Perfil Municipal: Mangaratiba

Localizado na Baía de Sepetiba, Mangaratiba é um município da região Sul Fluminense. A cidade tem o turismo como vocação principal, com 30 praias nos seus quase 50 quilômetros de orla no continente.



Fora dele, Mangaratiba também tem diversas ilhas, e essa combinação de praias, ilhas e uma rica história fortalecem diversos segmentos do turismo: histórico, náutico e de veraneio.

Junto com Itaguaí, Angra dos Reis e Paraty, compõe a Costa Verde, uma região com quase 80% de Mata Atlântica natural. De acordo com o Altas de Municípios da Mata Atlântica, da ONG SOS Mata Atlântica, Mangaratiba tem 73,9% de sua vegetação preservada. Com isso, o município ocupa a terceira colocação entre os municípios mais conservados do Rio de Janeiro.

Praia da Ponte ( Pier ) - Foto de 04/1947 - Carregamento de bananas no trem

Mangaratiba tem baixa densidade populacional, pois tem uma grande extensão territorial e uma população modesta. Trata-se de uma cidade prioritariamente residencial, mas que também possui grandes condomínios, hotéis e resorts.


BR-101 Rio-Santos

A construção da rodovia Rio-Santos, parte da BR–101, nos anos 1970, trouxe uma nova fase para o município, com uma grande valorização do solo urbano, bem como um incremento da construção de residências de final de semana e férias. A nova estrada trouxe, ainda, diversas atividades ligadas ao turismo, com um processo de ocupação de áreas, até então, inacessíveis e desertas.



BR-101 Rodovia Rio-Santos
O município fica a 85 km da capital e o principal acesso é pela rodovia Rio-Santos (BR-101), tanto para quem vem de Paraty ou Angra dos Reis, quanto para quem vem de Itaguaí ou Rio de Janeiro. Mangaratiba tem também Rio Claro como município vizinho, cujo acesso é pela Estrada São João Marcos.




RJ-014 Sahy x Mangaratiba


A via é continuação da RJ-149, com início no trevo de Mangrtiba, prossegue em direção ao bairro do Sahy, onde encontra a BR-101 no primeiro momento.



RJ-014  próximo ao Trevo de Sahy
Com 41 quilômetros de extensão liga a BR-101 no município de Mangaratiba com a cidade de Rio Claro localizada no Sul Fluminense.Corta o distrito de Praia Grande e chega no distrito de Muriqui quando torna a ter pista própria, com o nome de Rua Diva Nunes de Lima indo em direção ao distrito de Itacuruçá, cujo trecho é conhecido como Estrada do Axixá, após o qual retorna à BR-101 em novo entroncamento, já próximo à divisa com o município de Itaguaí. Possui pista simples, bem pavimentada e com alguns redutores de velocidade, sendo estreita e sinuosa no trecho mais próximo do centro daquele município.


Para fiscalização de trânsito e apoio em caso de emergência, possui destacamentos do 33º Batalhão de Polícia Militar no quilômetro zero da rodovia, no Centro de Mangaratiba, e outros no bairro de Ibicuí, e nos distritos de Muriqui e Itacuruçá.



RJ-149 Rodovia Luiz Ascendino Dantas

Com 41 quilômetros de extensão liga a BR-101 na altura do município de Mangaratiba com a cidade de Rio Claro localizada no Sul Fluminense.



RJ-149 Estrada de São João Marcos

Partindo-se de Mangaratiba, logo após os dois primeiros quilômetros, a rodovia sobe a Serra do Piloto em direção à Rio Claro, encontrando a RJ-155 no centro desta cidade. Possui pequenos trechos históricos em leito original, tombado.


