Perfil Municipal: Itaguaí

Por volta de 1725, iniciou-se a construção do "Caminho do Ouro" que ligava o Rio de Janeiro à São Paulo com o objetivo de encurtar a viagem exaustiva e perigosa que era feita por mar de Paraty ao porto do Rio, pois habitavam na Ilha Grande uma grande quantidade de corsários que assaltavam as embarcações que por ali passavam, o que quase sempre representava prejuízos à Coroa Portuguesa.




Do tupi, Itaguaí seria a junção das palavras:

Ita = Pedra
Guay = Lago
que significaria "lago entre pedras"




Outra especulação seria uma derivação da palavra Tagoahy, que quer dizer "água amarela".
O que comprova esta segunda hipótese, foi a existência um aldeamento dos jesuítas, chamado de Taguay, e que possuía este nome justamente porque a água captada no local possuía uma tonalidade amarelada.

Itaguaí foi fundada em meados do século XVII, com a migração dos índios da ilha Jaguaramenon para o Morro da Cabeça Seca, atraídos pelo governo Martim de Sá, que pretendia criar um entreposto na região onde mais tarde foi fundada a Vila de São Francisco Xavier de Itaguaí.



A tribo dos Y-tingas se desenvolveu, prosperou e passou a rechaçar a colonização dos jesuítas, o que produziu vários conflitos.

Num deles, um pequeno índio de 10 anos foi ferido e pego pelos portugueses, sendo batizado com o nome de José Pires Tavares.



Tavares cresceu entre os colonos mas sempre pensou em defender seu povo. Quando fez 30 anos, já casado com uma índia, embarcou rumo a Portugal buscando uma carta de proteção para aldeia Y-tinga junto à Coroa Portuguesa. Foi recebido no Paço Real pela rainha Dona Maria I.

Os colonos, sabendo da alta chance de o indígena conseguir a proteção régia, não perderam tempo: atacaram a aldeia durante sua viagem, não distinguindo sexo ou idade. Os sobreviventes foram amarrados a barcos com furos e lançados ao mar, morrendo todos afogados.

Quando José Tavares retornou de Portugal com a carta de proteção, não havia mais o que ser protegido: a tribo dos Y-tinga estava extinta.


Praça central de Itaguaí na década de 1970 - Foto: Reprodução da internet

Após a barbárie, foi fundada pelos colonos a Vila de São Francisco Xavier de Itaguaí, que passou a ser uma rota de viagem padrão para os viajantes para São Paulo e para as Minas Gerais, o chamado "Caminho do Ouro" devido ao terreno pouco acidentado e transitável durante todo o ano, com poucos alagadiços e com bastante água para os animais.



No século XVIII, na famosa viagem onde seria dado o Grito de Independência do Brasil, Dom Pedro I parou na vila para pernoitar, alimentar e saciar seus cavalos. Onde hoje chama-se Praça Dom Luis Guanela, próximo a Igreja Matriz de São Francisco Xavier. Em 1844 foi fundado o distrito de Seropédica cujo nome deriva da sericultura - criação do bicho da seda. Foi o início da primeira Fábrica de Tecidos de Seda do Brasil no recém criado município de Paracambi.



A Brasil Industrial foi aberta em 1861 e faliu nos anos 1990. Atualmente as suas instalações abrigam a FAETEC e ao IFRJ. A fábrica possuía um pátio ferroviário que servia à carga e passageiros tanto para as diversas indústrias da cidade (como a siderúrgica Lanari) como ao depósito central de munições do exército, batalhão paiol que substituiu o paiol de Deodoro após a explosão deste.



O pátio da fábrica foi dividido pela metade e teve suas linhas arrancadas nos anos 1990. Os trilhos se estendiam onde hoje fica a praça Cara Nova em frente a estação de Paracambi.



Itaguaí começa perder território

...

O então distrito itaguaíense de Paracambi une-se ao distrito vassourense de Tairetá formando o atual município de Paracambi, ambos divididos pelo Rio dos Macacos.


Tairetá - Sétimo distrito de Vassouras
Paracambi - Terceiro distrito de Itaguaí





O antigo povoado do Ribeirão dos Macacos era, há mais 200 anos, o caminho obrigatório para Minas e São Paulo.

Da antiga fazenda de Santa Cruz, freguesia de São Pedro, São Paulo de Ribeirão das Lajes, colonizadas pelos jesuítas no fim do século XVII, prosperam os povoados de Tairetá, 7º Distrito de Vassouras, e Paracambi, 3º Distrito de Itaguaí, dos quais se formou o novo Município, em 08 de agosto de 1960.



Outro distrito de Itaguaí foi o atual município de Seropédica.

O nome “Seropédica” resulta-se de um neologismo formado por duas palavras de origens diferentes:


Sericeo ou Serico = Seda - de origem latina
Pais ou Paidós = tratar ou consertarde origem grega.

Um local, portanto, onde se cuida ou se fabrica seda. À fabricação de seda dá-se o nome de sericultura.



O nome dado à Seropédica deve-se ao fato de que por volta de 1875, na fazenda Seropédica do Bananal de Itaguaí (nome dessa região na época em questão) eram produzidos cerca de 50 mil casulos de Bichos-da-seda por dia.

O surgimento da cidade iniciou-se de forma mais organizada em meados do Século XVII, quando estabeleceu-se a exploração do atual território onde hoje localizam-se os municípios de Seropédica, Itaguaí e Paracambi. Os jesuítas, responsáveis pelo desbravamento da região, iniciaram as bases da futura povoação em terras localizadas entre os rios Tinguaçu e Itaguaí.

A Lei Nº 2446, de 12 de outubro de 1995, tornou Seropédica um município independente de Itaguaí. A inauguração da nova cidade deu-se em 1º de Janeiro de 1997.




Transportes em Itaguaí

Até a década de 1990 três empresas operavam internamente nos bairros dos municípios de Paracambi, Seropédica (emancipados de Itaguaí) e Itaguaí:




Fundada em 4 de dezembro de 1970, a Viação Ponte Coberta teve a sua primeira sede estava localizada no município de Itaguaí. Sua garagem era localizada na Praça Castilho, atualmente município de Seropédica. 

A Ponte Coberta opera atualmente nas linhas intermunicipais da Baixada Fluminense atendendo aos municípios de Nilópolis, Mesquita, Nova Iguaçu, Itaguaí, Mangaratiba, Seropédica e Rio de Janeiro, além de uma linha ainda não operada no município de Duque de Caxias.

A linha 548P Nilópolis x Campo Grande, na década de 1980, era administrada pela Nilopolitana. Durante o período de intervenção do Estado, a Viação Ponte Coberta enfrentava dificuldades financeiras.




A Viação Ponte Coberta operava em Itaguaí com o prefixo 03XXX e atualmente com o registro DETRO-RJ 190XXX.





Nesta mesma época, ainda não existia o “Grupo Ponte Coberta”, mas a administração da Ponte Coberta criou a Viação Aparecida, que na época operava a linha 103I Nilópolis x Pavuna (via Portugal Pequeno) e 433I Nilópolis x Pavuna (via Édem), hoje ambas pertencentes à Transportes Flores. A Viação Aparecida, não vingou e foi extinta alguns anos após.




A Viação Itaguaí Ltda(RJ209)fundada em 1983 é quem operava antigamente o serviço municipal e intermunicipal de Itaguaí.


Com a emancipação de Seropédica, algumas linhas se transformaram em intermunicipais, linhas que entre meados e final da década de 90 chegaram a ser repassadas para outras empresas que surgiram na região como a Viação Arcádia, Viação Rio Pérola, Santa Rita, T.Seropédica, Marisol (essa ultima apenas algumas linhas municipais).




Essas empresas acabaram fechando as portas no início dos anos 2000 devido aos péssimos serviços prestados, tendo suas linhas municipais e intermunicipais extintas até hoje.



A prefeitura de Itaguaí fez uma licitação priorizando o transporte alternativo e foi montado um consórcio.
Com as reclamações dos moradores da cidade do porto com a falta do ônibus logo surgiram as empresas Emanuel e Elohin, essa ultima tempos depois se transformando na viação Cidade de Itaguaí e ficando sozinha operando o serviço municipal da cidade.




Uma década depois a antiga Viação Itaguaí Ltda é reativada e a cidade passou a ter  duas empresas municipais com praticamente quase o mesmo nome confundindo muita gente, fazendo pensar que é tudo uma empresa só mas são empresas distintas.



Inclusive a Viação Itaguaí ltda quando voltou a circular chegou a reativar uma antiga linha intermunicipal 590-I Itaguaí x Nono via Caçador, localidade que fica na divisa com Piraí na serra do Matoso. Em 2014 a linha sofreu intervenção do DETRO-RJ que entregou a operação para Expresso Mangaratiba. 



Atualmente a linha é operada pela Expresso Recreio que opera na região desde a intervenção na Expresso Mangaratiba em março de 2017.


A linha segue pela Estrada dos Caçadores em direção à Serra do Matoso e em seguida entra na Estrada do Nono que segue até o bairro Caçador em Piraí.

A princípio a linha seguia por aproximadamente 2km dessa estrada, até o limite do município de Itaguaí com Piraí. Hoje, a linha operada com dois horários em cada sentido alcança o alto da Serra do Matoso em Rio Claro, ampliando em aproximadamente 12km a extensão da linha em cada sentido.




Empresas que operaram a Itaguaí x Nono:

> Elohim
> Viação Cidade de Itaguaí
> Elohim (cisão da Cidade de Itaguaí)
> Viação Itaguaí
> Expresso Mangaratiba
> Expresso Recreio



Embora tenha um prefixo e seja operada por empresa intermunicipal, quando criada a linha não ultrapassava os limites de Itaguaí.

Nono é um pequeno lugarejo que fica na Serra do Matoso na área rural de Piraí. Embora pertença à Piraí, a localidade está mais próxima à Itaguaí em questão de mobilidade.

Nono é um nome que era usado pelos antigos moradores desse lugarejo, o local é mais conhecido como "Caçador". Caçador é outro lugarejo, na área rural de Itaguaí.

A Estrada dos Caçadores liga a Rodovia Presidente Dutra à Estrada Real da Calçada na Serra do Matoso passando por Ibituporanga.

Conforme cronologia acima, a linha iniciou com empresas municipais e só então por falta de interesse da empresa local Viação Cidade de Itaguaí e a falta de outra empresa municipal, o DETRO foi acionado e requisitou a uma empresa intermunicipal que a operasse, sendo essa a Viação Itaguaí (RJ 209).



Na tabela anual de tarifas, o DETRO  clasifica a linha como "REQUISITADA", sendo assim, a linha passou a ser operada por empresa intermunicipal e com o registro I, compreendido por linhas que circulam internamente na Baixada Fluminense.



