Caminhos Industriais: Região Sul - Cidades do aço, dos portos e da eletricidade

A região do médio Vale do Paraíba fluminense é uma antiga área cafeeira, ocupada depois pelo gado e, mais tarde, pela atividade industrial. A ligação rodoviária entre o Rio de Janeiro e São Paulo, a Via Dutra, contribuiu muito para a ampliação da infra-estrutura na região.

Em princípios do século XIX, Porto Real chegou a ser considerado um lugar promissor. As suas terras pertenciam a Simão da Rocha Corrêa e contavam, já naquela época, com um porto fluvial (Porto do Simão), um armazém e um grande empório que serviam de apoio entre diversos outros no trecho navegável do rio Paraíba, entre Campo Belo e Barra do Piraí. Na década de 1870, Porto Real tinha ares de povoado com influência de natureza suíça e francesa. Dom Pedro II, vendo o crescimento e desevolvimento da localidade (que produzia cana-de-açúcar em pequena escala e lavouras baseada na subsistência), criou então a Colônia de Porto Real em 1874 se criou o Engenho Central de Porto Real, para receber os colonos italianos, que ali decidiram permanecer e trabalhar. O senhor do Engenho Central de Porto Real mandou construir uma estrada de ferro em suas terras de Porto Real, para que a produção beneficiada fosse transportada para o Porto do Rio de Janeiro. A estação de Bulhões foi desativada em 1968, quando a variante entre Resende e Barra Mansa foi entregue. O seu nome deriva do engenheiro-chefe em 1870 na E. F. Dom Pedro II, sr. Antonio Maria de Oliveira Bulhões. Entre esta estação e a de Oliveira Botelho saía o ramal ferroviário particular da Usina Porto Real. A instalação da fábrica de ônibus e caminhões da Volkswagen incentivou a conquista da autonomia política do distrito de Porto Real e com sua constituição em pólo industrial emergente, abrigando grandes unidades industriais, como o tecnopólo da PSA PeugeotCitroën, a Guardian e a GalvaSud. Em fevereiro de 2001 foi inaugurada em Porto Real a primeira fábrica nacional da montadora PSA Peugeot Citroën. Com capacidade para produzir até 100 mil veículos por ano, o parque industrial montado em Porto Real, em pouco tempo a região se tornou um importante polo automotivo.

Do ponto de vista natural, a região é formada pelas terras altas das serras do Mar e da Mantiqueira, apresentando um clima tropical de altitude. Com o desenvolvimento industrial e o turismo, vieram as agressões ao meio ambiente.

O desmatamento causou a erosão, os deslizamentos e a desproteção de mananciais. A poluição dos rios, com o lançamento de dejetos industriais, tem sido um problema constante.

Na margem direita do Rio Paraíba do Sul, com cerca de 2 mil moradores, o bairro Laranjal foi pensado, planejado e construído na década de 40 para receber os diretores e funcionários mais graduados da Companhia Siderúrgica Nacional. Regulamentado por Decreto Municipal, é um bairro predominantemente residencial, com duas partes distintas, o Alto Laranjal e o Baixo Laranjal.  O primeiro com residências de classe média alta e sofisticada, possui bosque, clube social, mantém a edificação da antiga Rádio Siderúrgica Nacional, desativada em dezembro de 1980. O nome do bairro, surgiu de uma grande fazenda de Laranjas que existia no local. Na parte baixa, identificada como ‘Fralda do Laranjal’, foram feitas edificações de 3 andares para acolher os técnicos da Companhia.

Os jesuítas demarcaram a Fazenda Santa Cruz, em 1727, e cruzaram a serra do Mar, abrindo caminho para a ocupação do médio Vale do Paraíba. No ano seguinte foi aberta uma estrada ligando o Rio de Janeiro a São Paulo, mas só em 1744 a região foi descoberta por forasteiros que procuravam pedras preciosas, ouro e animais para a caça. Com o declínio da mineração, ocorreu um deslocamento de colonos, e foram instaladas grandes fazendas de café, trazendo um dinamismo maior à região.

A crescente valorização do café nos mercados internacionais, com a difusão do seu consumo na Europa e nos Estados Unidos, substituindo o chá, que representava uma herança colonial inglesa, incentivou o seu plantio no Brasil. Outros produtores, como o Haiti e algumas colônias espanholas nas ANTILHAS, grandes concorrentes do café brasileiro, estavam envolvidos em movimentos de independência, e nosso país passou a ser o principal produtor de café do mundo.

Nossa Senhora do Amparo é o 4° Distrito do Município de Barra Mansa. É formado pela sede e por um pequeno bairro não-oficial: Venda de Fora (recebe esse nome devido a um antigo armazém), situado na entrada vinda de Volta Redonda. A atração de colonos para suas terras, no início do século XIX, fez com que o café despontasse como principal produto. A exaustão dos solos mais férteis e a liberação do braço escravo provocaram o declínio da cafeicultura e o êxodo rural. A cultura do café cedeu lugar à pecuária de corte extensiva, evoluindo posteriormente para a produção leiteira. O distrito situa-se há aproximadamente 30km da sede do município, e 20km de Volta Redonda. A agropecuária é sua principal atividade econômica. Os acessos ao distrito são por Volta Redonda, por meio da RJ-153, num trecho de 18km asfaltados, a partir do Voldac e vindo da sede de Barra Mansa, a partir da Água Comprida, por cerca de 20km.

A implementação da lavoura cafeeira estabeleceu o grande marco na ocupação do Vale do Paraíba. O produto foi plantado primeiro nas áreas centrais e nos arredores da cidade do Rio de Janeiro e só depois se expandiu para o vale, que reunia várias condições favoráveis para a cafeicultura, tais como o solo e o clima.

O Vale do Paraíba foi se transformando numa das mais importantes áreas produtoras de café, representando uma das principais bases econômicas do Império e atingindo seu auge por volta de 1830. Formou-se, desse modo, uma classe social constituída pelos grandes proprietários das fazendas de café, que receberam o título de “barões do café”. Os barões tinham grande influência junto ao governo, pois representavam o poder econômico do Império.

O crescimento da produção cafeeira no norte da Província do Rio de Janeiro, a partir da década de 1830,  tornou viável a implantação de uma estrada carroçável, com pedágios, entre a Côrte e a localidade de Sapucaia. Em 1836, o Governo Provincial é autorizado a contratar Francisco Leite Ribeiro para abertura de uma estrada entre Magé e o Rio Parahyba, nas proximidades do local denominado “Mar de Hespanha”, para o tráfego de carros e seges.

Em 1841, é concluída a construção da primeira ponte de madeira sobre o Rio Parahyba do Sul, entre  Sapucaia e Mar de Hespanha. Em 1846 é aberta a barreira (pedágio) do Soberbo.  Entre 1854 e 1857, com recursos da Companhia, é construída a ponte pênsil sobre o Rio Parahyba do Sul, depois de duas pontes de madeira terem sido destruídas pelas cheias do rio. 

