nasce a Bacia do Rio Macaé próximo aos limites com os municípios de Silva Jardim e Cachoeiras de Macacu.
Vista da parte baixa para a parte alta da sub-bacia do alto curso do rio Macaé, em amarelo |
De fato em sua margem constituíram-se fazendas de café. A região serrana era ainda uma área de difícil acesso ao litoral, em virtude do estado das estradas e pelo desafio do relevo, uma vez que se tinha que atravessar a Serra para atingir o Rio de Janeiro.
Rio Macaé às margens da Estrada Serramar - Foto: Guilherme Hainfellner |
Por atingir baixas temperaturas e pelo elevado índice pluviométrico não favorecia o cultivo do café, o que juntamente com a presença do padrão familiar de produção tornou-se um fator em várias fases históricas de estímulo à produção vinculada ao abastecimento interno e à subsistência.
A Estrada de Macaé de cima dá acesso à diversos bairros dos distritos de Mury e Lumiar, entre eles o Mirandela, Rio das Flores, Rio Bonito de Cima, Sertão do Rio Bonito e Sansão.
No quilômetro 15 da RJ-142 está o acesso ao vale do Córrego do Palmital. No local, o Córrego Palmital desagua no Córrego Santiago. O caminho dá acesso ao Pico da Sibéria, o ponto mais elevado do distrito de São Pedro da Serra, com 1557 metros de altitude.
Do lado contrário, inicia-se a Estrada Rio
Bonito, principal via de acesso aos bairros do Galdinópolis, Fazenda da Vargem e Rio Bonito de Cima.
No 17º quilômetro, a rodovia atravessa a ponte sobre o Córrego Santiago, elemento que nomeia o bairro localizado ao lado direito da via a partir desse ponto. No Santiago, uma estrada vicinal dá acesso ao Rio Bonito de Baixo e à Toca da Onça.
Já se aproximando à sede do distrito de Lumiar, o Rio Macaé tem seu leito bem próximo à Estrada Serramar. No quilômetro 23 inicia-se o Perímetro Urbano do distrito.
Vista aérea da microbacia do rio São Pedro da Serra e do rio Boa Esperança, que abrigam os adensamentos urbanos de Lumiar, São Pedro da Serra e Boa Esperança. - Foto: Reprodução da internet |
A RJ-142 margeia o Boa Esperança, contornando então a região central de Lumiar, onde a Estrada Serramar recebe os nomes de Rua Pedro Brust (sentido Casimiro de Abreu), Rua Júlio Ambrósio Pimenta (sentido Mury) e Rua Sete de Setembro (ambos os sentidos).
No Centro do distrito, a rodovia se separa em duas vias, uma em cada sentido. Ambas se reencontram a partir da Praça de Lumiar. Em seguida, atravessa a ponte sobre o Rio Boa Esperança.
Lumiar, 5º distrito de Nova Friburgo, situa-se em área de Mata Atlântica na Reserva Florestal de Macaé de Cima, onde nasce o Rio Macaé, que gerou nome ao município de Macaé.
O distrito foi criado por uma Deliberação no dia 18 de outubro de 1889. Uma nova Deliberação em 1890, alterou o nome do distrito de Lumiar para São Pedro. Pela Lei Estadual n.º 1.242, de 22 de fevereiro de 1915, o distrito de São Pedro volta a denominar-se Lumiar.
Pela Lei Estadual n.º 1.363, de 12 de outubro de 1988, é criado o distrito de São Pedro da Serra, com área formada com parte dos distritos de Amparo e Lumiar.
Lumiar possui Área florestal contínua de 7 mil hectares da Serra do Mar, a 100 km da cidade do Rio de Janeiro, tem altitude entre 880 a 1.720 m. Grande parte desta reserva florestal se localiza na bacia hidrográfica do rio Macaé e seu afluente rio das Flores, cujos vales apresentam uma altitude média de 1.100 m. Este rio propicia o surgimento de grande parte das cachoeiras da região através dos vários declives nele localizados.
Assim, a tranquilidade das vilas da região de colonização suíça, o clima agradável, as matas e as cachoeiras são os maiores atrativos deste lugarejo. A reserva de Macaé de Cima conserva intocada beleza selvagem de mata atlântica.
Entre rios, árvores gigantescas, palmeiras, cipós e delicados arbustos, florescem orquídeas e bromélias, e é onde se escontra uma variada Fauna, de macacos, tamanduás, cotias e esquilos. A Reserva tem cerca de 4.699 espécies animais e vegetais, sendo 19 exclusivas da própria reserva.
