Rotas Fluminenses: 453T Duque de Caxias x Cabuçu via Nova Iguaçu

Dados da linha:
Linha 453T - Duque de Caxias x Cabuçu via Nova Iguaçu (Complementar)
Empresa: RJ 137 Expresso Mangaratiba

Tipo: Urbana Intermunicipal




A linha para no Terminal Rodoviário do Shopping Center junto com as demais linhas dessa empresa.
Ao sair do terminal, passamos por diversas ruas com grande fluxo de veículos e pedestres. Devido ao comércio na região, há muio pedestre realizando travessias e até mesmo caminhando a beira das ruas tomadas por ambulantes.

Já se afastando do Centro, chegamos ao Parque Lafaiete e ainda na Avenida Nilo Peçanha, seguimos em direção à Praça dos Leões, uma rotatória que conecta duas vias importantes oriundas de bairros Meritienses.

Chegando ao Bar dos Cavaleiros, na Praça Antonio Couto, a via termina e continuamos a viagem na Estrada São João-Caxias. Embora tenha o nome de Praça, não passa de canteiros divisórios que ordenam o trânsito nesse trevo. Ali em frente fica Praça de Bar dos Cavaleiros.

A poucos metros, chegamos ao Parque Araruama em São João de Meriti. Após passarmos pelo Parque Analândia e Parque Barreto, chegamos no Viaduto onde passamos sobre a BR-116 Rodovia Presidente Dutra.

Após atravessar o Viaduto São João-Caxias, estamos no Jardim Bonifácio e aqui se inicia a Rua São João Batista. Essa é uma das principais vias de acesso ao Centro do município e serve também aqueles que pretendem chegar à RJ-081 Via Light. Ela possui apenas uma faixa de rolamento em cada sentido sem sinalização horizontal demarcando a divisão. O único trecho demarcado é do seu início no trevo até a Rua Vereador Osvaldo Marcondes.

Se aproximando do centro comercial, entramos a direita e pegamos um breve aclive, onde vamos até a Rua Santo Antônio, nela começamos a descer em direção à RJ-083 Avenida Automóvel Clube, uma das principais vias da cidade.


Passagem de nível sobre a EFRO


Após o cruzamento seguimos até a Avenida N. Srª. das Graças, via que margeia o Ramal Belford Roxo. Por essa avenida, seguimos em direção à passagem de nível e acessamos a Rua Manuel Francisco Rosa. Após uma breve volta pelo centro, passamos pela Igreja São João Batista e saímos na Rua Deputado Rubens Paiva que nos levará de Engenheiro Belford a São Mateus.


Estação São Matheus - Antigo Ramal Circular da Pavuna

O trecho percorrido entre a passagem de nível e a Avenida Ana Brito da Silva, abrigou O Ramal Circular da Pavuna, que  era uma linha variante que começava na Linha Auxiliar, na estação de Costa Barros, e terminava na estação de Thomazinho, na mesma linha. Com o tempo, esse trecho curto da Linha Auxiliar foi sendo abandonado, e os trens passaram a seguir direto pela Pavuna, incorporando o trecho na linha principal. Também o trecho final do ramal circular, entre Belford Roxo e Thomazinho, onde estava a estação de São Matheus (Galdino Rocha), foi erradicado, e hoje os trens metropolitanos da SuperVia fazem o trecho Dom Pedro II-Costa Barros-Pavuna-Belford Roxo.

Pela Avenida Ana Brito, vamos até a Rua Antônio Hermont e atravessamos a passagem de nível da linha auxiliar. hoje servindo apenas aos cargueiros da MRS Logística.

A chamada Linha Auxiliar foi construída pela E.F. Melhoramentos a partir de 1892 e em 1898 foi entregue o trecho entre Mangueira (onde essa linha e a do Centro se separam) e Entre Rios (Três Rios). O traçado da serra, construído em livre aderência e com poucos túneis, foi projetado por Paulo de Frontin, um dos incorporadores da estrada. Em 1903, a E.F. Melhoramentos foi incorporada à E.F. Central do Brasil e passou a se chamar Linha Auxiliar. Ferrovias foram incorporadas a ela, assim como ramais construídos, dando origem à Rede de Viação Fluminense, que tinha como tronco a Linha Auxiliar, sendo tudo gerido pela Central.

A linha da Auxiliar teve o traçado alterado nos anos 1970 quando boa parte dela foi usada para a linha cargueira Japeri-Arará, entre Costa Barros e Japeri, ativa até hoje, bem como para trens metropolitanos entre o Centro e Costa Barros.

Já do outro lado, seguimos pela Avenida Presidente Tancredo Neves até o Éden, onde a via passa a se chamar Avenida Torres Homem. No bairro do Éden há uma outra passagem de nível que dá acesso ao Terminal Rodoviário do Éden, a Praça Francisca Guimarães Neves e serve também como rota em direção a Via Dutra no pelo bairro de Agostinho Porto.