Construções históricas no leito da RJ-149

A RJ-149 é considerada a primeira estrada de rodagem do Brasil, construída por D. Pedro II em 1856 para acessar o Porto de Mangaratiba, ligando o antigo município de São João Marcos (um dos mais ricos do país entre o final do século XVIII e meados do século XIX, hoje um Parque Arqueológico gerado a partir de sua inundação por ocasião das obras do complexo hidrelétrico de Lajes da Light) ao mar e facilitar o escoamento da produção cafeeira do Vale do Paraíba Fluminense e a entrada de mão-de-obra escrava para a lavoura.

Em 2009 foi lançada licitação para obra de restauração dessa rodovia cujas obras tiveram inicio em maio de 2010 com término previsto para maio de 2011, mas cuja execução dos serviços de pavimentação findaram com atraso, em 2012. A rodovia é uma alternativa de trânsito entre o Sul Fluminense e a Costa Verde/Zona Oeste do Rio sem precisar pagar o pedágio da Rodovia Presidente Dutra.



Estrada de Ferro de Mangaratiba

Criada originalmente para o transporte de gado entre o (na época) novo Matadouro de Santa Cruz e a sede da Corte (Rio de Janeiro), esta ferrovia passou a transportar passageiros, que tinham o privilégio de desfrutar uma esplêndida paisagem, com trechos da ferrovia passando a poucos metros do mar.


Estação ferroviária de Ibicuí

O ramal de Angra, posteriormente chamado de ramal de Mangaratiba, foi inaugurado em 1878, partindo da estação de Sapopemba (Deodoro) até o distante subúrbio de Santa Cruz. Somente foi prolongado em 1911 até Itaguaí, e em 1914 chegou a Mangaratiba, de onde deveria ser prolongado até alcançar Angra dos Reis, onde, em 1928, a E. F. Oeste de Minas havia atingido com sua linha vinda de Barra Mansa. 


Tal nunca aconteceu, e o ramal, com trechos belíssimos ao longo da praia, muito próximo ao mar, transportou passageiros em toda a sua extensão até por volta de 1982, quando foi desativado. Antes disso, em 1973, uma variante construída pela RFFSA e que partia de um ponto próximo à estação de Japeri, na Linha do Centro, permitia que trens com minério alcançassem o porto de Guaíba, próximo a Mangaratiba, encontrando o velho ramal na altura da parada Brisamar.

Estação Ferroviária de Mangaratiba

A variante, entretanto, deixava de coincidir com o ramal na altura da ponta de Santo Antonio, onde desviava para o porto; com isso, em 30/06/1983, o trecho original entre esse local e Mangaratiba foi erradicado e os trens passaram a circular somente entre Deodoro e Santa Cruz, de onde voltavam.
Hoje, esse trecho ainda é usado pelos trens de subúrbio, o trecho entre Santa Cruz e Brisamar está abandonado e o restante, Brisamar-porto, é utilizado pelos trens de minério apenas.

Estação Ferroviária de Itacurussá

O trecho entre Santa Cruz e Mangaratiba teve o tráfego interrompido para passageiros na década de 1980. Era o conhecido Trem "Macaquinho", que transportava além dos passageiros habituais, pessoas interessadas em conhecer uma região belíssima, aprazível e pouco explorada, com muitas belezas naturais. Hoje em dia apenas trens cargueiros circulam na região, destinados ao Porto da Ilha Guaíba, onde o material transportado (principalmente minério de ferro) é exportado.


No trecho entre Santa Cruz e Mangaratiba havias as estações:

Santa Cruz > Itaguaí <> Brisamar <> Vila Geny <> Coroa Grande <> Itacurussá <> Parada da Pedreira <> Muriqui <> Praia Grande <> Sahy <> Praia Brava <> Ibicuí <> Silva Rego <> Silveira <> Santo Antônio <> Engenheiro Junqueira <> Ribeira < Mangaratiba


Cargueiro da MRS Logística

Na década de 1990, a MRS Logística encampou a parte da Estrada de Ferro Central do Brasil pertencente a Itaguaí e Mangaratiba. A estrada de ferro passou desde então a ser de uso exclusivo da mineradora MBR (hoje incorporada pela Companhia Vale), que usa a estrada como escoamento da produção do minério produzido em Minas Gerais, desembarcando na ilha de Guaíba.



