Rotas Fluminenses: RJ-101 Avenida Governador Leonel de Moura Brizola

Com 15,9km, a RJ 101 liga a BR-040 Rodovia Washington Luís, na altura do Pilar, (Duque de Caxias), até o entroncamento com a RJ-079 Linha Vermelha na divisa de Duque de Caxias com a Cidade do Rio de Janeiro.



É uma das principais via do Centro do município, sendo responsável pela ligação deste com a RJ-105 Avenida Joaquim da Costa Lima no bairro Lote XV em Belford Roxo e ainda com a Capital, através do bairro de Vigário Geral.



A RJ-101, conhecida como a Antiga Avenida Presidente Kennedy, teve seu nome alterado para Avenida Governador Leonel de Moura Brizola por força da Lei Estadual 6.036/2011, sancionada pelo então Governador fluminense Sérgio Cabral Filho.


Extensão por município:


Rio de janeiro - 200m
Duque de Caxias - 14,7km
Belford Roxo - 1km



Trechos da Rodovia:

  • Vigário Geral | Rio Meriti
→ Rua Bulhões Marcial
  • Rio Meriti | Pça. do Pacificador
→ Avenida Governador Leonel de Moura Brizola
  • Pça. do Pacificador | Terminal Plínio Casado 
→ Avenida Doutor Plínio Casado
  • Terminal Plínio Casado | BR-040 Rodovia Washington Luiz
→ Avenida Governador Leonel de Moura Brizola




Entrada de Duque de Caxias em 1968, a velha ponte sobre o rio Merity, inaugurada em 1928.

Essa via iniciada em Vigário Geral na altura do Viaduto Doutor Adauto, liga a RJ-079 Via Expressa Presidente João Goulart (Linha Vermelha) à BR-040 Rodovia Washington Luiz, percorrendo o Centro de Duque de Caxias e bairros paralelamente à Estrada de Ferro Leopoldina Railway, correspondente aos atuais ramais de Gramacho e Saracuruna da SuperVia.



Além de vias locais dentro do território caxiense, há uma inteseção com a RJ-105, no bairro do Lote XV em Belford Roxo.

Há o projeto da Transbaixada 2, que é basicamente uma obra de transformação da RJ-101, onde se integrará ao Arco Metropolitano, nos mesmos moldes da Transbaixada, sendo que diferencia pelos diques nos rios Capivari e Águas Pretas.

Av. Presidente Kennedy ainda em mão dupla, próximo a velha ponte entrada de Vigário Geral em 1970


Abertura da primeira Estrada Rio-Petrópolis

Antes de se tornar a Estrada Rio-Petrópolis, era apenas um caminho de carroças e animais. Em 1922 começou a ser aberta(construída) ainda em camada de terra batida, mas o suficientemente larga para a passagens dos veículos para a passagem de automóveis motorizados, sendo finalizada em 13 de maio de 1926.


Barreira Fiscal entre D.Caxias e Vigário Geral (divisa de Estados)
Dois anos mais tarde, em 25 de agosto de 1928 o então Presidente do Brasil o Sr. Washington Luis reinaugurou depois de calçar e reformar toda sua extensão. É a primeira Rodovia asfaltada do Brasil e considerada na época como uma grande obra da engenharia civil brasileira; um marco.



Iniciada no bairro do Vigário Geral, a rodovia alçança o Centro do município de Duque de Caxias após atravessar o Rio Merity. A partir daí, segue martgeando a Estrada de Ferro Leopoldina Railway, atuais ramais de Saracuruna e Gramacho da Supervia. Do outro lado, a comunidade do Lixão.



Situado na Baixada Fluminense, Duque de Caxias abriga atualmente quase um milhão de habitantes em seus 465 km2. Seus limites estendem-se, atualmente, aos municípios de Miguel Pereira, Petrópolis, Magé, Rio de Janeiro, São João de Meriti e Nova Iguaçu.

A hidrografia pode ser resumida em quatro bacias principais: Iguaçu, Meriti, Sarapuí e Estrela. O município é dividido em quatro distritos: 1º- Duque de Caxias, 2º- Campos Elíseos, 3º- Imbariê, 4º- Xerém.

Av. Pres. Kennedy na entrada da cidade vindo de Vigário Geral em 1969, dois ônibus da Empresa Albion

Embora hoje seja chamada de Av.Gov. Leonel de Moura Brizola, os populares continuam se refereindo como Av. Pres. Kennedy ou ainda "Antiga Rio-Petrópolis".


Chegando ao centro do município, estão os acesso ao Center Shopping e à Favela do Lixão ao lado esquerdo e ao Jardim 25 de Agosto pelo lado direito, sendo a travessia sobre a estrada de ferro realizada através do Viaduto Paulo Lins.



Shopping Center em 1969
Inaugurado em junho de 1963, o Shopping Center de Caxias está localizado no coração de Duque de Caxias. É conhecido também como Terminal Rodoviário de Caxias, o que facilita o acesso de moradores de oito municípios da baixada Fluminense e da cidade do Rio de Janeiro.



Seu mix de lojas é atual e diferenciado, reúne as mais diversas áreas de atividades do mercado. O Shopping Center de Caxias se consolida como referência na região do Grande Rio.


Shopping Center, depois de uma chuva em 1971, ao fundo um ônibus da Intermunicipal Caxias-Penha

Mais do que uma opção de compras, o Shopping se posiciona como o grande centro de locomoção para todo Grande Rio. É o mais forte pólo em instrumentos musicais, equipamentos de sonorização e artigos evangélicos do Grande Rio.