Paisagem da Mata Atlântica na APA de Macaé de Cima em Nova Friburgo. - Foto: Reprodução da internet |
O clima regional é do tipo superúmido, e a temperatura média anual é de 17,9°C, sendo janeiro, fevereiro e março os meses mais quentes, e junho, julho e agosto os meses mais frios.
A região surgiu da ocupação pelos imigrantes das margens do rio Macaé e seus afluentes. Lumiar era uma fazenda do nobre francês Felipe de Roure, que deu este nome por causa da vila em que nasceu sua esposa Michaella d'Abreu, em Portugal.
Encontro dos rios São Pedro e Boa Esperança em Lumiar. - Foto: Visite São Pedro da Serra |
Distrito de São Pedro da Serra em Nova Friburgo - RJ - Foto: Reprodução da internet |
Lumiar é vizinha ao Distrito de São Pedro da Serra, e também a outros povoados e localidades, tais como Boa Esperança, Toca da Onça, Galdinópolis, Rio Bonito, Cascata, São Romão e Santa Luzia que fazem parte do seu circuito eco-turístico, além da belíssima Área de Proteção Ambiental de Macaé de Cima.
47-A São Pedro da Serra x Centro - Nova Friburgo/RJ |
Esse percurso ecológico começa em Teresópolis, passa por Nova Friburgo, Mury, Lumiar, São Pedro da Serra e segue até Casimiro de Abreu, Rio das Ostras, Macaé, Barra de São João, Búzios, Arraial do Cabo e Cabo Frio.
O trecho entre Mury e Lumiar foi pavimentado, em 1982, e reformado, em 2002. Partes do trecho Mury-Lumiar desabaram, em fevereiro de 2005, devido às fortes chuvas de verão. As comunidades da Sub-Bacia do Alto Rio Macaé ficaram isoladas por cerca de um ano, o que provocou uma crise muito forte nas atividades ligadas ao turismo e muita dificuldade no escoamento da produção agrícola.
Nesse período, muitas pessoas saíram das comunidades em direção aos centros urbanos próximos. O trecho entre Lumiar e Casimiro de Abreu foi pavimentado, em 2006. A pavimentação do trecho Lumiar-Casimiro de Abreu, ligando o território do Alto Rio Macaé com a Região dos Lagos e a BR101, reorganizou a dinâmica dos fluxos nestas comunidades. O desabamento de partes do trecho Mury-Lumiar somado a pavimentação do trecho até Casimiro levaram a uma mudança gradual no perfil dos turistas e dos novos moradores.
Distrito de Lumiar visto por satélite - Imagem: Google Earth |
2º Trecho: Lumiar x Casimiro de Abreu
No Centro do distrito de Lumiar, a rodovia atravessa uma ponte estreita sobre o Rio Boa Esperança. Nesse trecho, a RJ-142 volta a acompanhar o Rio Macaé. Dessa vez, atravessando a Serra do Rio Bonito, onde está o maior número de curvas perigosas e a beira de encostas.
A placa adverte a proibição de tráfego de veículos pesados devido aos riscos estruturais oferecidos nesse trecho da rodovia. |
A região possui poucos vilarejos, entre eles os povoados da Cascata e Encontro dos Rios. Trata-se de um local de destino para os praticantes de trekking, rafting, montanhismo, rapel e praticantes do ecoturismo.
Localizado a 9km de Lumiar e a 40km da sede do município de Nova Friburgo, está o bairro de Santa Luzia. O bairro fica na divisa com o município de Casimiro de Abreu às margens do Rio Macaé.
Após Lumiar ter se tornado um lugar conhecido com o movimento hippie dos anos 70 e 80, a região experimentou uma relativa expansão imobiliária em que pessoas provenientes dos grandes centros urbanos passaram a fixar residência em sítios e loteamentos que foram surgindo ao longo da rodovia que fora projetada pelo ex-prefeito de Nova Friburgo, o engenheiro Heródoto Bento de Mello.
RJ-142 na divisa com o município de Casimiro de Abreu. |
Sendo assim, em 2001, vários protestos foram realizados contra uma tentativa do Grupo Monteiro Aranha de viabilizar a construção de uma barragem ali. É criado o Movimento de Defesa do Rio Macaé sob a liderança de Elmo Amador e outros ecologistas de Nova Friburgo.
No final de 2006, a governadora Rosinha Garotinho inaugura o asfaltamento da Serramar, concluindo, assim, a pavimentação de toda a RJ-142. Porém, a obra é contestada pelo Ministério Público que entra com uma ação judicial alegando vícios quanto ao licenciamento ambiental.