Rota da Independência

Ainda na Estrada dos Caçadores, ali se dá acesso à Estrada Real da Serra da Calçada, construída há mais de três séculos pelos padres jesuítas, ligando hoje Itaguaí ao município vizinho de Piraí. Por lá passou D. Pedro I quando partiu do Rio de Janeiro, em 14 de agosto de 1822, rumo a São Paulo a fim de proclamar a Independência às margens do rio Ipiranga, no dia 7 de setembro daquele ano.

Foto: Reprodução da internet
A oito quilômetros da Rodovia Rio-Santos (BR-101), no bairro Raiz da Serra, foi o primeiro caminho construído pela corte portuguesa para ligar o Rio de Janeiro a São Paulo. A estreita via é revestida com pedras pé-de-moleque que foram transportadas até o local por escravos.

Dom Pedro I, o primeiro Imperador do Brasil (1822-1831), a usava com frequência nas suas viagens à capital paulista. A sinuosidade da estrada é acompanhada por lindas árvores nativas e pelo ar fresco da floresta.

A estrada foi aberta à fim de encurtar a viagem exaustiva e perigosa que era feita por mar de Paraty ao porto do Rio, pois habitavam na Ilha Grande uma grande quantidade de corsários que assaltavam as embarcações que por ali passavam e eram presenciados diversos naufrágios naquele lugar.



Os principais caminhos antigos do Rio De Janeiro



Ligação com o Centro do Rio de Janeiro

As linhas que partem dos municípios da Baixada Fluminense banhados pelo Rio Guandu em direção ao Centro do Rio e Niterói eram operadas pela EVAL - Empresa de Viação Angrense. No fim dos anos 80 a EVAL repassa o seu setor Baixada Fluminense para empresas da Região. Com isso, as empresas Normandy do Triângulo e Turismo Transmil assumem as linhas de Paracambi, Japeri e Queimados, ficando a Normandy com as duas primeiras.



As linhas de Itaguaí ficaram com a Coesa e a recém criada Expresso Real Rio. A Coesa então deixa a linha que liga Itaguaí à Niterói também para a Real Rio.



Em meados dos anos 90 a EVAL deixa o seu último setor de linhas de transporte público para a Costa Verde Transportes, criada pela administração da Coesa Transportes para a operação do setor Costa Verde da EVAL.



Suas linhas que partem de Itaguaí seguiam pelo caminho aberto no século XVIII que foi ligando Santa Cruz à Mangaratiba. A estrada de terra e cheia de curvas, foi aberta na década de 40 entre o bairro carioca de Santa Cruz e Mangaratiba, o qual passava pelo município fluminense de Itaguaí. A via servia de ligação entre a fazenda imperial de santa Cruz e a Estrada Real de São João Marcos.

Seu traçado também foi utilizado como margem na construção da Estrada de Ferro de Angra, que terminou em Mangaratiba.





Uma das empresas que operou o que era da EVAL foi a Coesa Transportes, fundada em 1983 com a razão social Companhia de Ônibus Encontro S/A (COESA) operava linhas ligando a Zona Oeste do Rio à Itaguaí.



A empresa operava as linhas Cesarão x Itaguaí e Santa Cruz Chaperó. Em 1974 junto com a inauguração da Ponte Rio-Niterói a empresa criou 4 linhas:

592D São Gonçalo x Praça da Bandeira ­ Via Estácio
423D São Gonçalo x Vila Isabel ­ Via Praça Saens Peña
424D Venda da Cruz x Bangu via Água Branca
425D Venda da Cruz x Bangu via Vila Militar
708D Fonseca x Madureira




No final dos anos 80 ela recebe da EVAL mais uma linha com destino à Niterói, a linha Itaguaí x Niterói, atual 113D e passa as outras duas de Itaguaí para a Expresso Mangaratiba, transferindo então a sua sede para São Gonçalo.



Nessa mesma época é criada a linha 540D ­ Niterói x Praça XV devido a greve das barcas entre 1988 e 1989.



Ao se transferir para São Gonçalo por questão de custos operacionais, a Coesa comprou as empresas Auto Ônibus Nova Cidade, Coletivos Progresso do Boassú e a Auto ônibus Jardim da Califórnia passando a sua sede para o bairro gonçalense de Itaúna, atual sede.




Em meados dos anos 90 a Coesa repassa a linha de Itaguaí para a Expresso Real Rio.

A atual 113D atualmente é rara e restrita a horários, de manhã e no final da tarde. Essa linha que liga Itaguaí à Niterói é urbana e pára no Terminal João Goulart.




A linha faz retorno na Plataforma Sul, faixa especial para ônibus da Av. Visconde do Rio Branco que vai da saída do Terminal João Goulart até as proximidades do Valonguinho, diante da Rua Badger da Silveira próximo ao Plaza Shopping e a Universidade Federal Fluminense. Em seguida, a linha volta pela Rua Marechal Deodoro para ir à Av. Jansen de Mello e daí pegar a ponte.



Com a mudança do setor operacional e a aquisição de linhas das empresas citadas, a Coesa passou a operar linhas de São Gonçalo para o Rio e para Niterói.




Após um acordo com a Auto Viação ABC e Viação Mauá, retomou a condição de empresa que só tem linhas que ligam São Gonçalo ao Rio de Janeiro.





Melhorias no acesso à Costa Verde...

Nos anos 1950, durante o governo de Ernâni do Amaral Peixoto, resolveu-se realizar seu calçamento, facilitando o acesso a Mangaratiba o qual, até então, era feito em melhores condições por meio da ferrovia. 

Até a abertura da Rodovia Rio-Santos nos anos 1970, era o único acesso rodoviário àquela região, tendo sido boa parte do seu leito aproveitado na construção da BR-101.


Atualmente a via é de responsabilidade do departamanto de Estrada de Rodagens, cuja sigla é RJ-014. A via já não chega à Santa Cruz, seu trajeto compreende os trechos entre Mangaratiba e Saí, posteriormente entronca-se com a BR-101 e volta a ter leito próprio novamente entre Muriqui e Itacuruçá, na via conhecida como Estrada do Axixá.



A estrada atravessa áreas de taludes muito inclinados e com vegetação muito densa. Para fazer a obra, desmatou-se e cortou-se a serra, construindo-se platôs de concreto para o leito da estrada.




O resultado foi o enfraquecimento do terreno pela retirada da vegetação natural e a sobrecarga do solo abaixo dos platôs, o que reflete nos deslizamentos e nos rompimentos do asfalto nas épocas de chuvas.


Deslizamento na Rodovia Rio-Santos - Foto: O Globo
Há meio século, as técnicas de engenharia não permitiam prever problemas que hoje parecem óbvios, mas a estrada foi aberta em ritmo lento, ao longo de décadas e décadas, até o ano de 1971, o que permitiria correções.



Expansão demográfica em locais antes inacessíveis


Com a abertura da Rio-Santos, toda aquela extensão de terra em seu traçado pode ser descoberta e habitada, trazendo para os municípios de Mangaratiba, Angra dos Reis e Paraty o desenvolvimento urbano e econômico.
Além da EVAL, que já operava linhas em Itaguaí e na região da Costa Verde, outra empresa surge na década de 60 para realizar o transporte na região.




Fundada em 21 de outubro de 1967, a Expresso Mangaratiba iniciou sua operação ligando o município de São João de Meriti a Mangaratiba via Nova Iguaçu com cinco veículos ampliando o percurso até Duque de Caxias onde mantinha a sua sede.



Além da ligação com Mangaratiba, a empresa passou a operar linhas que percorrem diversos caminhos da Baixada Fluminense e das zonas Norte e Oeste da capital.



Em 2017 a empresa sofreu diversas intervençoes do departament de Transportes Rodoviaários e teve a sua permissão cassada. Com isso, novas empresas surgiram no município de Itaguaí, assim como nas linhas com destino à Mangaratiba.




O distrito de Seropédica, atual município do mesmo nome teve seu auge durante a produção têxtil, onde esse gerava a matéria prima que era trabalhada posteriormente nas indústrias têxteis do distrito de Ribeirão dos Macacos, atual Paracambi.

Em 1938, a passagem da antiga rodovia Rio São Paulo pelo território do distrito de Seropédica permitiu o aproveitamento de grandes áreas, possibilitaram ao município readquirir sua antiga posição de prestígio. a Estrada construída no governo de washington Luis ligava a capital fluminense ao município de Bananal em São Paulo, passando ainda pelos municípios de Piraí, Rio Claro e Paraty. 


UFRRJ - Foto: Reprodução da internet
Nesse mesmo ano, começou a ser construída a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro utilizando-se um dos prédios da antiga fábrica de seda. Em 1948, a universidade transferiu seu campus para as margens da antiga Rodovia Rio-São Paulo, hoje BR-465, iniciando-se, então, o desenvolvimento urbano de Seropédica.



O distrito permaneceu inexpressivo por muito tempo em vista das dificuldades de acesso, sendo ligado ao município do Rio de Janeiro apenas por uma estrada não pavimentada, via esta que se tornou a antiga Rio-São Paulo, atual BR-465.




A abertura da Rodovia Rio-Santos, em 1985, no entanto, mudou esse cenário, facilitando o deslocamento de Seropédica para diversos municípios vizinhos, como Nova Iguaçu, Piraí e o "Sertão Carioca".



As linhas do eixo Antiga Estrada Rio-são Paulo em direção ao Sertão Carioca, ao distrito sede Itaguaí e à Nova Iguaçu eram operadas pela Viação Ponte Coberta e para o Centro do Rio a EVAL, que deu vez à Expresso Real Rio.

No fim dos anos 80 a Expresso Real Rio com sede em Itaguaí é adquirida pelo grupo JAL e recebe um setor enorme de linhas da Ponte Coberta:


Foto: Grupo JAL

Antiga Estrada Rio-São Paulo


737P Campo Grande x Campo Lindo via KM 32
739P Campo Grande x Seropédica via KM 32
740P Campo Grande x KM 34 via Rio-SP
741P Campo Grande x Praça Castilho via KM 32
744P Campo Grande x Ponte Coberta via KM 32
545P Campo Grande x Paracambi via KM 32
547P Campo Grande x Japeri via KM 32



Via Avenida Brasil

436S Paracambi x Sepetiba
749P Belvedere x Santa Cruz via Av. Brasil

Via Piranema


560P Cacaria x Itaguaí
709P Cacaria x Vila Geni via Piranema
738P Campo Grande x Ilha da Madeira via Piranema



Nessa época, a Expresso Real Rio assumiu também duas linhas da Pedro Antônio, ambas partindo de Paracambi:

434S Paracambi x Vila Geni (via Piranema)

MP71 Paracambi x Fontes (via Dutra)


* A Real Rio comprou a linha 434S da Cidade de Itaguaí na década de 90.


