Mobilidade nas Ruas: Distrito de Afonso Arinos (Comendador Levy Gasparian)

Localizado a aproximadamente 20 km da sede municipal, 30 km de Três Rios e 155 km do Rio de Janeiro, um dos atrativos do local é a Estação de Paraibuna, construída em 1856 para a troca das mulas durante as diligências (procedimento realizado várias vezes na viagem entre Petrópolis e Juiz de Fora).



Anteriormente denominado de Barra Longa. O nome atual surgiu nos anos 1920 como homenagem a Afonso Arinos de Melo Franco, escritor e político mineiro. Na localidade de Monte Serrat, estão localizados o Museu Rodoviário de Paraibuna, a Pedra de Paraibuna e a Capela Nossa Senhora de Monte Serrat, além do Rio Paraibuna, onde é comum a prática do rafting.




Até fins do século XVIII, as terras banhadas pelo Rio Preto eram consideradas “áreas proibidas”, onde viviam os índios coroados que viviam em lutas constantes pelas margens dos rios Preto, Paraibuna e Paraíba do Sul, originando desses silvícolas o primeiro nome da região: Ibituruna, que significa “ave robusta”.


Perímetros urbanos de Mont Serrat e Afonso Arinos no Distrito de Afonso Arinos - Foto: Street View

O plantio do café foi a principal atividade econômica da região no século XIX e que originou o surgimento e consolidação dos três primitivos núcleos de povoamento e urbanização do Município de Comendador Levy Gasparian:

  • Paraibuna (Mont’ Serrat);
  • Serraria (Centro de Levy Gasparian);
  • Barra Longa (Afonso Arinos).



As rodas dentadas de engrenagem no brazão municipal simbolizam a atual vocação e base econômica do Município, a indústria.


Pedra do Paraibuna em Comendador Levy Gasparian - Foto: Reprodução da internet

Manter suas matas fechadas foi uma estratégia encontrada pela Coroa Portuguesa para evitar que saqueadores criassem rotas para fugir com as cargas de ouro e pedras preciosas que seguiam pela Estrada Real, que passava nas proximidades da desembocadura do Rio Preto no Rio Paraibuna. A primeira picada aberta foi um desvio que seguia pelas margens mineiras do Rio Preto (conhecido como Caminho do Menezes), vigiado pelo destacamento do alferes Joaquim José da Silva Xavier (o Tiradentes).

Mas foi com o início da concessão das sesmarias, em fins do século XVIII, e amplamente difundidas por D. João VI (quando chegou ao Brasil, em 1808), que se acelerou a grande derrubada das matas para dar lugar aos primeiros latifúndios rurais em ambos os lados do rio.




A prosperidade advinda da produção cafeeira levou à formação de baronatos tanto na província do Rio de Janeiro quanto na Zona da Mata mineira. As suntuosas casas-sedes que até hoje se debruçam sobre as margens do rio começaram a ser edificadas por volta do segundo quartel do século XIX, quando foi aberto um acesso pela margem direita do rio para conduzir as tropas das fazendas até os portos da Baixada Fluminense.


Comendador Levy Gasparian - Foto: Reprodução da internet
A história do município de Comendador Levy Gasparian confunde-se com a história das expedições de desbravamento e reconhecimento da região sudeste e a descoberta de riquezas minerais nas “Minas Novas”. Partindo do Rio de Janeiro, chegou a Parati por mar, dali, por terra, penetrou em São Paulo, rumo a Pindamonhangaba, onde atingiu o vale do rio Paraíba do Sul. Descendo o curso desse rio, encontrou a foz do rio Paraibuna e aí se embrenhou nas cobiçadas terras das “Minas Gerais”, acompanhado de 700 portugueses e 2000 índios.

O trânsito de aventureiros e bandeirantes por essa região contribuiu para o seu conhecimento e futura colonização.

O devassamento da região só foi efetivado quando, em pleno “Ciclo do Ouro”, surge a necessidade de se encontrar uma via de acesso que ligasse mais rapidamente a zona aurífera de Minas Gerais ao Rio de Janeiro.



No adormecer do século XVII, cem anos após a passagem de Martim Corrêa de Sá, o bandeirante Garcia Rodrigues Paes, filho do legendário Fernão Dias Paes, chega a Paraibuna e, posteriormente, a Paraíba do Sul, buscando ligar Minas Gerais ao Rio de Janeiro. É a abertura do “Caminho Novo”, o fato mais significativo na condução da região de Paraibuna às crônicas dos viajantes de então, bem como, é o marco inicial de sua colonização.




Toda a riqueza e história de Minas Gerais circularam por essa via. O roteiro de Garcia Rodrigues recebeu o nome de “Caminho Novo” para distingui-lo do outro caminho, também aberto por ele, que ligava o Rio de Janeiro as Minas Gerais, passando por São Paulo. A abertura do “Caminho Novo” deu-se em circunstâncias peculiares, ou seja, não partiu do litoral para o interior, como era natural na época o roteiro dos desbravadores, mas sim, partiu do interior (Minas Gerais) para o litoral (Rio de Janeiro), orientando-se através do curso do rio Paraibuna.


