O Estado do Rio de Janeiro possui diversas Estradas Vicinais pricipalmente no interior, mas não restitamente às regiões mais afastadas. Até mesmo na Região Metropolitana, é possível encontrar cidades com área predominantemente rural e com estradas em situações precárias.
Este tipo de via é imprescindível para o funcionamento do sistema viário nacional. Uma estrada de terra geralmente é o primeiro segmento por onde passa um produto durante o escoamento de sua produção agrícola. Esse tipo de via pode dispor de revestimento ou não, mas não de pavimento, por isso o termo de via não pavimentada.
A partir do momento que uma via é pavimentada ela deixa de ser estrada e passa a ser rodovia. As maiores gestoras das vias não pavimentadas são as prefeituras, sendo de suma importância para a população que as estradas vicinais estejam em boas condições de rolamento, principalmente no que diz respeito ao fator economia.
É fácil associar as estradas vicinais ao escoamento da produção agrícola, visto que a maioria das áreas produtivas estão localizadas em pontos de acesso difícil. É fato que o agronegócio é pilar importante da economia não só do estado do Rio de Janeiro, mas também para os estados que recebem produtos fluminenses.
Sendo assim é de responsabilidade das prefeituras a manutenção da maioria das vias não pavimentadas, que são em geral:
- Estradas Municipais;
- Revestidas ou não;
- Com Pista Única;
- Função de Acesso Local;
- Padrão Técnico Modesto;
- Compatível com o Tráfego Usuário
A adequação de estradas rurais envolve um conjunto de práticas com a finalidade de cuidar e conservar as estradas rurais, asfaltadas ou não, levando-se em consideração a sua ligação com as áreas agrícolas (agricultura, pecuária, silvicultura etc.) O objetivo é evitar a erosão da terra, a degradação do meio ambiente, a garantia de tráfego normal de veículos e o escoamento da produção agrícola durante as épocas de chuvas e de secas, além de reduzir os recursos para a manutenção das estradas rurais.
Este tipo de via é imprescindível para o funcionamento do sistema viário nacional. Uma estrada de terra geralmente é o primeiro segmento por onde passa um produto durante o escoamento de sua produção agrícola. Esse tipo de via pode dispor de revestimento ou não, mas não de pavimento, por isso o termo de via não pavimentada.
A partir do momento que uma via é pavimentada ela deixa de ser estrada e passa a ser rodovia. As maiores gestoras das vias não pavimentadas são as prefeituras, sendo de suma importância para a população que as estradas vicinais estejam em boas condições de rolamento, principalmente no que diz respeito ao fator economia.
É fácil associar as estradas vicinais ao escoamento da produção agrícola, visto que a maioria das áreas produtivas estão localizadas em pontos de acesso difícil. É fato que o agronegócio é pilar importante da economia não só do estado do Rio de Janeiro, mas também para os estados que recebem produtos fluminenses.
Sendo assim é de responsabilidade das prefeituras a manutenção da maioria das vias não pavimentadas, que são em geral:
- Estradas Municipais;
- Revestidas ou não;
- Com Pista Única;
- Função de Acesso Local;
- Padrão Técnico Modesto;
- Compatível com o Tráfego Usuário
A adequação de estradas rurais envolve um conjunto de práticas com a finalidade de cuidar e conservar as estradas rurais, asfaltadas ou não, levando-se em consideração a sua ligação com as áreas agrícolas (agricultura, pecuária, silvicultura etc.) O objetivo é evitar a erosão da terra, a degradação do meio ambiente, a garantia de tráfego normal de veículos e o escoamento da produção agrícola durante as épocas de chuvas e de secas, além de reduzir os recursos para a manutenção das estradas rurais.
Outro fator importante que leva a manutenção constante dessas estradas é o turismo rural, onde várias pessoas buscam o lazer nessa região. As Estradas Rurais devem ser adequadas para:
- Evitar a erosão e a degradação do meio ambiente;
- Evitar o carreamento do solo para os cursos d’água;
- Controlar as enxurradas provocadas pelas águas das chuvas;
- Garantir o tráfego normal de veículos o ano todo;
- Facilitar o escoamento da produção agrícola.
Entre os principais problemas das estradas rurais podemos citar:
- Atoleiros
- Bancos de areia
- Trepidação (costela-de-vaca)
- Buraco
- Poeira
- Erosão
- Leito rebaixado
- Pista escorregadia
A Região Sul Fluminense foi uma das regiões onde a cafeicultura se implantou após a exaustão da terra no Vale do Paraíba e a sua consequente redução da produtividade dos cafezais, tendo sua ocupação decorrente do surto cafeeiro. Contudo, com a migração da produção de café para São Paulo, os cafezais foram substituídos pela pecuária extensiva.
- Evitar a erosão e a degradação do meio ambiente;
- Evitar o carreamento do solo para os cursos d’água;
- Controlar as enxurradas provocadas pelas águas das chuvas;
- Garantir o tráfego normal de veículos o ano todo;
- Facilitar o escoamento da produção agrícola.
Entre os principais problemas das estradas rurais podemos citar:
- Atoleiros
- Bancos de areia
- Trepidação (costela-de-vaca)
- Buraco
- Poeira
- Erosão
- Leito rebaixado
- Pista escorregadia
- Regiões do Médio Paraíba e Centro-Sul
A Região Sul Fluminense foi uma das regiões onde a cafeicultura se implantou após a exaustão da terra no Vale do Paraíba e a sua consequente redução da produtividade dos cafezais, tendo sua ocupação decorrente do surto cafeeiro. Contudo, com a migração da produção de café para São Paulo, os cafezais foram substituídos pela pecuária extensiva.
O relevo acidentado e o clima tropical de altitude, com forte sazonalidade das chuvas e uma forma de plantio do café que favoreceu a erosão e reduziu, consequentemente, a fertilidade do solo, dificultaram a manutenção da produção.
Essa região é cortada por ferrovias e rodovias que ligam suas cidades aos principais centros populacionais e econômicos do Brasil (Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte), cabendo citar:
- A BR-116 Rodovia Presidente Dutra, que corta parte da região, notadamente os municípios do Vale do Paraíba fluminense;
- A BR-393 Rodovia Lúcio Meira, que a liga à BR-116 em Barra Mansa à BR-482 em Cachoeiro de Itapemirim;
- A BR-040 que passa pela região cidade de Três Rios, considerada o maior tronco rodoviário da América Latina;
- A BR-101 Rodovia Rio-Santos), que corta as cidades de Angra dos Reis e Paraty.
Essa região é cortada por ferrovias e rodovias que ligam suas cidades aos principais centros populacionais e econômicos do Brasil (Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte), cabendo citar:
- A BR-116 Rodovia Presidente Dutra, que corta parte da região, notadamente os municípios do Vale do Paraíba fluminense;
- A BR-393 Rodovia Lúcio Meira, que a liga à BR-116 em Barra Mansa à BR-482 em Cachoeiro de Itapemirim;
- A BR-040 que passa pela região cidade de Três Rios, considerada o maior tronco rodoviário da América Latina;
- A BR-101 Rodovia Rio-Santos), que corta as cidades de Angra dos Reis e Paraty.