Linhas "Urbanas" que partem do terminal:

108C Duque de Caxias - Estácio (BRS I - Circular)
112C Duque de Caxias - Central
113C Duque de Caxias - Cidade Universitária / Fundão (Circular)
117T Caxias - Mangaratiba
119T Caxias - Itaguaí (via Vila Militar / Bangu)


Terminal Shopping Duque de Caxias - Foto: Maycon Sccer
120T Caxias - Itaguaí (via Nova Iguaçu / Piranema)
121T Caxias - Itaguaí (via Estr. do Campinho)
131I Nova Iguaçu - Duque de Caxias (Via Light / Metrô Pavuna)
134I Nova Iguaçu - Duque de Caxias (via São João de Meriti)
137I Nova Iguaçu - Duque de Caxias (via Dutra)
138I Duque de Caxias - Nilópolis (via Jardim América)
141C Duque de Caxias - Niterói (via Av. Brasil / Parada de Lucas)





142C Duque de Caxias - Niterói (via Novo Rio)
144C São Gonçalo - Duque de Caxias (via Ponte Rio-Niterói)
415C Jardim Leal - Central (via Gramacho)
429I Duque de Caxias - Queimados (via Nilópolis / Vilar dos Teles)
451T Caxias - Campo Grande (via Éden / Anchieta)
485L Caxias - Pilares (via Itararé)



487L Caxias - Saens Peña (via Rua Uranos)
488L Caxias - Usina (BRS I - via UERJ / Vila Isabel)
489L Caxias - Saens Peña (via Praça das Nações)
492L Caxias - Engenho da Rainha (via Penha / Av. Itaóca)
495L Caxias – Penha
560L Caxias - Méier
561L Caxias - Freguesia
562L Caxias - Pau-Ferro (via Rocha Miranda)
564L Caxias - Carrefour (Vicente de Carvalho)
564T Caxias - Campo Grande (via Parada de Lucas)



Terminal Shopping Duque de Caxias - Foto: Janssen Luiz
567L Caxias - Freguesia (via Linha Amarela)
568L Caxias - Praça Seca (via Vaz Lobo)
569L Caxias - Madureira (via Rocha Miranda)
603I Nova Iguaçu - Magé (via 25 de Agosto / Lafaiete)


Linhas "Executuvas" que partem do terminal:


1111C Duque de Caxias - Central
1900T Caxias - Conceição de Jacareí (via Santa Cruz)
1901T Caxias - Conceição de Jacareí (Direto - via Itaguaí)



1930D Niterói - Duque de Caxias (via 25 de Agosto / Av. Brasil - Seletiva)
1931D São Gonçalo - Duque de Caxias (Parador - via Dr. March / Av. Brasil)
1945I Nova Iguaçu - Niterói (via Magé)
2102C Duque de Caxias - Candelária (BRS I)
2904T Caxias - Santa Cruz (via Parada de Lucas / Campo Grande)
4561L Caxias - Freguesia
6561L Caxias - Pau-Ferro (via Rocha Miranda)





Linhas "Rodoviárias" que partem do terminal:



Campo Grande - Nova Friburgo (via Duque de Caxias)
Nova Iguaçu - Cabo Frio
Nova Iguaçu - Campos dos Goytacazes
Petrópolis - Caxias
Teresópolis - Nova Iguaçu (via Duque de Caxias)


Seguindo em frente, a estrada alcança a Praça do Pacificador, onde passa a formar uma Via Binário, mantendo seu nome oficial na pista sentido Vigário Geral e a pista sentido Corte Oito com 650 metros denomina-se Avenida Doutor Plínio Casado. Essa última serve de acesso à Estação ferroviária de Duque de Caxias.



Estação Ferroviária de Duque de Caxias (antiga Merity) em 1932

O Dr. Plínio de Castro Casado foi nomeado interventor federal no Rio de Janeiro após a Revolução de 1930, cargo em que permaneceu entre 28 de outubro de 1930 e 29 de maio de 1931, quando foi nomeado ministro do Supremo Tribunal Federal.


Av. Presidente Kennedy em 1974, em destaque o ônibus da Empresa de Transporte Municipal

Um de seus mais importantes atos na Biaxada Fluminense, entre outras, foi a criação do Distrito de Caxias, com sede na antiga Estação de Meriti, através do Decreto estadual nº 2.559, proposto pelo então Deputado Estadual Doutor Manoel Reis, ao perceber o grande crescimento pelo qual passava a Vila Meriti.



Sede do distrito de Merity na década de 1940 com a Estrada Rio-Petrópolis já asfaltada (atual Centro de Duque de Caxias)



Da Vila Merity à Duque de Caxias

A história de Duque de Caxias confunde-se com a dos municípios que lhe são vizinhos. Isso porque, até a década de 1940, Duque de Caxias, São João de Meriti e Nilópolis, juntos com Nova Iguaçu, formavam um só município. A região onde está inserido o município, desde o período da ocupação européia, teve sua história estreitamente relacionada à da cidade do Rio de Janeiro.



Variante Rio-Petrópolis (no inicio chamada de Avenida Rio-Norte) em 1949. Ao fundo a foz do Rio Merity e mais ao fundo a Praia de Caxias, sem aterros e apenas o traçado da continuidade das obras de abertura da nova rodovia, hoje a Rod. Washington Luiz.

Situando-se às margens da Baía da Guanabara, teve seu desenvolvimento ligado à extensa rede hidrográfica que a cortava. Através dos rios, realizava-se o escoamento da produção local e estabeleciam-se os elos de comunicação entre o interior e o litoral, favorecendo a ocupação das cercanias da Baía pelo interior serrano. O povoamento da região data do século XVI, quando foram doadas sesmarias, durante a expulsão dos franceses que haviam invadido a Baía de Guanabara.



Um dos agraciados foi Cristóvão Monteiro que recebeu terras, em 1565, às margens do rio Iguaçu, que formaram a Fazenda do Iguaçu, sendo a mesma, mais tarde, adquirida pela Ordem de São Bento, tornando-se então a mais antiga e importante fazenda localizada na região que hoje constitui o município de Duque de Caxias.

Km 91 da BR-040 Rodovia Washington Luiz - Foto: Reprodução da internet

A atividade econômica que incentivou a ocupação da região foi a do cultivo da cana-de-açúcar. O milho, o feijão, a mandioca e o arroz tornaram-se, também, importantes produtos durante esse período e abasteceram a cidade do Rio de Janeiro, assim como a lenha retirada da região. Já no século XVIII, a relação da cidade carioca com a região da Baixada se estreitou ainda mais, através dos caminhos que ligavam a região das Minas Gerais, quando o eixo econômico do Brasil em sua relação com Portugal voltou-se para o ouro do planalto mineiro.