Vila de Paraibuna - Atual Mont Serrat - Foto: Reprodução da internet
No início do século XVIII, Paraibuna constituía-se numa das mais importantes localidades do roteiro Rio-Minas. Ali estabelecera o destacamento efetivo do Registro, uma espécie de alfândega, cuja finalidade era coibir o contrabando de ouro e diamantes, bem como, arrecadar os impostos – direitos reais de passagem com as pedras preciosas e o metal valioso que minavam nas Minas Gerais e abarrotavam os cofres da Coroa portuguesa.


Igreja de NS de Mont Serrat. Foto: Isabela Kassow/Diadorim Ideias

Consta desse período, a construção da Capela de Nossa Senhora de Mont’ Serrat, por ordem de Garcia Rodrigues Paes, em torno da qual, forma-se o primeiro núcleo habitacional do futuro município de Comendador Levy Gasparian. A região, então, era explorada para o cultivo de lavouras de mamona, que se estendiam por todo o vale do rio Paraibuna. A mamona era a matéria-prima utilizada no fabrico de azeite, o combustível que iluminava as casas da baixada (Rio de Janeiro) e nas fazendas da região.




Também outros núcleos se desenvolveram na região, como os de Nossa Senhora de Bemposta e São Sebastião de Entre Rios, aglomerados populacionais incentivados pelo fato de essa zona constituir o acesso entre Rio de Janeiro e Minas Gerais.


Sede da Fazenda Serraria - Comendador Levy Gasparian - Foto: Reprodução da internet
Por volta do ano de 1805, o Capitão Christóvão Rodrigues de Andrade compra as terras dos herdeiros de Garcia Rodriges Paes, dando início a implantação da lavoura de cana-de-açúcar, que logo serão desmembradas em fazendas, sendo a mais importante a Fazenda de Serraria que pertenceu ao Barão do Piabanha. Figura das mais importantes da região, o Barão doou parte de suas terras para o traçado da rodovia União-Indústria e para a construção da Estação de Mudas de Serraria, que deu origem ao atual centro urbano de Comendador Levy Gasparian.




O processo de desenvolvimento econômico de Três Rios operou-se graças à introdução da cultura do café no século XIX. Com a decadência da cafeicultura, porém, as terras foram ocupadas para agricultura de subsistência e pecuária de corte, posteriormente transformada em pecuária leiteira.


O trecho da Antiga Estrada da União e Indústria entre Paraíba do Sul e Secretário passa por dois pequenos povoados, Queima Sangue e Inconfidência (ou Sebollas). O último tem a sua história ligada à Inconfidência Mineira. Um dos braços de Tiradentes teria ficado exposto e posteriormente enterrado sob o piso da igreja Nossa Senhora de Sant’Ana de Sebollas.

Por volta de 1817, devido às condições acidentadas do “Caminho Novo” o trecho Paraibuna - Paraíba do Sul, o Capitão José Antônio Barbosa Teixeira, à frente do Registro, mudou o seu traçado, seguindo de Paraibuna, sempre à margem do rio, atingiu Ibituruna, onde, abandonando o sentido marginal do rio, rumou à direita, até encontrar a margem esquerda do rio Paraíba, já em terras da fazenda Cantagalo, atingindo, mais adiante, Paraíba do Sul.




Por essa proeza, o Capitão José Antônio Barbosa tornou-se uma figura legendária e ganhou a alcunha de “Capitão Tira-Morros”. Mas tarde, ele adquire uma fazenda que denominou Bemposta, originando assim, o povoado que hoje integra o município de Três Rios.


Distrito trirriense de Bemposta - Foto: Thainá Vargas


Companhia União e Indústria

Em 1861, foi inaugurada a primeira estrada pavimentada do país, a União e Indústria, ligando Petrópolis a Juiz de Fora, que facilitou o transporte de café entre a Corte e a província de Minas Gerais. Nos seus 144 quilômetros de extensão, foram instalados pontos de parada para as diligências, ficando sua oitava estação na localidade de Paraibuna (hoje Mont Serrat).


Este posto é que, há muitos anos, deu nome ao bairro Gulf, no então 5º Distrito de Três Rios. Ficava na antiga Estrada União-Indústria. Gulf é um bairro nobre dde Levy Gasparian, por muitas pessoas apelidado de "jardim botânico" pois abriga grande quantidade de árvores que o fazem manter um clima mais ameno, sempre agradável. - Foto: Reprodução da internet

Com a chegada da Companhia União Indústria, a localidade de Ibituruna era conhecida como “Porto de Ericeira”, e suas terras constituíam os domínios da fazenda Serraria, propriedade de Hilário Joaquim de Andrade, Barão de Piabanha, figura destacada no cenário político de Paraíba do Sul.