As ferrovias existentes no Sul Fluminense também ligam suas principais cidades às metrópoles nacionais, tendo caráter notadamente industrial, vide a "Ferrovia do Aço", que liga a cidade de Volta Redonda às minas de ferro e dolomita no Estado de Minas Gerais, bem como as ferrovias que ligam a região às cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo (Estrada de Ferro Central do Brasil).
Há ainda a antiga Estrada de Ferro Oeste de Minas, que cruza a região atravessando a Serra do Mar ligando o Sul de Minas à Angra dos Reis. Está situado nessa região um dos principais portos nacionais, o Porto de Angra dos Reis, na cidade de mesmo nome.
Pequenos aeroportos servem as principais cidades da região, sendo todos capacitados para voos domésticos, como o de Resende, estando em previsão a construção de outro na cidade de Volta Redonda.
Há ainda a antiga Estrada de Ferro Oeste de Minas, que cruza a região atravessando a Serra do Mar ligando o Sul de Minas à Angra dos Reis. Está situado nessa região um dos principais portos nacionais, o Porto de Angra dos Reis, na cidade de mesmo nome.
Pequenos aeroportos servem as principais cidades da região, sendo todos capacitados para voos domésticos, como o de Resende, estando em previsão a construção de outro na cidade de Volta Redonda.
Com a decadência da atividade cafeeira por causa, principalmente, de dois fatores:
• o esgotamento dos solos, causado pela prática desordenada da lavoura;
• a gradativa libertação dos escravos, que constituíam mão-de-obra base das lavouras de café.
Vários produtores de café ficaram na ruína, e a produção se deslocou para São Paulo, que já contava com a mão-de-obra do imigrante italiano e condições naturais –disponibilidade de terras, clima e solo – favoráveis. Já no vale, o gado tornou-se a melhor opção para a manutenção das fazendas, pois necessitava de pouca mão-de-obra e garantia a posse da terra.
A pecuária abastecia não só o mercado regional, mas também o Rio de Janeiro e algumas áreas de São Paulo. Essa atividade foi importante para vários municípios do vale, perdurando até hoje em alguns deles. Na maioria dos casos, os municípios que não encontraram outra opção no desenvolvimento econômico mantiveram a pecuária e o comércio dos produtos derivados da pecuária.
Os espaços agropecuários existentes localizam-se fora do eixo urbanizado pela rodovia Presidente Dutra, e constituem áreas de repulsão da população, pois não conseguem absorver, em termos de mercado de trabalho, toda a mão-de-obra disponível, já que a pecuária usa pouca gente. Nos municípios em que predominam a indústria e o turismo também ocorrem migrações em direção a outras áreas, pois muitos desses municípios, que desenvolviam atividades tradicionais como a agricultura ou a pesca, não conseguem desenvolver essas novas atividades.
No início do século XX, tivemos no Brasil a política da substituição das importações, surgida com a dificuldade de obter produtos importados, em razão dos conflitos mundiais (Primeira e Segunda Guerras). O Vale do Paraíba apresentava vários fatores favoráveis à industrialização, dentre outros:
• capital acumulado nos bons tempos do café;
• proximidade dos dois principais centros urbanos consumidores do país – Rio de Janeiro e São Paulo;
• existência de uma boa rede de comunicações: rodovia e ferrovia;
• possibilidade de obtenção de energia elétrica, com a construção de barragens e represas.
Inicialmente, foram instaladas indústrias em dois setores: têxtil – grande concentração em Valença – e alimentar (laticínios), com destaque para Barra Mansa. Depois de 1930, houve um incentivo maior às indústrias de base e a uma infra-estrutura urbana, necessária à atividade industrial que se instalou na região.
Nessa fase, destacaram-se a instalação da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), na década de 1940, em Volta Redonda, e a construção da rodovia Presidente Dutra, na década de 1950.
Em torno da CSN, surgiram várias empresas ligadas à siderurgia. Encontrando uma estrutura adequada, as cidades se espalharam ao longo da BR-116 – a Via Dutra – formando, no eixo Barra Mansa–Volta Redonda e Barra do Piraí, a área de maior concentração industrial do Vale do Paraíba fluminense, durante algum tempo. A presença da rodovia ligando as duas maiores cidades do país – São Paulo e Rio de Janeiro – com grande mercado consumidor favoreceu esse desenvolvimento do vale.
A conurbação formada pelos municípios de Volta Redonda e Barra Mansa representa o principal centro urbano, extrapolando até mesmo os limites regionais, na medida em que exerce forte influência em municípios pertencentes a outras regiões, como Vassouras, polarizando com isso grande parte dos fluxos de mercadorias e pessoas, principalmente no que se refere à demanda por serviços. Atualmente, pode-se observar o surgimento de novos eixos industriais, como o formado pelos municípios de Resende e Porto Real, devido a uma reorganização do processo produtivo.
A atividade agropecuária ainda exerce um papel importante no Vale do Paraíba fluminense, especialmente nos municípios de Valença, Resende e Barra Mansa, que formam a bacia leiteira do médio Paraíba, sendo Valença o principal produtor de leite do estado. A pecuária ainda é, algumas vezes, praticada de forma extensiva. A reorganização territorial determinou mudanças, como no caso da emancipação de Quatis, que era o principal distrito de agropecuária em Barra Mansa e, por esta razão, teve diminuída sua área de pastagem.
• o esgotamento dos solos, causado pela prática desordenada da lavoura;
• a gradativa libertação dos escravos, que constituíam mão-de-obra base das lavouras de café.
Vários produtores de café ficaram na ruína, e a produção se deslocou para São Paulo, que já contava com a mão-de-obra do imigrante italiano e condições naturais –disponibilidade de terras, clima e solo – favoráveis. Já no vale, o gado tornou-se a melhor opção para a manutenção das fazendas, pois necessitava de pouca mão-de-obra e garantia a posse da terra.
A pecuária abastecia não só o mercado regional, mas também o Rio de Janeiro e algumas áreas de São Paulo. Essa atividade foi importante para vários municípios do vale, perdurando até hoje em alguns deles. Na maioria dos casos, os municípios que não encontraram outra opção no desenvolvimento econômico mantiveram a pecuária e o comércio dos produtos derivados da pecuária.
Os espaços agropecuários existentes localizam-se fora do eixo urbanizado pela rodovia Presidente Dutra, e constituem áreas de repulsão da população, pois não conseguem absorver, em termos de mercado de trabalho, toda a mão-de-obra disponível, já que a pecuária usa pouca gente. Nos municípios em que predominam a indústria e o turismo também ocorrem migrações em direção a outras áreas, pois muitos desses municípios, que desenvolviam atividades tradicionais como a agricultura ou a pesca, não conseguem desenvolver essas novas atividades.