A Vila do Pião tem áreas que pertencem a Sapucaia, São José do Rio Preto, Teresópolis e Sumidouro. Cortada pela BR-116 (antiga Estrada de Magé à Sapucaia), Pião fica entre os quilômetros 36 e 41 da rodovia, e tem como principal atividade o cultivo de hortaliças. Possui pelo menos seis mil moradores e quase três mil eleitores. Numa ação civil pública, o Ministério Público do estado cobra da Assembleia Legislativa que os limites do Pião sejam definidos por lei. A lei 1.056, de 1943, que delimitou os municípios do Rio estabelece os territórios dos antigos distritos. Numa sentença, de 2016, a Justiça decidiu que Sapucaia deveria conversar com os outros municípios e devolver a parte que não é dela. Noventa por cento do Pião é de Teresópolis.

Em 1854, os acionistas da Companhia da Estrada de Magé a Sapucaia, decidem aumentar o capital da empresa para implantar uma linha de navegação a vapor entre a corte e a Villa de Magé, e uma ferrovia de tração animal, ou outro meio de transporte econômico, entre Magé e a raiz da serra de Therezópolis. No dia primeiro de setembro de 1855, a Viação União Theresopolina  inaugura o serviço de diligências entre o Porto de Piedade e a Barreira do Soberbo, pela estrada da Companhia Magé a Sapucaia.

No dia 20 de janeiro de 1871, é inaugurada a estação de Sapucaia, do Ramal de Porto Novo, da Estrada de Ferro Dom Pedro II, transferindo os fretes da produção cafeeira para a ferrovia, inviabilizando a existência da Companhia da Estrada Magé a Sapucaia. No dia 18 de junho de 1879, em função do estado de abandono da Estrada Magé a Sapucaia, o Governo da Província rescinde o contrato e encampa a Companhia da Estrada Magé a Sapucaia.

O arraial do Nosso Senhor Bom Jesus do Livramento de Sant´Anna dos Tocos tem seu primeiro registro em 1829, passando a Curato no ano de 1830. Fazendo divisa com a província de São Paulo, era ponto de parada e descanso dos tropeiros. Vem da presença destes tropeiros o nome Sant´Anna dos Tocos, pois ao deixarem os acampamentos ficavam sobra de tocos que eram usados talvez para amarar as montarias e os animais de carga. O distrito foi submerso pelas águas do Rio Paraíba do Sul, no final da década de 1960, para a construção da Usina do Funil, deslocando toda a sua população, espalhada entre Resende e o município de Areias (SP). A Usina Hidrelétrica de Funil foi construída no rio Paraíba do Sul, no local conhecido como Salto do Funil no território do município de Resende. Sua construção já vinha sendo planejada desde a década de 1930, mas somente em 1961 as obras foram iniciadas pela Companhia Hidrelétrica do Vale do Paraíba (Chevap). Em 1965, a usina foi absorvida pela Eletrobrás que, dois anos mais tarde, designou Furnas para concluir a construção. Em 1969, teve início a operação e, um ano e meio depois, a usina já fornecia ao sistema elétrico de FURNAS sua capacidade total: 216 MW. A origem do nome da Usina Hidrelétrica do Funil deve-se a existência do chamado "Paredão", um acidente geográfico deste trecho no Rio Paraíba do Sul, nas proximidades do distrito de Engenheiro Passos. Pelas suas dimensões e localização – é a maior do Rio Paraíba, situando-se na divisa dos estados de São Paulo e Rio de Janeiro – a represa de Funil tem muita importância na regularização da vazão do rio, amenizando o impacto das cheias nas cidades de Resende, Barra Mansa, Volta Redonda e Barra do Piraí.


Em 1855, começou a construção da Estrada de Ferro D. Pedro II (depois Central do Brasil) e o trajeto dessa ferrovia se fazia de acordo com a influência exercida pelos barões do café. O escoamento da produção passou a ser feito por trem porque barateava o custo do transporte. Por esse motivo, as localidades que possuíam uma estação ferroviária adquiriam um status de modernidade e poder.

Malha ferroviária no Vale do Paraíba

Cidades como Barra Mansa e Barra do Piraí tornaram-se importantes entroncamentos ferroviários, sendo que nessa última, a partir de 1864, fazia-se o embarque da produção do norte de São Paulo e sul de Minas Gerais. Nessas áreas ocorreu um acentuado desenvolvimento de centros urbanos, que giravam em torno da atividade da cafeicultura.

A cafeicultura deixou, no Vale do Paraíba fluminense, além de solos desgastados, toda uma estrutura organizada nas antigas fazendas de café, que atualmente estão, em sua maioria, adaptadas para a pecuária e para a atividade turística, com uma rede ferroviária que apresenta, ao longo de seu curso, vários centros urbanos originados nos períodos áureos da cafeicultura.

A ocupação do bairro Roma I (que pertenceu a Piraí e foi reanexado a Volta Redonda em 2002) aconteceu a partir de 1985, quando um loteamento financiado pelo antigo Programa Federal Nossa Caixa foi planejado naquela área, mas acabou fracassando. Datados das décadas de 70 e 80, os bairros Roma I e II, localizados na porção sul, constituem ocupações recentes bem afastadas do plano urbano central. Essas aglomerações possuem infraestrutura precária e estão associadas à ligação da BR-116 Rodovia Presidente Dutra com a VRD-001 Rodovia dos Metalúrgicos. No médio curso da bacia do Córrego Brandãozinho/Cachoeirinha inúmeras extensões de brejo também foram reduzidas com a ocupação urbana. A Estrada Francisco Vilela Arantes (VRD-001), conhecida como "Estrada Volta Redonda - Getulândia", liga o Roma II à Getulândia atravessando a área rural sul do município. O Roma possui um dos distritos industriais voltados a pequenas e médias empresas, somado aos do Contorno e João Pessoa Fagundes.


A partir de 1870, a atividade cafeeira entra em decadência por causa, principalmente, de dois fatores:
• o esgotamento dos solos, causado pela prática desordenada da lavoura;
• a gradativa libertação dos escravos, que constituíam mão-de-obra base das lavouras de café.

Vários produtores de café ficaram na ruína, e a produção se deslocou para São Paulo, que já contava com a mão-de-obra do imigrante italiano e condições naturais – disponibilidade de terras, clima e solo – favoráveis.

A lei nº 3.129 de 14 de oututubro de 1873 passou a regular a concessão de patentes aos autores de invenção ou descoberta. No bojo desse processo, Guilherme Schüch Capanema fez requerimento para ter o direito de produzir e vender um formicida para ter o direito de produzir e vender um formicida para matar formigas. Naquela época, se fazia necessária a existência de um sistema aderente às necessidades da economia agrícola daquele período para resolver o problema das formigas saúvas, em sua maioria, para eliminar os insetos que assolavam os cafezais, nos quais eram usados líquidos, gases, vapores e massas inseticidas. No mesmo período, houve a edição do decreto nº 5.357, de 23 de julho de 1873, que concedeu a Guilherme Schüch, Barão de Capanema, o privilégio para a produção de dissulfeto de carbono, o qual passou a ser comercializado sob o nome de “Formicida Capanema”. O desenvolvimento de soluções tecnológicas para este fim, portanto, era necessário à economia agrícola da época; e o formicida Capanema, usado no combate à formiga saúva, fez parte desse cenário. O produto teve tanta aceitação no mercado agricultor brasileiro que Capanema chegou a criar três fábricas para produzir o formicida: uma no Rio de Janeiro – Ilha do Governador; uma em Rodeio – atual município de Paulo de Frontin; e outra em Salvador – Bahia. Guilherme Schüch Capanema recebeu o título de barão em 1881 por decreto do Imperador D. Pedro II, tendo ficado conhecido como Barão de Capanema (1824- 1908).

