Criada em 1995, a empresa se origina de acontecimentos que remontam à década passada. Conta-se que a intervenção realizada pelo governo fluminense deixou a Oriental à deriva, o que culminou na entrada da Amigos Unidos após 1988.
Anos depois, a TAU cria sua própria companhia e se retira da Oriental. Podese dizer que as crises, as alterações operacionais e os solavancos fazem parte da história da Ocidental.
A Ocidental foi criada a partir da cisão que correspondia a parte das ações que pertencia a Transportes Amigos Unidos na sociedade da Transportes Oriental, ficando a Ocidental com a maioria das linhas.
A garagem e sede da empresa ficou no mesmo endereço, sendo apenas desmembrada uma parte menor para a Oriental. A Ocidental original tinha área de atuação muito bem definida.
O grupo TAU se fortaleceu a partir de 2000, quando passou a administrar também a Viação Santa Sofia. Entretanto, com o decorrer do tempo o grupo TAU foi deixando desassistidas as suas afiliadas, acarretando a falência da Transportes Mosa do RJ e da empresa Santa Rita de Itaguaí, além do sucateamento (quase falência) da Santa Sofia e o inchamento da Ocidental (a empresa absorveu grande quantidade de linhas, e não deu conta sequer de suas linhas originais).
Logo após a cisão, faziam parte da empresa as seguintes linhas:
301 Pça. XV x Deodoro
389 Tiradentes x Vila Aliança
396 Tiradentes x Bairro Jabour
397 Tiradentes x Campo Grande
689 Méier x Campo Grande
784 Mal. Hermes x Vila Kennedy
811 Bangu x Vila Kennedy
812 Bangu x Guandu
813 Bangu x Catiri
817 Campo Grande x Fazenda Botafogo (parcial da 397)
819 Bangu x Jardim Bangu.
Noves fora a 301, a 784, as linhas circulares de Bangu e a 389, as outras linhas passavam pelo lado "ocidental" da linha férrea, ao oeste. Nesta primeira fase, entre 95 e 99, as renovações de frota eram bemdosadas e variadas. Havia Scania para as linhas pesadas, Alpha para a 689 e Millenium para a dupla dinâmica 397/689.
Em 98, a empresa assume o transporte do parque temático Terra Encantada, local que nunca atendeu à proposta inicial. A Ocidental começa a crescer ou inchar em 1999. Ela assume grande fatia da Santa Sofia, composta das seguintes linhas e 60 ônibus:
857 Campo Grande x Sete de Abril
858 Campo Grande x Santa Cruz via Cesário de Melo
859 Campo Grande x Base Aérea de Santa Cruz 860 Pedra de Guaratiba x Conjunto Manguariba 861 Reta do Rio Grande x Cesarão
862 Urucânia x Conjunto João XXIII
863 Conjunto São Fernando x Cesarão
881 Campo Grande x Vilar Carioca
886 Santa Cruz x Jesuítas
892 Santa Cruz x São Benedito.
Como podemos ver, a empresa ficou responsável pelo transporte interno de Santa Cruz, junto com boa parte das linhas da Cesário de Melo. O repasse ampliou a Ocidental, mas a colocou numa região onde o alternativo já mostrava certa pujança. Sintomaticamente, a única linha operada com muitos carros era a 858.
Após assumir um naco da Santa Sofia e fazer uma renovação expressiva em 2000 (mais de 60 ônibus 0km, entre Viale 1721 e Senior 814), a Ocidental pega mais três linhas da falida Mosa.
A operação fez parte de um serviço emergencial iniciado em março de 2002:
340 Vila Kosmos x Pça. XV via Rua Uranos e Praça Mauá
345 Vila Kosmos x Pça. XV rápido/ via Av. Meriti e Lucas
346 Vila Kosmos x Pça. XV via São Cristóvão, Leopoldina e Pres. Vargas
Pode-se elogiar a empresa por ter ressuscitado três linhas que estavam à beira da morte, mas a operação prolongada podia trazer e trouxe problemas para a estrutura da Ocidental. Os recursos que poderiam ser usados nas linhas mais problemáticas da Zona Oeste foram aplicados em trajetos que não tinham relação com a empresa.