Devido ao grande número de linhas sobrepostas na BR-465, considerando as linhas que foram adquiridas e as que continuaram com a Ponte Coberta, houve um enxugamento, onde as linhas mais longas foram cortadas em Seropédica e as mais curtas foram extintas.



Com isso, a Ponte Coberta ficou apenas com as linhas:

517I Nova Iguaçu X Praça Castilho
544P Nilópolis X Seropédica
547P Edson Passos X Sepetiba
548P Nilópolis X Campo Grande
704P Lagoinha X Campo Grande

705P Edson Passos X Bangu
742P Cabuçu X Campo Grande
743P Jardim Paraíso X Campo Grande
745P Nilópolis X Praça Castilho
746P Parque São Francisco de Paula x Campo Grande




* Atualmente a linha 547P faz o trajeto Sepetiba x Jardim Paraíso. Esse trajeto foi seccionado no início dos anos 90 com a entrada dos novos sócios.


* A linha 705P foi criada em 1992 pela Feital Transportes e Turismo. Em 2005 a Feital sofreu intervenção do DETRO-RJ e a Viação Ponte Coberta - que já estava operando em pool - recebeu a concessão da linha.

Feital Transportes e Turismo

A Feital Transportes e Turismo era sediada originalmente em Itaguaí, e concessionária pública da cidade do Rio de Janeiro. Foi fundada na década de 1980 com o nome de Feital Transportes e Turismo.



Criada em 1986, como empresa de fretamento para funcionários na Ilha do Mocanguê, a então Feital, sediada em Itaguaí, começou a operar linhas urbanas na Baixada Fluminense em 1992. Logo depois, adquiriu suas primeiras concessões de ônibus na cidade do Rio de Janeiro no ano de 1997, quando foi primeira empresa de ônibus a estrear na cidade já com 100 veículos na frota.




Em 2005 o Detro-RJ cassou várias linhas intermunicipais da empresa.



No final de 2008, a Feital entrou em processo de falência, devido às sérias dificuldades financeiras, tendo ela mesma pedido a anulação do processo cerca de 3 meses depois.



Em 2010, A empresa retorna com seu nome fantasia alterado Transportes Padre Miguel, mantendo a mesma razão social e registro na prefeitura, na tentativa de voltar a operar suas linhas originais.

Após a licitação das linhas municipais pela Prefeitura do Rio, em 2010 a Transportes Padre Miguel não foi integrada a nenhum dos consórcios participantes, em especial o Consórcio Santa Cruz, responsável pela operação na Zona Oeste da cidade.


Porém, como suas linhas eram licitadas e teve o contrato renovado, a Padre Miguel possuía permissão para continuar explorando o serviço de ônibus legalmente em duas linhas, licitadas em 1997, sendo através de liminar, até 2017.

Em 2013 a empresa teve 90% de sua frota apreendida em operação da Prefeitura.



Linhas Municipais já Operadas - 99000

367 Realengo x Praça XV
756 Senador Camará x Barra da Tijuca
856 Marechal Hermes x Base Aérea de Santa Cruz
875 Cascadura x Sepetiba




Com o fechamento da Feital, a linha 367 foi operada pelas empresas Transportes Campo Grande e Auto Viação Bangu. Em 2017 com o fechamento da Bangu a linha 367 que já estava desativada e a sua "PARCIAL" 755 Realengo x Coelho Neto foram vendidas para Transportes Barra.



A linha 756 sofreu alterações em 2010, onde recebeu o código 803 e em seguida teve seu trajeto encurtado até a Taquara. De 2010 até os dias atuais, ela foi operada pela Viação Andorinha e atualmente Transportes Barra.

As linhas 856 e 875 foram extintas junto com a Feital. Os números foram passados para outras linhas do Consórcio Transcarioca. Com o surgimento da Transportes Pare Miguel, a empresa voltou com a 875 fazendo o trajeto Cascadura x Campo Grande e a 856 fazendo a ligação Marechal Hermes x Campo Grande. Em uma tentativa de retomar seu espaço, levou a linha até Santa Cruz, mas essa não durou muito tempo.



Linhas Intermunicipais já Operadas - RJ 208

540P Canto do Rio x Rio da Prata
541P Itaguai x Realengo
542P Itaguai x Realengo
543P Itaguai x Padre Miguel
544P Itaguai x Magalhães Bastos
570P Itaguai x Mal.Hermes
575P Canto do Rio x Realengo
580P Bangu x Canto do Rio
705P Bangu x Edson Passos




A Linha 432L originalmente era Nilópolis x Realengo, inicialmente operada pela Feital. Em 1993 a linha foi repassada a N.S. da Penha e ficou desativada, sendo reativada em 1994 como "541L - Bangu x Nova Iguaçu". Em 1999 a N.S. Penha reativou a linha original até o final deste mesmo ano. Após isso o código da linha de Bangu foi alterado para 432L.



Foto: Thiago Souza

Após a intervenção nas linhas da Feital, linha 570P foi operada pela Expresso Real Rio e em seguida a linha passou a ser operada pela Expresso Mangaratiba.



Até 2017 a linha vinha sendo operada pela Expresso Mangaratiba que teve suas linhas cassadas, passando então a operação para a Auto Viação Reginas.



A linha 705P teve sua operação em pool com a Viação Ponte Coberta por determinação do Detro. Com a intervenção da Feital a linha ficou em definitivo com a Ponte Coberta.

Na década de 90 a EVAL deixa definitivamente o transporte público de passageiros e passa a operar apenas no setor de fretamento.



Com isso, surge a costa Verde Transportes, operando as linhas nos destinos entre a região metropolitana e o Sul Fluminense, mas especificamente na Costa Verde.




A Costa Verde Transportes é uma das principais empresas da Costa Verde Fluminense. A empresa foi fundada em 7 de agosto de 1997, a empresa opera diversas linhas entre as cidades do Rio de Janeiro, Angra dos Reis, Niterói, Itaguaí, Parati, Nova Iguaçu Mangaratiba e Queimados.


Como o foco da Costa Verde são as cidades turísticas, principalmente no Rio de Janeiro, há um aumento da procura por passagens durante finais de semana, feriados e férias.



Em períodos de maior temporada como nas épocas festivas de fim de ano e carnaval, a empresa recebe reforço de frota com ônibus da Coesa Transportes, pertencente ao mesmo grupo administrativo.

O nome ostentado pela empresa representa a sua área de atuação principal que é a região da Costa Verde, no Sul Fluminense.




O nome dado, a uma faixa de terra que vai do litoral sul do estado do Rio de Janeiro até o norte do litoral do estado de São Paulo. Engloba os municípios de Mangaratiba, Angra dos Reis, Itaguaí e Parati no estado do Rio de Janeiro e Ubatuba, Caraguatatuba, São Sebastião e Ilhabela no estado de São Paulo.






O nome é dado devido à expressiva presença de Mata Atlântica que ainda existe nesse trecho do litoral brasileiro. 


Caminho para o Vale do Café

Idealizada em 1840, só se tornou praticável por volta de 1850. Antes denominada Estrada da Bocaina dos Mendes, seu traçado foi estudado pela primeira vez por engenheiros da província do Rio de Janeiro sob as ordens do Presidente da Província, José Clemente Pereira, proprietário da extensa Fazenda das Cruzes, nas proximidades de Ypiranga, município de Vassouras, cuja estrada cortou a mencionada fazenda.



A estrada iniciava-se na Pavuna, passava por Japeri, Paracambi e subia a serra margeando o rio dos Macacos, até atingir Rodeio (hoje, Paulo de Frontin). Desse ponto a estrada tomava a direção de Santa Cruz dos Mendes (hoje, Mendes) e daí seguia até as margens do Rio Paraíba do Sul, em Ypiranga.


Empresa de Ônibus e Turismo Pedro Antônio

Atravessando o rio, a estrada tomava a direção de Ipiabas, passando pelas terras do Barão do Rio Bonito, até atingir Santo Antônio do Rio Bonito (hoje, Conservatória).

Hoje denominada 
RJ-127 a Estrada Paracambi-Vassouras inicia-se na BR-116 Rodovia Presidente Dutra.

Seu início na saída 212 da Via Dutra está situado exatamente na divisa entre Itaguaí, Paracambi e Seropédica. A partir dali segue pelo bairro do Cabral até o Rio Lages, onde após a travessia está no bairro Guarajuba. Após 12 quilômetros percorridos, a estrada passa pelo centro do município de Paracambi, onde encontra-se com a RJ-093.


Empresa de Ônibus e Turismo Pedro Antonio - Fora de Serviço em Paracambi

O transporte para a região dava-se a partir do distrito de Paracambi era realizado pela empresa Pedro Antônio, que já operava também o transporte municipal em Vassouras, o qual se fazia divisa.



A Empresa de Ônibus e Turismo Pedro Antônio hoje opera trechos entre Vassouras, Paty do Alferes, Miguel Pereira, Paulo de Frontin e Valença já foi uma das gigantes de nosso estado.

Em seus tempos áureos até a década de 80 a empresa possuía muitas linhas, dominando toda a Região Centro-Sul. Dentre as urbanas, grande parte do que hoje é da Linave Transportes e Viação Progresso um dia já foi só dela.

Viação Progresso e Turismo
Todas as rotas entre Vassouras e Miguel Pereira, Petrópolis, Paracambi, Itaguaí, Barra do Piraí, Mendes, Eng. Paulo de Frontin, Paty do Alferes, Japeri e Nova Iguaçu ligando também ao Centro do Rio.


Linha Nova Iguaçu x Paracambi - Antiga Rodoviária de Nova Iguaçu (Atual Praça Rui Barbosa)
Com a emancipação de Paracambi e Seropédica, as linhas que atendem à região se tornaram intermunicipais e atualmente operadas por outras empresas.



Uma Nova Rio-São Paulo

No final da década de 1940, a industrialização e a necessidade de uma ligação viária mais segura e eficaz entre as duas maiores cidades brasileiras levaram à construção da atual Via Dutra, inaugurada em 19 de janeiro de 1951 pelo presidente Eurico Gaspar Dutra.



A BR-2, como era conhecida então, possuía pista simples em grande parte do seu percurso, e só era duplicada nos trechos entre as cidades de São Paulo e Guarulhos, e na Baixada Fluminense.



Com a inauguração da nova estrada, a antiga estrada Rio-São Paulo deixou de ser utilizada, exceto em dois trechos, que formam as atuais rodovias BR-465 e RJ-139. 

O trecho com quase 8 quilômetros entre a RJ-127 no Cabral e o Bairro Ponte Coberta pertenciam à antiga Rio-São Paulo.




A abertura da rodovia trouxe o interesse econômico e o desenvolvimento das cidades cortadas por ela. Novas empresas surgiram operando linhas na rodovia.