Já no vale, o gado tornou-se a melhor opção para a manutenção das fazendas, pois necessitava de pouca mão-de-obra e garantia a posse da terra. A pecuária abastecia não só o mercado regional, mas também o Rio de Janeiro e algumas áreas de São Paulo. Essa atividade foi importante para vários municípios do vale, perdurando até hoje em alguns deles.

Na maioria dos casos, os municípios que não encontraram outra opção no desenvolvimento econômico mantiveram a pecuária e o comércio dos produtos derivados da pecuária. Os espaços agropecuários existentes localizam-se fora do eixo urbanizado pela rodovia Presidente Dutra, e constituem áreas de repulsão da população, pois não conseguem absorver, em termos de mercado de trabalho, toda a mão-de-obra disponível, já que a pecuária usa pouca gente. Nos municípios em que predominam a indústria e o turismo também ocorrem migrações em direção a outras áreas, pois muitos desses municípios, que desenvolviam atividades tradicionais como a agricultura ou a pesca, não conseguem desenvolver essas novas atividades.

Piraí é cortada pela Rodovia Presidente Dutra (BR-116) e pela RJ-145, sendo esta última, o principal acesso à sede do município, servido pelo Terminal Rodoviário Thereza Bastos Muller. No passado, já foi servido por transporte ferroviário entre os anos de 1883 e 1942, pela Linha da Barra da Rede Mineira de Viação, também conhecida na época como uma extensão denominada Ramal de Passa Três. Após a desativação do trecho da ferrovia, este teve os trilhos retirados no ano de 1944 e pouco tempo depois, a antiga e pequena estação ferroviária da cidade foi demolida. O antigo leito da linha férrea, que margeia o Rio Piraí, originou parte da atual rodovia RJ-145 e no local onde se abrigava a antiga estação, hoje se situa a rodoviária do município. Piraí tem, como principais atividades econômicas: agricultura, pecuária, silvicultura, pesca, indústria, produção e distribuição de eletricidade, construção civil, comércio e prestação de serviços. Atualmente, Piraí possui três condomínios industriais. Nesses condomínios, encontramos diversas empresas, tais como: AmBev, Maria Moura Confecções, DPI, SINASC, Injeções Termoplásticas, Cobra Tecnologia, Masgovi, Usimateq, Rede Construir, Produtos Goiana, Tuko, JRO, Tecnocell, Carta Fabril e a famosa zona do Varjão que funciona na rua Joaquim Ferreira de Melo na altura do Km 246 da pista sentido RJ.

Paraíba do Sul era conhecida por "Meio da Jornada", em virtude da posição intermediária entre Minas Gerais e Rio de Janeiro. A localidade constitui-se no primeiro núcleo do atual município. Seu desenvolvimento iniciou com o cultivo do milho destinado à alimentação dos animais das tropas, prosseguiu com o plantio de cana-de-açúcar e, mais tarde, em decorrência das condições favoráveis das terras, surgiu a lavoura do café, introduzindo um grande número de escravos, transformando a paisagem rural e urbana local. Muitas fortunas se fizeram e os proprietários passaram a possuir títulos nobiliárquicos.

Entre as grandes propriedades da época, pode-se destacar a Fazenda da Boa Vista, de propriedade do Visconde de Paraíba; as de Miranda Jordão, em Bemposta; as do Visconde de Entre-Rios e as da Baronesa de Santa Justa. Esse progresso determinou sua elevação à categoria de freguesia em 1756 e, posteriormente, à de vila com a criação do município de Paraíba do Sul. Sua emancipação ocorreu por meio do Decreto Geral de 15 de janeiro de 1833 e a instalação se deu quatro meses após, em 15 de abril do mesmo ano.

O bairro Vale da Cachoeira fica na divisa de três cidades: São José do Vale do Rio Preto, Areal e Três Rios, em área do distrito de Bemposta, criado em 1938, quando Três Rios obteve a emancipação de Paraíba do Sul. A utilização do ‘Caminho do Mar de Espanha’ como rota alternativa pelos moradores do sudeste das Minas Gerais para alcançar a Estrada Real e, finalmente, o Porto de Estrela, na Baía de Guanabara, favoreceu o desbravamento das terras de Bemposta. O distrito recebeu esse nome graças ao José Antônio Barbosa Teixeira, que escolheu em homenagem ao seu pai, criado em Portugal, na localidade de Campo de Bemposta. A Fazenda Bemposta foi fundada com engenhos, monjolos e senzalas, iniciando a cultura de lavoura e cana, e assim, dando origem à vila Bemposta. Aos poucos, as florestas foram sendo desmatadas, originando cafezais e, utilizando-se de mão de obra escrava, desenvolveram a zona agrícola. Após o fim do período cafeeiro e da forte presença da lavoura na região, o distrito passou por um processo de industrialização. Quando foi feita a ocupação do território, os trabalhadores rurais em sua maioria trabalhavam nas grandes fazendas locais, isto é, existia uma relação de poder entre os grandes donos de terra e os agricultores. Com o passar do tempo, várias indústrias começaram a adentrar no meio rural, fazendo com que os moradores se tornem assim, mãode-obra para as indústrias. Além do uso dos recursos naturais, com destaque para a indústria ‘Argibem’ que se utiliza da extração de barro da região, assim como as demais indústrias como a fábrica de suco ‘GreenPeople’ e a indústria de água mineral ‘Leve Sul’ que também fazem o uso dos recursos naturais da área.

A partir de então grandes melhorias são trazidas para a região no que diz respeito à malha rodoviária, com a construção de pontes, entre elas a da vila de Paraíba do Sul em 1836, com projeto e início de execução pelo major Júlio Frederico Koeler. Quanto à malha ferroviária, em 1867 é inaugurada a estação da Estrada de Ferro D. Pedro II, promovendo um maior escoamento dos produtos agrícolas da região. Com a abolição da escravatura, a economia rural da região desvia-se para a pecuária de corte e leite, trazendo, no século XX, um período de estagnação, se não de decadência. 

Excetuam-se tentativas de reativação econômica, como a implantação de indústria têxtil e a criação de uma estância hidromineral em Salutaris. Todavia, a zona de influência econômica transferiu-se da área de Paraíba do Sul e Vassouras para Três Rios, importante entroncamento rodoferroviário da Região Centro-Sul Fluminense.