Encontramos outra passagem de nível e seguimos no lado contrário entrando em Vila Norma pela Rua Elisário Souza.  Ali encontramos grande fluxo de veículos pois concentra o tráfego vindo de Nilópolis pela Rua Antonio José Bitencourt e de Mesquita pela Rua Cosmorama. O trecho termina na passagem embaixo do viaduto da RJ-081 Via Light. Ficou pra trás também  município e agora estamos em Nilópolis na Rua Antonio José Bitencourt no bairro Novo Horizonte. Nessa mesma rua passamos rapidamente em Nova Cidade e chegamos ao Centro onde entramos na Avenida Carmela Dutra em direção a Praça Paulo de Frontin.

Após uma breve volta, acessamos o viaduto de Nilópolis e passamos em frente ao Terminal Rodoviário de Nilópolis. O terminal é administrado pelo consórcio RIOTERP - Rio Terminais Rodoviários de Passageiros S/A. O consórcio é composto pelas empresas Fetranspor e Socicam.

Atualmente, estão sendo realizadas obras e intervenções de adaptação do espaço para atendimento de portadores de necessidades especiais, serão também criadas novas cabines para despachantes, recuperação das baias para acostamento dos ônibus, além de praça de alimentação, comércio e dependências administrativas e de segurança.



Jornal do Brasil, 27/7/1975

Deixado para trás o terminal, chegamos na Avenida Getúlio de Moura. No percurso entre o Terminal e a Estrada Mirandela, está situada a Estação ferroviária de Nilópolis. A estação de Engenheiro Neiva foi inaugurada em 1914. Logo o seu nome foi alterado para Nilópolis, dado em homenagem ao político fluminense, ex-Presidente da República, Nilo Peçanha. O prédio antigo e original da estação foi mantido embora tenha havido o aumento das plataformas e colocação de modernas passarelas.


Seguimos em frente margeando a EFCB e ao atravessar a ponte sobre o Rio Sarapuí estamos em Mesquita, onde a Avenida passa a se chamar Presidente Costa e Silva.

Rio Sarapuí já se chamou "Guimbu". Juntamente com o Rio Iguaçu, forma a Bacia Hidrográfica do Iguaçu/Sarapuí. Muitas enchentes são causadas pela impermeabilidade do solo, junto com a redução do espaço para o fluxo de água, que aumentam o volume do rio e sempre transborda em época de chuva forte.

O Rio nasce na Serra de Bangu e corta outros municípios servindo até mesmo como marco divisório entre Nilópolis/Mesquita e Belford Roxo/São João de Meriti. Em seguida segue em direção à Duque de Caxias onde deságua no Rio Iguaçu no bairro São Bento. Vale lembrar que há um projeto  margens, a via expressa Transbaixada.

O projeto da Transbaixada prevê uma rodovia localizada as margens do Rio Sarapuí, fazendo parte do projeto Iguaçu começando no último bairro de Nilópolis: o bairro Nossa Senhora de Fátima e terminará na BR-040 Rodovia Washington Luís na localidade de Gramacho em Duque de Caxias, fazendo integração com a BR-116 Rodovia Presidente Dutra e a RJ-081 Via Light e futuramente a BR-101 Avenida Brasil.
O Governo do Estado também estuda a possibilidade de levar a Transbaixada até a Via Light, ou mesmo a Avenida Brasil na altura de Bangu, ao longo do Sarapuí integrando a Baixada Fluminense a Zona Oeste carioca.


Agora em Edson Passos, passamos pela estação ferroviária em frente à Praça da Revolução. Esse trecho é bastante movimentado, além da travessia de pedestres e um cruzamento, o entorno da praça é movimento devido ao comércio na Avenida Marechal Castelo Branco. Mais a frente passamos pela UPA - Unidade de Pronto Atendimento, o CVT - Centro Vocacional Tecnológico e a 53ª Delegacia de polícia civil. Na próxima esquina, há uma faixa de pedestres sinalizada com semáforo e uma passarela sobre a ferrovia. A partir dessa esquina, com a Rua Júpiter estamos no Centro de Mesquita.

Chegando ao Viaduto, desviamos pela esquerda n Rua Ônix e passamos pela Praça Secretária Elizabeth Paixão, onde inicia a Estrada Feliciano Sodré. Essa reta nos leva até Presidente Juscelino, o último bairro na cidade. Na esquina com a Rua Irmãos Maurício a rua passa a se chamar Bernardino de Mello no bairro Caonze em Nova Iguaçu.

Embora tenhamos chegado somente agora em Nova Iguaçu, vale lembrar que grande parte do trecho já percorrido já pertenceu a Nova Iguaçu antes das emancipações e criação dos atuais municípios. Os primeiros foram na década de 40, São João d Meriti em 1943 seguido de Nilópolis em 1947. Na década de 90 mais terra é desmembrada, Queimados e Belford Roxo em 1990, Japeri em 1991 e Mesquita em 1999.

Chegando ao Centro, encontramos trânsito intenso, via e calçada estreitas com apenas uma faixa de rolamento e pedestres realizando travessia fora da faixa, além do transporte alternativo que para em pontos irregulares.