No início do século XX, tivemos no Brasil a política da substituição das importações, surgida com a dificuldade de obter produtos importados, em razão dos conflitos mundiais (Primeira e Segunda Guerras). O Vale do Paraíba apresentava vários fatores favoráveis à industrialização, dentre outros:
• capital acumulado nos bons tempos do café;
• proximidade dos dois principais centros urbanos consumidores do país – Rio de Janeiro e São Paulo;
• existência de uma boa rede de comunicações: rodovia e ferrovia;
• possibilidade de obtenção de energia elétrica, com a construção de barragens e represas.
Inicialmente, foram instaladas indústrias em dois setores: têxtil – grande concentração em Valença – e alimentar (laticínios), com destaque para Barra Mansa. Depois de 1930, houve um incentivo maior às indústrias de base e a uma infra-estrutura urbana, necessária à atividade industrial que se instalou na região.
Quatis se emancipou do município de Barra Mansa em 1990, juntamente com os distritos de Falcão e Ribeirão de São Joaquim. A principal atividade econômica do município é a agricultura |
Nessa fase, destacaram-se a instalação da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), na década de 1940, em Volta Redonda, e a construção da rodovia Presidente Dutra, na década de 1950.
Em torno da CSN, surgiram várias empresas ligadas à siderurgia. Encontrando uma estrutura adequada, as cidades se espalharam ao longo da BR-116 – a Via Dutra – formando, no eixo Barra Mansa–Volta Redonda e Barra do Piraí, a área de maior concentração industrial do Vale do Paraíba fluminense, durante algum tempo. A presença da rodovia ligando as duas maiores cidades do país – São Paulo e Rio de Janeiro – com grande mercado consumidor favoreceu esse desenvolvimento do vale.
A conurbação formada pelos municípios de Volta Redonda e Barra Mansa representa o principal centro urbano, extrapolando até mesmo os limites regionais, na medida em que exerce forte influência em municípios pertencentes a outras regiões, como Vassouras, polarizando com isso grande parte dos fluxos de mercadorias e pessoas, principalmente no que se refere à demanda por serviços. Atualmente, pode-se observar o surgimento de novos eixos industriais, como o formado pelos municípios de Resende e Porto Real, devido a uma reorganização do processo produtivo.
A atividade agropecuária ainda exerce um papel importante no Vale do Paraíba fluminense, especialmente nos municípios de Valença, Resende e Barra Mansa, que formam a bacia leiteira do médio Paraíba, sendo Valença o principal produtor de leite do estado. A pecuária ainda é, algumas vezes, praticada de forma extensiva. A reorganização territorial determinou mudanças, como no caso da emancipação de Quatis, que era o principal distrito de agropecuária em Barra Mansa e, por esta razão, teve diminuída sua área de pastagem.
Podemos destacar, ainda, o município de Rio das Flores com o predomínio do setor primário, onde se procura criar uma marca para promover o turismo local. Surge o Conselho do Ciclo do Café – Conciclo – que visa estabelecer uma série de políticas voltadas para o turismo, fazendo um roteiro pelas fazendas de café existentes na região.
com a mineração, foram fundados inúmeros centros urbanos, não apenas na região das minas, mas também ao longo dos caminhos que ligavam as áreas produtoras ao litoral. No chamado "Caminho Novo", que ligava as minas diretamente ao Rio de Janeiro, surgiram vários núcleos urbanos. No século XIX, uma reforma no Caminho Novo transformou-o na estrada União e Indústria, ligando Petrópolis a Juiz de Fora.
Essa estrada foi inaugurada em 1861 e foi considerada a melhor estrada da época, pois tinha pedra britada em seu leito. Em 1854, partiu do Porto da Estrela, ao fundo da baía de Guanabara, a primeira ferrovia do país, chegando até a raiz da serra, no caminho de Petrópolis, que já constituía o refúgio de verão do imperador D. Pedro II e dos barões do café.
Na ocupação da região serrana destaca-se um eixo de urbanização que se formou pelo interior da serra do Mar, de Rio Claro até Cantagalo, passando por Petrópolis, Teresópolis, Nova Friburgo, Bom Jardim e se dirigindo a Cantagalo. Trata-se de uma área marcada por um intenso processo de transformação que se deve não só aos impactos do turismo e do veraneio, mas também a uma forte atividade agrícola e industrial.
A dinâmica das áreas rurais da região serrana localizada mais ao norte é similar aquela encontrada nas regiões norte e noroeste fluminense do que a dinâmica observada na da região serrana mais “próspera”, localizada mais ao sul, próxima a região metropolitana.
O progresso de Laranjais foi vertiginoso, principalmente em função do desenvolvimento do Engenho Central, localidade que dista, apenas um quilômetro da sede do distrito e que fora comprada por Luiz Corrêa da Rocha. Além da fabricação de açúcar, álcool, tecidos e balas (busi), que empregava grande número de mão-de-obra, ainda possuía linha férrea particular, serviço de abastecimento de água e energia elétrica própria, hospital, farmácia, cinema, hotel, armazém, clube social.
Fica bastante evidente que as cidades da região serrana mais próximas da região metropolitana – Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo – com melhores vias de acesso e meios de transporte mais eficientes tiveram maior desenvolvimento, estabelecendo, assim, contrastes marcantes entre os municípios da área.
A região serrana mais a noroeste apresenta fraco desempenho econômico, em função da substituição da atividade cafeeira pela pecuária extensiva, em solos empobrecidos, trazendo baixos índices de produtividade, o que tem servido para forçar o êxodo de parcelas consideráveis da força de trabalho rural.
A parte da serrana composta pelos municípios de Teresópolis, Petrópolis e Nova Friburgo teve sua origem vinculada também à expansão cafeeira do século XIX. O acesso à capital do Rio de Janeiro através das ferrovias que transportavam o café permitiu o surgimento de indústrias, comércio e turismo na região.
- Região Serrana
com a mineração, foram fundados inúmeros centros urbanos, não apenas na região das minas, mas também ao longo dos caminhos que ligavam as áreas produtoras ao litoral. No chamado "Caminho Novo", que ligava as minas diretamente ao Rio de Janeiro, surgiram vários núcleos urbanos. No século XIX, uma reforma no Caminho Novo transformou-o na estrada União e Indústria, ligando Petrópolis a Juiz de Fora.
Essa estrada foi inaugurada em 1861 e foi considerada a melhor estrada da época, pois tinha pedra britada em seu leito. Em 1854, partiu do Porto da Estrela, ao fundo da baía de Guanabara, a primeira ferrovia do país, chegando até a raiz da serra, no caminho de Petrópolis, que já constituía o refúgio de verão do imperador D. Pedro II e dos barões do café.
Na ocupação da região serrana destaca-se um eixo de urbanização que se formou pelo interior da serra do Mar, de Rio Claro até Cantagalo, passando por Petrópolis, Teresópolis, Nova Friburgo, Bom Jardim e se dirigindo a Cantagalo. Trata-se de uma área marcada por um intenso processo de transformação que se deve não só aos impactos do turismo e do veraneio, mas também a uma forte atividade agrícola e industrial.
A dinâmica das áreas rurais da região serrana localizada mais ao norte é similar aquela encontrada nas regiões norte e noroeste fluminense do que a dinâmica observada na da região serrana mais “próspera”, localizada mais ao sul, próxima a região metropolitana.