A estrada União Indústria contribuiu para o desenvolvimento do pequeno núcleo populacional e seu topônimo começou a confundir-se com o nome da própria fazenda. O povo, certamente, incumbiu-se do direito de mudar-lhe a denominação, chamando-lhe de “Serraria”.





A partir da inauguração da rodovia União-Indústria, a localidade de Entre Rios passou a ser beneficiada por vários melhoramentos, convertendo-se em grande centro comercial. Em 1867, foi implantada a Estrada de Ferro D. Pedro II, com cruzamento da estrada de rodagem no local, tornando o núcleo de Entre Rios importante entroncamento rodoferroviário.



A produção das propriedades dessa região do Rio Preto ajudou a viabilizar o projeto do Visconde do Rio Preto, que, no dia 7 de setembro de 1868, inaugurou um ramal da União e Indústria, saindo de Paraibuna até sua principal fazenda, a Flores do Paraízo (situada no atual distrito de Manuel Duarte).

Com cerca de trinta e dois quilômetros, ele utilizava a mesma tecnologia de pavimentação por macadame da artéria principal, possuía parada na localidade de Barra Longa (Afonso Arinos) e estações intermediárias em Três Ilhas e Santa Rosa e ponto final em Porto das Flores (atual Manuel Duarte).


Estação de Afonso Arinos - Foto: Reprodução da internet
Apesar do progresso experimentado, somente após a República, em 1890, foram criados os
distritos de Entre Rios e Mont Serrat,que juntamente com, Areal e Bemposta, fazia parte do município de Paraíba do Sul. Em 1938, esses distritos foram desmembrados daquele município e constituíram o município de Entre Rios, mudado para Três Rios em 1943.




Mont Serrat tornou-se distrito em 1892. Em 1938 foi desmembrado de Paraíba do Sul junto com outros distritos para formar o município de Entre-Rios Rios e, com a transferência do distrito de Afonso Arinos de Paraíba do Sul para Três Rios, o distrito de Mont Serrat é extinto e seu terrítório é anexado ao distrito de Afonso Arinos.

No dia 28 de setembro de 1893, a Estrada de Ferro Rio das Flores estendeu seus trilhos até a divisa do município, inaugurando as estações ferroviárias de Santa Rosa e Três Ilhas.


Estação ferroviária de Três Ilhas - Foto: Reprodução da internet

Foi nessa região que o Visconde do Rio Preto instalou suas principais fazendas, como a Barra das Flores (Loanda) e, posteriormente, a fazenda Flores do Paraízo. A grande produção de café em suas propriedades e em outras lindeiras à margem oposta do Rio Preto permitiu que ele empreendesse a criação de uma importante via, inaugurada no dia 7 de setembro de 1868: o ramal de diligências da Estrada União e Indústria, feito com a melhor técnica de engenharia da época, com piso de macadame.



Iniciava-se em Paraibuna (atual localidade de Mont Serrat), na estação de mudas (atual Museu Rodoviário), e seguia até Porto das Flores (Manuel Duarte), onde foi edificada uma estação terminal. Ele passou a escoar a produção tanto das fazendas do lado fluminense quanto das posicionadas na parte mineira, que lançaram mão das primitivas pontes de madeira para atravessar seus produtos para a margem oposta.




A produção das fazendas de ambos os lados levou à formação de duas localidades ribeirinhas ligadas por pontes, denominadas Porto das Flores e Três Ilhas.


Panorâmica de Três Ilhas. À esquerda da imagem, as terras da localidade situadas no lado mineiro.
Foto: Acervo de Oscar Vidal Barbosa Lage.
A localidade de Três Ilhas é marcada pela paisagem natural, com uma pedreira aflorando aos fundos, e pelo Rio Preto, que proporciona uma ampla visão de suas águas. A rodovia aproveitou o leito do trem, mas ficou em cota elevada. A estação ferroviária localiza-se no marco km 33,9, as construções feitas ao seu redor acabaram comprometendo sua ambiência.

A ponte possui base de pedra bruta e piso de concreto armado onde se apoia um guarda-corpo de placas de cimento vazado. Nela, tem-se uma visão do Rio Preto fundindo-se, ao fundo, com os morros esverdeados da Serra das Abóboras.

Na outra margem fica Três Ilhas-MG, localidade hoje esvaziada, sua pequena vida urbana é assistida por uma estrada em piso de terra, e onde existem poucos imóveis, como uma escola, a igreja que atende as duas localidades e a imponente fazenda Três Ilhas. 


Linha P210 Valença x Três Rios (via Manoel Duarte / Três Ilhas / Afonso Arinos)
As demais construções do lado fluminense estão distribuídas na direção da pedreira, onde fica um conjunto habitacional feito na última década. Logo à frente da praça da localidade, seguindo em direção ao limite com o município de Paraíba do Sul, posicionam-se armazéns tradicionais, que conservam o atendimento feito no balcão. Esses prédios tiveram seu alinhamento influenciado pelos trilhos da ferrovia.