Projeto - Trem dos Mares da Costa Verde



Vagão de Passageiros
O Trajeto em Mangaratiba, entre a montanha e o mar, com 18Km ligando os distritos de Itacuruçá e Santo Antônio, a empresa Serra Verde Express que explora a linha Curitiba-Paranaguá, no Paraná, já demonstrou a viabilidade de a operar o sistema.

Segundo o projeto uma automotriz com capacidade para 80 pessoas, percorrerá o trajeto de 18 quilômetros, em linha férrea já existente, em cerca de uma hora, apenas nos fins de semana e feriados. As tarifas devem variar de R$ 50 a R$ 200. A concessionária de transporte ferroviário MRS Logística opera trens de carga no trecho, o contrato de concessão não obriga a MRS a transportar passageiros.



Leito da Ferrovia - Praia de Sahy

A concessionária juntamente com o estado e o município, está buscando formas de viabilizar o projeto na região. A perspectiva é que a viagem inaugural ocorra com a anuência da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).



Hoje, no Estado do Rio só temos o Corcovado como trem turístico, que leva cerca 800 mil passageiros por ano. Este seria o segundo, daí a enorme importância deste projeto. A idéia é desenvolver um plano integrado de turismo, ligando mar e montanha, este plano está na mesa há 28 anos.



Automotrizes à beira do litoral de Mangaratiba

O projeto terá uma viagem temática de trem, que sairá da Estação de Itacuruçá com destino à Praia do Sahy. Os passageiros poderão ver e vivenciar importantes elementos históricos, como as monumentais ruínas do Sahy, que guardam em suas construções a lendária trajetória do tráfico negreiro, além dos pontos turísticos, culturais e históricos presentes nos 180 anos de história da cidade. O trajeto ainda brinda os participantes com verdadeiras obras de arte à beira-mar, permitindo inclusive a visualização da Ilha Grande e a Ilha da Marambaia, emolduradas pelas muralhas da Serra do Mar.

Locomotiva se aproximando à praia de Muriqui

Uma coisa é transportar cargas e outra é transportar pessoas. Todas as precauções com cuidados e segurança devem ser tomadas para que tudo corra conforme planejado. A MRS reconhece que no contrato de concessão existem duas passagens diárias para trem de passageiros. Eles estão sendo parceiros do projeto.

O presidente da Associação Fluminense de Preservação Ferroviária, Antonio Pastori, esteve em Mangaratiba para uma inspeção nas estruturas e condições da cidade para receber o "Trem dos Mares da Costa Verde". Pastori foi designado pela secretaria Estadual de Transportes para dar o parecer sobre viabilidade do projeto e inspecionar não só Mangaratiba, mas em todas as cidades que tem o potencial para este tipo de projeto.



O lançamento do projeto ‘Trem dos Mares da Costa Verde' tem com o objetivo resgatar a história e a cultura dos 185 anos da cidade, além de mostrar os pontos turísticos naturais. Na visita, Pastori inspecionou a linha férrea da estação de Itacuruçá até a enseada da praia de Santo Antonio, trajeto que o trem fará, para um estudo de viabilidade, conferir locais de paradas, manobras e desvios.


Desvio da ferrovia em Itacuruçá

Na inspeção foram verificados também os desvios da linha e o local de estacionamento dos vagões. Na estação de Itacuruçá, por exemplo já existe um ponto de desvio de cerca de 300 metros, faltando apenas alguns detalhes para o funcionamento. Na enseada de Santo Antonio há um ponto ideal para o desvio e a manobra, e para a construção das novas instalações: estação, restaurante e plataforma. O trem terá três paradas, em Muriqui, no Sahy e o término da viagem em Santo Antônio.