No lado fluminense do “Caminho Novo das Minas”, aberto pelo Bandeirante Garcia Rodrigues Paes, por uma decisão política do Governador do Rio de Janeiro, Artur de Sá Menezes, surgiu Roça do Alferes”, mais tarde “Arcozelo”. Esta área foi o epicentro da ocupação e desenvolvimento da região serrana do Rio de Janeiro. inicialmente à formação do primeiro núcleo de povoamento além da serra do mar, teve início quando o Alferes Francisco Tavares foi designado para a segurança do “caminho novo”. Como o costume, ele estabeleceu para sustento seu e dos usuários da estrada, a roça que passou a história como a “Roça do Alferes”, ponto de referência para os viajantes que se dirigiam para as minas gerais. Em 1838, escravos da Fazenda Freguesia organizaram um movimento de fuga , fato que obteve ampla repercussão na província do Rio de Janeiro. No final do séc. XIX, a propriedade passa as mãos do Dr. Joaquim Teixeira de Castro, o Visconde de Arcozelo, daí a troca do seu nome, que mantém o local produtivo. Nas primeiras décadas do séc. XX, a Fazenda Arcozelo, passa a incorporar uma nova realidade, a decadência das grandes propriedades rurais do interior do estado. A firma Rural SA adquire a propriedade, passando a implementar atividades pecuárias no local, após lotear grande parte de suas terras.

Em uma área estratégica Três Rios é cortada por duas grandes rodovias federais (BR-040 e BR-393),ficando conhecida como "Esquina do Brasil" pelo presidente Juscelino Kubitschek devido à sua localização privilegiada entre grandes rodovias e ferrovias. A cidade já se destacou pela industrialização principalmente no ramo ferroviário e de alimentos, tendo declinado com a quebra de duas importantes empresas da região, principalmente a Companhia Industrial Santa Matilde fabricante de automóveis, vagões e tratores.

A Ponte das Graças, no bairro homônimo, é um grande empreendimento projetado pelo engenheiro José Koeller no século XIX, com seu nome oficial de Ponte do Paraíba. Sua construção se iniciou em 1859, e sua inauguração aconteceu em 23 de junho de 1861, com a presença do Imperador D. Pedro II. Durante longo tempo serviu como ponte rodoviária e ferroviária. Paralela à ponte de ferro, foi construída uma ponte de concreto para o uso da rodovia Estrada União e Indústria. Embora seu nome oficial seja Ponte do Paraíba, foi tombada e batizada popularmente como Ponte das Garças.

Governador Portela teve seu desenvolvimento urbano éno início do século XX, quando foi aberto ramal auxiliar da Estrada de Ferro Leopoldina que, partindo de Japeri, na Baixada Fluminense, atingia o Rio Paraíba em Paraíba do Sul. O eixo ferroviário estimulou o nascimento de povoações que, em sua maioria, abrigavam os próprios trabalhadores da ferrovia. No distrito, parte das áreas urbanas eram de propriedade da Rede Ferroviária Federal. RFFSA, subsistindo toda uma vila residencial destinada aos ferroviários. Quando da criação da linha auxiliar, Governador Portela era o ponto de entroncamento de um ramal secundário, que se dirigia a Sacra Família do Tinguá, Vassouras e Valença. Esta característica é responsável pelo desenvolvimento da sede distrital que ocorreria antes de Estiva, atual Miguel Pereira.

No início do século XX, tivemos no Brasil a política da substituição das importações, surgida com a dificuldade de obter produtos importados, em razão dos conflitos mundiais (Primeira e Segunda Guerras). O Vale do Paraíba apresentava vários fatores favoráveis à industrialização, dentre outros:

• capital acumulado nos bons tempos do café;
• proximidade dos dois principais centros urbanos consumidores do país – Rio de Janeiro e São Paulo;
• existência de uma boa rede de comunicações: rodovia e ferrovia;
• possibilidade de obtenção de energia elétrica, com a construção de barragens e represas.

“Se as parreiras são produtivas nos locais mais diversos do mundo, por qual razão também não seriam geradoras de boas uvas aqui na Mantiqueira Fluminense?” Foi a partir deste questionamento que a Família Aranha, tendo à frente o casal Ângela e José Cláudio, começou a desenvolver a ideia de cultivar as uvas viníferas que dariam origem à Vinícola Inconfidência – a única do Estado do Rio -, em  terras situadas às margens da Estrada Real, no distrito de Inconfidência (antigo Sebollas), no município de Paraíba do Sul. Assim, em 2010, foram plantadas parreiras para a produção de uvas e vinhos finos de qualidade, com uvas tintas Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc, Merlot e Syrah, e a uva branca Sauvignon Blanc. No ano passado, a Inconfidência deu mais um passo, com a construção da sua cantina, em um galpão de 500 metros quadrados. Tem capacidade para produzir 20 mil garrafas de vinho, por ano. Inspirados na experiência da Vinícola Inconfidência, três novos vinhedos começam a brotar em terras fluminenses: Em São José do Vale do Rio Preto, a família Tassinari, tradicional produtora de café, dá os primeiros passos no mundo dos vinhos. Já a família Eloy amplia os negócios com um vinhedo em Areal e outro em Itaipava (Petrópolis). Agora, o sucesso da Vinícola Inconfidência encorajou a família a diversificar a área de atuação, tendo o vinho como ponto de partida. E eles começaram logo com a criação de dois vinhedos. Em Petrópolis, no Vale do Cuiabá (Itaipava), fica o Vinhedo Boa Esperança, criado com a plantação de 2,5 mil mudas (Syrah, Cabernet Franc e Merlot) em 7,5 mil metros quadrados. Em Areal, a cerca de 20 minutos do centro de Itaipava, está o Vinhedo dos Faisões. O local era uma antiga fazenda de criação das aves. Agora, 4 hectares do terreno receberam 11 mil mudas de Syrah, Cabernet Franc, Merlot, Sauvignon Blanc e Cabernet Sauvignon. A Lei nº 9.388 de 01 de Setembro de 2021 declara o Município de Areal, como “Cidade da Uva” no Estado do Rio de Janeiro.


Inicialmente, foram instaladas indústrias em dois setores: têxtil – grande concentração em Valença – e alimentar (laticínios), com destaque para Barra Mansa. Depois de 1930, houve um incentivo maior às indústrias de base e a uma infra-estrutura urbana, necessária à atividade industrial que se instalou na região. Nessa fase, destacaram-se a instalação da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), na década de 1940, em Volta Redonda, e a construção da rodovia Presidente Dutra, na década de 1950.

Uma antiga fazenda de café, decadente como todas da região, forneceu o quadro rural para esse empreendimento (CSN), articulado, ao mesmo tempo, com os mercados de consumo de São Paulo e do Rio de Janeiro, com o minério de ferro procedente de Minas Gerais, com o porto por onde entra o carvão (cidade de Angra dos Reis) e com o próprio curso do Paraíba. A localização dessa grande indústria nacional, desde o ano em que passou a produzir (1946), vem exercendo forte atuação sobre outras categorias industriais.