No mesmo ano que se inaugurava a rodovia, foi fundada por Geraldo Ozório Rodrigues, a Viação Cidade do Aço, com uma frota de apenas quatro veículos, fazia somente itinerários entre Barra Mansa e Volta Redonda. Em 1953 a empresa já operava linhas de Barra Mansa e Volta Redonda para o Rio de Janeiro.

Em 1973 os serviços já abrangiam a Baixada Fluminense, operando linhas que fazem itinerários entre Nova Iguaçu e o centro do Rio de Janeiro.




Atualmente a Via Dutra é uma das mais importantes rodovias do país ligando as duas principais metrópoles nacionais.



O bairro Ponte Coberta marca o início da subida da serra onde em 1967 ocorreu a pior tragédia na Serra das Araras.


A Serra das Araras foi o palco da maior tragédia do Brasil




Em março de 1967, um temporal atingiu a região e provocou deslizamentos em um diâmetro de aproximadamente 30 quilômetros construindo um enorme cemitério provocado pela natureza.

Cerca de 1400 mortos, onde apenas 300 corpos foram encontrados na pior tragédia registrada no Brasil até aquele ano.


Ônibus da Viação Cometa na Serra das Araras, em 1967.
Motorista só não salvou um passageiro

Durante o dissolvimento do relevo, os rios de lama desceram arrastando ônibus, carros e caminhões. A maioria dos veículos soterrados jamais foram encontrados, assim como mais de mil corpos. Devido a uma ponte que foi arrastada e encoberta pela avalanche, a Via Dutra teve seus dois sentidos interditados interditados por mais de três meses.



O atual território itaguaiense

Onde foi fundado o povoado de São Francisco Xavier de Itaguaí, está localizado o centro do município, hoje apenas Itaguaí. 

As linhas municipais são operadas pela empresa Cidade de Itaguaí Transporte  Rodoviário. Embora tenha esse nome, essa empresa nada tem a ver com a antiga Viação Itaguaí, que por muitos anos operou as linhas no município.

A empresa fundada na década de 80 sofreu intervenção do Detro-RJ em 2014. O motivo foi referente a uma operação da Polícia Civil e da Coordenadoria Geral do Bilhete Único que identificou fraude da Viação Itaguaí, que descarregava cartões em ônibus sem uso. Com isso, a Expresso Mangaratiba, passou a operar em caráter emergencial. 



Com isso, a Secretaria de Estado de Transportes (Setrans), por meio do Departamento de Transportes Rodoviários (Detro), abriu processo de cassação da concessão intermunicipal da Viação Itaguaí, para operar a linha 590I Itaguaí – Nonô (via Caçador).



As últimas linhas a serem operadas por ela foram:

Centro x Coroa Grande
Manzomba x Patio Mix
Centro x Patio Mix
Centro x Ilha de Madeira
590I Itaguaí x Nono
591I Coroa Grande x Nono

A empresa possuía várias linhas para lugares como Belvedere, Itinguçu, Santa Sofia e para o distrito de Nono.


Viação Cidade de Itaguaí

Quando a Viação Itaguaí retornou as atividades, o município ficou com duas empresas com nomes bem semelhantes, confundindo muito os usuários, fazendo pensar que é tudo uma empresa só, mas que na verdade eram empresas distintas.

Empresa de Ônibus Emanuel

A Viação Cidade de Itaguaí surgiu da antiga Elohim transportes e Turismo, fundada em 1987. A empresa que pertencia a um grupo que operou em diversos municípios do estado. Entre as diversas empresas que já integraram o grupo estão a Helohim, Emanuel, Evil, Pádua Tur, Serra do piloto, Quissatur, Transpal, Trans Delta entre outras.




A Viação Cidade de Itaguaí opera as linhas:

Centro x Vila Geni
Centro x Parque Primavera
Centro x Coroa Grande
Centro x Piranema
Centro x Teixeira
Centro x Jauru
Centro x Mazomba
Centro x Riveira
Texieira x Jardim America
Morro do Corte x Piranema
Parque Primavera x Ilha de Madeira
Centro x Lavrita


Transporte Alternativo

Além das linhas regulares de transporte público, há no município a atuação de uma cooperativa de kombis com transporte alternativo.



O transporte alternativo em Itaguaí envolve uma série de questões que parecem difíceis de resolver. Há um impasse entre a Prefeitura de Itaguaí e o Ministério Público. O Detro (Departamento Estadual de Transportes Rodoviários), órgão do governo estadual que, com muita determinação, apreende kombis na cidade por falta de documentação que permita a circulação dos veículos com passageiros.


Foto: Reprodução da internet
Somado a tudo isso, a precariedade dos transportes públicos, que acaba dificultando a vida de muitos itaguaienses. A alternativa para locais onde não passa ônibus - ou quando os horários são muito limitados e os preços exorbitantes são justamente as kombis, com tarifas mais baratas e com linha que atendem onde as empresas não vão.

São sete as cooperativas de kombis em Itaguaí:
> Cooperita
> Rota do Sol
> CTAPS
> Tropical
> Cooporto
> Coopec
> Coopervida

Juntas, elas são responsáveis pela condução de milhares com 300 veículos.



O Ministério Público exigiu que a prefeitura cumprisse o decreto 2.396, de 3 de abril de 2001. A prefeitura contestou a decisão judicial que a obriga a legalizar as kombis, e elas continuam circulando sem qualquer documento que as identifique como permissionárias do Poder Municipal. Por esta razão o Detro as apreende, por considerá-las irregulares.

O artigo 13 da lei estadual 4.291, de 22 de março de 2004, diz que não é necessário que exista convênio com a Prefeitura para a realização das operações na Cidade do Porto


Foto: Reprodução da internet
Segundo os representantes das cooperativas, a frota de 300 kombis é suficiente para atender Itaguaí, que tem muita demanda de transporte, considerando que as empresas de ônibus não fazem muitos dos trajetos que as cooperativas fazem, considerando também uma relação de cumplicidade com as comunidades, os horários são sempre mais extensos e as tarifas mais baratas que as dos ônibus, eles ajudam os os usuários com sacolas e os deixam, muitas vezes, na porta de casa.



Ainda segundo eles, a licitação pode diminuir o número de kombis em circulação que, apesar de não terem documentação municipal, os motoristas pagam à Prefeitura autonomia e os que não pagam não o fazem por medo de que o Detro apreenda os veículos.

Foto: Reprodução da internet

Terminal Rodoviário Otoni Rocha

Inaugurado em 2011 nomeado Terminal Rodoviário de Itaguaí, teve seu nome alterado no ano seguinte.



O texto da Lei nº 3.017 aprovado na Câmara dos Vereadores no dia 23 de junho de 2012, alterou o texto da Lei de nº. 1.368/90 passando a ser chamado de Terminal Rodoviário Prefeito Otoni Rocha, em homenagem ao ex-prefeito que faleceu em março daquele ano.



Após a sua inauguração, o terminal passou a ser administrado de forma ilegal pela empresa Expresso Mangaratiba, que o "administrou" por 4 anos até ser impedida devido à fraudes na cobrança irregular do uso do espaço público.


Foto: Pablo Melo
Durante a antiga administração, era constante a presença de ônibus e vans piratas na rua lateral e até mesmo nas baias do terminal. Com a saída da Expresso Mangaratiba da administração, o terminalk passou a ser administrado pela SECTRANS.

A intervenção foi realizada no dia 5 de maio de 2015 e no dia 26 de junho a Prefeitura Municipal de Itaguaí nomeou através da PORTARIA Nº 2585/2015 o Servidor manuel Geraldo dos Santos, Matricula Funcional nº 41.137, como Responsável pelo gerenciamento do Terminal Rodoviário, instituído pela Lei Municipal nº 1.263/88.



Empresa se autointitula "administradora"

Entre os dias 1 e 4 de maio de 2015 a Secretaria Municipal de Transportes fez uma fiscalização no terminal rodoviário. O órgão montou uma força-tarefa composta por guardas municipais, agentes de trânsito e a Coordenação de Fiscalização do Comércio Ambulante de Itaguaí para verificar as condições em que se encontram o terminal.

Durante a operação, os agentes constataram que a empresa Expresso Mangaratiba vinha explorando comercialmente a rodoviária, a despeito dela ser um bem público. O que a secretaria encontrou foi algo inusitado, para não dizer ilegal: uma empresa de ônibus que realiza uma gestão privada do patrimônio público, além de cobrar indevidamente por espaços públicos.


Empresas que utilizam o terminal apresentaram à Sectran recibos de pagamentos realizados à Expresso Mangaratiba com valores superiores a R$ 3 mil. Na época, o funcionário da Expresso Mangaratiba, que assinava os recibos na condição de “administrador do terminal”, alegou que os valores eram “simbólicos”, e serviam para “ajudar na manutenção e pagamento dos funcionários”.




Além do que recebe das outras empresas, a Expresso Mangaratiba ainda cobrava dos usuários do terminal uma taxa de 1 real para a utilização dos banheiros.



O terminal rodoviário estava sob controle da Expresso Mangaratiba desde a gestão do ex-prefeito Charlinho, porém a prefeitura e a empresa nunca conseguiram explicar quem concedeu o benefício de administrar o terminal. Fontes ligadas ao governo Charlinho disseram que o prefeito teria determinado que um funcionário da Expresso fosse o “administrador” do terminal, sob a condição de “deixa-lo limpo e organizado”. Isso teria ocorrido ainda em 2011. O diretor de Serviços Concedidos da Sectran na época, Wanderson Viana, afirmou que a Expresso proibia que veículos de outras empresas fizessem parada no terminal.


Atualmente param no terminal as linhas:

Expresso Real Rio

112B Itaguaí x Central
113D Itaguaí x Niterói
116B Itaguaí x Central
442L Itaguaí x Coelho Neto


Além das linhas que partem do terminal, a Expresso Real Rio possui em Itaguaí as linhas:

434S Seropédica x Itaguaí via Piranema
434S Paracambi x Vila Geni via Piranema
435S Itaguaí x Paracambi via Piranema
436S Itaguaí x Santa Sofia via Piranema
436S Itaguaí x UFRRJ via Piranema
709P Vila Geni x Cacaria via Piranema
738P Ilha de Madeira x Campo Grande via Piranema
426P Cesarão x Itaguaí
427P Itaguaí x Santa Cruz via CODIN
428P Campo Grande x Itaguaí via Estrada do Campinho
430P Chaperó x Santa Cruz
573P Campo Grande x Itaguaí via João XXIII



Expresso Recreio

116T Itaguaí x Mangaratiba via Praia do Saco
116TB Itaguaí x Mangaratiba via BR-101
122T Itaguaí x Mangaratiba via Axixá
454U Itaguaí x Itacuruçá (Circular)
455U Itaguaí x Muriqui (Circular)

457U Conceição de Jacareí x Itaguaí via Mangaratiba
458S Conceição de Jacareí x Itaguaí (Direto)
460S Itaguaí x Barra da Tijuca
590I Itaguaí x Nono via Caçador
1903S Conceição de Jacareí x Itaguaí

Foto: Richardson Marcus
A Expresso Recreio estreou em Itaguaí no mês de março de 2016. Com ônibus climatizados, bancos confortáveis, além de televisão, carregadores de celular e internet Wi-Fi, iniciou a operação na linha 460S Itaguaí x Barra da Tijuca em substituição da empresa Expresso Pégaso, quem criou a linha e a operava desde 1992.