Ferrovia ao longo da Praia Grande

Praticamente 90% do projeto está pronto para operar. Falta somente concluir os desvios e pequenos detalhes. A inspeção nos quatro carros de passageiros que estão em Barão de Mauá já foi realizada. Os vagões, que são do Governo do Estado, estão em boas condições faltando apenas pequenos reparos.





Transporte Marítimo


Transporte por barca
A companhia Barcas S.A. é a empresa que faz o transporte diário de passageiros entre as rotas Mangaratiba – Abraão – Angra dos Reis, outras embarcações também fazem o percurso, mas nem sempre com regularidade.


Barca Charitas - Linha Mangaratiba x Abraão

Além da travessia para a Ilha Grande, existem inúmeras escunas e traineiras que realizam passeios e pescarias por toda a Costa Verde partindo dos cais de Mangaratiba e Itacuruçá.




Escuna na Baía de Sepetiba

Instituto Boto Cinza


Você também pode contar com o passeio educacional com especialistas do Instituto Boto Cinza,ONG, que estuda os botos-cinza há 15 anos. O biólogo vai a bordo do passeio que fornecerá todas as informações interpretativas dos encantadores golfinhos e da beleza natural da Baía de Sepetiba.


Botos cinzas na Baía de Sepetiba

Os turistas poderão vivenciar uma experiência incrível ao avistar os golfinhos e com a possibilidade de escutá-los com o hidrofone a bordo.




Viação Costeira



A Viação Costeira, foi fundada em 17 de outubro de 1996, com o objetivo de operar linhas no município de Mangaratiba, onde mantém sua sede na estrada São João Marcos, na Praia do Saco.



Viação Costeira


Operava, inicialmente, fazendo as ligações entre os distritos de Itacuruçá, Muriqui e Mangaratiba, abrangendo posteriormente o distrito de Conceição de Jacareí. Conquistou também serviços de fretamento, entre eles o atual transporte escolar do município. Hoje, opera também em serviços intermunicipais no estado do Rio de Janeiro.



Em 2010, com a Expresso Mangaratiba impossibilitada de concorrer a licitação da linha 405T, o grupo Breda utilizou o CNPJ da Costeira para participar do certame. Ela iniciou a operação da linha com 20 carros, argumentando serem rodoviários e assim não estando dentro dos padrões operacionais da linha, os carros inicialmente utilizados na linha não foram aprovados pelo DETRO, A linha foi operada inicialmente, por quase dois meses unicamente pela Viação Cidade do Aço.



Estes carros foram substituídos por outros urbanos e tiveram destino ainda incerto, provavelmente foram para a operação das linha do Metrô Expresso Oeste.





Em 2012, 10 dos 20 carros foram trocados pelos City curtos OF-1722.

Com essa troca, esses carros passaram a rodar nas linhas da Expresso Mangaratiba com o nome da Expresso e o adesivo “Em comodato” e numeração da Mangaratiba.

Além disso, junto com os City curtos, vieram também Spectrum Intercity sem ar, que também foram passados para a Mangaratiba em comodato.



Viação Costeira - Comodato Expresso Mangaratiba

Mas, com o tempo, os carros que estavam em comodato começaram a voltar para a empresa original. E carros com pintura da Expresso passaram a ostentar o nome Costeira. Esses carros foram comprados para linha da Barra, mas como suas características não eram as do edital, o Detro embarreirou e eles foram repassados a Expresso.


Mais recentemente, alguns carros da Expresso começaram a ser repintados com a pintura da Costeira.
Atualmente a Costeira não opera mais o transporte municipal de Mangaratiba. As linhas são cobertas pelas linhas intermunicipais da própria Costeira.