O transporte municipal por ônibus em Nova Friburgo é realizado pela empresa Nova FAOL. As linhas que trafegam pela RJ-142 e região são:
46 Centro x Vargem Alta
46 Centro x Stucky
46-A Centro x Vargem Alta (via Estr. das Flores)
47 Centro x São Pedro da Serra
47-A Centro x Bocaina dos Blaudts
48-B Centro x São Pedro da Serra (via Benfica)
48 Centro x Benfica (via Lumiar)
48-A Centro x Boa Esperança (via Lumiar)
48-B Centro x Santa Luzia (via Lumiar/ Folly)
49 Centro x Rio Bonito
49-A Centro x Macaé de Cima (via Folly)
FAOL - Friburgo Auto Ônibus Ltda
Sendo iniciado sua atuação em outubro de 1950, ao som do ronco dos motores de seus sete primeiros ônibus, a FAOL vem construindo uma história de bastante êxito no contexto do já tradicional empreendedorismo friburguense.
Seus fundadores, além dos sócios Manoel Ilariano e Manoel Lúcio, foram João Batista (manutenção e caixa), Johann Mayer (contabilidade) e Salvador Canto (tráfego), que tiveram como conquista inicial a compra do primeiro terreno de dois mil metros quadrados, em Olaria, logo após dois anos do início de seu funcionamento.
A mudança para a sede própria, em Olaria, no ano de 1954, então com 14 ônibus e 30 funcionários, era a realização do primeiro de uma série de sonhos, o verdadeiro e principal combustível de sua trajetória vitoriosa.
Décadas após décadas de sucessos, consolidaram uma história de desafios, ousadia e investimentos, com muita tecnologia e constante treinamento de pessoal.
Além da informatização, permitindo ainda melhor desempenho e maior controle de seus diversos setores, os anos 1990 - a década da modernidade - trouxeram mais uma conquista: em 1995, a nova e moderna sede de Conselheiro Paulino, num terreno de 13.333 metros quadrados, dos quais 5.731 metros quadrados de área construída.
Além de chegar ao novo século, exatamente após ter vencido metade do século anterior, transformando dificuldades em desafios, a FAOL se consolidou como uma das maiores empresas de transporte de passageiros do Estado - um verdadeiro patrimônio friburguense.
A Friburgo Auto Ônibus Ltda (Faol) foi vendida para a carioca Real Auto Ônibus. Aexpectativa da população foi de que a nova concessionária renovasse parte dos 177 coletivos que atendiam na época cerca de 100 linhas urbanas de Nova Friburgo.
Atualmente são 89 linhas. Até então, a FAOL sempre foi administrada por um grupo de empresários de Nova Friburgo durante mais de seis décadas.
A nova identidade visual, com uma marca moderna e comprometida com os novos tempos, também coincide com um programa regular de renovação da frota para maior conforto e comodidade de seus passageiros.
Com atuação no Rio e em São Paulo, o Grupo Real assumiu o controle da Faol em junho de 2012. Logo depois, começou a ter prejuízos com a empresa que se intensificaram com a gratuidade para idosos a partir dos 60 anos, ofertada na cidade, além dos elevados custos de manutenção da frota em Friburgo. No início de 2017, o governo implantou a integração plena e deu um reajuste na tarifa de 6,7%, abaixo do que a Faol pediu.
Ainda em 2017, a Friburgo Auto Ônibus Ltda (Faol) negociou o controle acionário da concessionária com um novo grupo empresarial do Rio de Janeiro.
A FAOL foi então vendida para um consórcio formado pelas empresas de ônibus Coesa, Pavunense e Expresso Recreio, que operam na Região Metropolitana do Rio.
A Faol começou a ser gerida extra-oficialmente pelos novos donos extraoficialmente no dia 15 de maio de 2017. Os trâmites da negociação dependiam da autorização do governo municipal. A lei federal 8.987/1995, que regula as concessões de serviços públicos, proíbe mudanças na composição da concessionária sem autorização pública, com risco de anulação do contrato.
Conforme previsto na Lei, a Prefeitura de Nova Friburgo foi notificada e acordado entre as partes, foi aprovada a proposta.
Casimiro de Abreu → →
No quilômetro 33 da Estrada-Parque Serramar, a rodovia atravessa a ponte sobre o Rio Macaé, chegando-se então ao município de Casimiro de Abreu. Nesse ponto, termina o trecho de responsabilidade da equipe de conservação do 1º ROC (Residências de Obras e Conservação) do DER-RJ (Departamento de Estradas de Rodagem do Estado do Rio de Janeiro), localizada no município de Nova Friburgo.