Inicialmente a Expresso Recreio utilizava o prefixo RJ 198.XXX, o mesmo que era utilizado pela Expresso Pégaso herdado da São João Batista. De lá pra cá, a empresa já teve o registro Detro RJ 229.XXX e atualmente RJ 230.XXX.



Originalmente a linha passava pelo bairro da Pedra de Guaratiba, na zona oeste do Rio de Janeiro.



Ainda na operação da Expresso Pégaso, a linha deixou de fazer seu itinerário original passando pela Pedra de Guaratiba e pela comunidade do Antares em Santa Cruz. Esse corte no trajeto continua até os dias atuais, sendo regularmente extinto do trajeto e dos registros da linha.



Com o início da operação do sistema de BRT no corredor Transoeste, a linha 460S urbana foi encurtada na estação Curral Falso, tornando-se então Itaguaí x Curral Falso.

Com isso, apenas a versão semi-executiva operada com veículos dos modelo Ideale 770 da encarroçadora Marcopolo e Spectrum Road da encarroçadora San Marino Neobus permaneceu seguindo a linha original até a Barra da Tijuca.





A Expresso Recreio foi criada em parte da Expresso Pégaso para operar as linhas executivas da região da Barra da Tijuca e Recreio. Em menos de um mês em operação, ela se desvinculou totalmente da Expresso Pégaso e passou a ser administrada apenas pelo Grupo Guanabara, mas precisamente pelo Subgrupo Braso Lisboa.



Além das linhas citadas acima, em Itaguaí a empresa também possui a concessão das linhas:

459S Campo Grande x Mangaratiba via Avenida Brasil
1902S Campo Grande x Conceição de Jacareí

Ambas oriundas da Expresso Mangaratiba.



Com a aquisição das linhas da Expresso Mangaratiba, a Expresso Recreio passou a operar também com veículos de linhas urbanas.





Auto Viação Reginas

119T Itaguaí x Duque de Caxias via Bangu /Campo Grande
570P Itaguaí x Marechal Hermes via Cesarão
1900T Duque de Caxias x Conceição de Jacareí via Campo Grande
1901T Duque de Caxias x Conceição de Jacareí (Ditero)



Fundada em 1964 pelo Sr. Odilon Pereira, o nome REGINAS foi uma homenagem às filhas Fátima Regina, Telma Regina e Sandra Regina, tendo como sócia a sua própria esposa, Izilda Gonçalves e como concessão a linha "Caxias x Periquitos", que fora de seu pai por muitos anos na Viação Periquito, antecessora à Auto Viação Reginas.



Desde sua fundação, a empresa adquiriu linhas de empresas extintas desde meados dos anos 60 até os dias atuais. Desde sua fundação a empresa incorporou linhas e empresas na Região Metropolitana, aumentando assim a sua área de operação que se estende desde a Costa Verde à Região das Baixadas Fluminenses.





1966 - Viação Barreirinhas Ltda
1969 - Fluminense Auto Ônibus
1970 - Auto Viação Caxias Ltda
1970 - Viação Paredense
1985 - Transportes América
1987 - Transportes SOL
2000 - Transporte e Turismo Luxor
2000 - Transportes Primavera (emergencialmente)
2005 - Rápido Cachoeirense
2005 - Magemirim
2017 - Expresso Mangaratiba

Em Itaguaí a empresa também possui a concessão das linhas 117T Duque de Caxias x Mangaratiba via Campo Grande e 121T Duque de Caxias x Mangaratiba via Estrada do Campinho, ambas oriundas da Expresso Mangaratiba.


Empresa de Transportes Flores

120T Itaguaí x Duque de Caxias via Nova Iguaçu


A Empresa de Transportes Flores teve sua origem no município de Nilópolis, sua garagem era na Rua João de Castro, no bairro Cabuís. Fundada em 1957, por Luiz de Andrade Flores e Mauro de Almeida Flores, começou sua operação fazendo a linha São João – Caxias via Matadouro, em novembro de 1959.



Dois anos após a fundação, a garagem foi transferida para o município de São João de Meriti, na Rua Walter Arruda, o que ajudou a alavancar o crescimento da cidade. No início dos anos 1970, a empresa contava com 10 ônibus, operando uma linha. Entre 1971 e 1972, foi adquirida a linha 109 (São João de Meriti – Caxias) e a frota chegou a 36 veículos, operando linhas entre São João de Meriti e Duque de Caxias.



Em 1975, José Alves Lavouras assume a empresa, junto com o irmão Armando Lavouras. A partir de então novas linhas e empresas foram sendo adquiridas e integrando o que mais tarde passou a se chamar Grupo JAL.





A Empresa de Transportes Flores opera linhas em toda região da Baixada Fluminense e linhas a região à Capital. Seu crescimento deu-se com a aquisição de linhas e incorporação de empresas no decorrer do seu histórico.



1979 - Auto Lotação Unidos
1986 - Auto Viação Vera Cruz
1986 - Transquinze Transportes
1987 - Transportes Sol
1989 - Aparecida.
1989 - Viação Imperador
2017 - Expresso Mangaratiba



Além da 120T, em Itaguaí a empresa possui a concessão da linha 118T Duque de Caxias x Mangaratiba via Nova Iguaçu, também oriunda da Expresso Mangaratiba.


Viação Ponte Coberta

450T Nova Iguaçu x Itacuruçá via Avenida Brasil

Com a aquisição dessa linha, a Viação Ponte Coberta volta a operar em Itaguaí depois de quase três décadas de sua saída, após o repasse do setor para a Expresso Real Rio.



Além da 450T, a empresa recebeu os direitos de operação das linhas:
456T Duque de Caxias x Itacuruçá via Nova Iguaçu
452T Duque de Caxias x Muriqui via Nova Iguaçu
456I Duque de Caxias x Km 32/BR-465 via Nova Iguaçu



Desse lote, apenas as duas primeiras atendem ao município de Itaguaí.



Viação Cidade do Aço
Barra Mansa x Itaguaí




Além da ligação direta com Itaguaí, a Viação Cidade do Aço opera a linha que liga Barra Mansa à Mangaratiba via Itaguaí e Itacuruçá com diversas seções tarifárias em Itaguaí e Mangaratiba.


Viação Progresso e Turismo

Itaguaí x Três Rios



Fundada em 1952 por Francisco Soares da Costa Filho, o Chiquinho, a Viação Progresso e Turismo opera linhas intermunicipais no Estado do Rio de Janeiro desde 1954, quando conquistou a primeira concessão do DER para fazer viagens entre Vassouras e Barra do Piraí.



Os anos se passaram e a empresa de ônibus foi crescendo, passando a ser o principal negócio da família. Até o ano de 1975, o movimento se concentrava na cidade de Barra do Piraí/RJ, onde ficava a matriz.



A empresa está na ativa há mais de seis décadas, sempre em esquema familiar. Três dos oito filhos do fundador comandam a empresa, que tem sede em Três Rios, a 125 km da capital.



Em 1975, com a aquisição de diversas linhas da Viação Salutaris, a Viação Progresso migrou seu setor administrativo e sua sede de Vassouras para a cidade de Três Rios, onde até hoje funciona o seu escritório central.

A Viação Progresso atende hoje a 65 localidades diferentes entre RJ e MG, operando em cidades como Petrópolis, Três Rios, Volta Redonda, Juiz de Fora, Carangola e Manhuaçu, entre outras.



Costa Verde Transportes

1951B Mangaratiba x Rio de Janeiro
Niterói x Paraty
Jacuecanga x Rio de Janeiro
Angra dos Reis x Rio de Janeiro via BR-101
Angra dos Reis x Campo Grande
Angra dos Reis x Duque de Caxias
Angra dos Reis x Nova Iguaçu
Angra dos Reis x Barra da Tijuca






As linhas acima que hoje são operadas pelas empresas Viação Ponte Coberta, Transportes Flores, Expresso Recreio e Auto Viação Reginas pertenciam à Expresso Mangaratiba, que teve a sua viagem inaugural ligando São João de Meriti à Mangaratiba. As demais linhas foram surgindo no decorrer dos anos 70, 80 e 90, além de uma delas que pertenceu à Feital Transportes e Turismo (570P).



O grande império da Expresso Mangaratiba já não era o mesmo desde meados dos anos 2000. Entre reclamações de usuários, multas e processos trabalhistas, a falta de manutenção da sua frota e a má qualidade nos serviços prestados começaram a descrever uma nova trajetória na história dessa empresa.



Nos anos de 2016 e 2017 diversas intervenções ocorreram até que não restava mais nehuma linha em sua operação. Já na pevisão de que estava para perder a concessão das linhas, ela transfere parte das suas linhas para a Viação Costeira.



Viação Costeira

A Viação Costeira é fruto de uma cisão realizada pela Expresso Mangaratiba em 1996. Inicialmente ela operava apenas as linhas municipais em Mangaratiba. Em 2010 com a licitação de linhas ligando a Baixada Fluminense à Barra da Tijuca, a Expresso Mangaratiba estava impossibilitada de participar devido ao alto índice de processos em seu registro.



Como alternativa para não ficar de fora, utilizou a inscrição da Viação Costeira que foi aprovada e passou a operar a linha 405T Nova Iguaçu x Barra da Tijuca com o prefixo RJ 225.



Atualmente a Viação Costeira não opera, pois também teve a intervenção nas linhas que outrora havia recebido da Expresso Mangaratiba.







A linha 405T a qual ela participou da licitaçaõ em 2010 ainda permaneceu por alguns dias. Atualmente a 405T é operada em POOL com a Viação Cidade do Aço, que também tem os direitos de exploração e a Evanil Transportes e Turismo à serviço da Cidade do Aço.




Oficialmente a Evanil não possui concessão da linha, porém foi autorizada a operação na linha após a intervenção na Viação São João Batista em Volta Redonda, onde a Viação Cidade do Aço precisou reforçar a frota urbana e remanejou veículos do Grande Rio para o Sul Fluminense.