Linhas Costeira em Mangaratiba:

118T Duque de Caxias x Mangaratiba via Nova Iguaçu
454U Itaguaí x Itacuruçá
456T Duque de Caxias x Itacuruçá
455U Itaguaí x Muriqui
452T Duque de Caxias x Muriqui via Nova Iguaçu
450T Nova Iguaçu x Itacuruçá via Av. Brasil
116T Itaguaí x Mangaratiba via BR-101


Expresso Mangaratiba

Fundada em 21 de outubro de 1967, iniciou sua operação ligando o município de São João de Meriti a Mangaratiba via Nova Iguaçu com cinco veículos ampliando o percurso até Duque 
de Caxias onde mantém hoje a sua sede.


Expresso Mangaratiba

Atualmente com as atividades suspensas por determinação do DETRO-RJ, é concessionária do transporte público intermunicipal nos municípios de Mangaratiba, Nilópolis, Caxias, Mesquita, São João de Meriti, Nova Iguaçu, Itaguaí e Rio de Janeiro.

Expresso Mangaratiba

Possui uma frota de aproximadamente 300 veículos semi-rodoviários de pequeno, médio e grande porte para a execução de 39 linhas de serviços intermunicipais e fretamento. Fazendo ligações entre 8 municípios das regiões da Baixada Fluminense, Zona Oeste do Rio de Janeiro e Costa Verde.



Viação Serra do Piloto

A Serra do Piloto fundada em 21 de outubro de 2003 é uma pequena e humilde empresa de Mangaratiba. Nem todos conhecem a Viação Serra do Piloto, que conta atualmente com duas linhas em operação na cidade de Mangaratiba.


Viação Serra do Piloto

Seus itinerários são ligações importantes e com moderada demanda de passageiros, sendo um deles entre o Centro e o ponto turístico de Fazenda Ingaíba Batatal, berço de piscinas naturais, cachoeiras e trilhas, e uma segunda linha que liga o Centro do município ao Vale do Rio Sahy, cortando a serra que dá nome à empresa e com ponto final comumente utilizado como local de integração para a cidade de Rio Claro.


Viação Serra do Piloto

A empresa forma um grupo junto com as empresas Viação Cidade de Itaguaí, Expresso Fluminense, Evial Expresso e Viação Emanuel. Muitas delas foram expulsas ou perderam concessões em diversos municípios no Estado.


Unidas Locatur

Em janeiro de 2006, a prefeitura de Mangaratiba criou e licitou diversas linhas interdistritais para transporte coletivo por ônibus. As linhas licitadas foram:

100-15 – Centro X Serra do Piloto
110-15 – Rubião X Mangaratiba (Via Praça da Bela Vista)
120-15 – Sahy X Conceição de Jacareí
130-15 – Praia do Saco X Vila Benedita
140-15 – Acampamento X Praia Grande
150-15 – Vale do Sahy X Batatal
160-15 – Acampamento X Junqueira

O processo licitatório foi embargado através de um recurso e por fim, a prefeitura de Mangaratiba concedeu a permissão provisória de duas das sete linhas licitadas.

Unidas Locatur

No dia 20 de dezembro de 2016 foi publicado o Decreto de 
N.º 3718, concedendo a permissão da prestação dos serviços de transportes coletivos de passageiros no Município de Mangaratiba, em caráter precário e provisório, por um prazo de 90 (noventa) dias, podendo ser prorrogada por igual período, a empresa de Unidas Locatur Transporte e Locação de Veículos Ltda -ME com sede localizada na Estrada São João Marcos,4 - Acampamento, Mangaratiba.



A empresa recebeu a permissão para operação das linhas:

100-15 – Centro X Serra do Piloto
150-15 – Vale do Sahy X Batatal


Costa Verde Transportes



A Costa Verde Transportes é uma das principais empresas da Costa Verde Fluminense. A empresa foi fundada em 7 de agosto de 1997, assumindo as linhas rodoviárias da EVAL.