A localidade de Três Ilhas atraía o movimento de cargas e pessoas do município mineiro de Belmiro Braga.




Ao longo de todo o trajeto entre Três Ilhas e Afonso Arinos, foram inauguradas duas paradas de embarque e desembarque, situadas de frente para algumas das principais fazendas.

Na verdade, elas foram criadas anteriormente, pela Cia. Ferro-Carril, e continuaram a servir como parada do trem: a de São Fidélis foi inaugurada em 28 de setembro de 1911, e a de Engenheiro Carvalhaes, em 26 de fevereiro de 1912 (uma homenagem ao ex-engenheiro da Estrada de Ferro Rio das Flores, que posteriormente trabalhou nesta linha da Estrada de Ferro Central do Brasil.


Ponte Ferroviária sobre o Rio Preto em Afonso Arinos - RJ - Foto: Reprodução da internet

A chegada dos trilhos da Estrada de Ferro Central do Brasil à província de Minas Gerais marcou a decadência das vias que serviam às carruagens e às tropas de animais. Em setembro de 1874, foi inaugurada a estação ferroviária de Paraibuna, acabando com o monopólio da União e Indústria, que foi perdendo importância.




Em consequência disto, seu ramal para Porto das Flores (atual Manuel Duarte) acabou substituído, cerca de uma década depois, por uma linha sobre trilhos de tração animal, denominada Companhia Ferro-Carril Paraibuna e Porto das Flores. Ela começava em Paraibuna e tinha uma conexão com a linha férrea em Afonso Arinos. No entanto, chegou apenas até a localidade de Santa Rosa, pois a Estrada de Ferro Rio das Flores interpôs um embargo no restante do trecho.


Antigo pátio da estação de Afonso Arinos - Foto Jorge A. Ferreira

A estação primitiva de Afonso Arinos foi demolida possivelmente na década de 1950, dando lugar a um prédio maior, com condições de comportar todo o fluxo de pessoas que chegava a localidade, transformada então num ponto de convergência, para onde seguiam pessoas para os estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais.




A chegada do trem transformou a localidade. Em frente à estação, foram construídos imóveis comerciais, como um hotel e algumas lojas, aproveitando a grande movimentação gerada pelo entroncamento ferroviário. Por volta da década de 1940, a localidade registrou um significativo crescimento urbano, percebido nas construções remanescentes, como a Casa Meyer, a Casa Cardão, o hotel, os cinemas e um representativo número de casas particulares.


Locomotiva passando pela estação desativada de Afonso Arinos

Em 1910, a Estrada de Ferro Rio das Flores e a União Valenciana foram encampadas pela Estrada de Ferro Central do Brasil, que, visando a uma maior integração regional, promoveu um reordenamento na malha ferroviária e estendeu, em 1911, os trilhos para as locomotivas transitarem entre Três Ilhas e Afonso Arinos, extinguindo definitivamente o transporte feito pela Ferro-Carril.

Completava-se, assim, o trajeto a vapor entre a cidade de Valença e a linha central entre o Rio de Janeiro e Belo Horizonte, ligando a região do Médio Paraíba fluminense à Zona da Mata mineira. A estação ferroviária de Barra Longa (atual Afonso Arinos) foi inaugurada em 21 de julho de 1911 adotando o estilo enxaimel.




Pouco mais tarde, algumas indústrias são instaladas nos arredores da localidade
chamada de "Serraria", inclusive uma tecelagem la no Alto da Boa Vista, construída pelo armênio Levy Gasparian, levando prosperidade e tornando possível o desmembramento do distrito de Afonso Arinos.

Pela lei estadual nº 2382, de 18 de janeiro de 1955, a localidade de Serraria torna-se distrito,subordinado ao município de Três Rios.

Finalmente, em 1963, através do decreto oficial nº 99, de 30 de janeiro, e para homenagear àquele que, de fato, fez da localidade um distrito industrial, a região ganhou seu nome definitivo: Comendador Levy Gasparian.





Quem foi o Comandante Levy Gasparian?


Os armênios Kherlakian, Vartanian, Necerssian, Balabanian e Gasparian são alguns famosos sobrenomes que vemos com frequência em revistas de moda, créditos de programas televisivos e ligados ao ramo editoria.

Pertencem aos descendentes de armênios que se dirigiram para o Brasil em duas levas imigratórias, uma por volta de 1890 e outra após os massacres perpetrados em terras otomanas em 1915.


A Cidade de Jarput, na Armenia, tomada por Turcos durante o período do Genocídio - Foto: Reprodução da internet

As duas “levas” somam cerca de vinte e cinco mil imigrantes e devem ser entendidas no contexto dos conflitos que se estabeleceram entre o estado otomano e o millet armênio na fase final de sua existência. Os armênios estavam presentes naquela região desde a Antiguidade e dizem que a religião cristã foi adotada por eles em 301 d.C., levada pelos apóstolos Bartolomeu e Tadeu, sendo, portanto, “pioneiros” da Cristandade.