Ponte sobre o Rio Macaé já em território casimirense. - Foto: Street View |
Macaé x Nova Friburgo via Casimiro de Abreu - Foto: Reprodução da internet |
Na ação, questionava as dimensões das carrocerias dos ônibus, haja vista o sinuoso traçado da rodovia RJ-142, com suas sequências de curvas perigosas e de alto risco, tendo que se considerar ainda a inexistência de acostamento.
Rio das Ostras x Nova Friburgo - Auto Viação 1001 - Foto: Derick Trajano |
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Nesse perímetro estão localizados os à margem direita o acessos às vilas de Campos Elíseos, Quilombo, Recantus dos Paratis, Novo Destino, Brejão e Macharet, alcançados através da Estrada do Quilombo.
Ao lado esquerdo acessam-se as vilas da Cascata e São Romão, ambas pertencentes à Nova Friburgo.
Comunidade Quilombola em Casimiro de Abreu - Foto: Reprodução da internet |
Nas margens do caminho de acesso bem como no Quilombo a mata atlântica é abundante, de diversificada fauna e flora, sendo fartas as fontes e cachoeiras. A mais de 700 metros de altitude, a posição geográfica do Quilombo é estratégica, pois permite que a chegada de visitantes seja avistada à distância.
RJ-142 Estrada-Parque Serramar após o acesso à Vila da Cascata. - Foto: Street View |
Tal entroncamento está localizado no quilômetro 46, na foz do Rio Sana no Rio Macaé, o que faz com que o mesmo seja chamado de Barra do Sana, bairro também pertencente à Macaé, localizado na outra margem do Rio Macaé.
O distrito de Sana está situado na Serra da Macaé, entre Nova Friburgo, Casimiro de Abreu e Trajano de Moraes. Por estar localizado em altitudes que variam entre 300m e 500m, possui temperaturas entre 18°C e 24ºC na maior parte do ano e calor bem distribuído o ano inteiro. No inverno, a temperatura varia de 10ºC à 18ºC.
Portal de acesso ao Sana, às margens do Rio Macaé na divisa com Casimiro de Abreu. - Foto: Reprodução da internet |
- Barra do Sana (no encontro do rio Sana com o rio Macaé);
- Arraial do Sana, onde se encontra a maior parte da população
- Cabeceira do Sana.
Estrada Sana-Frade. Foto: Debate On - Diário de Macaé |
O distrito do Sana foi um dos que mais sofreu com o desmatamento na região da Serra Mar, com suas madeiras destinadas para a construção civil e com o desmatamento para as monoculturas e criações de gado.
O distrito do Sana contém a microbacia do Rio Sana, importante afluente do Rio Macaé. A região apresenta características montanhosas, com encostas íngremes dissecadas por grotões úmidos onde passam os córregos, sendo caracterizados por corredeiras rochosas na maior parte de suas extensões. O Arraial do Sana, como é conhecido o centro do distrito, está localizado a cerca de 300 metros de altitude, no Vale Sopé da Serra de Macaé, junto a Serra dos Três Bicos.
Rio Macaé - Divisa de Casimiro de Abreu com Macaé - Foto: Reprodução da internet |
Embora a região de Macaé tenha destaque atualmente pelo petróleo da bacia de Campos, historicamente a região era tomada por fazendas de café e cana de açúcar.
A região onde hoje está inserida a unidade de conservação do Sana serviu como retirada intensa de madeira para a construção civil e ferrovias, como a que liga Imbetiba e Carapebus − passando por Macaé − inaugurada em 10 de agosto de 1874. As madeiras de menor qualidade serviam para o fornecimento de energia, na forma de lenha ou carvão.
Posteriormente, os morros também foram sendo desmatados para as plantações de café que acabou sendo a principal atividade econômica da região. Como reflexo da crise econômica de 1929, as plantações foram sendo substituídas pela pecuária de corte e de leite.
Nos anos de 1930, devido à crise, uma parte dos lavradores emigrou para o Paraná e São Paulo e aqueles que não possuíam fazendas de café transferiram-se para São Gonçalo e subúrbios do Rio de Janeiro. Os indivíduos que permaneceram na região se dedicaram, como fazem ainda hoje, a plantações de aipim, feijão, inhame e, principalmente, bananas.
Portal do Sana / Divisa de Macaé - Foto: José Vieira C. Neto |
A partir de meados da década de 90, foram surgindo investimentos no setor terciário por parte de pequenos e microempreendedores locais ou não, aproveitando-se das demandas turísticas criadas graças às belezas cênicas naturais da região do Sana. Estas iniciativas privadas se deram, principalmente, no desenvolvimento da infraestrutura da região para atrair turistas e recepcioná-los melhor.