Com a necessidade do escoamento do ouro e o abastecimento da província mineira, a região da Baixada da Guanabara passou a ter importância estratégica, pois se tornou área obrigatória de passagem, por conta de seus rios, bem como pelas estradas que foram abertas através das serras para que o trânsito de mercadorias se desenvolvesse. O Caminho Novo do Pilar, aberto devido às necessidades oriundas da mineração, entre elas a de se abrir um caminho rápido, econômico e seguro, que ligasse o Rio de Janeiro à região das Minas Gerais, intensificou as relações daquela cidade com os portos da Estrela, Pilar e Iguaçu.



Apesar da decadência da mineração, a região manteve-se ainda como ponto de parada e abastecimento de tropeiros, assim como local de passagem de mercadorias. Até o século XIX, o desenvolvimento das áreas no entorno da Baía foi notável. Entretanto, a impiedosa devastação das matas, assoreamento e obstrução dos rios, e o conseqüente transbordamento destes, favoreceram o surgimento de epidemias de doenças endêmicas da região, como a malária e o cólera. Muitos abandonaram a região que, praticamente, ficou inabitável.



Em meados do século XIX, Meriti, área do atual 1º distrito de Duque de Caxias, representava apenas um ponto de escoamento de poucos produtos, dentre os quais a lenha e o carvão vegetal. Até meados do século XX, a área que corresponde ao município era um espaço rural, uma área periférica que sofreu o impacto de algumas propostas de saneamento no início do século, mas que, no entanto, passou por um processo de ocupação desordenado, facilitado pela Estrada de Ferro Leopoldina Railway. A recuperação de Meriti começou a se insinuar com o advento da estrada de ferro, que ditava novos traçados nos caminhos, modificando por completo as relações comerciais e a ocupação do solo.


Foi o início do processo de surgimento de vilas e povoados que se organizaram em torno das estações ferroviárias, origem dos muitos bairros das atuais cidades. Quando a ferrovia atingiu o vale de Meriti, a região começou a sofrer os efeitos da expansão urbana da cidade do Rio de Janeiro. Com a inauguração da Estrada de Ferro Leopoldina, em 23 de abril de 1886, a localidade ficou definitivamente ligada ao antigo Distrito Federal.



No início do século XX, as terras da Baixada serviram para aliviar as pressões demográficas da cidade do Rio de Janeiro, já prenunciadas no “Bota Abaixo” do Prefeito Pereira Passos. Os dados estatísticos revelam que, em 1910, a população de Meriti era de 800 pessoas, passando em 1920, para 2.920, e em 1930, para 28.756 habitantes. O rápido crescimento populacional provocou o fracionamento e loteamento das antigas propriedades rurais, naquele momento, improdutivas.

A partir dos anos 1930, durante a era Vargas, o território do atual município de Duque de Caxias experimentou intensivo processo de remodelação de sua área, incorporando-se ao modelo urbano-industrial. O desenvolvimento pelo qual passava Meriti levou o Deputado Federal Dr. Manoel Reis a propor a criação do Distrito de Caxias. Dessa forma, através do Decreto Estadual nº 2.559, de 14 de março de 1931, o Interventor Federal Plínio Casado elevou o local a 8º Distrito de Nova Iguaçu.

Obras de abertura da "Variante Rio-Petrópolis" atual Rodovia Washington Luis, na entrada para Campos Eliseos/Pilar.

Os anos 1940 encontraram o Distrito com uma população que já atingia a casa dos 100.000 habitantes. Em 31 de dezembro de 1943, através do Decreto Lei nº 1.055, foi criado o Município de Duque de Caxias, porém somente em 1947, foi eleito o primeiro Prefeito por voto popular, tendo a Câmara Municipal sido instalada no mesmo ano.



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Na Praça do Pacificardor está também o acesso à Avenida Manoel Teles, cujo caminho serve de acesso aos bairros caxienses do Engenho do Prto, Bar dos Cavaleiros, Laguna e Dourados, assim como às comunidades da Vila Ideal e da Prainha.


Praça do Pacificador, quando ainda era uma praça, anos 90
Nesse segmento até alcançar o Terminal Plínio Casado está também o acesso à Avenida iNilo Peçanha, responsável pela ligação entre o Centro de Duque de Caxias e o município de São João de Meriti, atendendo ainda aos bairros caxienses do Parque Lafaiete, Bela Vista, Bar dos Cavaleiros e Periquitos.



Av. Plínio Casado em 1931 próximo à Cancela da estação Merity

No dia 22 de Dezembro de 1956, foi inaugurada a Rodoviária da Praça do Pacificador com um conjunto 21 lojas, pelo então Prefeito Francisco Corrêa e do Sr. Jesus José Herculano, construtor que obteve da Prefeitura e da Câmara, uma concessão de 25 anos para a exploração da mesma.



Inauguração da antiga rodoviária da Praça do Pacificador em 1956

A Rodoviária Intermunicipal inaugurada pelo então Prefeito Francisco Correia, na Praça do Pacificador, permaneceu até o primeiro mandato do prefeito Hydekel de Freitas (1982-1984), quando foi demolida e a Praça passou por uma grande reformulação.



Desde a Avenida Doutor Pínio Casado até o bairro do Gramacho, a avenida segue paralelamente à Estrada de Ferro Leopoldina, por 5 quilômetros, percorrendo os bairros da Vila Centenário e Vila Leopoldina.


A Avenida Doutor Plínio Casado, nomeia o Terminal Rodoviário localizado no ponto extremo da avenida, onde essa retorna à Avenida Governador Leonel de Moura Brizola.




O terminal abriga 15 linhas urbanas, operadas pelas empresas Transturismo Rei, Viação União, Transportes Santo Antonio, Transportes Flores e Auto Ônibus Vera Cruz

Entre os destinos, estão o município de Nova Iguaçu, bairros de Belford Roxo localizados entre o Rio Iguaçu e a RJ-105 Avenida Joaquim da Costa Lima, bairros do 2º distrito de Duque de Caxias e do distrito mageense de Vila Inhomirim que passam pelo Lote XV.