A Armênia teve momentos de independência como o Reino Armênio da Cilícia de 1080 a 1375, mas acabou dividida entre os Impérios Otomano e Persa no século XV. Em 1828 parte de seu território foi anexado à Rússia e durante a segunda metade do século XIX seus problemas dentro do Império Otomano ganhavam contornos de crise internacional.




Os Massacres Hamidianos, também conhecidos como massacre dos armênios de 1894-1896, referem-se ao massacre de armênios pelo Império Otomano, com estimativas de mortos variando de 80.000 a 400.000, e pelo menos 50 mil órfãos em consequência. Os massacres receberam a designação a partir do nome de Abdulamide II, cujos esforços para reforçar a integridade territorial do Império Otomano em apuros reafirmaram o pan-islamismo como ideologia de Estado.

A crise política, social e econômica que atravessou o Império Otomano no último terço do século XIX foi o terreno fértil que incentivou o confronto entre as minorias muçulmanas e cristãs, especialmente contra a comunidade armênia. O governo autoritário do Sultão Abdulamide II teve que enfrentar crescentes demandas e a interferência das potências europeias, e, nesse contexto, a comunidade armênia solicita para uma maior democracia e direitos sociais que foram reprimidas com dureza, assassinatos e massacres coletivos contra a maior parte da população armênia. Os motins e protestos organizados ou dirigidos por membros dos partidos nacionalistas armênios serviram de justificativa para usar a violência tanto contra os ativistas e dissidentes armênios como a população em geral.




Filho Levy, originalmente Levon, nasceu em 1895. Ele se casou com Armen. Não há informações sobre como o Comendador ("comandante") conseguiu o título: não se sabe muito sobre a segunda geração de armênios prestando serviço militar.


Comendador Levy Gasparian

No início dos anos 1950, ele estabeleceu uma fábrica de tecelagem na região de Três Rios, na província do Rio de Janeiro, onde anteriormente chamava Serrarias ("Facas"). 

Não satisfeito com isso, com uma "grande visão", ele reuniu imóveis na região e construiu casas, apartamentos, escolas, cinema e centros culturais para seus funcionários. 1400 pessoas empregadas. Ele era um homem "humilde, humano, alegre". Sua porta estava sempre aberta a todos. Ele usava uma gravata borboleta. Churrasco para seus funcionários em todas as ocasiões, "mesmo sem ocasião" festas (churrasco).


Cotonificio Gasparian - Foto: Reprodução da internet
O time de futebol da Cotonificio Gasparian que ele fundou já foi cinco vezes campeão regional de Três Rios. Ele incentivou os jovens a entrar no serviço público. Um deles tornou-se governador do local e o outro é o prefeito do local. Quando ele morreu no Rio em 1972, multidões compareceram ao seu funeral.





Quando o acordo que estabeleceram ganhou status de municipal em 1991, eles nomearam por unanimidade o Comandante.


O Destino das Construções após a Desativação da Linha Férrea

Em 1957, a Estrada de Ferro Central do Brasil foi incorporada pela Rede Ferroviária Federal (RFFSA), iniciando-se, na década seguinte, a erradicação de diversas linhas férreas regionais. O ramal entre Valença e Afonso Arinos foi extinto definitivamente em ndia 15 de outubro de 1965. Há, também, um decreto do ano seguinte (nº 58.992/1966) relacionando-o entre os ramais erradicados ou com o tráfego suspenso.


Ferrovia cortando o distrito de Afonso Arinos - Foto: Reprodução da internet
Essa suspensão trouxe consequências profundas na localidade de Afonso Arinos, que, além de sofrer com a extinção do entroncamento, veria, anos depois, sua plataforma se esvaziar completamente, com o fim do trem de passageiros da linha central.




Diferentemente de outros locais, o trajeto entre Valença e Afonso Arinos começou a ser asfaltado ainda na década de 1970, aproveitando trechos das rodovias RJ 145 e RJ 151. A obra evitou que as localidades antes atendidas por este ramal ficassem numa situação de isolamento, causado pela dificuldade de transporte, o que acabou ocorrendo em outros lugares. O asfalto é uma prova da importância deste trajeto como via de acesso entre os estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais desde a época das carruagens e tropas.


Estrada RJ-151 entre Comendador Levy Gasparian (Afonso Arinos)  e Paraíba do Sul (Santa Mafalda)
Este antigo trecho da ferrovia passou então a ser cortado por veículos motorizados, que assumiram a função de transportar as pessoas pelas vias que margeiam o Rio Preto.

Atualmente, a população conta com os serviços das empresas de ônibus para se deslocar entre os trechos do antigo ramal ferroviário. 