Em 1871, quando da expansão da Estrada de Ferro D. Pedro II, é criada uma estação em terras da Fazenda São José do Pinheiro, de propriedade do comendador Joaquim José de Sousa Breves. Já em 1890, a fazenda, junto à estação ferroviária, foi desapropriada pelo governo republicano, que no ano seguinte transferiu a propriedade da sede para o Ministério da Guerra, que a transformou em hospital militar. Em 1899, o hospital militar passou para a administração do Ministério da Agricultura, que em abril de 1912 abre, no prédio da estação ferroviária, que havia sido reformada em 1902, o Posto Zootécnico Federal de Pinheiro. Quatro anos depois, a antiga Escola Superior de Agricultura e Medicina Veterinária (atual Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro) é transferida da então Capital Federal para Pinheiro, funcionando junto ao Posto Zootécnico. Na década de 1940, a estação e o local trocam o nome, passando de Pinheiro a Pinheiral. Em 13 de junho de 1995, o distrito de Pinheiral se emancipa, com a ajuda do crescimento populacional verificado após a instalação de diversas famílias vindas das antigas vilas da Light S.A. em Piraí, que lá adquiriram propriedades quando do processo de privatização daquela empresa, e que estavam sendo desalojadas de seus imóveis. Sua economia é baseada na agropecuária, tendo pequenas indústrias de transformação em seu território. De acordo com a Lei nº 772/2014 o município subdivide-se nos bairros: Três Poços, Parque Maíra, Parque Industrial, Pôr do Sol, Planalto do Sol, Varjão, São Jorge, Vale do Sol, Jardim Bela Vista, Vale dos Pinheiros, Jardim dos Pinhais, Jardim Palmeiras, Palmeiras, Rolamão, Centro, Vale do Cruzeiro, Cruzeiro I, Cruzeiro II, Ipê, Oriente, Chalet, Paraíso, Colina, Posto Zootécnico e Vale Verde. O acesso a Pinheiral se dá pelas rodovias: BR-116 e RJ-141.

Em torno da CSN, surgiram várias empresas ligadas à siderurgia. Encontrando uma estrutura adequada, as cidades se espalharam ao longo da BR-116 – a Via Dutra – formando, no eixo Barra Mansa–Volta Redonda e Barra do Piraí, a área de maior concentração industrial do Vale do Paraíba fluminense, durante algum tempo. A presença da rodovia ligando as duas maiores cidades do país – São Paulo e Rio de Janeiro – com grande mercado consumidor favoreceu esse desenvolvimento do vale.

A CONURBAÇÃO formada pelos municípios de Volta Redonda e Barra Mansa representa o principal centro urbano, extrapolando até mesmo os limites regionais, na medida em que exerce forte influência em municípios pertencentes a outras regiões, como Vassouras, polarizando com isso grande parte dos fluxos de mercadorias e pessoas, principalmente no que se refere à demanda por serviços. Atualmente, pode-se observar o surgimento de novos eixos industriais, como o formado pelos municípios de Resende e Porto Real, devido a uma reorganização do processo produtivo. Aparecem no estado do Rio de Janeiro, atualmente, pólos de produção e concentrações econômicas que representam 73% das exportações do estado. No Vale do Paraíba, destaca-se o pólo automotivo de Resende e Porto Real, onde encontramos a montadora da Peugeot-Citroën.

Valença foi menos afetada pelo empobrecimento do solo e a produção de café caiu em relação as outras cidades da região devido à ferrovia que passava pela cidade, o que propiciou a criação de indústrias por alguns empresários locais. As indústrias têxteis começaram a surgir por volta de 1909, fundadas pelos empresários José Siqueira Silva da Fonseca, Benjamin Ferreira Guimarães e Vito Pentagna. A economia local também foi estimulada em 1910 quando a Estrada de Ferro Central do Brasil encampou as operações da antiga estrada de ferro "União Valenciana". A Estrada de Ferro Central do Brasil instalou oficinas e um Depósito na cidade. Houve investimentos locais com a construção da variante de Esteves, do trecho ferroviário entre Marquês de Valença e Taboas e de Rio Preto a Santa Rita de Jacutinga. Com isto, a população aumentou e o comércio local prosperou. Ao mesmo tempo, as fazendas locais erradicaram os cafezais envelhecidos e passaram a dedicar-se á agro-pecuária. A produção leiteira prosperou na região. A estação de Esteves foi aberta em 1871 pela antiga E. F. União Valenciana. O nome provinha do dono da fazenda Santo Antonio do Paiol, junto à linha, Coronel Francisco Martins Esteves. O rio próximo também se chamava Esteves.

Constituíram-se, assim, novos eixos industriais, havendo, portanto uma reorganização do espaço produtivo. Algumas antigas áreas industriais se transformaram em áreas com predomínio de atividades terciárias – comércio e serviços –, repetindo a tendência dos grandes centros urbanos.

A atividade agropecuária ainda exerce um papel importante no Vale do Paraíba fluminense, especialmente nos municípios de Valença, Resende e Barra Mansa, que formam a bacia leiteira do médio Paraíba, sendo Valença o principal produtor de leite do estado. A PECUÁRIA ainda é, algumas vezes, praticada de forma EXTENSIVA.

A grande produção de café nas propriedades do Visconde do Rio Preto, permitiu que ele empreendesse a criação do ramal de diligências da Estrada União e Indústria, inaugurado no dia 7 de setembro de 1868. Iniciava-se em Paraibuna (atual Mont Serrat), na estação de mudas (atual Museu Rodoviário), e seguia até Porto das Flores (Manuel Duarte). Ele passou a escoar a produção das fazendas fluminenses e mineiras. A produção das fazendas levou à formação de duas localidades ribeirinhas ligadas por pontes, denominadas Porto das Flores e Três Ilhas. A localidade de Três Ilhas é marcada pela paisagem natural, com uma pedreira aflorando aos fundos, e pelo Rio Preto, que proporciona uma ampla visão de suas águas. A rodovia aproveitou o leito do trem, mas ficou em cota elevada. A estação ferroviária localiza-se no marco km 33,9, as construções feitas ao seu redor acabaram comprometendo sua ambiência.

A reorganização territorial determinou mudanças, como no caso da emancipação de Quatis, que era o principal distrito de agropecuária em Barra Mansa e, por esta razão, teve diminuída sua área de pastagem.

Podemos destacar, ainda, o município de Rio das Flores com o predomínio do setor primário, onde se procura criar uma marca para promover o turismo local. Surge o Conselho do Ciclo do Café – Conciclo – que visa estabelecer uma série de políticas voltadas para o turismo, fazendo um roteiro pelas fazendas de café existentes na região.

No início do século XIX, ocorre um grande desenvolvimento econômico na região do vale do rio Paraíba do Sul. Com o esgotamento do ouro em Minas Gerais, mineiros migraram em massa para a região então de matas virgens e ocupada por tribos nômades de índios Coroados. Findado o trabalho de aldeamento de tais silvícolas, a região vê-se segura para ser colonizada a partir de plantações, a princípio pelas de cana-de-açúcar e depois pelas de café. O mercado internacional começa a se interessar pela bebida e a demanda aumenta continuamente. A estrada de Polícia e o crescimento econômico da região permitem o rápido surgimento de um arraial, atualmente centro da cidade de Vassouras. Vão ali residir o construtor da estrada de Polícia, Custódio Ferreira Leite, e seus sobrinhos da família Teixeira Leite. Com o crescimento econômico pelas plantações de café, a vila de Vassouras desenvolve-se e é elevada à categoria de cidade a 29 de setembro de 1857.