Linhas "Urbanas" que partem do terminal:

15 Duque de Caxias - Pantanal (via Vila Rosário)
115I Duque de Caxias - Nova Iguaçu (Direto)
116I Duque de Caxias - Nova Iguaçu (via Vila Pauline)
405I Duque de Caxias - Piabetá (via Lote XV)
407I Duque de Caxias - Raiz da Serra (via Imbariê)



446I Duque de Caxias - São Vicente (via Vila Pauline)
447I Duque de Caxias - Vale das Mangueiras (via Parque Amorim)
454I Duque de Caxias - Jardim do Ipê
499I Duque de Caxias - Parque São José
501 Duque de Caxias - Bom Pastor




508I Duque de Caxias - Saracuruna
509I Duque de Caxias - Cangulo (via Lote XV)
510I Duque de Caxias - Raiz da Serra (via Lote XV)
554I Duque de Caxias - Xerém (via Lote XV)
557I Duque de Caxias - Pilar (via Lote XV)




A Expresso Imperador e o destino das suas linhas

A Expresso Imperador passou a existir com a extinção da Transportes Zé Beto em 1964, ano em que eram inauguradas as linhas Nova Iguaçu x Xerém e Nova Iguaçu x Petrópolis, a última veio a inspirar o novo nome da empresa.


A inauguração da linha Nova Iguaçu x Xerém contou com um desfile dos ônibus que iriam rodar na linha, todos zerados, com direito a um coktel e a presença de secretários de estado, deputados e vereadores em Xerém.



Carbrasa 1961 estacionado no Terminal Rodoviário Getúlio de Moura, em Nova Iguaçu - Foto: Augusto Antônio dos Santos.
A linha Nova Iguaçu x Petrópolis era operada com apenas dois carros rodoviários do modelo Carbrasa. A Carbrasa foi fundada no Rio de Janeiro em 1947, por Mario Sterka, Mario Pareto e Gil Souza Ramos, empresários que representavam a Volvo no Brasil. Eram feitas com chassis de aço coberto por chapas de alumínio.

A Expresso Imperador herdou da Transportes Zé Beto o prefixo 5700 do SSTC-RJ, órgão antecessor ao DETRO. Com a criação do DETRO-RJ, a empresa passou a utilizar o prefixo RJ 136, que posteriormente passou para a Expresso São Jorge e atualmente pertence a Transportes Blanco.



Terminal Plínio Casado no inicio dos anos 80 - Da esquerda pra direita. 499I Caxias - Parque São José (Santo Antonio) | 115I Caxias - Nova Iguaçu (imperador) | 447I Caxias - Vale das Mangueiras.

A Imperador ficou na ativa (aos trancos e barrancos) até por volta de 1987, quando foi adquirida pela Empresa de Transportes Flores e extinta em 1989. Suas linhas foram divididas entre a Transportes Flores, Transportes Santo Antônio, Auto Viação Leal e Trans Turismo Petrópolis.

Sua antiga garagem, localizada na Av. Estrela Branca, 3765 no bairro Santa Maria em Belford Roxo  atualmente pertence ao Grupo JAL, que a utiliza como garagem de apoio para guarda de parte da frota desativada e novas aquisições, assim como veículos de linhas com horários especiais em "Turno Único" (T.U.).



Expresso Imperador operando a linha 115I Nova Iguaçu x Caxias via Lote XV, atualmente operada pela Transportes Flores.

Linhas operadas pela Expresso Imperador:

115I Nova Iguaçu – Duque de Caxias (via Lote XV)
116I Nova Iguaçu – Duque de Caxias (via Vila Pauline)

435I Nova iguaçu - Sargento Roncali.
445I Nova Iguaçu – Xerém (via Lote XV)
446I Parque São Vicente – Duque de Caxias
450I Nova Iguaçu - Parque São José
454I Jardim do Ipê – Duque de Caxias

Terminal Plínio Casado - 447I Caxias - Vale das Mangueiras,
447I Caxias - Vale das Mangueiras,
449I Duque de Caxias - Amapá
501I Duque de Caxias - Bom Pastor
502I Duque de Caxias - Vale do Ipê



Belford Roxo - Amapá
Belford Roxo x São Leopoldo
Duque de Caxias - Petrópolis
Duque de Caxias - Vila Pauline
Duque e Duque de Caxias - Maringá
Nova Iguaçu x Cerâmica
Nova Iguaçu - Petrópolis



Enquanto a Transportes Flores e a Transportes Santo Antonio adquiriram as linhas urbanas, as linhas rodoviárias passaram a ser operadas pelas empresas Auto Viação Leal e Transturismo Petrópolis. A primeira ficou com a linha com origem em Duque de Caxias, a segunda sediada em Nova Iguaçu, ficou com a linha que partia deste município.



A Transturismo Petrópolis (RJ-164) foi f
undada em 28 de março de 1972. Operou a linha Nova Iguaçu x Petrópolis (via Lote XV). Durante a sua gestão comprou a linha Duque de Caxias x Petrópolis, que pertencia a empresa Leal (RJ 144). Antes da Leal utilizar o prefixo DETRO-RJ, ostentava o prefixo 64 do antigo DTC-RJ, anteriormente utilizado pela Turismo Tricordiano Ltda, isso até 1967/1968.


Linha Caxias x Petrópolis,Anos 70 um Caio da Empresa Auto Viação Leal

A Transturismo Petrópolis foi o inicio do Grupo Breda Rio.
Ao adquirir a Auto Viação Leal, a Transturismo Petrópolis iniciou um grupo forte, associando-se mais tarde às empresas Única e Fácil, tornando-as fortes até os nossos dias.



Em meado dos anos 80, o Sr Adelino, proprietário da Petropolis Tur, ganhou uma concessão para explorar a linha Madureira X Petropolis, o que motivou à Única (concorrente direta) a adquirir a Petropolis Tur.



A tradicional empresa Transturismo Petrópolis Ltda, originou a Breda Rio e suas linhas que ligavam a Baixada a Petrópolis ficaram com a Unica/Fácil que eram de sócios em comum. Sua sede estava localizada na Rua Carlos Laet, 26 Vila Nova - Nova Iguaçu.