Valença x Juiz de Fora (via Rio das Flores / Manoel Duarte / Três Ilhas / Afonso Arinos / Mont Serrat)

Podemos citar como ponto de partida a cidade de Valença, de onde saem ônibus com destino a Juiz de Fora-MG (Viação Frota Nobre), Três Rios-RJ (Viação Progresso) e Rio das Flores (viação Barra do Piraí), atendendo a população com diversos horários por dia. Há também uma linha municipal, entre Rio das Flores e Três Ilhas, atualmente operada pela Prefeitura Municipal de Rio das Flores.

No final da década de 1980, a insatisfação da população local com o descaso das autoridades municipais de Três Rios era muito grande.



Assim, em 1990 foi finalmente criada a Comissão Pró-Emancipação de Comendador Levy Gasparian, Afonso Arinos e Paraibuna que, no ano seguinte – em 23 de dezembro de 1991 – resultou na criação do novo município, pela lei estadual nº 1923, desmembrado de Três Rios. Constituído de 2 distritos:

  • 1º Distrito - Levy Gasparian;
  • 2º Distrito - Afonso Arinos.


Três Rios x Juiz de Fora (via Comendador Levy Gasparian / Simão Pereira / Matias Barbosa )
O município é acessado principalmente pela BR-040 Rodovia Washington Luiz, sendo a principal ligação com os municípios mineiros e fluminenses.




Entre o 1º e 2º distrito, a principal ligação é feita pela  RJ-151 denominada Estrada União e Indústria entre a sede e Mont Serrat e Rua Candido Serafim, entre Mont Serrat e Afonso Arinos, ambos no 2º distrito.



O transporte por ônibus na região





Fundada no dia 6 de outubro de 1995, a Translevy Transporte Coletivo atua no transporte coletivo por ônibus municipais em Comendador Levy Gasparian.

Com duas linhas, a empresa liga as duas extremidades do município. Uma de suas linhas é circular na região central de Comendador Levy Gasparian.




A linha Afonso Arinos x Fernandes Pinheiro  liga o distrito de Afonso Arinos (divisa com o município de Paraíba do Sul) ao bairro de Fernandes Pinheiro (divisa com Três Rios).




O serviço interestadual entre os municípios de Juiz de Fora-MG e Valença-RJ iniciaram através de um regime especial, adquirido pela empresa Frotanobre em setembro de 2008.



A Frotanobre Transporte de Pessoal foi fundada em 20 de setembro de 1979. A empresa opera linhas estaduais, federais, intermunicipais, atuando ainda nos segmentos de fretamento, turismo e cargas para as localidades em que a empresa opera.



A autorização foi renovada em 2015 e terminou efetivamente no dia 30 de novembro de 2016, sendo o Consórcio Guanabara de Transportes autorizado a operar a linha em caráter emergencial por 180 dias.




As empresas vencedoras da concorrência foram o Consórcio Federal de Transportes (Rápido Federal Viação Ltda. e Brisa Ônibus S/A), Consórcio Guanabara de Transportes (União Transporte Interestadual de Luxo S/A – Util e Viação Sampaio Ltda) e as empresas Expresso Guanabara S/A e Real Expresso Ltda.






A UTIL originou-se na década de 1930, inicialmente operando a ligação entre as cidades do Rio de Janeiro e Petrópolis. Em 1950 foi transformada em União Transporte Interestadual de Luxo S/A e expandiu sua operação para outros destinos, em especial a cidade de Juiz de Fora/MG.

A União Transporte Interestadual de Luxo (UTIL) foi pioneira na ligação Rio-Petrópolis. A empresa que surgiu em Petrópolis em 1936 – inaugurou a linha em abril de 1937.

A UTIL, atualmente, se faz presente em Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Goiás, Distrito Federal e Mato Grosso, transportando 175.000 pessoas mensalmente. Há 15 anos operando o transporte diário de importantes condomínios da Barra da Tijuca, Jacarepaguá e Recreio, na cidade do Rio de Janeiro, a UTIL também possui um serviço exclusivo para indústrias no fretamento contínuo e locação de ônibus para eventos, turismo de negócios, pedagógico, religioso, compras, city tours e traslados.




Desde 2003, sob o controle acionário do Grupo Guanabara, a empresa vem investindo significativamente na renovação de frota e inovando nas experiências proporcionadas ao passageiro.




A Empresa de Ônibus e Turismo Pedro Antônio fundada em 1969 é sediada em Vassouras. Hoje a empresa opera trechos entre Vassouras, Paty do Alferes, Miguel Pereira, Paulo de Frontin e Valença.



Para algumas empresas pode parecer muito. Mas, para a Pedro Antônio que já foi uma das gigantes de nosso estado, isto é muito pouco.




Em seus tempos áureos na década de 70 e 80 a empresa possuía muitas linhas, dominando toda a Região Centro-Sul.


Empresa de Ônibus e Turismo Pedro Antônio
Dentre as urbanas, grande parte do que hoje é da Linave e Progresso um dia já foi só dela.


Todas as rotas entre Vassouras e Miguel Pereira, Petrópolis, Paracambi, Japeri e Nova Iguaçu.