O progresso de Laranjais foi vertiginoso, principalmente em função do desenvolvimento do Engenho Central, localidade que dista, apenas um quilômetro da sede do distrito e que fora comprada por Luiz Corrêa da Rocha. Além da fabricação de açúcar, álcool, tecidos e balas (busi), que empregava grande número de mão-de-obra, ainda possuía linha férrea particular, serviço de abastecimento de água e energia elétrica própria, hospital, farmácia, cinema, hotel, armazém, clube social.
Engenho Central de Laranjais em Itaocara - Foto: Cris Isidoro |
Fica bastante evidente que as cidades da região serrana mais próximas da região metropolitana – Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo – com melhores vias de acesso e meios de transporte mais eficientes tiveram maior desenvolvimento, estabelecendo, assim, contrastes marcantes entre os municípios da área.
A região serrana mais a noroeste apresenta fraco desempenho econômico, em função da substituição da atividade cafeeira pela pecuária extensiva, em solos empobrecidos, trazendo baixos índices de produtividade, o que tem servido para forçar o êxodo de parcelas consideráveis da força de trabalho rural.
A parte da serrana composta pelos municípios de Teresópolis, Petrópolis e Nova Friburgo teve sua origem vinculada também à expansão cafeeira do século XIX. O acesso à capital do Rio de Janeiro através das ferrovias que transportavam o café permitiu o surgimento de indústrias, comércio e turismo na região.
Locomotiva a vapor tracionando um trem no centro de Nova Friburgo - Foto: Reprodução da internet |
Entre os aspectos que marcam o processo de desenvolvimento dessa parte da região serrana estão o abastecimento alimentício da região metropolitana do Rio de Janeiro e o fato de ser um elo de ligação com as demais regiões do estado, já que duas das principais ligações rodoviárias cruzam a região, justificando o surgimento de atividades de apoio a circulação de mercadorias e serviços.
Outro fator importante para ess desenvolvimento foi o desenvolvimento das atividades produtivas em decorrência da industrialização nascente, da vinda dos colonos e da acelerada urbanização.
A região metropolitana também possui célulras rurais. Nessa região, a parte mais próxima à Baía da Guanabara, nas primeiras décadas do século, foram instalados alguns núcleos coloniais de pequenos produtores com o objetivo de abastecer a capital.
Outro fator importante para ess desenvolvimento foi o desenvolvimento das atividades produtivas em decorrência da industrialização nascente, da vinda dos colonos e da acelerada urbanização.
- Região Metropolitana
A região metropolitana também possui célulras rurais. Nessa região, a parte mais próxima à Baía da Guanabara, nas primeiras décadas do século, foram instalados alguns núcleos coloniais de pequenos produtores com o objetivo de abastecer a capital.
Contudo, dada a proximidade com a cidade do Rio, a disputa pela posse da terra por especuladores e interessados em se instalar numa área com infraestrutura e perto da capital passa a predominar alijando o desenvolvimento agropecuário da região.
Em alguns municípios da Região Metropolitana como Niterói, Maricá, as margens da Via Dutra em direção a Queimados e Japeri, ao redor da BR-101, passando por Tanguá e Rio Bonito, e em direção a Cachoeiras de Macacu, o crescimento vem trazendo desafios: levar serviços básicos, como água, esgoto e transporte público para as áreas que receberam mais moradores.
A expansão se dá de modo espraiado, disperso no território, e de baixa densidade. O que aumenta bastante não só o custo de investimentos para prover infraestrutura, como também aumenta bastante o custeio.
Em alguns municípios da Região Metropolitana como Niterói, Maricá, as margens da Via Dutra em direção a Queimados e Japeri, ao redor da BR-101, passando por Tanguá e Rio Bonito, e em direção a Cachoeiras de Macacu, o crescimento vem trazendo desafios: levar serviços básicos, como água, esgoto e transporte público para as áreas que receberam mais moradores.
A expansão se dá de modo espraiado, disperso no território, e de baixa densidade. O que aumenta bastante não só o custo de investimentos para prover infraestrutura, como também aumenta bastante o custeio.
A atividade agropecuária na região metroplitana é pouco praticada, mas apresenta, entretanto, uma produção de fruticultura e olericultura e até mesmo agricultura ecológica, porém, numa escala bem inferior àquela praticada na região serrana.
O urbano nessa região avançou sob o rural em decorrência da expansão imobiliária, mas também pelo alto grau de industrialização encontrado na região.
A região metropolitana fluminense possui elevado grau de urbanização, como já apontado anteriormente. Nesse sentido, a existência de um “continuum” entre o rural e o urbano é intensa; assim, não há como negar a forte influência das características urbanas da região na determinação dos indicadores, principalmente ligados aos aspectos demográficos e de isolamento territorial.
De pródiga produtora de alimentos no século XVIII a polo industrial têxtil no final do XIX, a cidade de Magé, tornou-se palco de intensas lutas operárias e camponesas entre as décadas de 1950 e 70. As cinco indústrias têxteis instaladas em Magé, a maioria delas caracterizada pelo padrão “fábrica-vila operária”, imprimiram marcas profundas no cotidiano da cidade e na identidade dos seus moradores, tendo as oportunidades de emprego e a política social das fábricas atraído inúmeros migrantes.
Graças aos esforços dos colonizadores, à contribuição do trabalho escravo e, ainda, à fertilidade do seu solo, as localidades de Magé e Pacobaíba gozaram de invejável situação no período colonial. A importância do Município durante o Segundo Império era grande. Para avaliá-la basta observar que em suas terras foi construída a primeira estrada de ferro da América do Sul, inaugurada a 30 de abril de 1854.
Esta estrada, que se denominou Mauá e depois Estrada de Ferro Príncipe Grão-Pará, ligava as localidades de Guia de Pacobaíba e Fragoso, numa extensão de 14.500 metros.
Os bairros do distrito de Santo Aleixo, estão em área cercada de verde e banhada por rios e cachoeiras que têm suas nascentes nos vales e montanhas que formam a Serra dos Órgãos. Em razão da água em abundância, foi escolhido no Sáculo 19 para receber importantes indústrias têxteis. As turbinas das indústrias, movidas à água, eram a força motriz de máquinas e caldeiras. A indústria têxtil no Século 18 representou o início da Revolução Industrial na Inglaterra.
Como ocorreu em todas as zonas agrícolas do País, com o advento da Lei Áurea, Magé teve uma fase de declínio, sofrendo forte colapso na sua economia, agravada pela insalubridade do clima e pela obstrução paulatina dos rios e canais.
Dotado de terras férteis, o município de Itaguaí desfrutou, no século passado e até 1880, de fortes atividades rurais e comerciais, exportando em grande escala cereais, café, farinha, açúcar e aguardente. Com a abolição da escravatura, houve considerável êxodo dos antigos escravos, ocasionando terrível crise econômica.
Esse fato, aliado à falta de transporte e à insalubridade da região, fez com que desaparecessem as grandes plantações, periódicas ou permanentes. O abandono das terras provocou a obstrução dos rios que cortam quase toda a baixada do território municipal, alagando-a. Daí se originou o grassamento da malária, que reduziu a população local e paralisou por várias décadas o desenvolvimento econômico da região.