Com as suas linhas sendo passadas para a Única Turismo, a Transturismo Petrópolis passou a fazer fretamento e turismo, sendo também pioneira em condomínios na zona sul. Entre os condomínios, estavam: Nova Ipanema, Novo Leblon, Barramares e Riviera.



Dedicando-se ao fretamento e turismo, comprou as empresas Vênus Turística e a Barra Tour, absorvendo suas linhas e revendendo posteriormente as duas razões sociais. Comprou toda a frota da já extinta Standart Turismo que era toda de monoblocos O-355 para aproveitar a plataforma para reencarroçar em Marcopolos Geração IV.



Comprou a Breda Turismo (Rio) que era bem maior, mas com frota envelhecida. Como a marca Breda ainda era forte no mercado, transferiu toda a frota para a Breda e engavetou a razão social Transturismo Petrópolis.



A Breda Turismo, tradicional empresa paulista no Rio de Janeiro, passou a ser conhecida como Breda Rio. sua origem no RJ começou com uma parceria em sociedade na pequena Transturismo Petrópolis, absorvendo algumas empresas tornou-se uma das maiores do estado, até a sua decadência.


A trajetória da Transportes Única Petrópolis se inicia com a inauguração da Unica Auto Onibus S/A pelo empresário Augusto Filpo em 23 de dezembro de 1938.


Unica na linha Rio x Petrópolis na Rodoviária Mariano Procópio | Pça Mauá em 25/03/1950- Foto: Arquivo Nacional

Inicialmente, a empresa operava a linha de ida e volta Petrópolis–Rio de Janeiro com apenas quatro veículos da marca International KB-11 que possuíam 24 poltronas cada.


No entanto, a Única não a foi pioneira: a União Transporte Interestadual de Luxo (UTIL) – que surgiu em Petrópolis em 1936 – já operava na mesma linha desde abril de 1937 e, em 1961, mudou-se para sua atual sede em Juiz de Fora.



A União Transporte Interestadual de Luxo (UTIL) foi pioneira na ligação Rio-Petrópolis. A empresa que surgiu em Petrópolis em 1936 – inaugurou a linha em abril de 1937. Em 23 de dezembro de 1938, a trajetória da Transportes Única Petrópolis se inicia com a inauguração da Unica Auto Ônibus S/A.

Assim permaneceu, até os dias de hoje, somente a Única e a Fácil na ligação entre a cidade imperial e a capital fluminense.


Atualmente, pode-se considerar que existe um domínio em Petrópolis da Única no transporte intermunicipal. No Terminal Rodoviário Leonel Brizola, a empresa conta com sete guichês e com diversas plataformas para seus ônibus.



Em 1965 é adquirida a empresa Única Auto Ônibus S/A que explorava a linha Rio– São Paulo. Essa empresa pertencia, desde 1943, a Naja Kouri, então proprietário da linha Rio-Petrópolis. Dos nove ônibus que faziam seis horários diários, a frota passou a ter 54 ônibus em 1975 com cinqüenta horários.

Em 1966, a Única Auto Ônibus (Petrópolis) mudava a sua razão social, passando a se chamar Transportes Única Petrópolis.





Ainda naquele ano no Salão do Automóvel, a Caio lança a carroceria rodoviária Gaivota, introduzindo novidades como toalete, bar, iluminação individual para leitura, carpete, poltronas reclináveis e até cinto de segurança.

Em 1972, o novo Scania BR-115, com motor traseiro, é encarroçado pela Caio no modelo rodoviário Gaivota, para a Única, usado na linha Rio-São Paulo.



A Única é uma das empresas mais antigas do Sudeste como são a Salutaris, o Pássaro Marron e o Expresso Brasileiro entre outras.

Em 1977 a Transportes Única Petrópolis entrou em concordata vendendo as linhas do Sul de Minas Gerais para a Master Turismo. Em 1978 a Unica se juntou a Facil formando o Grupo Unica e Fácil.



Foto: Reprodução da internet
Até então a Fácil era independente, sendo administrada pelos sócios Antonio de Freitas e do Generoso Ferreira das Neves. Nessa mesma epoca a Única pertencia a Renato Kreischer.

Originalmente, a Única Petrópolis operava as linhas:


Petrópolis x Praça Mauá
Petrópolis x Central
Petrópolis x Novo Rio


Em sua trajetória, a Única absorveu as linhas da Leal, Transturismo Petropolis e Cogel.



Petrópolis x Caxias (via Lote XV)
Petrópolis x Nova Iguaçu (via Belford Roxo)
Petrópolis x Niterói (via Magé)
Petrópolis x Madureira



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Após passar pelo termnal, a avenida segue em direção ao Parque Centenário, onde está localizada a Estação Corte Oito. Antes de alcançar a estação, há um acesso ao Viaduto Brigadeiro Eduardo Gomes, que dá acesso aos bairros do Itatiaia e Jardim 25 de Agosto.


Passagem de nível do Parque Centenário. A imagem mostra a passagem de nível que os moradores utilizavam no local onde é hoje o Viaduto. - Foto: Reprodução da internet

Em 1978 foi realizado o projeto de licitação para construção do Viaduto do Centenário. Este viaduto foi projetado, visando o alargamento da Av. Itatiaia e da Av. Expedicionário José Amaro. A avenida deveria ser larga de início ao fim, porém apenas os primeiros metros sairam conforme o projetado, pois na década de 80 os militares abandonaram o projeto, pelo o alto custo de indenizações, que inviabilizaram o projeto, pode observar que a Av. Manoel Reis é bem larga e afunila próximo a Mangueira, a rua Raimundo Correia é bem larga antes da Praça da Covanca.



Do lado opsto à Avenida Governador Leonel de Moura Brizola está o Terminal Rodoviário Prefeito José Carlos Lacerda. Diferente dos demais terminais, esse abriga também linhas municipais.



Partem do terminal linhas urbanas para os bairros do município, assim como viagens para os municípios de Magé e Guapimirim, assim como à Cidade do Rio de Janeiro, operadas pelas empresas Auto Viação Jurema, Viação União, Transportes Machado, Transturismo REI, Auto Viação Reginas, Transportes Fábio's e Limousine Carioca.