Costa Verde Transportes
Com tradição em transporte rodoviário, tornou-se sinônimo de conforto e credibilidade. A empresa opera diversas linhas entre as cidades do Rio de Janeiro, Angra dos Reis, Niterói, Itaguaí, Parati, Nova Iguaçu e Queimados



Como o foco da Costa Verde são as cidades turísticas, principalmente no Rio de Janeiro, há um aumento da procura por passagens durante finais de semana, feriados e férias.




Empresa Viação Angrense Ltda

Mais conhecida como EVAL, foi fundada em 1960 com o prefixo RJ 131 operando linhas intermunicipais. A empresa tinha concessão de várias linhas executivas saindo da Praça Mauá para a Baixada Fluminense, mas também que ligavam Rio e Niterói à Costa Verde do estado, englobando Mangaratiba, Muriqui, Angra e Paraty.


Empresa de Viação Angrense Ltda

Nos anos 80, seus setores urbanos foram entregues às empresas Turismo Trans1000 e Expresso Real Rio. Em 1995 a EVAL entregou as linhas rodoviárias que vieram a ser operadas pela Costa Verde Transportes em 1997.

Suas linhas intermunicipais foram entregues de acordo com o serviço e setor operacional:

Itaguaí e Seropédica > Coesa Transportes/Expresso Real Rio
Região Litoral do Estado > Costa Verde Transportes
Queimados e Japeri > Turismo Transmil
Paracambi > Viação Normandy do Triângulo

Empresa de Viação Angrense
Atualmente a EVAL opera apenas no setor de Turismo e Fretamento.
Os setores de Queimados, Japeri e Paracambi atualmente são operados pela Transportes Blanco.





Entrada de outras empresas no município



Fiscalização do DETRO na BR-101

A Expresso Mangaratiba sofreu intervenção total em suas linhas,sendo dividas entre a Expresso Real Rio, Empresa de Transportes Flores, Expresso Recreio e Auto Viação Reginas. A intervenção foi realizada em duas datas, caso a Expresso Mangaratiba regularize sua situação durante 1 ano ela poderá recuperar as concessões das suas linhas perdidas.




Antes da primeira intervenção, a Expresso Mangaratiba já havia transferido linhas para a Viação Costeira.

A Viação Costeira e Expresso Mangaratiba dividiram as linhas de acordo com o setor de operação:
As linhas que ligam o município de Duque de Caxias ligando aos municípios da Costa Verde passaram a ser administradas pela Expresso Mangaratiba;
As linhas do setor Costa Verde, que ligam Itaguaí à Mangaratiba passaram a ser administradas pela Viação Costeira.


As linhas que adentram o município de Mangaratiba que foram repassadas são:

Expresso Recreio

Expresso Recreio
459S Campo Grande x Mangaratiba
122T Itaguaí x Mangaratiba
1902S Campo Grande x Conceição de Jacareí
1903S Conceição de Jacareí x Itaguaí
457U Conceição de Jacareí x Itaguaí via Mangaratiba



Auto Viação Reginas
Auto Viação Reginas

121T Duque de Caxias x Mangaratiba
1900T Conceição de Jacaréi x Duque de Caxias
1901T Conceição de Jacareí x Duque de Caxias


Viação Senhor do Bonfim

Operadora do serviço municipal de Angra dos Reis, foi fundada em 5 de dezembro de 1966. A empresa conta com seu próprio sistema de bilhetagem eletrônica e e responsável por muitos projetos sociais em sua cidade-sede.


Viação Senhor do Bonfim

Em 2016 o Detro havia impedido a operação, de duas linhas que se estendiam ao município de Mangaratiba no distrito de Conceição de Jacareí, prejudicando moradores da divisa entre Angra e Mangaratiba.Por meio da Secretaria Especial de Defesa Civil e Trânsito, juntamente com a Viação Senhor do Bonfim, a Prefeitura de Angra, conseguiu reverter a decisão. Com isso, as linhas Divisa Mangaratiba x Centro e Cantagalo Circular voltaram a seguir até Conceição de Jacareí.