Terminal Rodoviário do Jamelão

Para a construção do terminal rodoviário, em 2012 foi estabelecido um orçamento de R$ 4,9 milhões, oriundos do tesouro da Prefeitura de Itaguaí. A ideia era desafogar o antigo terminal situado na Avenida Deputado Octávio Cabral e a estimativa era receber cerca de 12 mil pessoas por dia. Na ocasião, a previsão inicial para o término dos trabalhos era de 180 dias.



Ocupando uma área de aproximadamente 15 mil metros quadrados, a nova rodoviária tem previsão para 10 baias para ônibus; duas plataformas adjuntas com 16 baias; dois módulos para guichê, quatro bilheteiras; banheiros adaptados para pessoas com necessidades especiais; 16 boxes para comércio, sendo dois deles específicos para lanchonete; área de espera; estacionamento; bicicletário, entre outros.




O novo terminal receberá linhas de ônibus municipais e intermunicipais, que vão fazer o trajeto para o Rio, Sul Fluminense, Baixada Fluminense e Grande Rio. A antiga rodoviária será destinada para concentrar mais a demanda do transporte municipal e também uma linha de ônibus para São Paulo.





Rodovia Ary Schiavo

A RJ-125, ou Rodovia Ary Schiavo foi aberta na década de 50, ligando os municípios de Itaguaí (atualmente Seropédica), Japeri, Miguel Pereira, Paty do Alferes e Vassouras, ligando as rodovias BR-116 Presidente Dutra e BR-393 Lúcio Meira.

Seu traçado construído acompanha a Estrada de Ferro Linha Auxiliar entre Japeri e o distrito de Andrade Pinto em Vassouras.

Com 85 quilômetros de extensão, segue por 11 quilômetros, até Japeri, onde encontra a RJ-093 (acesso a Paracambi e ao bairro de Engenheiro Pedreira).


Antiga Estação de Trem de Miguel Pereira, ao lado a RJ-125 Rodovia Ary Schiavo - Foto: Reprodução da internet

Ingressa no território do município de Miguel Pereira, passando pelas localidades de Conrado e Arcádia, em mais 15 quilômetros de serra sinuosa, e pelo distrito de Governador Portela, de onde é possível acessar a RJ-121 para Vassouras, depois do que alcança o Centro de Miguel Pereira.



Passa pela cidade vizinha de Paty do Alferes, a partir da qual se pode tomar a RJ-117 rumo a Petrópolis, e pelos distritos de Arcozelo e Avelar, até encontrar a BR-393.



Primeiros ônibus para a Capital

Se hoje os moradores de Paty do Alferes e Miguel Pereira utilizam os serviços da Util para chegar a Nova Iguaçu e Rio de Janeiro e da Linave para sair de Paty a Miguel Pereira, Três Rios e Japeri, tudo isso se deve ao pioneirismo da Viação São Jorge Importadora e Turismo Ltda.


Viação São Jorge Importadora e Turismo

Fundada em 1958, a empresa foi a primeira a fazer viagens entre Paty e Miguel Pereira ao Rio de Janeiro. Na década de 60, começou a ligar as cidades a Três Rios e a Nova Iguaçu.

A década de 70 foi de despedida para a São Jorge: A empresa foi adquirida pela Pedro Antonio, que até a presente época operava linhas ligando Vassouras a Capital e a Paracambi, Mendes e Eng. Paulo de Frontin.


Com a aquisição dos veículos da Viação São Jorge Importadora, a Transportes Flores passa a utilizar o mesmo layout da extinta

Após a sua extinção, os ônibus da empresa foram repassados para a transportes Flores na década de 80.



Depois disso, as linhas da Viação São Jorge foram repassadas a outras empresas até chegar nas mãos da Util e Linave.




Projeto de extensão da RJ-125

Quando de seu planejamento, estava previsto um trecho de 16 quilômetros de extensão entre os municípios de Seropédica e Itaguaí. Este trecho é semelhante ao trajeto executado pelo Arco Rodoviário, por dentro da Floresta Nacional Mário Xavier e que liga a Rodovia Presidente Dutra (BR-116) à Rio-Santos (BR-101).




Mapa: DER-RJ 2006
De acordo com o projeto elaborado pelo ?Departamento de Estrada de Rodagens do Estado em 2006, a RJ-125 seguirá pelas Estradas João Ferreira , José Maria de Oliveira e de Chaperó, terminando na BR-101 Rodovia Rio-Santos na Vila Ibirapitanga.



A rodovia teve o pavimento recuperado em 2016, quando foi reinaugurada pelo Governo do Estado. É a principal via de acesso às cidades de Miguel Pereira e Paty do Alferes no Centro-Sul fluminense e pode servir de alternativa para Vassouras, Paraíba do Sul, Três Rios, a Rio-Bahia (via BR-393) e Petrópolis (via RJ-117).

Arco Metropolitano


O projeto do Arco Metropolitano do Rio de Janeiro está em estudo desde a década de 70, quando foi definido o traçado da rodovia RJ-109.



Desde então, o projeto sofreu modificações e aperfeiçoamentos sendo considerado como etapa essencial no desenvolvimento da estrutura viária do Rio de Janeiro. Em 2007, o Governo Federal, através do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), classificou a interligação entre a BR-101/NORTE e a BR- 101/SUL como obra prioritária para o desenvolvimento do Estado do Rio de Janeiro.

O Arco Metropolitano ou Arco Rodoviário do Rio de Janeiro passa por oito municípios distintos – Itaguaí, Seropédica, Japeri, Nova Iguaçu, Duque de Caxias, Magé, Guapimirim e Itaboraí; além de ter influência direta nos municípios de Queimados, Belford Roxo, São Gonçalo, Niterói e no Município do Rio de Janeiro (Capital). Localizado, em sua maior parte, ao norte da BR-101, entre a cadeia “Serrana (Montanhosa)” e o litoral ladeada por duas baías (Guanabara e Sepetiba).


Em acordo realizado entre o Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes – DNIT e o Departamento de Estradas e Rodagem – DER, a implantação do Arco passou a ser de responsabilidade do Governo do Estado do Rio de Janeiro e do DER. A partir deste acordo, a rodovia passou a ser denominada Arco Metropolitano, associando a RJ-109 à BR-493. A concepção do “Arco Metropolitano” tem como principal finalidade de fazer a conexão rodoviária entre a BR-101/NORTE e a BR-101/SUL sem que haja a necessidade de trânsito pelas vias urbanas da Região Metropolitana, como a Avenida Brasil.

Para tal ligação foram utilizadas, além do trecho correspondente à RJ-109, as BR-493 (Magé - Manilha) e um trecho da BR-116/NORTE, compondo quatro segmentos distintos:




Segmento A: Trecho da Rodovia BR-493

Entre a BR-101 Norte, em Manilha e o entroncamento com a BR-116, em Santa Guilhermina.



Segmento B: Trecho da Rodovia BR-101 Rio–Santos

Entre Itacuruçá e a Avenida Brasil. Com duplicação da pista.


Segmento C: RJ-109

Entre as rodovias BR-040 Washington Luiz e a BR-101/SUL Rodovia Rio-Santos


Segmento D: Trecho da BR-116 Rodovia Santos Dumont

Entre a BR-493/RJ em Santa Guilhermina e a BR- 040 em Saracuruna (administrado pela Concessionária CRT da Rodovia Rio – Teresópolis).

RJ-099 Antiga Estrada de Piranema


A Reta de Piranema foi aberta ao tráfego com asfaltamento ainda nos anos 60, com o objetivo de ligar Itaguaí a Antiga Estrada Rio-São Paulo, facilitando o acesso aos distritos de Seropédica e Paracambi.

Antes da abertura da Rodovia Rio-Santos, era a única estrada que ligava Mangaratiba ao Centro do Rio de Janeiro. Ocorre que a qualidade da manutenção dessa estrada, principalmente nos anos 90 em diante, não acompanhou o crescimento do volume do tráfego de automóveis que foram se acrescentando ano após ano. Essa via de comunicação chegou a ficar 20 anos sem um recapeamento completo.


Antiga 709P Paracambi x Vila Geni via Piranema (trajeto atualmente alterado para Cacaria x Vila Geni)

O último recapeamento ocorreu em 2005 através de investimento com recursos próprios da Prefeitura de Itaguaí. Em 2004, diante da precariedade da estrada, a empresa Expresso Mangaratiba chegou a interromper a operação da linha Caxias x Itaguaí via Piranema e a empresa Real Rio baixou orientação aos motoristas para trafegarem a até 40 km/h no trecho tal a precariedade da estrada naquele perímetro.

Mesmo com a inauguração do Arco Metropolitano, o volume de automóveis não diminuiu, mas sim aumentou devido a posição da estrada dentro da lógica imposta pelos investimentos portuários. Tornando-se um corredor logístico importante.


Ônibus da linha 434S atola deixando cerca de 30 passageiros com os pés cheios de barro - Foto: Danilo Aguiar


Ônibus da linha 434S atola deixando cerca de 30 passageiros com os pés cheios de barro - Foto: Danilo Aguiar
A Reta de Piranema continua tendo uma importância sem igual para a economia dos municípios de Itaguaí e Seropédica, pois agora, não é mais uma rodovia de passagem mas uma rodovia que constitui um corredor logístico para as duas cidades.


Estrada de Piranema  - Foto: Dilceia Norberto

Diariamente, caminhões, carros de passeio e todos que se utilizam dessa estrada estão precisando ter cuidado redobrado devido a quantidade de buracos que nascem e crescem se tornando crateras abertas no meio da estrada e dificultando a vida dos motoristas.



Estrada Reta de Santa Cruz


Construída na década de 1970, a Antiga Rio-Santos ligava o Centro do Rio à Itaguaí e conectava-se com a RJ-014 em direção à Mangaratiba e em seguida seguia toda extensão litoral da Costa Verde até alcançar a cidade de Santos em São Paulo.



Construção do Elevado das Bandeiras e Túnel do Joá

A via seguia pelo trecho hoje compreendido como Túnel Rebouças - Auto-Estrada Lagoa-Barra, Avenida das Américas - Estrada da Pedra e Avenida João XXIII. Em Itaguaí passava pelos bairros do Jardim América e Mont Serrat.

A via litorânea foi substituída na década de 70 com a abertura da BR-101 Avenida Brasil, a qual se tranferiu o título de Rodovia Rio-santos.



Na região onde a agricultura prevaleceu por muitos anos, foram instaladas diversas indústrias formando o que é conhecido atualmente como Distrito Industrial de Santa Cruz.


Estrada de Cacaria

Embora Cacaria seja uma localidade de Piraí, o acesso é feito por Itaguaí, já que a entrada da Estrada de Cacaria inicia-se às margens do valão da Prata em territrório que compreende à Itaguaí pela Rodovia Presidente Dutra.


Foto: Reprodução da internet.