Linhas "Urbanas" que partem do terminal:

01 Duque de Caxias x Xerém
02 Duque de Caxias x Capivari (via Figueira / São Lourenço)
11 Duque de Caxias x Bom Retiro
018 Duque de Caxias x Parada Angélica (via Taquara)
023 Duque de Caxias x Nova Campinas
025 Duque de Caxias x Parque Independência
026 Nova Campinas x Duque de Caxias (via Maracanã)
46 Duque de Caxias x Ilha
70 Parque Paulista x Caxias (via Codora / Chácaras Arcampo)




23M Imbariê x Duque de Caxias (via Maracanã)
24M Parada Morabi x Duque de Caxias
26M Duque de Caxias x Nova Campinas (via Hosp de Saracuruna)
27M Duque de Caxias x Vila Getúlio Cabral

102C Duque de Caxias x Central
126I Magé x Duque de Caxias (Expresso)
404I Duque de Caxias x Piabetá (via Maracanã)
406I Piabetá x Duque de Caxias (via Bongaba)
431C Duque de Caxias x Mercado São Sebastião (via Penha)
465C Andorinhas x Duque de Caxias (via Magé)



494L Caxias x Pilares (via Cidade Alta)
576I Duque de Caxias x Guapimirim (via Parada Modelo)
1102C Duque de Caxias x Praça Mauá (via 25 de Agosto)
1404I (Executivo) Duque de Caxias x Piabetá (via Maracanã)



A estrada segue pelo Parque Centenário, onde as pistas são separadas por canteiro divisório. Em linha reta, a estrada atravessa os bairros da Vila Centenário e Vila Leopoldina.


A origem do nome do Bairro Corte-Oito

O nome do corte é relativo ao projeto de cortar oos morros que impediam o avanço da linha férrea até a Serra. Corte-Sete era o corte do morro na altura do cemitério, e mais a frente, o Corte-Oito, onde fica hoje a mais nova estacão de trem. Localizada entre as estações do centro da cidade e de Gramacho, a uma distância de dois quilômetros de cada uma, a Estação Corte-Oito foi inaugurado no 11 de março de 2013.



Ainda margeando a ferrovia, alcança-se o bairro do Gramacho, onde há uma grande curva à esquerda. No bairro, estão localizados a Estação Ferroviária do bairro e Avenida  Pedro Lessa, que dá acesso aos bairros do Jardim Ideal, Olvo Bilac e Periquitos em Duque de Caxias, e aos bairros do Jardim Metrópole, Jardim Paraíso, Jardim Limoeiro, Sítio dos Gansos, Vila Vênus, Jardim Santa Rosa, Vila São João Vila Andorinhas, Jardim Botânico e Vilar dos Teles em São João de Meriti.

RJ-101 Avenida Governador Leonel de Moura Brizola na altura de Gramacho - Foto: Lorram Paiva
A estação foi inaugurada em 1888 com o nome de Sarapuí . Nos anos 1940, mudou de nome para Gramacho, e, a partir de 1970, passou a ser o ponto final da tração elétrica dos trens metropolitanos.

O nome do bairro deriva de uma homenagem feita ao capitão João Pereira Lima Gramaxo, que havia sido dono de terras naquela região no século XVIII.

Ponto final da linha 727 Parque Araruama x Gramacho - Foto: Lorram Paiva

O capitão era português e cultivava cana-de-açúcar em sua fazenda, contava ainda com um pequeno porto no Rio Sarapuí para escoar sua produção até o Rio de Janeiro pela Baía da Guanabara. Em 1944, a Estação Sarapuí foi rebatizada como “Estação Gramacho”.

A estação de Gramacho passou a ser parada também de trens de subúrbio a partir de 1935, quando o trajeto destes trens foi esticado de Duque de Caxias até Raiz da Serra (Vila Inhomerim), mais precisamente em 21 de abril desse ano, de acordo com o jornal A Noite do dia seguinte. Por muitos anos, os trens seguiram dali puxados por tração diesel até Vila Inhomirim e Guapimirim, por outra linha.



Trem de subúrbio na estação de Gramacho em 1982 - Foto Hugo Caramuru
Até meados de 2000, o ponto final dos trens elétricos vindos do Rio era Gramacho, da qual partiam os trens Diesel para Vila Inhomirim e Guapimirim. Nesta época houve a eletrificação da linha até Saracuruna e a reconstrução das estações Campos Elísios, Jardim Primavera e Saracuruna. Esta passou a ser o novo ponto final dos trens da antiga Leopoldina.

Porém, Gramacho ainda funciona como ponto final dos trens elétricos em horários fora do pico nos dias úteis. Mas a eletrificação não ocorreu com duas linhas, foi só com uma! O trecho entre Gramacho e Saracuruna é composto de uma linha de bitola larga e elétrica.

Trilhos da Superva em Gramacho - Foto: Lorram Paiva
Havia também uma uma linha de bitola métrica, que servia à FCA e eventualmente à SuperVia e à CENTRAL, para levarem carros e locomotivas para manutenção nas oficinas de Triagem, junto à estação de mesmo nome.

Após a estação, a via segue por 350 metros até alcançar o Rio Sarapuí. No caminho, o acesso à passagem de nível rodoferroviária do Gramacho.



Maria Fumaça", chegando em Gramacho vinda provavelmente de Jardim Primavera em 1943

O Rio Sarapuí marca a divisão territorial entre o 1º e o 2º distrito do município, sendo eles respectivamente de Caxias e Campos Elíseos. Chega-se então ao Pantanal, onde a ferrovia começa a se distanciar da avenida. Na Vila Rosário logo a frente está o acesso ao Parque Fluminense, realizado através da Avenida Fernando Ferrari.

Embora haja esse desvio, originalmente a linha-tronco da Estrada de Ferro Leopoldina seguia pelos bairros do São Bento, Lote XV e Pilar. Seu traçado seguia por onde atualmente está a Avenida Governador Leonel de Moura Brizola.