Recentemente. Nova Iguaçu iniciou a licitação de dois consórcios para a exploração de linhas municipais, mas em termo de mobilidade urbana, ainda tem muito a se desenvolver e tentar melhorar.

Após a passarela caracol, na esquina com a Rua Ivan Vigné (antiga Dr. Thibau) o trânsito começa a fluir. Entramos na Rua Comendador Soares e passamos pela Praça do Skate. mais a frente entramos a direita na RJ-105 Avenida Abílio Augusto Távora (popularmente conhecida como Antiga Estrada do Madureira), uma das principais ligações da cidade em direção à Zona Oeste e a Costa Verde Fluminense.

Mais a frente passamos em frente ao Shopping Nova Iguaçu. Inaugurado em abril de 2016 no terreno onde antes havia a Pedreira Vigné, fundada em 1949, inicialmente com produção de pequena escala utilizando marteletes manuais. A empresa no seu age já operava caminhões “fora-de-estrada”, com britador de mandíbulas na britagem primária e com quatro estágios de rebritagem, utilizando-se hidrocones em circuito fechado com peneiras vibratórias. Em 2014 encerrou as suas atividades e no lugar foi construído o Shopping.


Xandi


O terreno explorado pela pedreira integra o Edifício vulcânico do Maciço do Gericinó onde ha mais de 40 milhões de anos havia um vulcão, esse descoberto em 1979. O vulcão mede 1,5 km de diâmetro. Há aproximadamente 200 metros de desnível entre a parte mais alta da boca (a pedra da Contenda, com 443 metros de altitude) e o fundo da cratera.

Seguindo a viagem, passamos pelos bairros da Luz, Dom Rodrigo, Jardim Alvorada, nessas localidades é comum encontrar vilas residenciais que abrigam estudantes da UNIG - Universidade Iguaçu. O trânsito também apresenta retenções no trecho entre a universidade e a Estrada Cambucas.

No trecho que percorremos em Jardim Nova Era, Danon, Vila Martins e Jardim Palmares, há pouca densidade demográfica e assim se torna mais visível a precariedade da via.

Chegamos no Valverde onde inicia a Estrada da Palhada, uma das principais estradas da região que leva o fluxo para a Via Dutra. A partir desse trecho há um comércio desenvolvido e que atende ao bairro e adjacências.

Agora chegamos em Cabuçu, onde a linha termina. Atualmente param na Rua Paissandú na esquina com a RJ-105 Avenida Abílio Augusto Távora. Na volta para Duque de Caxias, os ônibus contornam pelas ruas Humaitá e Curupati, onde sai novamente na RJ-105.

Muitos não sabem, mas Cabuçu já abrigou uma estação ferroviária. No dia 5 de fevereiro de 1929, ocorreu a inauguração do Ramal Carlos Sampaio - Santa Cruz, com 34 km de extensão, ligando a estação de Carlos Sampaio da Linha Auxiliar até Santa Cruz no Ramal de Mangaratiba, passando por Austin na Linha do Centro. Haviam no percurso as estações de CabuçuEngenheiro AraripeEngenheiro Heitor Lira e Marapicu que não chegou a ser inaugurada. 


João Bosco Setti


O ramal teve vida efêmera, pois o trecho Santa Cruz - Cabuçu foi fechado em 1932, restando apenas o tráfego de trens de serviço entre Cabuçu e Carlos Sampaio até 1948, quando o ramal foi totalmente erradicado.




> A Expresso Mangaratiba operou a linha até 2017 quando repassou então para a Viação Costeira ao qual tem sociedade.

> A linha possui uma variante via Linha Vermelha.

> É considerada linha complementar à 118T Duque de Caxias x Mangaratiba via Nova Iguaçu.

> Em agosto de 2017 o Departamento de Transportes Rodoviários interviu também na Viação Costeira. Com isso a linha 453T passou a ser operada pela Empresa de Transportes Flores.
Tags :
[2][iconeI][style-1][LEIA TAMBÉM][As mais lidas até o momento]

Visitantes


Somos movidos pelo interesse de explorar os meios, modos e regras que integram o sistema de mobilidade urbana no Estado do Rio de Janeiro. O avanço tecnológico tem trazido mais dinamismo nas cidades, fazendo com que a população evolua e acompanhe esse avanço.

Buscamos obter informações, matérias, históricos e projetos de mobilidade e transformação urbana, assim como a realização de visitas técnicas em empresas, concessionárias e instituições relacionadas à Mobilidade Urbana do RJ, cuja perspectiva é abordar temas mais diversos e estar inteirado no que há de vir nos serviços de transportes.


Postagem em destaque

Luxor Transportes e Turismo - A Gigante da Baixada Fluminense

A Luxor Transportes e Turismo foi uma empresa polêmica, que ao longo de sua trajetória desencadeou reviravoltas que mexeram estruturalmente ...

Explorando Caminhos |🚦Perspectivas