O nome oficail do local é Vila Monumento, que além de bairro, é o segundo distrito de Piraí. É composto pelos bairros Cacaria e Serra do Matoso na área rural do município.


Como detalhado anteriormente na tragédia ocorrida na Serra das Araras, os locais baixos do povoado foram destruídos por uma tromba d'água, uma chuva muito forte ocorrida em 1967, a qual devastou a Serra das Araras, Caiçaras (Piraí) e Paracambi (Ponte Coberta). 





Conta-se na época, que após a passagem da água, no local restaram-se apenas cacos, daí originando o nome Cacaria.



É possível observar que no local a maioria das caras não possuem mais que 50 anos, embora existam propriedades com mais 50 anos que ficaram intactas no local, assim como o Cemitério acima da igreja de São José.

Das que restaram algumas foram reformadas, mas guardam em pé paredes e colunas com mais de 100 anos.

Tragédia anunciada:

51 anos após a tragédia, a população continua a construir na beira do Rio, loteamentos clandestino. O Rio Guandu coleta muita água das montanhas durante os dias chuvosos e  hoje represada em Paracambi, fará um grande lago desde da dutra estendendo por todo povoado. A região da Serra das Araras é local de preservação ambiental e plantio de mata atlantica, mas devastaram para pastos, e plantações.

Transporte Ferroviário

Como continuidade do projeto do Ramal de Angra, inaugurado em 1878 em seu primeiro trecho entre as estações de Sapopemba (atual Deodoro) e Santa Cruz.



Automotrizes RDCs passando junto à praia, próximo a Mangaratiba - Foto Revista REFESA, 1969, acervo J. H. Buzelin

O ramal chegou em Itaguaí no ano de 1911. Em Mangaratiba as obras foram até 1914, sendo inaugurado e restando apenas a etapa até Angra dos Reis, a qual nunca saiu do papel.

A intenção era ligar o ramal vindo  do Rio de Janeiro até a Estrada de Ferro Oeste de Minas, que chegou em Angra em 1928 vinda de Barra Mansa.


Pátio da estação de Angra dos Reis no início dos anos 90 - vagões prancha com produtos siderúrgicos - Foto: Reprodução da internet

Com a chegada das locomotivas à diesel em 1943, as Alco S1 passaram a fazer o percurso com os carros de madeira. Desde os anos 60, rodavam carros de aço-carbono padrão; com o "surto de turismo ferroviário" na RFFSA, as automotrizes Budd passaram a fazer a rota de Mangaratiba aos finais de semana, chegando mesmo a rodarem lotadas, com até 6 unidades múltiplas.



Em 1950 a eletrificação do trecho entre Deodoro e Santa Cruz mudou a estação de baldeação da linha, antes realizada em Deodoro, os trens elétricos passaram a ir da Estação Dom Pedro II até Santa Cruz. Apenas dois horários diários partiam trens diretos da Central até Mangaratiba, essas viagens eram realizadas com tres a vapor, que foram substituídos por trens a diesel.


Automotriz - Foto: Reprodução da internet

Em 1973, uma variante construída pela RFFSA e que partia de um ponto próximo à estação de Japeri, na Linha do Centro, permitia que trens com minério alcançassem o porto de Guaíba, próximo a Mangaratiba, encontrando o velho ramal na altura da parada Brisamar.



Com a chegada da variante, o trecho entre Brisamar e a Ponta de Santo Antônio passou a ser prioridade para os trens de minérios para o porto de Guaíba, eliminando inclusive o trecho final da linha original que seguia até Mangaratiba.

Com isso, as viagens para Mangaratiba foram reduzidas em poucas viagens, sendo em 1982 criada a opção Santa Cruz - Itaguaí que durou apenas um ano. 



Locomotivas no pátio em Barra de Sahy aguardando a liberação do trráfego à frente - Foto: Trilhos do Rio

Em 30/06/1983, o trecho original entre esse local e Mangaratiba foi erradicado e os trens passaram a circular somente entre Deodoro e Santa Cruz e de Santa Cruz à Itaguaí, de onde voltavam, a partir daí as baldeações eram abrigatórias no trecho Santa Cruz - Itaguaí.

Em 1984 o ramal passa a ser gerido pela CBTU - Companhia Brasileira de Trens Urbanos - que nesse mesmo ano o desativou  para substituição da ponte sobre o canal de São Francisco, e reativado em julho de 1986.



Quando reativado, a CBTU colocou em circulação 4 carros movido a diesel, e acrescentou entre estas duas estações outras três:

João XXIII (Arrozal)
São Fernando (Cristo Redentor)
Distrito Industrial

Apesar de sempre estar lotado em todos os horários, por volta de 1990 o trem foi definitivamente extinto.


O trem Santa Cruz-Itaguaí que entrou em operação em julho de 1986, em foto da Revista Ferroviária, julho de 1986. Entretanto, esse deve ser o trem de Costa Barros a São João do Meriti, por causa da eletrificação da linha fotografada. Segundo a reportagem, exceto pelos pantógrafos, a composição era exatamente igual.

Em cada carro existiam roletas onde os funcionários da CBTU recolhiam as passagens e na saída os passageiros passavam por uma roleta idêntica às que são usadas hoje nos bancos, tipo detector de metais.

Atualmente o Ramal de Mangaratiba não recebe mais trens de passageiros, a circulação desse tipo de serviço no ramal tem como destino final a estaçã de Santa Cruz, como era em 1878.


Estações no município de Itaguaí


Estação Itaguaí

A estação de Itaguaí foi inaugurada em 1910. Em 1960, o ramal era praticamente usado somente para transporte de passageiros.


O célebre trem misto "Macaquinho", parado em frente à estação ferroviária de Itaguaí - Foto: RBG

Apesar da área ser servida pelos trens do ramal de Mangaratiba com uma média de de três viagens por dia (ida e volta), os colonos preferiam transportar suas mercadorias por caminhão, embora o frete fosse mais caro.


Estação Itaguaí - Foto Julio Cesar da Silva

Toda a produção da região (de Itaguaí) destinava-se ao grande mercado consumidor, que é o Rio de Janeiro. a justificativa era de que não o trem não seria o transporte mais adequado em se tratando de produtos facilmente perecíveis - legumes, hortaliças - que era mais compensador o transporte rodoviário. 



A partir de meados dos anos 1990, quando foram suspensos os trens de passageiros para além da estação de Santa Cruz, a linha naquele trecho, entre essa estação e Brisamar, foi abandonada.

Estação Brisamar


A estação de Brisamar era uma pequena parada. A partir de meados dos anos 1970, quando foi inaugurada a variante ligando Japeri ao ramal de Mangaratiba, para transporte de minério para o porto de Guaíba, essa estação passou a ser o ponto de entroncamento da linha nova com o antigo ramal.


Em 1973, antes da variante estar pronta, a parada de Brisamar, vista ao fundo. Somente uma plataforma com cobertura de concreto. Ali se juntaria a variante vinda do km 64 da linha do Centro pouco tempo depois. Vê-se o novo leito, muito mais largo para a colocação dos trilhos do novo pátio - Foto revista REFESA

Foi construída uma estação que até hoje é operacional, ponto de manobra para os cargueiros que por ali passam com destino ao porto, ou vindo dele. Em Brisamar existem várias linhas paralelas e o trem que desce com minério para Sepetiba espera o que vai retornar vazio após descarregar ou vice-versa.


Estação Brisamar - Foto Milton Ribeiro

Quando foi construído o trecho do Ramal de Mangaratiba, a via era singela e cada trem tinha que fazer o percurso completo entre Mangaratiba e Santa Cruz para liberar o que ia em sentido contrário.

Além de dar aceso ao Terminal portuário da Ilha de Guaíba em Mangaratiba, o pátio de Brisamar tem saída de acesso ao Porto de Itaguaí.


Vagões da MRS Logística em direção ao Porto de Itaguaí - Foto: Rogério von Krüger

A linha entre o porto e o pátio de Brisamar possui uma extensão de 1,5 Km em linha tripla de bitola larga (1,60 M). Dentro da Malha Sudeste, o ramal Japeri – Brisamar, com 32,9 quilômetros de extensão, é de especial importância para o atendimento ao Porto de Sepetiba.


Vagões sendo descarregados no Porto de Itaguaí - Foto: Rogério von Krüger
A partir de Japeri a linha tronco Rio – São Paulo, interliga as regiões metropolitanas dessas cidades e atravessa todo o vale do Paraíba.



Estação Vila Geni


A estação de Vila Geni estava desativada desde os anos 1980, quando o trem de passageiros deixou de passar no trecho entre Santa Cruz e Mangaratiba e foi demolida. Hoje passam por ali os trens que transportam minérios para o porto de Guaíba que vêm pela variante desde Japeri.


Estação em 1974 - Foto: Milton Ribeiro

Estação Coroa Grande

A estação foi inaugurada em 1911 com o nome de "Curva Grande". Na época, Coroa Grande era um vilarejo composto de lavradores e pescadores, além de ser também local de turismo, com numerosas residências novas e dois hotéis.


A estação da Coroa Grande e uma locomotiva diesel da Central à sua frente - Foto: Diário de Notícias, maio de 1946

Nessa época, a estação não tinha eletricidade nem uma plataforma grande o suficiente para seu movimento. A estação está desativada pelo menos desde os anos 1980, quando o trem de passageiros deixou de passar no trecho entre Santa Cruz e Mangaratiba.

Após 10 anos inativa, a estação foi demolida. A estação era composta de linha dupla, sendo a linha principal com plataforma rebaixada e a linha secundaria com plataforma alta. Sua estrutura era de madeira pintada de cinza e azul marinho e tinha também um pequeno bar, sendo as duas plataformas cobertas.



Porto de Sepetiba ou de Itaguaí?

O Porto de Sepetiba foi inaugurado no dia 7 de maio de 1982, com a operação, à época, dedicada à descarga de alumina para a Valesul e carvão para a CSN. Foi concebido para transformar-se em Complexo Portuário e Industrial de Itaguaí.


Porto de Itaguaí Foto: Reprodução da internet

Em 1973, o governo do então estado da Guanabara, promoveu estudos para implantação do Porto de Sepetiba, destinado a atender, principalmente, ao complexo industrial de Santa Cruz, situado na zona oeste do Rio de Janeiro. Com a fusão dos estados da Guanabara e do Rio de Janeiro, em 15 de março de 1975, a implantação do porto ficou a cargo da Companhia Docas do Rio de Janeiro.