No trecho haviam as estações:

→ Sarapuy (atual Gramacho;
→ Pantanal;
→ São Bento;
→ Lote X;
→ Pilar;
→ Atura (atual Jardim Primavera);
Seguindo dali para o traçado atual onde alçança Saracuruna.



traçado original da Linha Férrea da Leopoldina Railway de 1886, que atendia às localidades do Lote XV e do Pilar durou até 1911. Naquele ano, a linha foi retificada da antiga Estação Sarapuy (atual Gramacho) até a antiga Estação Actura (atual Campos Elíseos).

Igreja do Pilar em 1921, detalhe para os trilhos da linha férrea já desativada em 1911.


Em 1968, surgia a ligação ferroviária Ambaí-Campos Elísios, ou Ambaí-São Bento, que servia para unir a linha do Norte da Leopoldina à Auxiliar, de forma a melhorar o desempenho dos trens da Leopoldina para Minas que, nessa época, se utilizavam da linha Auxiliar visto o fechamento da linha para Petrópolis a partir de Vila Inhomerim em 1965.

A ligação, apesar de resolver os problemas, acabou sendo abandonada com a queda no movimento de cargas e mesmo de passageiros. Tinha problemas também de construção devido ao solo com baixa resistência que constantemente causava queda de aterros. A linha foi retirada e o leito invadido.



A estação de São Bento foi demolida, nem a plataforma sobrou, pois nem como estação de trens metropolitanos ele foi utilizada. A estação de São Bento passou a ser parada também de trens de subúrbio a partir de 1935, quando precisamente em 21 de abril desse ano, o trajeto destes trens foi esticado de Duque de Caxias até Raiz da Serra (Vila Inhomirim).


Já no Parque São Bento, encontra-se a interseção com a Estrada do China, que liga as RJ's 101 e 105, entre o São Bento e o Wona, este último já no município de Belford Roxo.

Chegando aos parques Muísa e Esperança, a avenida deixa o município de Duque de Caxias e faz uma breve passagem no município de Belford Roxo. O trecho percorrido está dentro dos limites do bairro do Lote XV.



O Lote XV forma a Sub-região V, denominada pelo próprio bairro (Lote XV). Com uma extensão territorial de 21,15 km² é formada pelos seguintes bairros:

  • Lote XV;
  • Vale do Ipê;
  • Wona;
  • Maringá;
  • São Vicente;
  • Santa Maria;
  • São Bernardo.


Assim como Belford Roxo originou-se da Fazenda do Brejo, uma boa parte do município integrou o antigo Núcleo Colonial de São Bento, que abrangia uma vasta extensão de terra que por ser, na época, totalmente rural, foi dividida em lotes e entregue a posseiros, todos cadastrados no INCRA.


Eram esses lotes numerados, daí então o nome Lote XV, Lote XXIII, Lote VIII e outros que após serem loteados, alguns tiveram seus nomes definidos. Com o passar dos anos vários lotes do então Núcleo Colonial de São Bento foram passados à condição de sítios, cujos donos mais tarde os lotearam, dando assim, origem ao bairro atual.



Fazia parte desse contexto:

Sítio do Dr. Eiras (Jardim Tupiara);
Sítio do Dr. Celso (Parque Venézia);
Sítio do Dr. Ribeiro (Vila Ribeiro Alves);
Sítio do Dr. Mutilo Fontes (Parque das Fontes);
Sítio do Dr. Odir (Parque Jupiranguaí – Bairro Malhapão);
Sítio do Dr. Barros (Parque Alvorada);
Sítio do Major Sales;
e a Várzea da Alegria. 


Ainda existia no local uma cooperativa, que reunia os sitiantes locais e beneficiava a farinha de mandioca, que seria comercializada. Há mais de 50 anos, talvez por causa disso o nome de Malhapão, existia uma fábrica de farinha no bairro na esquina da Estrada da Ligação com a Estrada do China, local onde se processava a mandioca produzida na Cooperativa que existia na região.



A Fazenda São Bento

Em 1565 o Ouvidor-mor Cristóvão Monteiro recebeu a sesmaria de Aguassu (Iguaçú), às margens do rio Iguaçu, instalando aí a fazenda Aguassú, que foi o marco inicial da colonização no Vale do Rio Iguaçú. Em 1591, Jorge Ferreira doou aos beneditinos uma ilha no Rio Iguassú e mais trezentas braças pelo sertão adentro.

Estrada Rio-Petrópolis na década de 40 - Foto: Acervo: Dep.Nacional de obras de Saneamento
Estrada Rop-Petrópolis na década de 40 - Foto: Acervo: Dep.Nacional de obras de Saneamento

Em 1596 a marquesa Ferreira, filha de Jorge Ferreira e viúva do Ouvidor-mor Cristóvão Monteiro, também doou terras, com fazenda, uma roça e pomares. A fazenda dava início ao processo de colonização do Vale do Rio Iguaçú. O primeiro engenho da fazenda, construído em 1611, funcionou ininterruptamente por trinta e cinco anos e sua produção era enviada para o Reino.

A atividade econômica que incentivou a ocupação da região foi a do cultivo da cana-de-açúcar, mas com a fundação dos engenhos de Campos, Camorim e Vargem Pequena, em terras mais produtivas e que exigiam menor aplicação de recursos em trabalhos de infraestrutura, o engenho de Iguaçu foi se tornando obsoleto e anti-econômico.


Mais tarde seria desativado. Com o abandono dos canaviais, as terras de São Bento passaram a ser utilizadas, durante algum tempo, como pasto. Cerca de 1686 foi criada a Freguesia de Santo Antônio de Jacutinga, passando a Capela de Nossa Senhora do Rosário a lhe ser dependente.

Já no início do século XVIII, foram diversificadas suas atividades passando a haver ali uma promissora lavoura de mandioca para a produção de farinha. O milho, o feijão, a farinha de mandioca e o arroz tornaram-se, também, importantes produtos durante esse período e abasteceram a cidade do Rio de Janeiro, assim como a lenha retirada da região.