O DETRO esclarece que regulamenta e fiscaliza as linhas intermunicipais, sendo as municipais, como a operada pela Senhor do Bonfim, de responsabilidade das prefeituras locais. No caso do trajeto municipal que liga o Centro de Angra dos Reis à Divisa de Mangaratiba, o Detro autorizou em 1997, por motivos de segurança, que os ônibus façam retorno em Conceição de Jacareí, sem, no entanto, realizar embarque e desembarque de passageiros, mantendo a característica da linha municipal.



Rotas de Fuga e Rotas Degradadas


A rota para fuga de Angra dos Reis em caso de emergência é a rodovia Rio-Santos, onde ocorrem, com grande freqüência, deslizamentos de terra interrompendo o fluxo de veículos. Além disso, não há rotas alternativas.




Mangaratiba abriga estradas que compõem as rotas de fuga das usinas nucleares de Angra I e II.

São compostas pelas estradas:

BR-101 Rodovia Governador Mário Covas (Rio-)Santos
RJ-149 Estrada São João Marcos

Na cidade vizinha, Angra dos Reis a rota de fuga segue pelas estradas:
BR-101 Rodovia Governador Mário Covas (Rio-)Santos
BR-494 (RJ-155) Rodovia Saturnino Braga

Em Paraty servem de rotas de fuga as rodovias:
BR-101 Rodovia Governador Mário Covas (Rio-)Santos
BR-459 (RJ-165) Rodovia Paraty-Cunha


Baía de Sepetiba

A Baía de Sepetiba foi palco de inúmeros acontecimentos da história do Brasil e, até hoje, mantém sua importância como posto de vigília em frente à Base Aérea de Santa Cruz para garantir a soberania nacional.


Baía de Sepetiba ao fundo
Ligada à pré-história indígena, como atesta a presença de sambaquis na região, Sepetiba foi considerada o "Porto do Ouro" por receber todo o ouro que vinha de Paraty com destino a Lisboa.

No século dezoito, a baía de Sepetiba foi cenário de muitas batalhas entre corsários atraídos pelo ouro e soldados do rei Dom João IV. Além do ouro, os piratas usurpavam o pau-brasil abundante nas matas da região.



A baia, juntamente com suas áreas de mangue e zonas estuarias constitui criadouro natural para as diversas espécies de moluscos, crustáceos e peixes existentes neste ambiente. A atividade pesqueira é importante suporte econômico e social para a região, que possui, ainda, indiscutível vocação natural de centro turístico como as ilhas da Madeira, Martins e Jaguanum, parte da ilha de Itacuruçá e três cachoeiras: Mazomba, Itimirim e Bicão. Além das praias de Coroa Grande, Itacuruçá, Muriqui, Ibicuí, Sahy, Praia Grande entre outras.

Resíduo contaminado proveniente da Companhia Mercantil Industrial Ingá

A paisagem na região começou a mudar em 1962, quando ali se instalou a Companhia Mercantil Industrial Ingá, que processava o minério calamina para produzir zinco. Até a década de 1980, a empresa despejava os resíduos tóxicos direto na baía, quando foi obrigada a construir diques de contenção. Mesmo depois de falir em 1998, a Ingá não deixou de lançar cádmio e zinco na baía, que alcançavam mar quando os diques de contenção se rompiam.


Índice de metais pesados na Baía de Sepetiba
Pescadores e pescado convivem com mais de 400 indústrias, portos, siderúrgicas e com o crescimento da população, que geram poluição por efluentes industriais, esgoto doméstico e contaminação por metais pesados. Além da pesca predatória, feita com redes de arrasto que vão a uma profundidade maior e de fato "arrastam" tudo o que encontram pelo caminho. 