Empresa de Ônibus e Turismo Pedro Antônio
E no serviço rodoviário a Pedro Antônio também comandava. As linhas que hoje pertencem a Util e Progresso eram dela:


As rotas saindo do Rio pra Vassouras, Miguel Pereira, de Nova Iguaçu pra Miguel Pereira. Tinha também linha federal, saindo de Nova Iguaçu, Vassouras e Miguel Pereira com destino à Juiz de Fora em Minas Gerais.
O seu setor de fretamento era adotado por diversas empresas da região.



Empresa de Ônibus e Turismo Pedro Antônio

No final dos anos 70 e início dos anos 90, a Pedro Antônio começa a diminuir e origina a Cidade das Rosas, reflexo de questões familiares. Em 1976, a empresa vendeu as linhas, o terreno e os veículos que faziam o transporte da população de Três Rios e Comendador Levy Gaspariam (emancipado de Três Rios em 1991) para a então criada Transa Transportes.




Essa negociação foi apenas uma parte do sonho de fundação de uma nova empresa por parte dos sócios Pedro Noel e Carlos Fonseca, na época, funcionários da Viação Salutaris. Depois de muito planejarem e ensaiarem o lançamento do seu empreendimento, os amigos e sócios colocaram o plano em prática e adquiriram as linhas, o terreno e os veículos da antiga empresa de ônibus, a Viação Pedro Antônio, que na época fazia o transporte da população de Três Rios.



Por volta de outubro de 1976, o Pedro resolveu montar um novo negócio por conta de algumas divergências de opinião com outros sócios, e convidou 
Carlos Fonseca para administrar a nova empresa enquanto não podia de desligar da Salutaris. 

O início das atividades da nova empresa ocorreu no dia 16 de abril de 1977. No início de suas atividades, a empresa possuía apenas 23 ônibus que percorriam por sete linhas urbanas: Moura Brasil, Palmital, Jaqueira, Monte Castelo, Cantagalo, Fábrica e Serraria (Comendador Levy Gasparian), além da linha interestadual de Santana do Deserto, Minas Gerais.



O espaço que hoje compreende a sede da Transa Transporte está bem diferente de quando foi adquirido em 1976. Naquela época o local era apenas um terreno de chão batido com um galpão para abrigar os ônibus.




No espaço da garagem não havia banheiros, a água vinha de poço – e que, às vezes, chegava a faltar – e a energia era emprestada do terreno vizinho. Com muito empenho e dedicação as dificuldades iniciais foram sendo vencidas e a empresa conseguiu conquistar a confiança e admiração da população.


Transa Transportes

Em 19 de julho de 1977, foi apresentada à sociedade trirriense a nova pintura dos ônibus, que acompanhou o dia-a-dia dos colaboradores da empresa e da população. Um ano depois, em julho de 1978, chegaram os primeiros ônibus adquiridos pela Transa: foram cinco unidades com carroceria Caio que deram início à renovação da frota.

A década de 80 foi muito difícil devido à crise do petróleo e depois do congelamento de tarifa imposto pelo Plano Cruzado. Mas, o ano de 1991 marca o início da parceria com a Marcopolo, que perdura até hoje.



Em 1995, a empresa adquiriu sete ônibus com carroceria Marcopolo GV, ampliou a garagem e três anos depois iniciou a construção do novo prédio administrativo e do lavador automático.




Ao longo do tempo a sede administrativa passou por uma série de melhorias estruturais com o objetivo de melhorar as acomodações dos seus colaboradores, agilizar processos.




No ano de 1998 foi construído um novo prédio administrativo mais moderno e confortável para acomodar todas as atividades administrativas e oferecer melhores condições de trabalho para os colaboradores. O projeto foi planejado por José Ricardo Abreu, arquiteto bastante conhecido por desenhar garagens de empresas de ônibus.



Fundada em 1952 por Francisco Soares da Costa Filho, o Chiquinho, a Viação Progresso e Turismo opera linhas intermunicipais no Estado do Rio de Janeiro desde 1954, quando conquistou a primeira concessão do DER para fazer viagens entre Vassouras e Barra do Piraí.



Os anos se passaram e a empresa de ônibus foi crescendo, passando a ser o principal negócio da família. Até o ano de 1975, o movimento se concentrava na cidade de Barra do Piraí/RJ, onde ficava a matriz.



A empresa está na ativa há mais de seis décadas, sempre em esquema familiar. Três dos oito filhos do fundador comandam a empresa, que tem sede em Três Rios, a 125 km da capital.



Em 1975, com a aquisição de diversas linhas da Viação Salutaris, a Viação Progresso migrou seu setor administrativo e sua sede de Vassouras para a cidade de Três Rios, onde até hoje funciona o seu escritório central.




A Viação Progresso atende hoje a 65 localidades diferentes entre RJ e MG, operando em cidades como Petrópolis, Três Rios, Volta Redonda, Juiz de Fora, Carangola e Manhuaçu, entre outras.