Sede da Fazenda de São Bento na década de 60

Desde os primeiros tempos, a olaria de Iguassú forneceu tijolos, ladrilhos e telhas para as obras da própria fazenda e, principalmente, para a construção do mosteiro do Rio de Janeiro. Embarcações grandes e pequenas conduziram o produto da olaria até aos cais de São Bento. O mosteiro ofereceu tijolos e telhas para a construção do grande quartel das tropas da cidade do Rio de Janeiro.

Quando da invasão francesa de 1711, a fazenda ofereceu todo o mantimento de carne, farinha e feijão para o sustento dos fugitivos da cidade do Rio de Janeiro e que vieram acampar nas terras de Iguassú. Dias após a invasão, chegou, sob o comando do governador de Minas, Antônio de Albuquerque, uma tropa com 6.000 homens em armas. Todos ficaram alojados na fazenda e em terras adjacentes que seriam mais tarde a Vila de Iguassú, e terras da Fazenda do Brejo, hoje Belford Roxo.



Casa de Colonos no São Bento em 1941


No século XVIII, as terras passaram para as mãos da irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, subordinada à Igreja de Nossa Senhora da Piedade de Iguassú. Um novo engenho, movimentado por animais, seria inaugurado em 1870 e teria como finalidade aumentar a produção de farinha.

O terreno foi desapropriado em 1921 para sediar uma colônia agrícola. Em 1932, quando pertenciam ao governo federal, parte das terras da fazenda foram incorporadas aos projetos varguistas para a colonização da região. Lá, o governo instalou o Núcleo Colonial de São Bento e incentivou sua ocupação por migrantes das mais variadas regiões do Brasil.

Casinhas dos trabalhadores no Núcleo Colonial São Bento em 1941


A capela foi erguida entre 1645 e 1648 pelos primeiros monges beneditinos e recebeu os nomes de Nossa Senhora da Purificação, da Candelária ou das Candeias. Com a criação da Irmandade do Rosário dos Pretos, passou a ser denominada Nossa Senhora do Rosário de Iguaçú. Mesmo com essa denominação, é identificada como Igreja de São Bento. A Imagem da capela de Nossa Senhora do Rosário é atribuída a Simão da Cunha e data de 1761. Era subordinada à Freguesia de Santo Antônio de Jacutinga.



Após breve percurso no Lote XV, a avenida retorna ao município de Duque de Caxias ao atraessar as linhas de transmissão da Light Eletricidade. Em poucos metros percorre o Parque Esperança, onde está localizada a ponte sobre o Rio Iguaçu.

Dique do Rio Iguaçu, ao fundo a antiga estrada Rio -Petrópolis, anos 40

Chega-se então à Cidade dos Meninos, assim batizado devido à existência de cosntruções em amplos espaços que abrigavam-se garotos órfãos e carentes em regime de internato, inaugurada em 1943.


Em 1950, é construída no local a fábrica de pesticida do antigo Ministério da Educação e Saúde, na área onde funcionava havia sete anos a Cidade dos Meninos.  A partir de 1947, instalou-se também na área o Instituto de Malariologia do ministério, que em três anos inaugurou a fábrica de Hexaclorociclohexano (HCH), conhecido como Pó de Broca, e a manipulação de outros compostos organoclorados, como o diclorodifenilcloroetano (DDT).



Em 1941, o Instituto de Mariologia recém inaugurado nas terras da Fazenda São Bento, se destacava no meio do nada, onde apenas a Estrada Rio-Petropolis (Av.Pres.Kennedy) cortava a região com vegetação nativa, como vemos esta "rara" imagem panorâmica onde é hoje a Vila Rosário, Vila São José e Pantanal, para quem não se localizou este prédio é o atual Centro Panamericano de Febre Aftosa


Como o nome do instituto sugere, a produção química da fábrica destinava-se ao controle de endemias transmitidas por vetores, como malária, febre amarela e doença de Chagas. Na época, era mais barato produzir no país do que importar, mas quando a equação se inverteu, em 1956, a fábrica foi desativada e esquecida.

Com o fechamento da antiga fábrica da Cidade dos Meninos, foram abandonadas toneladas do pó de broca, suspeito de causar má confirmação congênita, aborto espontâneo e o aparecimento precoce de doenças neurológicas e de alguns tipos de câncer. De acordo com relatórios do Ministério da Saúde produzidos entre 2001 e 2002, os resíduos abandonados foram disseminados pelo ar, pelas águas pluviais e porque, durante vários anos, os moradores dos arredores utilizaram o pó para fazer aterros, rebocar casas e tapar buracos das ruas. O pó de broca também era utilizado como fertilizante e foi vendido em feiras durante a década de 80.





Em 1983, uma fiscalização para saber a origem do Pó de Broca à venda na feira livre de Duque de Caxias chegou a nada menos de 40 toneladas do pesticida, abandonadas na área da Cidade dos Meninos, naquela época já sob administração da Fundação Abrigo Cristo Redentor, extinta em meados dos anos 90.

Em 1995, uma empresa foi encarregada de descontaminar a área. A solução encontrada foi aplicar cal virgem sobre o solo. O processo resultou na ampliação da área de contaminação e também fomentou a geração de subprodutos mais nocivos à saúde. Duas décadas mais tarde, nenhuma solução foi encontrada. Hoje, a área principal de contaminação, no perímetro de 70 mil metros quadrados onde ficava a fábrica, está cercada e sinalizada.



A avenida percorre seus últimos quilômetros no Pilar, onde estão as localidades do Parque Santo Antônio, Jardim Vista Alegre, Parque São JoãoSilva Cardoso e Jurema, todos à margem direta da RJ-101 na confluência dos rios Pilar e Iguaçu.

Após atravessar a ponte sobre o Rio Pilar, a avenida se aproxima da BR-040 Rodovia Washington Luiz, na localidade conhecida como Vila Presidente Kennedy.

A Rj-101 Avenida Governador Leonel de Moura Brizola termina no Km 111 da Rodovia Washington Luiz na atura do Jardim Primavera.


Idealizado e fundado pelo Sr. Nelson Cintra, o bairro Jardim Prmavera foi inaugurado no dia 23 de setembro de 1947 com a presença de autoridades na entrada. Na semana seguinte, foi inaugurada a primeira linha de ônibs do bairro, ligando-o à Praça Mauá.



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