Linha B470 Portal do Sana ↔ Casimiro de Abreu x Rocha Leão |
O serviço de transporte utilizado para chegar à região do Sana é uma das maiores queixas por parte dos visitantes e, principalmente, por parte dos moradores.
As críticas remetem ao elevado custo da passagem para quem parte de ônibus em Casimiro de Abreu, as condições do transporte e a pequena oferta de horários de saída e chegada ao distrito.
RJ-142 em Barra de Sana. Estrada a esquerda: RJ-142 sentido Lumiar | A direita acesso a Estrada do Sana. Foto: Street View |
Além dos meios de transportes, as vias terrestres também são alvo de antigas reclamações de moradores da região. A precariedade das estradas e a falta de asfaltamento em partes das vias prejudica bastante o deslocamento dentro da região. Muitas vezes sendo alvo durante as campanhas eleitorais.
Estrada Sana-Frade. - Foto: Roprodução da internet |
Estrada-Parque Serramar próximo à localidade da Figueira Branca em Casimiro de Abreu. - Foto: Street View |
Na Fiqueira Branca a rodovia atravessa a ponte sobreo Córrego da Luz. No local, está o acesso ao distrito macaense de Cachoeiros de Macaé, realizado pela MC-404 Estrada de Cachoeiros de Macaé.
A partir dessa localidade, o Rio Macaé se afasta da Estrada que começa a chegar em seus últimos quilômetros.
Antes de chegarmos ao Perímetro Urbano do Centro, passamos pela localidade de Córrego da Luz. Nessa vila nasce o córrego da Luz, ao qual atravessamos ao passar pela Figueira Branca.
O promeiro bairro no perímetro urbano da área central casimirense é o bairro Mirante do Poeta. O bairro locaçizado ao lado direito da rodovia é cortado pelo Rio Indaiaçu, afluente do Rio São João. No local há também uma estrada em leito natural que dá acesso à Cachoeiro de Macaé.
Às margens da Rodovia BR-101 Governador Mário Covas, está o Loteamento Pedro Ratts, onde termina a RJ-142 Estrada Pio Francisco de Azevedo.
As primeiras notícias sobre a área onde hoje se situa o município de Casimiro de Abreu datam do princípio do século XVIII. Um antigo aldeamento de índios guarulhos foi fundado pelo capuchinho italiano Francisco Maria de Todi no lugar denominado “aldeia velha”.
A ocorrência de frequentes epidemias naquela localidade fez com que a sede fosse transferida para as margens do rio São João de Ipucá, que já possuía núcleos de pescadores, onde foi construída uma capela em homenagem à Sacra Família de Jesus, Maria e José.
Anos mais tarde foi concedida aos frades franciscanos uma data de terras para patrimônio da aldeia e, pouco depois, essa administração passou às mãos dos padres seculares que, desinteressados pelo aldeamento, promoveram a dispersão dos índios e a consequente extinção do núcleo.
Por volta de 1761, o povoamento é elevado à categoria de freguesia, sob a denominação de Sacra Família de Ipucá. Com os frequentes surtos epidêmicos, foi novamente transferida a sede da localidade para a foz do rio São João, onde depois se edificou uma igreja consagrada a São João Batista.
O desenvolvimento aí verificado determinou a emancipação, feita pela Lei provincial nº 394, de 19 de maio de 1846. O território foi desmembrado de Macaé e o município instalado em 15 de setembro de 1859.
O arraial de Barra de São João foi elevado à categoria de vila, uma vez que desempenhava função portuária de exportação dos produtos agrícolas locais para o Rio de Janeiro. Durante todo esse período, a estrutura econômica municipal esteve baseada na agricultura.
O isolamento físico, associado à ausência de atividades agrícolas dinâmicas no município, foi responsável pela pequena expansão do núcleo, que iniciou acentuado declínio a partir de 1888, com a libertação dos escravos.
O desajustamento da economia local ocasionado pela Lei Áurea deu motivo a repetidos deslocamentos de sua sede entre Barra de São João, assolada por surtos de malária, e Indaiaçu, sendo a mesma definitivamente fixada em 1925 na última localidade, que passaria a se chamar, em seguida, Casimiro de Abreu, nome atribuído a todo o município em 1938, por ser berço e túmulo do poeta Casimiro José Marques de Abreu.
A implantação de estrada de ferro ligando Casimiro de Abreu à capital foi fundamental na estruturação da cidade, originando pequeno núcleo de comércio junto à estação ferroviária. Na década de 70, a construção da BR-101, que atravessa a cidade de Casimiro de Abreu, constituiu novo fator de desenvolvimento.
Terminal Rodoviário de Casimiro de Abreu - Foto: Reprodução da internet |