A passagem da antiga rodovia Rio-São Paulo pelo território do antigo distrito de Seropédica, a instalação da indústria têxtil no antigo distrito de Paracambi, aliadas às obras de saneamento da Baixada Fluminense, empreendida por Nilo Peçanha, permitiram o aproveitamento de grandes áreas, possibilitando ao município readquirir sua antiga posição de prestígio. Em 1938, foram iniciadas em Seropédica as obras do Centro Nacional de Estudos e Pesquisas Agronômicas, onde hoje funciona a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro – UFRRJ.
Em 1945, moravam muitas pessoas no Horto Florestal de Seropédica, todos funcionários do local, com suas famílias. Não existiam casas nem escolas nos quilômetros próximos. Em 1948, entretanto, a UFRRJ transferiu seu campus para as margens da antiga rodovia Rio-São Paulo, hoje BR-465, iniciando-se o desenvolvimento urbano de Seropédica.
A região apresenta clima tropical úmido. A temperatura média anual é de 27ºC, e ainda podemos encontrar alguns trechos da Mata Atlântica, rica em espécies da fauna e da fl ora, apesar da devastação decorrente do turismo e da atividade industrial. Devido ao relevo irregular e aos rios que cortam a região, são comuns as cachoeiras e cascatas. Parati abriga o Parque Nacional da Serra da Bocaina e uma baía cheia de ilhas.
No fi nal do século XVI, Parati já se destacava pela produção de açúcar, e até hoje a cidade preserva inúmeros engenhos. A partir da descoberta do ouro na região de Minas Gerais, no fi nal do século XVII, essa região ganhou enorme importância, pois se tornou o caminho ofi cial para o escoamento do ouro das minas, que era levado para Parati, depois para o Rio e daí para Portugal.
A região da costa verde, com exceção de Paraty, também possui grande área rural, sendo que, nessa região, a construção da BR 101 cortando o litoral sul levou ao avanço do turismo e da especulação imobiliária e a um processo de desruralização, vinculando o ordenamento territorial aos interesses do capital especulativo imobiliário ligado ao turismo.
Na medida em que a estrutura de transportes não acompanhou o processo econômico, a região permaneceu no isolamento. Os contatos com Angra dos Reis eram feitos por péssimas rodovias, e, com Parati dependiam de irregular navegação marítima. É importante mencionar que as escarpas da serra do Mar se aproximam principalmente, para o povoamento. A construção da Usina Nuclear Álvaro Alberto, em Mambucaba, e da Nuclebras Equipamentos Pesados (Nuclep), em Itaguaí, determinou a necessidade de melhoria no acesso à região.
A partir da década de 1970, a região recebeu investimentos do Governo Federal para a construção da BR–101 em áreas de encostas desgastadas e descobertas de vegetação, o que provocou elevados custos sociais ao meio ambiente, embora tenha facilitado o acesso à chamada Costa Verde. A construção da Rio–Santos se seguiu de uma imediata ocupação da região pelos grandes empreendimentos imobiliários. A especulação viu na Costa Sul do estado uma boa oportunidade de explorar o turismo de alto nível.
A atividade agrícola na região é marginal, se sobressaindo às atividades ligadas à indústria do turismo que, no caso dessa região, está ligado ao turismo de natureza (ecológico ou praia) e ao patrimônio histórico-cultural. É o turismo quem dinamiza os demais setores, inclusive a agricultura.
A atividade agrícola é limitada por estar inserida numa região com diversas unidades de conservação que são reservas de Mata Atlântica, destacando-se a agricultura extrativista com a exploração de palmito, coco e banana. Além disso, como em outras regiões turísticas do estado, a intensa especulação imobiliária espreme ainda mais o rural, levando muitos produtores familiares a abandonar a atividade agrícola, quando não a saírem de suas terras.
O norte fluminense compreende uma área territorial de 9.730.443 Km2 e abrange as microrregiões geográficas de Campos dos Goytacazes (Campos dos Goytacazes, São Fidélis, São João da Barra, São Francisco de Itabapoana e Cardoso Moreira) e de Macaé (Macaé, Quissamã, Carapebus e Conceição de Macabu).
Campos dos Goytacazes é o município com maior extensão territorial (4.026 Km2 ) e maior número de distritos (15), cuja origem está justamente no processo de formação sócio-espacial. Entre o final da década de 1980 e meados de 1990, quatro distritos se emanciparam: Quissamã (distrito de Macaé), São Francisco de Itabapoana (distrito de São João da Barra), Cardoso Moreira (distrito de Campos) e Carapebus (distrito de Macaé).
O processo de ocupação da região ocorreu com o domínio da atividade canavieira. As denominações foram e são múltiplas dessa região, desde a chamada região açucareira de Campos, Baixada Campista (por causa da forma de relevo), planície Goytacaz (em função da presença dos índios Goytacaz). Cada nomenclatura tem um contexto e um elo comum que é a tríade cana-elite agrária-território.
O urbano nessa região avançou sob o rural em decorrência da expansão imobiliária, mas também pelo alto grau de industrialização encontrado na região.
A região metropolitana fluminense possui elevado grau de urbanização, como já apontado anteriormente. Nesse sentido, a existência de um “continuum” entre o rural e o urbano é intensa; assim, não há como negar a forte influência das características urbanas da região na determinação dos indicadores, principalmente ligados aos aspectos demográficos e de isolamento territorial.
De pródiga produtora de alimentos no século XVIII a polo industrial têxtil no final do XIX, a cidade de Magé, tornou-se palco de intensas lutas operárias e camponesas entre as décadas de 1950 e 70. As cinco indústrias têxteis instaladas em Magé, a maioria delas caracterizada pelo padrão “fábrica-vila operária”, imprimiram marcas profundas no cotidiano da cidade e na identidade dos seus moradores, tendo as oportunidades de emprego e a política social das fábricas atraído inúmeros migrantes.
Graças aos esforços dos colonizadores, à contribuição do trabalho escravo e, ainda, à fertilidade do seu solo, as localidades de Magé e Pacobaíba gozaram de invejável situação no período colonial. A importância do Município durante o Segundo Império era grande. Para avaliá-la basta observar que em suas terras foi construída a primeira estrada de ferro da América do Sul, inaugurada a 30 de abril de 1854.
Esta estrada, que se denominou Mauá e depois Estrada de Ferro Príncipe Grão-Pará, ligava as localidades de Guia de Pacobaíba e Fragoso, numa extensão de 14.500 metros.
Os bairros do distrito de Santo Aleixo, estão em área cercada de verde e banhada por rios e cachoeiras que têm suas nascentes nos vales e montanhas que formam a Serra dos Órgãos. Em razão da água em abundância, foi escolhido no Sáculo 19 para receber importantes indústrias têxteis. As turbinas das indústrias, movidas à água, eram a força motriz de máquinas e caldeiras. A indústria têxtil no Século 18 representou o início da Revolução Industrial na Inglaterra.