Na regionalização adotada pela Turisrio, parte do Vale do Paraíba fluminense recebe a denominação de região do Ciclo do Café, incluindo os municípios de Valença, Rio das Flores, Vassouras, Barra do Piraí, Barra Mansa, Volta Redonda, Quatis, Piraí. O turismo é um setor em expansão, representando uma opção para alguns proprietários rurais, que procuram produzir artigos voltados para essa fatia do mercado, como geléias, cachaça, laticínios.

A piscicultura vem ganhando espaço em projetos governamentais sendo que, em Piraí, foi instalado um posto comercial regional, com vistas a um pólo de piscicultura. Seria uma atividade complementar à pecuária, não visando a substituí-la, já que pode contribuir para o desenvolvimento do turismo. 

Constituído por residências e alguns comércios, Humberto Antunes está inserido numa área semi-rural, na periferia de Mendes. Seu nome homenageia o engenheiro da Central do Brasil, Humberto Saraiva Antunes. Na localidade estão a estação e a boca superior do Túnel Grande. A estação foi inaugurada em 1894, criada, inicialmente, para atender ao fluxo de carga e descarga da Fábrica de Papel Itacolomy. Em 1912 foi adquirida pela CIPEC (Companhia Industrial de Papéis e Cartonagem) e eletrificada. De Humberto Antunes saía um ramal de bondes para o transporte dos funcionários, feito através de bondes de carga elétricos e pequenos bondes a gasolina.


O desenvolvimento industrial e a expansão do turismo na região ocasionaram muitas agressões ao meio ambiente. Há problemas de diferentes fontes:
• poluição, com lançamento de dejetos industriais nos rios da bacia do Paraíba do Sul;
• despejo de esgoto doméstico, por falta de saneamento nos municípios da área;
• desmatamento, levando à extinção de espécies animais e vegetais da mata Atlântica.

Representantes da União e dos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais se reuniram para tratar da despoluição da bacia do rio Paraíba do Sul, responsável por cerca de 80% do abastecimento d’água da região metropolitana do Rio de Janeiro e por 20% da produção de energia elétrica. Nessa reunião, em 20 de junho de 2005, ficou acertada a constituição da Comissão de Coordenação e Acompanhamento (CCA) para consolidar a implementação de um cronograma de ações na bacia do Paraíba do Sul.

Em 1910, a Estrada de Ferro Rio das Flores e a União Valenciana foram encampadas pela Estrada de Ferro Central do Brasil, que, visando a uma maior integração regional, promoveu um reordenamento na malha ferroviária e estendeu, em 1911, os trilhos para as locomotivas transitarem entre Três Ilhas e Afonso Arinos, extinguindo definitivamente o transporte feito pela Ferro-Carril que funcionava no trecho. Completava-se, assim, o trajeto a vapor entre a cidade de Valença e a linha central entre o Rio de Janeiro e Belo Horizonte, ligando a região do Médio Paraíba fluminense à Zona da Mata mineira. A estação ferroviária de Barra Longa (atual Afonso Arinos) foi inaugurada em 21 de julho de 1911 adotando o estilo enxaimel. Pouco mais tarde, algumas indústrias são instaladas nos arredores da localidade chamada de Serraria ("Faca"), inclusive uma tecelagem no Alto da Boa Vista, construída na década de 1950, pelo armênio Levy Gasparian, levando prosperidade e tornando possível o desmembramento do distrito de Afonso Arinos. Não satisfeito com isso, com uma "grande visão", ele reuniu imóveis na região e construiu casas, apartamentos, escolas, cinema e centros culturais para seus funcionários. 1400 pessoas empregadas. Em 1963, através do decreto oficial nº 99, de 30 de janeiro, e para homenagear àquele que, de fato, fez da localidade um distrito industrial, a região ganhou seu nome definitivo: Comendador Levy Gasparian - Emancipado de Três Rios, junto ao distrito de Afonso Arinos em 1991.

O crescimento da atividade industrial – siderúrgica, metalmecânica, automobilística – juntamente com o turismo (hotéis-fazenda e veraneio) respondem pelos altos índices de população urbana desses municípios. A área recebe muitos migrantes na expectativa de encontrar trabalho e observam-se movimentos diários entre pequenos aglomerados – núcleos dormitório – e as cidades de maior porte.

A região tem em Três Rios um de seus centros regionais, embora suas atividades econômicas já não apresentem o mesmo dinamismo de anos atrás. O Município de Paty do Alferes destaca-se pelas atividades de produção do tomate. O de Paraíba do Sul está recuperando o seu polo turístico. Além disto, está reformando o Parque Salutáris (Parque das Águas).

Paty do Alferes, Vassouras e Miguel Pereira devem grande parte de seu desenvolvimento subordinada diretamente às amplas atividades sociais, agrícolas, pecuárias e financeiras fomentadas pela família Werneck na Serra do Tinguá e nas circunvizinhanças do Vale do Paraíba Fluminense. O sobrenome Werneck originou-se de seculares raízes europeias conhecidas desde o século XII em regiões da Alemanha do Sul, onde, junto a uma curva do Rio Meno havia seu castelo medieval, daí derivando sua designação: WERN (castelo) e NECK (curva). No século XIX, a Família Werneck era proprietária da Fazenda Glória do Mundo, dedicada à plantação de café, cana-de-açúcar e criação de gado. Fundada pelo comendador Inácio José de Souza Werneck, a plantação de café, cana-de-açúcar e a criação do gado atingiu seu auge com Luis Quirino da Rocha, filho do Barão de Palmeiras, Francisco Quirino da Rocha, que adquiriu a fazenda em 1851 e era casado também a neta de Werneck. Na metade do século XIX, constavam 250 escravos trabalhando na propriedade. João Quirino, um de seus filhos, herdou a Fazenda Glória do Mundo e durante a crise da cafeicultura. João Quirino da Rocha Werneck, o 2º Barão de Palmeiras, foi fazendeiro e político, tendo exercido diversos cargos políticos no município de Paraíba do Sul,  vereador e presidente da câmara municipal, além de deputado provincial pelo Rio de Janeiro. Colaborou na fundação de Valença e no desenvolvimento de diversas obras públicas, em especial da Estrada de Ferro Melhoramentos do Brasil. Exerceu forte influência na região até fins da gestão Nilo Peçanha. Doou terras para a construção da Estação Ferroviária, que homenageia a Família Werneck, projetada pelo engenheiro Paulo de Frontin e inaugurada em 1898.



O núcleo que deu origem à cidade de Parati foi fundado por portugueses da capitania de São Vicente (SP), no início do século XVI. Com a descoberta do ouro em Minas Gerais, a antiga trilha dos guaianás, que transpunha a serra do Facão atingindo o Vale do Paraíba tornouse passagem obrigatória para a região das minas. Esse foi o caminho percorrido pelos portugueses e índios guaianás para combater os tamoios que habitavam a zona de mineração. No final do século XVI, Parati já se destacava pela produção de açúcar, e até hoje a cidade preserva inúmeros engenhos.