No início dos anos 50, os pioneiros Moacir Mendes Morato, Sebastião Ferreira de Andrade, José Nepomuceno de Faria e Geraldo Nepomuceno de Faria plantaram as sementes para a constituição da Empresa, ao constituírem a “Irmãos Faria & Cia”, com apenas duas linhas ligando Abaeté a Morada Nova de Minas (então chamada Moravânia), via Frei Orlando e via Paineiras/Biquinhas, que circulavam em dias alternados.


Foto: Reprodução da internet
A partir de 20 de setembro de 1955, com a aquisição da linha ligando Abaeté a Belo Horizonte e o ingresso dos novos sócios, Geraldo Mendes Morato e Bernardo Mendes Ribeiro, a Empresa passou a denominar-se Viação Sertaneja Ltda. Sua sede permaneceu em Abaeté/MG, mas, atualmente, já existem diversas filiais – a mais importante delas em Belo Horizonte/MG, onde se concentra a maior parte de seus negócios.



Em 1958, foram adquiridas as quotas dos Irmãos Faria, ficando na sociedade Bernardo Mendes Ribeiro, seus filhos Moacir Mendes Morato e Geraldo Mendes Morato, e o Senhor Sebastião Ferreira de Andrade, todos já falecidos, e cujos herdeiros constituem, atualmente, o quadro societário da Empresa.




O início da grande expansão da empresa se deu em 1968, com a aquisição dos direitos de exploração da Linha Belo Horizonte a Paracatu (MG), seguindo-se outras, em várias partes de Minas Gerais, mas mantendo o eixo principal na Região Noroeste do Estado.



Em 1989, adquiriu os direitos de exploração de linhas interestaduais, unindo cidades dos Estados de Minas Gerais e do Rio de Janeiro, culminando, em 1999, com a obtenção dos direitos de explorar a linha São João Del Rey (MG) a Brasília (DF). Além das 34 (trinta e quatro) linhas regulares de concessão do DER/MG e 4 (quatro) da ANTT, a Empresa atua também no segmento de transporte de cargas, fretamento eventual para turismo, transporte urbano nas cidades de Três Marias e Curvelo e na exploração um de posto de combustíveis e uma casa de peças em Abaeté.


Três Rios x Santana do Deserto - Foto: Reprodução da internet
Hoje sua frota é composta por 163 veículos, entre ônibus rodoviários, coletivos urbanos, caminhões baús para transporte de cargas e carros de apoio.




Possui também 12 garagens, sendo 6 delas equipadas com oficinas mecânicas regionais para manutenção preventiva e corretiva de sua frota, que opera diariamente em mais de 40 diferentes localidades.

No município de Comendador Levy Gasparian, a empresa opera as linhas:

Petrópolis-Mar de Espanha
Três Rios-Santana do Deserto
Três Rios-Souza Aguiar



Ponte sobre o Rio Paraibuna entre Comendador Levy Gasparian-RJ e Simão Pereira-MG


O Museu Rodoviário de Paraibuna

Funciona na antiga estação de Paraibuna, de 1876, construída pela Cia União Indústria para a muda dos animais das diligências. Nele, está o único exemplar de diligência em exposição pública no Brasil – a que levou D. Pedro II para a inauguração da estrada União Indústria.




No acervo, objetos e documentos históricos, fotos, mapas e exemplares de máquinas que apresentam a origem, a evolução dos caminhos e estradas, assim como dos transportes e meios de locomoção terrestres, como uma cadeirinha de arruar do século XVIII, apelidada de serpentina. Praça João Werneck.


Museu Rodoviário de Paraibuna - Foto: Reprodução da internet


O prédio é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico Nacional (Iphan). Sua construção, assinada por Mariano Procópio Ferreira Lages, data de 1860, em estilo chalé francês com estrutura de madeira e alvenaria e com tijolos maciços à vista. Era a única das doze estações de muda de cavalos que existiam ao longo da primeira rodovia brasileira, a União Indústria.




No acervo, objetos e documentos históricos, fotos, mapas e exemplares de máquinas que apresentam a origem, a evolução dos caminhos e estradas, assim como dos transportes e meios de locomoção terrestres, como uma cadeirinha de arruar do século XVIII, apelidada de serpentina.


Mazeppa, um dos mais modernos e confortáveis veículo dos meados do século XIX. Utilizada por D.Pedro II na inauguração da Estrada União e Indústria, ligando Petrópolis à Juiz de fora. Encontra-se no Museu Rodoviário de Paraibuna - Levy Gasparian-RJ - Foto: Reprodução da internet

Há também curiosidades, com destaque para uma urna funerária de dois mil anos encontrada na construção da Transamazônica pelo DNER.


Situada em um bonito chalé em estilo francês, a Estação abriga atualmente o Museu Rodoviário, onde é possível vislumbrar em detalhes a história da Estrada União e Indústria e do rodoviarismo brasileiro.
Museu Rodoviário de Paraibuna no Distrito de Afonso Arinos - Foto: Reprodução da internet




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