Fábrica de Tecidos Andorinhas - Foto: Reprodução da internet |
Como ocorreu em todas as zonas agrícolas do País, com o advento da Lei Áurea, Magé teve uma fase de declínio, sofrendo forte colapso na sua economia, agravada pela insalubridade do clima e pela obstrução paulatina dos rios e canais.
Dotado de terras férteis, o município de Itaguaí desfrutou, no século passado e até 1880, de fortes atividades rurais e comerciais, exportando em grande escala cereais, café, farinha, açúcar e aguardente. Com a abolição da escravatura, houve considerável êxodo dos antigos escravos, ocasionando terrível crise econômica.
Esse fato, aliado à falta de transporte e à insalubridade da região, fez com que desaparecessem as grandes plantações, periódicas ou permanentes. O abandono das terras provocou a obstrução dos rios que cortam quase toda a baixada do território municipal, alagando-a. Daí se originou o grassamento da malária, que reduziu a população local e paralisou por várias décadas o desenvolvimento econômico da região.
A passagem da antiga rodovia Rio-São Paulo pelo território do antigo distrito de Seropédica, a instalação da indústria têxtil no antigo distrito de Paracambi, aliadas às obras de saneamento da Baixada Fluminense, empreendida por Nilo Peçanha, permitiram o aproveitamento de grandes áreas, possibilitando ao município readquirir sua antiga posição de prestígio. Em 1938, foram iniciadas em Seropédica as obras do Centro Nacional de Estudos e Pesquisas Agronômicas, onde hoje funciona a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro – UFRRJ.
Em 1945, moravam muitas pessoas no Horto Florestal de Seropédica, todos funcionários do local, com suas famílias. Não existiam casas nem escolas nos quilômetros próximos. Em 1948, entretanto, a UFRRJ transferiu seu campus para as margens da antiga rodovia Rio-São Paulo, hoje BR-465, iniciando-se o desenvolvimento urbano de Seropédica.
- Costa Verde Fluminense
A região apresenta clima tropical úmido. A temperatura média anual é de 27ºC, e ainda podemos encontrar alguns trechos da Mata Atlântica, rica em espécies da fauna e da fl ora, apesar da devastação decorrente do turismo e da atividade industrial. Devido ao relevo irregular e aos rios que cortam a região, são comuns as cachoeiras e cascatas. Parati abriga o Parque Nacional da Serra da Bocaina e uma baía cheia de ilhas.
No fi nal do século XVI, Parati já se destacava pela produção de açúcar, e até hoje a cidade preserva inúmeros engenhos. A partir da descoberta do ouro na região de Minas Gerais, no fi nal do século XVII, essa região ganhou enorme importância, pois se tornou o caminho ofi cial para o escoamento do ouro das minas, que era levado para Parati, depois para o Rio e daí para Portugal.
A região da costa verde, com exceção de Paraty, também possui grande área rural, sendo que, nessa região, a construção da BR 101 cortando o litoral sul levou ao avanço do turismo e da especulação imobiliária e a um processo de desruralização, vinculando o ordenamento territorial aos interesses do capital especulativo imobiliário ligado ao turismo.
Na medida em que a estrutura de transportes não acompanhou o processo econômico, a região permaneceu no isolamento. Os contatos com Angra dos Reis eram feitos por péssimas rodovias, e, com Parati dependiam de irregular navegação marítima. É importante mencionar que as escarpas da serra do Mar se aproximam principalmente, para o povoamento. A construção da Usina Nuclear Álvaro Alberto, em Mambucaba, e da Nuclebras Equipamentos Pesados (Nuclep), em Itaguaí, determinou a necessidade de melhoria no acesso à região.
A partir da década de 1970, a região recebeu investimentos do Governo Federal para a construção da BR–101 em áreas de encostas desgastadas e descobertas de vegetação, o que provocou elevados custos sociais ao meio ambiente, embora tenha facilitado o acesso à chamada Costa Verde. A construção da Rio–Santos se seguiu de uma imediata ocupação da região pelos grandes empreendimentos imobiliários. A especulação viu na Costa Sul do estado uma boa oportunidade de explorar o turismo de alto nível.
A atividade agrícola na região é marginal, se sobressaindo às atividades ligadas à indústria do turismo que, no caso dessa região, está ligado ao turismo de natureza (ecológico ou praia) e ao patrimônio histórico-cultural. É o turismo quem dinamiza os demais setores, inclusive a agricultura.
A atividade agrícola é limitada por estar inserida numa região com diversas unidades de conservação que são reservas de Mata Atlântica, destacando-se a agricultura extrativista com a exploração de palmito, coco e banana. Além disso, como em outras regiões turísticas do estado, a intensa especulação imobiliária espreme ainda mais o rural, levando muitos produtores familiares a abandonar a atividade agrícola, quando não a saírem de suas terras.
- Região Norte
O norte fluminense compreende uma área territorial de 9.730.443 Km2 e abrange as microrregiões geográficas de Campos dos Goytacazes (Campos dos Goytacazes, São Fidélis, São João da Barra, São Francisco de Itabapoana e Cardoso Moreira) e de Macaé (Macaé, Quissamã, Carapebus e Conceição de Macabu).
Campos dos Goytacazes é o município com maior extensão territorial (4.026 Km2 ) e maior número de distritos (15), cuja origem está justamente no processo de formação sócio-espacial. Entre o final da década de 1980 e meados de 1990, quatro distritos se emanciparam: Quissamã (distrito de Macaé), São Francisco de Itabapoana (distrito de São João da Barra), Cardoso Moreira (distrito de Campos) e Carapebus (distrito de Macaé).
O processo de ocupação da região ocorreu com o domínio da atividade canavieira. As denominações foram e são múltiplas dessa região, desde a chamada região açucareira de Campos, Baixada Campista (por causa da forma de relevo), planície Goytacaz (em função da presença dos índios Goytacaz). Cada nomenclatura tem um contexto e um elo comum que é a tríade cana-elite agrária-território.
A região Norte Fluminense passou no período 1980-1991 por um êxodo rural mais intenso do estado do Rio de Janeiro, devido à estagnação da atividade açucareira. O município de Macaé apresentou o maior crescimento
populacional nos anos 1980, pois foi o receptor direto dos recursos para a
exploração petrolífera.
O movimento migratório campo – cidade na da região norte fluminense foi intenso entre os anos de 1970 e 2000, decorrente da crise no setor usineiro e a decadência da cana de açúcar. Essas mudanças na estrutura produtiva, com o decréscimo na produção da cana-de-açúcar e o cultivo de raízes e frutas, não levaram a alteração de um problema estrutural, a concentração de terras e, consequentemente, o poderio da elite agrária. Alem disso, em decorrência da queda da renda agrícola, muitos agricultores buscaram entradas monetárias não-agrícolas em atividades vinculadas as plataformas da Petrobras.
Em suma, o rural na região norte fluminense vem passando por mudanças, seja na redução da área cultivada com lavouras, seja na redução do quadro de pessoas ocupadas, enfim, alterações que não afetaram estruturalmente a concentração fundiária.