A Vila de Trindade é formada basicamente por uma vila de pescadores. O comércio local é exercido pelos caiçaras, nativos da região, constituído basicamente de artesanato e restaurantes com comidas típicas. Parte de Trindade pertence ao Parque Nacional da Serra da Bocaina e é preservada pelo ICMBio. A estrada de acesso é estreita e sinuosa, além de ter um trecho bem íngreme. Trindade já foi habitada por índios, piratas e portugueses. Na década de 1970, virou abrigo e símbolo de hippies. Na mesma época, a empresa ADELA - Agência de Desarollo de Latino América, invadiu a vila de pescadores com o objetivo de expulsar os moradores e criar na vila um balneário com vistas ao turismo e um condomínio de luxo. Posteriormente a empresa Cobrasinco fez acordo com os trindadeiros e escriturou suas propriedades na área por eles escolhida e a paz voltou a reinar.

A partir da descoberta do ouro na região de Minas Gerais, no final do século XVII, essa região ganhou enorme importância, pois se tornou o caminho oficial para o escoamento do ouro das minas, que era levado para Parati, depois para o Rio e daí para Portugal. Em 1767 terminaram as obras principais da estrada da serra dos Órgãos, então chamada Caminho Novo, para diferenciar da estrada de Parati, chamada Caminho Velho.

Esse Caminho Velho não foi totalmente abandonado, mas seu movimento começou a diminuir consideravelmente, o que acabou influenciando a economia da região. Com a queda do tráfego do ouro, Parati voltou-se para a produção de aguardente, e o produto passou a ser usado na troca por escravos africanos.

A localidade da Penha possui abriga a Igreja de Nossa Senhora da Penha, assentada em cima de pedras, no caminho para a cidade de Cunha (SP), através da Estrada Parque Comendador Antonio Conti. No bairro, localizado às marges de uma área de reserva ecológica, estão situadas as cachoeiras do Tobogã e Tarzã, o alambique Engenho D'ouro, um centro de informações turísticas sobre o chamado "Caminho do Ouro" e o Marco da Estrada Real. Tratando se do Parque Nacional da Serra da Bocaína, a melhor maneira de explorar é em passeios de jipe e em caminhadas, em meio ao verde, ao ar puro e a um sítio histórico-ecológico ainda pouco explorado na região, onde é possível encontrar ruínas, flora diversificada e caminhos paralelos que evitavam os pedágios da trilha oficial do ouro da época. O acesso por Paraty inicia-se no entroncamento com a rodovia Rio-Santos (BR-101), na entrada de Paraty, segue asfaltada por 14 quilômetros, quando se torna uma estrada-parque, com pavimento em blocos para redução de velocidade, atravessando 8 quilômetros pelo interior do Parque Nacional da Serra da Bocaina - até a divisa com o estado de São Paulo, onde volta a ter pavimento normal, recebendo a numeração de SP-171 e denominação de "Rodovia Vice-Prefeito Salvador Pacetti".

O caminho foi usado como rota do tráfico de escravos e, mais tarde, para escoar a produção cafeeira do Vale do Paraíba e para levar aos barões do café o luxo trazido da Europa. Com a Lei Áurea libertando os escravos, a produção agrícola entrou em colapso, fato que se agravou com a ligação ferroviária Rio– São Paulo. A cidade de Parati perdeu, então, toda a sua importância econômica, o que muito contribuiu para preservar suas fortes características coloniais.

Com a abertura da Rio–Santos – BR-101 –, a cidade transformou-se em pólo turístico de fama internacional. Os contatos do Rio de Janeiro com Angra dos Reis eram feitos por péssimas rodovias, e, com Parati dependiam de irregular navegação marítima. É importante mencionar que as escarpas da serra do Mar se aproximam muito do litoral nessa área, deixando pouco espaço para a circulação e, principalmente, para o povoamento.

A Vila Residencial de Mambucaba é um núcleo urbano fechado, construído na década de 70 para abrigar operadores das Centrais Nucleares que se instalaram em Itaorna, no Município de Angra dos Reis, hoje administrada pela Eletronuclear do Grupo Eletrobrás. Situa-se ao norte do Município, à beira mar, distando aproximadamente 30 km da sede municipal. A localidade possui 2.000 habitantes residentes. Quando a ampliação da Vila, ainda não esta resolvido pela Eletrobras, pois para a construção de Angra 3 estão sendo apenas construídos alojamentos que estarão interligados ao núcleo existente. Se houver uma decisão de ampliação da Vila, esta ampliação será absorvida pela Eletrobrás, não trazendo nenhum ônus ao Município de Paraty.

A construção da Usina Nuclear Álvaro Alberto, em Mambucaba, e da Nuclebras Equipamentos Pesados (Nuclep), em Itaguaí, determinou a necessidade de melhoria no acesso à região. Criada em 1975 para ser a fornecedora de equipamentos para as usinas nucleares brasileiras, a Nuclebras Equipamentos Pesados (Nuclep) é uma empresa privilegiada. Opera uma fábrica altamente equipada, de alta precisão e tecnologia, situada no município de Itaguaí.

Está localizada a apenas 85km do Rio de Janeiro, a 430km de São Paulo e a 450km de Belo Horizonte, três das principais cidades do país. É dona ainda de um terminal portuário privativo, com capacidade de carga de mil toneladas.

Diante de um fator geográfico singular, onde o município de Angra dos Reis abriga poucas áreas planas, as pequenas planícies aluvionais, como Jacuecanga, Monsuaba, Japuíba e Mombucaba se tornaram o destino natural de localização da população trabalhadora. Esse foi o primeiro passo para a retração das atividades agrícolas. Com a revalorização dos terrenos, vários antigos proprietários, que haviam abandonado suas fazendas em décadas anteriores, resolvem retomar suas terras, ou, com mais frequência, repassaram suas propriedades para firmas imobiliárias. Os conflitos de terra que se desencadearam no momento da construção da BR-101 e nas décadas seguintes tiveram um grande impacto na política local. O impacto geográfico de maior relevância foi o desenvolvimento urbano da planície de Jacuecanga. Novos bairros nasceram, incorporando antigas áreas agrícolas, ao mesmo tempo em que as atividades comerciais e de serviços se expandiram. O cenário positivo foi marcado, no entanto, pelo aparecimento de problemas ligados à incapacidade financeira do governo municipal arcar com as grandes despesas em infraestrutura de saneamento demandadas pela expansão urbana. O desenvolvimento da indústria naval foi um dos pilares do programa de desenvolvimento industrial, em substituição às importações, do governo de Juscelino Kubitschek. Assim como a indústria automobilística, também implantada na década de 50, a indústria naval gozou de isenção total de taxas alfandegárias para a importação de máquinas e equipamentos. Angra foi escolhida por Juscelino para sediar um de seus grandes projetos, a indústria naval. Com isso, destina-se uma área de 15 milhões de metros quadrados, no distrito de Jacuecanga. Atraída por essa vantagem, um grupo holandês iniciou a construção dos Estaleiros Verolme na pequena planície de Jacuecanga em 1959.