A Baía de Sepetiba é uma zona de sacrifício do estado. Se nada for feito, a tendência é que ela se torne um polo siderúrgico e portuário, e a parte ambiental seja estéril. Ela está repetindo a mesma triste sina da baía de Guanabara.


Todos os dias, desaguam na baía de Sepetiba cerca de 229.500 metros cúbicos de esgoto não tratado, segundo cálculo do Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade (IETS). Fora o Rio, a maioria dos municípios não tem estações de tratamento ativas.


Poluição no litoral da Baía de Sepetiba
Mesmo na capital, apenas 14% do esgoto produzido nos bairros com acesso à baía passam por tratamento, segundo a empresa Foz Águas 5, responsável pelo saneamento da Zona Oeste da cidade. Uma população que tende a crescer, a medida que novos empreendimentos se instalam no local.


Curiosidades:

São João Marcos foi um antigo município do estado do Rio de Janeiro despovoado e demolido na década de 1940 para a formação da represa de Ribeirão das Lages para a produção de energia elétrica e abastecimento da cidade do Rio de Janeiro.

Formada a partir da abertura da estrada entre o Rio de Janeiro e São Paulo, ainda no governo de Luís Vaía Monteiro, com a instalação de lavouras e comércios de passagem, foi fundada em 1739 por João Machado Pereira, que em suas terras criou uma capela dedicada a São João Marcos.



Conheceu o apogeu quando da chegada da cultura do café, que fez a cidade atingir seu ápice no século XIX, quando chegou a ter mais de 14 mil habitantes, com sua principal vila tendo dez ruas e dez travessas, onde havia um teatro, um hospital, dois clubes, um posto dos correios e duas escolas.


Capela de Nossa Senhora da Conceição de Passa Três
Até o século XIX teve o nome de São João Marcos do Príncipe e o município era constituído das paróquias de São João Marcos (sede da Vila) e Nossa Senhora da Conceição de Passa Três.


Diversas epidemias de malária dizimaram parte considerável da população local após o declínio da lavoura cafeeira e, juntamente com a instalação, no início do século XX, das usinas hidrelétricas de Fontes, e com a formação do lago da Represa de Ribeirão das Lajes, pertencente à companhia canadense The Rio de Janeiro Tramway, Light and Power, contribuíram para sua decadência.



Em 1943, a população restante foi deslocada para municípios vizinhos como Rio Claro (que era seu distrito), Mangaratiba, Itaguaí e Piraí, sendo que as águas da represa nunca cobriram a maior parte da antiga cidade.

Foi tombada em 1939 e destombada em 1940, por decreto de Getúlio Vargas, que desapropriou as terras da cidade. A matriz foi o último prédio da cidade, haja vista ninguém querer fazer a explosão, pois a população acreditava que destruir uma igreja seria um pecado, ao que um comerciante teria se habilitado a fazer a explosão, sendo utilizados vinte quilos de dinamite.


Vila de São João Marcos

Atualmente parte de seu território é o 3º distrito do município de Rio Claro, no Vale do Paraíba Fluminense, e a outra parte é o 4º distrito daquele mesmo município, com nome de Passa Três. As ruínas deste antigo município fluminense podem ser vistas às margens da rodovia RJ-149 entre os municípios de Rio Claro e Mangaratiba, onde foi construído um parque arqueológico mantido pela empresa Light S.A., com a finalidade de preservar sua memória.


Referências Bibliográficas

PACS - Instituto Políticas Alternativas para o Cone Sul, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, Central Nuclear - Eletrobras Eletronuclear, Diário Oficial do Município de Mangarativa, Cia de Ônibus, Ônibus Brasil, Viação Senhor do Bonfim, Expresso Recreio, Grupo CCR, Portal Brasil, Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte, Linha Auxiliar, Melhorar Mangaratiba, AngraNews, Cidadebuss, Prefeitura Muicipal de Mangaratiba, Prefeitura Municipal de Rio Claro.

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