A Região Noroeste Fluminense se localiza na divisa do Estado do Rio de Janeiro, com os Estados de Minas Gerais e Espírito Santo a aproximadamente quatrocentos quilômetros da capital do Estado, em direção ao noroeste. Trata-se de uma antiga área cafeeira que até meados do Século XX ocupou uma posição de destaque nas exportações nacionais.
Uma das causas do esvaziamento regional foi a ação do Estado que, na década de 1960, através do Instituto Brasileiro do Café (IBC), patrocinou um grande programa de erradicação de cafezais que eram considerados esgotados e de baixa produtividade. Um aspecto importante a ser sublinhado em relação à economia regional do Noroeste Fluminense, é a presença da agroindústria açucareira, Apesar do seu centro principal estar localizada na Baixada dos Goytacazes, mais precisamente, no município de Campos, a maioria dos municípios constitutivos da Região Noroeste, possuiu, também, forte presença dos canaviais até o final dos anos 1970.
Vestígios muito marcantes são encontrados no município de Bom Jesus do Itabapoana, onde três grandes usinas ainda se encontram em pé. Todas elas estão desativadas ou re-funcionalizadas. Uma delas, a Vila Matinha, teve grande parte de seus equipamentos convertidos para a produção de aguardente. Esta usina mantém dois casarões grandes e antigos. No primeiro funciona um conjunto de alambiques, serpentinas e grandes tanques onde o caldo de cana fica em processo de fermentação. Posteriormente, passa por destilação até ser transformado em cachaça. O produto permanece em grandes tonéis de carvalho, curtindo, até alcançar o ponto ideal de consumo, quando é então engarrafada e comercializada.
A cidade de Bom Jesus do Itabapoana foi fundada ao redor de uma praça - a Praça Governador Portela - que até hoje continua sendo o “coração” da cidade. cidade de Bom Jesus é banhada pelas águas do Rio Itabapoana7 que serve de divisa entre o Estado do Rio de Janeiro e o Espírito Santo.
Uma ponte liga a cidade fluminense a uma outra, no outro lado do rio, denominada Bom Jesus do Norte (ES). Cidades gêmeas têm vida funcional bem articulada, com planejamento de calendário de festas, por exemplo, sempre definido de forma complementar e nunca concorrencial.
Varre-Sai é um dos municípios menos populoso de toda essa região. Seu sítio urbano está encaixado no fundo de um vale de traçado irregular. Do alto de um platô, localizado em uma parte distante do centro, pode-se divisar com clareza o limite entre o quadro urbano e o quadro rural marcado pela topografia: o fundo do vale, urbano; a encosta ocupada por cafezais.
As planícies das baixadas são formadas de sedimentos, ou seja, materiais transportados pelos rios – argila – ou pelo mar e pelo vento – areia. A argila formou uma faixa de terra hoje coberta pelo mar. Mais tarde, as grandes massas de gelo continental derreteram e o nível dos oceanos subiu, permitindo que as águas batessem diretamente nas rochas, desgastando-as. Grandes quantidades de sedimentos foram sendo depositadas sobre os terrenos argilosos, até formarem as faixas ou cordões de areia, desde a serra até o mar.
Toda a baixada é cortada por inúmeros rios, de modo geral oriundos das escarpas da serra do Mar. Esses rios, ao chegarem à planície da baixada, mudam completamente de aspecto. Enquanto descem pelos terrenos inclinados das escarpas da serra, suas águas são cristalinas, pois eles avançam sobre a rocha e correm com grande velocidade, transportando cascalhos e pedras de tamanho grande.
Todos os municípios dessa área já apresentam um índice de urbanização em torno de 80%, devido às constantes melhorias nas comunicações – construção de novas rodovias, aeroportos etc. Os principais elementos do dinamismo dessa área foram o turismo, a reativação da pesca e da MARICULTURA, algumas indústrias e, em grande parte, a exploração de petróleo na plataforma continental.
- Região Noroeste Fluminense
A Região Noroeste Fluminense se localiza na divisa do Estado do Rio de Janeiro, com os Estados de Minas Gerais e Espírito Santo a aproximadamente quatrocentos quilômetros da capital do Estado, em direção ao noroeste. Trata-se de uma antiga área cafeeira que até meados do Século XX ocupou uma posição de destaque nas exportações nacionais.
Pirapetinga fica em Minas Gerais na divisa com o Rio de Janeiro, separada apenas por uma ponte sobre o Rio Pirapetinga. Ao lado fluminense fica o bairro Santa Luzia em Santo Antônio de Pádua. O bairro é servido pela movimentada BR-393, sendo essa, a principal lgação do bairro com o Centro do município passando pelo distito de Marangatu. Outra via de acesso é a RJ-188 , que corta os distritos de Santa Cruz, Paraoquena e Campelo, atravessando a Serra Pedra Bonita. |
Uma das causas do esvaziamento regional foi a ação do Estado que, na década de 1960, através do Instituto Brasileiro do Café (IBC), patrocinou um grande programa de erradicação de cafezais que eram considerados esgotados e de baixa produtividade. Um aspecto importante a ser sublinhado em relação à economia regional do Noroeste Fluminense, é a presença da agroindústria açucareira, Apesar do seu centro principal estar localizada na Baixada dos Goytacazes, mais precisamente, no município de Campos, a maioria dos municípios constitutivos da Região Noroeste, possuiu, também, forte presença dos canaviais até o final dos anos 1970.
Vestígios muito marcantes são encontrados no município de Bom Jesus do Itabapoana, onde três grandes usinas ainda se encontram em pé. Todas elas estão desativadas ou re-funcionalizadas. Uma delas, a Vila Matinha, teve grande parte de seus equipamentos convertidos para a produção de aguardente. Esta usina mantém dois casarões grandes e antigos. No primeiro funciona um conjunto de alambiques, serpentinas e grandes tanques onde o caldo de cana fica em processo de fermentação. Posteriormente, passa por destilação até ser transformado em cachaça. O produto permanece em grandes tonéis de carvalho, curtindo, até alcançar o ponto ideal de consumo, quando é então engarrafada e comercializada.
Santa Isabel, hoje o 9º Distrito de Bom Jesus do Itabapoana, firmado pela da Lei nº. 791, de 26 de julho de 2006, está localizado às margens do Rio Itabapoana. A localidade foi devastada diversas vezes por enchentes, entre elas, a de 1933, uma das mais perigosas e mais tarde a de 1979, na mesma proporção com a de 1997. Atualmente com o assoreamento do Rio Itabapoana, qualquer cheia deixa mais de 80% da população de Santa Isabel desabrigada. |
A cidade de Bom Jesus do Itabapoana foi fundada ao redor de uma praça - a Praça Governador Portela - que até hoje continua sendo o “coração” da cidade. cidade de Bom Jesus é banhada pelas águas do Rio Itabapoana7 que serve de divisa entre o Estado do Rio de Janeiro e o Espírito Santo.
Uma ponte liga a cidade fluminense a uma outra, no outro lado do rio, denominada Bom Jesus do Norte (ES). Cidades gêmeas têm vida funcional bem articulada, com planejamento de calendário de festas, por exemplo, sempre definido de forma complementar e nunca concorrencial.