A partir da década de 1970, a região recebeu investimentos do Governo Federal para a construção da BR–101 em áreas de encostas desgastadas e descobertas de vegetação, o que provocou elevados custos sociais ao meio ambiente, embora tenha facilitado o acesso à chamada Costa Verde.

A construção da Rio–Santos se seguiu de uma imediata ocupação da região pelos grandes empreendimentos imobiliários. A especulação viu na Costa Sul do estado uma boa oportunidade de explorar o turismo de alto nível. A partir da construção da BR-101, surgiram no litoral sul do estado vários empreendimentos turísticos e condomínios luxuosos que atraem visitantes de vários pontos do país e até mesmo do exterior.

Com uma longa faixa de maguezal aterrada, a Vila Residencial de Monsuaba foi construída no início da década de 1970 para abrigar funcionários da Petrobrás. A vila é acessada pelo trevo da Petrobrás, no Km 470 da rodovia Rio-Santos, e seguindo pela estrada Ponta Leste por 6 km. A vila situa-se a 17,9 km do Centro de Angra dos Reis. Sua praia não é recomendada para banhos.

Outro fator de destaque econômico, porém também discutível do ponto de vista ecológico, foi a construção do Tebig (Terminal da Baía da Ilha Grande) pela Petrobras, uma rede de oleodutos que liga o Rio de Janeiro ao Vale do Paraíba, destinada ao escoamento do petróleo da refinaria ao porto. Trata-se de um terminal portuário privativo da Petrobras.

Já a construção naval de grande porte foi importante na região de Angra dos Reis. Os Estaleiros Verolme representaram, durante algum tempo, um dos pontos altos da dinâmica econômica da área, juntamente com as usinas nucleares e o terminal da Petrobras. Com a diminuição das encomendas e a crise da indústria naval brasileira, o setor entrou em decadência, provocando a quase paralisação dessa atividade na região.

O bairro da Graúna fica a cerca de 12km do trevo de Paraty e tem um ar bem rural ainda. Logo na entrada uma estradinha com campos e pastos e ao fundo as montanhas, onde ficam as cachoeiras. O bairro está encravado na Serra da Bocaina. O nome "Graúna" tem origem no tupi-guarani "guirá-una", significando "pássaro preto" (chupim), e homenageia o rio Graúna, que deságua na Baía da Ilha Grande próximo à Estação Ecológica dos Tamoios em Paraty.

Como alternativa, o governo procurou incentivar o turismo, que assim como a atividade industrial, vem agredindo seriamente o meio ambiente. Mesmo sem um projeto maior de preservação ambiental da região que é conhecida pela fragilidade de seus ecossistemas, as cidades da região atraem cada vez mais turistas, com suas belas praias e patrimônio histórico de grande valor, especialmente Parati.

O eixo urbano, que parte da metrópole carioca ao longo da rodovia Rio–Santos alcançando Parati, apresenta municípios com índices crescentes de população urbana. É um eixo muito dinamizado pelo turismo, veraneio, serviços e algumas indústrias. O mercado de trabalho tem sido profundamente alterado, com mudanças das atividades rurais e de pesca para ocupações ligadas à construção civil, serviços domésticos e atividades relacionadas ao turismo.

Foz do Rio São Bras em Mangaratiba - O Rio São tem origem na Serra das Lajes, ao pé do morro do Patrimônio. Pela margem direita, recebe o rio dos Bagres, formando sua bacia um imenso brejo. Seu afluente da margem esquerda é o rio Patrimônio. Junto à praia une-se ao rio Ingaíba, formando uma única barra. Os primeiros aldeamentos de Mangaratiba se implantaram na região próxima à praia de São Brás a partir de 1619, com a chegada dos jesuítas junto dos índios Tupiniquins catequizados e da presença de Correa de Sá e Benevides (filho de Martim de Sá).- Foto: Reprodução da internet

A difusão de urbanidades no litoral sul tem sido bastante intensa, com base na abertura de rodovias, na construção da usina nuclear, na possibilidade de conseguir alguma ocupação nas atividades ligadas ao turismo e ao veraneio. É importante notar que muitos vão morar nas áreas rurais, residindo em favelas, em busca de ocupações na construção civil e em serviços diversos, por falta de outras oportunidades.

Durante a ditadura militar no Brasil desenvolveram-se as negociações entre o Brasil e a Alemanha Ocidental que resultaram no Acordo de Cooperação para Usos Pacíficos da Energia Nuclear, conhecido como Acordo Nuclear Brasil-Alemanha. Esse acordo incluía a construção de oito centrais termonucleares, uma usina de enriquecimento de urânio e uma fábrica de reatores nucleares.

Trens de minério aguardando para descarga na Ilha Guaiba - RJ - Foto: Cristiam Medeiros A região do Sahy é uma reserva ecológica, e possui ruínas históricas e vários condomínios residenciais fechados. Possui ainda um resort. Nela convergem os principais eixos viários que atravessam o Município: a ferrovia, rodovia BR-101 e RJ-014. Há áreas irregulares mais ao norte do núcleo urbano consolidado, ao longo da Estrada do Cachoeira. Na praia do Sahy eram desembarcados escravos vindos da Marambaia. Também é certo que as saídas para festas, promovidas por Breves, nessa ilha eram feitas pelo cais dessa localidade.

Foi construída a Usina Nuclear Álvaro Alberto, em Mambucaba, no município de Angra dos Reis. Houve muitos problemas nessa usina que a levaram a operar de forma descontínua. Logo de início, percebeu-se que a usina estava sendo instalada num local de falhas geológicas e com lençóis freáticos muito altos e matacães, tendo de ser alterado e reforçado o estaqueamento de sustentação da usina. Assim, bilhões de dólares foram investidos e, atualmente, Angra I e Angra II produzem uma quantidade pequena e cara de energia elétrica, sendo deficitárias na relação custo-benefício.

Em 2002, a participação das usinas Angra I e II na produção nacional de energia elétrica representava 2% do total. Os riscos são grandes, pois os resíduos radioativos podem contaminar o ambiente se não forem tratados e armazenados de modo correto.

A localidade do Taquari inclui, além da área de assentamento do Incra, uma área de preservação ambiental (já que parte dela localiza-se dentro do Parque Nacional da Bocaina), uma área de fazenda (de propriedade da White Martins) ocupada por posseiros e uma área em processo de urbanização. Cada uma das áreas que compõem a localidade do Taquari recebe um nome específico, a saber: Sertão de Taquari, Areal, Vila da Penha Taquarizinho e Sertãozinho. O bairro Taquari conta, hoje, com um total de 270 famílias que podem ser consideradas habitantes regulares do mesmo. Resultou da intervenção do Incra que, para solucionar vários conflitos de terras nos anos 1970 e 1980, resolveu desapropriar parte das fazendas Taquari e Barra Grande, dando origem ao assentamento de Taquari em 1983.



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