A Docas escolheu o município de Itaguaí para instalar o porto. As obras foram iniciadas em 1976, com a execução de acessos e fundações do píer de carvão. No ano seguinte, tiveram início as obras de dragagem do canal de acesso, enrocamento e aterro hidráulico.
No intuito de buscar a otimização quanto ao aproveitamento de suas potencialidades, a Autoridade Portuária iniciou, em parceria com a iniciativa privada, a implantação de novos terminais, como:


  • Terminal de Minérios
  • Terminal de Carvão
  • Terminal de Contêineres
  • Vale Sul Alumínios S/A


Zonas de apoio

Projetos ligados ao porto, todos de relevante importância para a economia nacional:

Zona de Apoio Logístico ( ZAL ) - Implantação de empreendimentos industriais e comerciais, vinculados à atividade portuária

Usina Termelétrica de Itaguaí - Usina térmica a carvão, com capacidade para gerar 1250mw

Rodovia BR-493 - Arco viário do Rio de Janeiro, liga o porto à rodovia Rio-Teresópolis, BR-040 e BR-116 desafogando o trânsito do núcleo urbano do Grande Rio

Terminal Multimodal de Coroa Grande - Terminal Ro-Ro, destinado à movimentação de automóveis.



O porto tinha o seu nome original, "Porto de Sepetiba", por conta da baía onde ele se situa, a Baía de Sepetiba, porém havia alguma confusão nesse caso, pois Sepetiba também é o nome de um bairro da cidade do Rio de Janeiro, o que fazia a alguns pensar que o porto se situa no Bairro de Sepetiba (que também é costeiro e está situado na mesma baía).



Isso causava aos moradores de Itaguaí um certo descontentamento, pois era interessante ter uma associação direta entre o nome da cidade e sua maior fonte econômica. Nos últimos anos, uma campanha para a mudança do nome para "Porto de Itaguaí" foi feita e a prefeitura passou a usar, como slogan, a frase: "Itaguaí, cidade do porto".

Em 2006, teve seu nome trocado definitivamente para Porto de Itaguaí, segundo projeto de lei do Deputado Simão Sessim (PP/RJ), foi publicada no DOU no 25/11/2005 a sanção presidencial à Lei n.º 11.200 que alterou definitivamente o nome do Porto de Sepetiba para Porto de Itaguaí.

A despeito disso, a maior parte da população da cidade e os meios de comunicação continuam a chamá-lo pelo nome antigo.

O Superporto Sudeste


O município de Itaguaí continuava a crescer acentuadamente em sua zona industrial, e então surge o projeto de implementação do Superporto Sudeste, uma iniciativa estratégica do Grupo EBX para exportar a produção de minério de ferro do Sistema Sudeste, composto pela Unidade Serra Azul e pela Unidade Bom Sucesso, ambas em Minas Gerais implementados  também pela empresa MMX.


Túnel de acesso ao Porto Sudeste - Foto: Grupo Aterpa

O porto tem capacidade para armazenar até 25 milhões de toneladas/ano de minério de ferro e movimentar 20% de todo o minério exportado pelo país. Para ligar a estrutura offshore aos pátios de estocagem, o Superporto Sudeste conta com um túnel de 1,8 km de extensão, 11 m de altura e 20,5 m de altura.



Porto de Itaguaí - Foto: Jornal I+
A estrutura offshore tem dois berços para movimentação de navios e profundidade de 20 m, o que permite o recebimento de navios de grande calado, do tipo capesize.



A construção do Superporto Sudeste, no entanto, foi encarada como um impacto negativo na região. Cinco ações movidas por associações de pescadores pediam a imediata suspensão das licenças de instalação do empreendimento: duas em Itaguaí, duas em Mangaratiba e uma no Rio de Janeiro.



A 14ª Vara de Fazenda Pública do RJ chegou a embargar o projeto até que as denúncias de irregularidades ambientais fossem apuradas.


Barco de pescadores na Enseada da Ilha da Madeira, ao fundo o Superporto de Itaguaí - Foto: Jornal Atual

Os pescadores da Ilha da Madeira, localizada no município de Itaguaí, alegaram que haviam pressões para que vendessem suas casas, e que, se não venderem, acabariam desapropriados.

Diziam ainda que o porto vai contribuir para inviabilizar a pesca, prática econômica característica do local há séculos, que já vem sendo comprometida por outros empreendimentos. A Baía de Sepetiba já foi a segunda maior produtora de pescado do Brasil. Por isso, os pescadores se uniram para entrar com ações judiciais contra a licença de instalação concedida ao Porto Sudeste.


Linha 738P Campo Grande x Ilha da Madeira - Acesso à Ilha da Madeira durante as obras de ampliação do porto em 2012

A Ilha da Madeira

A Ilha da Madeira recebe este nome em homenagem à Ilha da Madeira em Portugal, pois seu primeiro colono era de lá.

Apenas a face da ilha que é virada para a praia de Coroa Grande é indicada para banhistas, já que do outro lado, na face virada para o mar, funciona o Porto de Itaguaí.

A Ilha da Madeira não é a única por ali. Pegue um barquinho e visite a Ilha de Itacuruça e a Ilha dos Martins. Nas duas ilhas você encontra uma boa infraestrutura e ótimas praias. Todas elas ficam bem próximas da praia de Coroa Grande


A Ilha de madeira e o Rio Mazomba

A bacia do rio Mazomba-Cação abrange cerca de 96 km², sendo delimitada pelas serras do Gado, Itaguassú, Mazomba, Pacheco e Leandro, entre cotas altimétricas de 80 a 1.200 m, que são maiores a oeste, e a leste a bacia do rio Itaguaí.



O Rio Mazomba nasce a 1.080 metros, na serra da Mazomba, e se desenvolve por cerca de 26 km. Posteriormente passa a ser denominado de rio Cação, onde tem início o canal de Arapucaia ou do Martins na Ilha da Madeira.


Detalhe da carta topográfica da Capitania do Rio de Janeiro de 1767, grifado em cinza estão os principais rios, assim como a então “ilha” da Madeira àquela época desconectada do continente (extraído de Carelli, 2008)

Banha as localidades de Mazomba, Mazombinha e a cidade de Itaguaí. Em 1941, construiu-se o Canal da Arapucaia, derivando as águas do rio Mazomba para o rio Cação. O rio Mazomba e seus afluentes foram também por esta época todos dragados. Com a construção do Canal Arapucaia, o Mazomba passou a constituir um rio isolado, o Mazomba-Cação que deságua na baía de Sepetiba entre as localidades da Ilha da Madeira e Brisamar.



As obras de saneamento da baixada de Sepetiba (1935 a 1945) e a transposição das águas do rio Guandu (na segunda metade do século XX), para melhorar o abastecimento de água da cidade do Rio de Janeiro, retificaram toda a bacia de drenagem da baía de Sepetiba, alterando drasticamente a fisiografia local.



Aliado a esses fatos, a industrialização e a urbanização da região com sucessivos aterros vêm levando a uma transformação radical da paisagem e a um cenário de intensa degradação ambiental. Por exemplo, a localidade da Ilha da Madeira à foz do rio Cação, tem essa denominação por ter sido no século XVIII uma porção de terra desconectada do continente. Após diversos aterros e mudanças na estrutura local, a porção de terra já está conectada diretamente ao continente, deixando então de ser uma ilha.

O desastre ambiental que marcou a região

Com cerca de 50 milhões de litros de água contaminada por metais pesados armazenados de maneira precária em uma barragem abandonada ameaça a baía de Sepetiba, um dos pontos turísticos mais interessantes do Estado do Rio.


Rejeitos industriais da Ingá Mercantil
O "lago" está dentro do terreno de 35 hectares da Companhia Mercantil e Industrial Ingá, que faliu. Ao lado da barragem há um dos manguezais da baía, antes ricos em vida marinha. Em 1996, após um temporal, o dique rompeu, e os rejeitos industriais alcançaram o mar. O desastre ambiental é até hoje lamentado na região. Uma montanha de resíduos de minério, principalmente zinco e cádmio, ladeia a barragem. Quando chove, o material escorre para dentro do "lago", o que causa o aumento de seu volume.


Índice de metais pesados na Baía de Sepetiba

A indústria foi montada na década de 50 na ilha da Madeira, então um paraíso ecológico. Hoje, a ilha existe apenas no nome da localidade. Aterros juntaram a Madeira ao continente. Durante quatro décadas a Ingá produziu lingotes de zinco para exportação. Os rejeitos líquidos eram depositados sem tratamento na baía de Sepetiba.



A Ilha da Madeira é porta de entrada para outras ilhas da região. A devastação para construção do Superporto Sudeste, transfoou o bairro outrora residencial e turístico em um canteiro de obras repleto de poeira e barulho de máquinas. A região, que sofre com a consequência de desastres ambientais passados, tenta agora se recuperar e ir de encontro aos interesses na exploração desordenada da região.



Mesmo com tantas adversidades e devastações causadas pelo homem, a Ilha da Madeira é a porta de entrada para divesas ilhas da região. O acesso por transporte público deve ser realizado partindo de Itaguaí ou Campo Grande, através de linhas de ônibus até o local. Na capital a linha 738P parte de Campo Grande, atendendo também aos municípios de Nova Iguaçu e Seropédica, através da BR-465 e RJ-099.



No Centro de Itaguaí,além da opção de pegar a linha vinda de Campo Grande, há uma linha da empresa Cidade de Itaguaí também com destino à Ilha.


Taxi-boats na Ilha da Madeira, em Itaguaí (RJ)


Para acessar as demais ilhas, basta chegar à Ilha da Madeira e escolher um dos inúmeros barco-táxis que ficam na praia à disposição para ir até a ilha desejada, numa viagem de aproximadamente 15 minutos.

Praia do Funil na Ilha dos Martins - Foto: Wendell Raphael



Referências Bibliográficas

Gustavo Moreira, Seropédica Online, Ônibus Brasil, Sopa Cultural, OBVIOUS, Canlog SA, CCR Nova Dutra, Diário dos Transportes, Trem da Serra, Rio de Janeiro, Ultimo Segundo, Jornal Atual, Cia de Ônibus, Jornal O Dia, Amigos do Trem, Cidades IBGE, Bicicleta e Etc, Jornal O Foco, Departamento de Transporte Rodoviário do Estado do Rio de Janeiro, Folha UOL, IBA Mendes Pesquisa, Os 50 anos da eletrificação dos trens de subúrbio do Rio de Janeiro, Política RJ, Port Services, O Parah Diário, Jornal ZO, Revista Ferroviária, Comunicar Mais, Departamento Nacional de Infraestrutura dos Transportes, Cooper Tropical, Jornal I+, Grupo Aterpa, Departamento de Estradas de Rodagem do Estado do Rio de Janeiro, Viação Cidade do Aço, Viagem UOL, Jornal do Brasil, Grande Niterói, Resgatando Memórias, Estações Ferroviárias, A Mil Por Hora por Rodrigo Mattar, Ventura por Ronaldo Moraes, Busologia por Pablo Melo, Governo do Estado do Rio de Janeiro, Revista Brasileira de Geografia, Diário de Notícias, História Aurelino.





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