Varre-Sai é um dos municípios menos populoso de toda essa região. Seu sítio urbano está encaixado no fundo de um vale de traçado irregular. Do alto de um platô, localizado em uma parte distante do centro, pode-se divisar com clareza o limite entre o quadro urbano e o quadro rural marcado pela topografia: o fundo do vale, urbano; a encosta ocupada por cafezais.
- Região das Baixadas Litorâneas
As planícies das baixadas são formadas de sedimentos, ou seja, materiais transportados pelos rios – argila – ou pelo mar e pelo vento – areia. A argila formou uma faixa de terra hoje coberta pelo mar. Mais tarde, as grandes massas de gelo continental derreteram e o nível dos oceanos subiu, permitindo que as águas batessem diretamente nas rochas, desgastando-as. Grandes quantidades de sedimentos foram sendo depositadas sobre os terrenos argilosos, até formarem as faixas ou cordões de areia, desde a serra até o mar.
São Vicente de Paulo é a sede do Terceiro Distrito de Araruama, considerado o setor de economia rural. Um distrito em expansão, também caracterizado pela produção de produtos rurais. Os plantados e cultivados nos distritos de São Vicente e Morro Grande, representam a menor porcentagem da economia da cidade. Dentre os frutíferos plantados, estão a Banana, o Maracujá, o Aipim, o Coco, a Tangerina, o Limão e a Laranja. Mesmo com uma redução na produção, Araruama ainda é a maior produtora de frutos cítricos do estado do Rio de Janeiro. |
Toda a baixada é cortada por inúmeros rios, de modo geral oriundos das escarpas da serra do Mar. Esses rios, ao chegarem à planície da baixada, mudam completamente de aspecto. Enquanto descem pelos terrenos inclinados das escarpas da serra, suas águas são cristalinas, pois eles avançam sobre a rocha e correm com grande velocidade, transportando cascalhos e pedras de tamanho grande.
Todos os municípios dessa área já apresentam um índice de urbanização em torno de 80%, devido às constantes melhorias nas comunicações – construção de novas rodovias, aeroportos etc. Os principais elementos do dinamismo dessa área foram o turismo, a reativação da pesca e da MARICULTURA, algumas indústrias e, em grande parte, a exploração de petróleo na plataforma continental.
Estrada da AGRISA no distrito de Tamoios em Cabo Frio |
Até essas atividades se organizarem ou se reorganizarem, como é o caso da pesca, as baixadas litorâneas viveram algumas décadas de baixo nível de crescimento econômico que acabou se revertendo em condições de vida pouco favoráveis, o que não signifi ca que as novas atividades tenham efetivamente dado mais benefícios à população, em geral.
Na regionalização turística do estado, adotada pela Turisrio, as baixadas litorâneas correspondem, em sua maior parte, à Costa do Sol, que inclui Maricá, Saquarema, Araruama, São Pedro da Aldeia, Cabo Frio, Arraial do Cabo, Búzios e Iguaba Grande. Cabo Frio é o centro turístico mais importante. Os municípios de Búzios e Arraial do Cabo, que se emanciparam recentemente, assim como São Pedro da Aldeia e Saquarema, possuem, além das praias, uma arquitetura colonial signifi cativa, herança do período colonial brasileiro, quando a região era explorada economicamente com a pecuária, a agricultura e a pesca.
Na cidade de Araruama são encontradas as reservas de salinas (ou seja, uma área de concentração de sais dissolvidos, presentes em águas interiores, como é o caso das lagoas) existentes no estado do Rio de Janeiro. As salinas de Araruama abasteciam a Companhia Nacional de Álcalis – situada no município de Arraial do Cabo (localizado a poucos quilômetros de Araruama).
A Álcalis foi fruto de investimentos federais feitos nas décadas de 1950 e 1960, mas a indústria salineira fl uminense, que já teve grande representatividade na atividade industrial do estado, encontrou forte concorrência na indústria salineira nordestina e vem diminuindo sua participação no total da produção do país. Essa freada na produção provocou inúmeros desempregos na região e tem diminuído cada vez mais a participação industrial regional no setor.
A localidade de Aldeia Velha, ou Quartéis, situa-se no pé da Serra do Mar na divisa política entre os municípios de Silva Jardim e Casimiro de Abreu, distante 8 quilômetros da BR-101 e da portaria da Reserva Biológica Poço das Antas por uma estrada ainda não pavimentada. Trata-se de um povoado cercado por áreas de Mata Atlântica preservada pelas propriedades rurais da região. Aldeia Velha Por sua relevância no cenário ambiental recebeu o título de capital do ecoturismo no estado do Rio de Janeiro. É um pequeno povoado, com aproximadamente 900 habitantes. Está localizada dentro da APA São João/ Mico Leão Dourado, que inclui a Reserva Biológica Poço das Antas, e segue em direção a Serra do Mar, onde se encontram montanhas cobertas pela Floresta Atlântica, com suas inúmeras nascentes que formam os rios Aldeia Velha e Quarteis. |
Na regionalização turística do estado, adotada pela Turisrio, as baixadas litorâneas correspondem, em sua maior parte, à Costa do Sol, que inclui Maricá, Saquarema, Araruama, São Pedro da Aldeia, Cabo Frio, Arraial do Cabo, Búzios e Iguaba Grande. Cabo Frio é o centro turístico mais importante. Os municípios de Búzios e Arraial do Cabo, que se emanciparam recentemente, assim como São Pedro da Aldeia e Saquarema, possuem, além das praias, uma arquitetura colonial signifi cativa, herança do período colonial brasileiro, quando a região era explorada economicamente com a pecuária, a agricultura e a pesca.
Na cidade de Araruama são encontradas as reservas de salinas (ou seja, uma área de concentração de sais dissolvidos, presentes em águas interiores, como é o caso das lagoas) existentes no estado do Rio de Janeiro. As salinas de Araruama abasteciam a Companhia Nacional de Álcalis – situada no município de Arraial do Cabo (localizado a poucos quilômetros de Araruama).
O povoado de Basílio, localizado ao oeste de Rio dos Índios, tem suas origens no século XVIII. Suas terras faziam parte do antigo engenho de açúcar de Santana, edificado entre os anos de 1768 a 1770, cujas terras, banhadas pelos rios Bonito, dos Índios e Tanguá, as tornam fertilíssimas. Localizado às margens da BR-101, inicia-se no bairro a Estrada RJ-120, uma rodovia que segue em leito natural (não há calçamento), até a RJ-116, na altura do distrito de Agro Brasil, em Cachoeiras de Macacu. |
A Álcalis foi fruto de investimentos federais feitos nas décadas de 1950 e 1960, mas a indústria salineira fl uminense, que já teve grande representatividade na atividade industrial do estado, encontrou forte concorrência na indústria salineira nordestina e vem diminuindo sua participação no total da produção do país. Essa freada na produção provocou inúmeros desempregos na região e tem diminuído cada vez mais a participação industrial regional no setor.