Após um tempo, o trio 340, 345 e 346 voltou a ter as mesmas condições da época da Mosa. O último surto de crescimento ocorre quando a Ocidental já demonstra certo inchaço. No início de 2006, a Santa Sofia repassa mais linhas e forma o quarto setor de sua irmã:
786 Mal. Hermes x Campo Grande
828 Augusto Vasconcelos x São Jorge
846 Campo Grande x Rio da Prata
847 Campo Grande x Rio da Prata
848 Campo Grande x Monte Santo
S027 Mal. Hermes x Urucânia
Junto com as linhas, chegou uma remessa de Svelto 1418 micrão, a última compra de veículos novos da Ocidental. Entretanto, o ponto fraco da empresa se acentua: a excessiva quantidade de linhas, com perfis muito diferenciados. A 858 tem necessidades diferentes da 689, que não complementa a 345, que por sua vez faz um caminho completamente diferente da 397.
A antiga Auto Diesel também passou por tal problema, resolvido com as cisões entre 94 e 95. A situação da Ocidental piorou a olhos vistos entre 2006 e 2009, com a nítida piora da frota. Os Viale e Turquesa, que eram ônibus um pouco velhos mas adequados, passaram a quebrar constantemente, reduzindo a quantidade de veículos na rua e prejudicando a operação de diversas linhas.
A situação, que contou com lances pitorescos como o recebimento de Cidade I 98, se modifica com o pool estabelecido pela SMTU. Linhas como 389, 396 e 784 vão para empresas como Bangu, Campo Grande e Andorinha, enquanto a 397 é dividida com a Amigos Unidos.
Em maio de 2009, a empresa sofreu intervenção da Prefeitura do Rio e do Ministério Público diante de centenas de denúncias sobre o péssimo serviço prestado à população da Zona Oeste. Sendo assim, a Secretaria Municipal de Transportes decidiu distribuir parte das suas linhas a outras empresas da região.
Em Setembro de 2009 a empresa teve sua garagem lacrada pelo Mininstério Público pela falta de manutenção/conservação e comprometimento da segurança de seus veículos, sendo apenas 40 de 180 veículos liberados para circulação.
Em 04/01/2010 a empresa entrou em processo de cassação de suas linhas pela Prefeitura do Rio de Janeiro. Em março do mesmo ano, a SMTR indeferiu o pedido da Ocidental para reintegração de suas linhas embargadas, o mesmo ocorrendo com sua empresa originária, a tradicional, Transportes Oriental.
Em 2010, a empresa deixou de operar, não tendo sido incluída em nenhum dos consórcios que se formaram naquele ano. A empresa encerrou suas atividades no dia 29/10/2010.
Em dezembro de 2012, o Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro reconheceu que a Rio Rotas não poderia ser considerada sucessora da Ocidental.
Em 12/09/2013 a antiga garagem da empresa sofreu o principio de incêndio, atingindo 20 ônibus que estavam estacionados no local.
Referências Bibliográficas
Anos depois, a TAU cria sua própria companhia e se retira da Oriental. Podese dizer que as crises, as alterações operacionais e os solavancos fazem parte da história da Ocidental.
A Ocidental foi criada a partir da cisão que correspondia a parte das ações que pertencia a Transportes Amigos Unidos na sociedade da Transportes Oriental, ficando a Ocidental com a maioria das linhas.
A garagem e sede da empresa ficou no mesmo endereço, sendo apenas desmembrada uma parte menor para a Oriental. A Ocidental original tinha área de atuação muito bem definida.
O grupo TAU se fortaleceu a partir de 2000, quando passou a administrar também a Viação Santa Sofia. Entretanto, com o decorrer do tempo o grupo TAU foi deixando desassistidas as suas afiliadas, acarretando a falência da Transportes Mosa do RJ e da empresa Santa Rita de Itaguaí, além do sucateamento (quase falência) da Santa Sofia e o inchamento da Ocidental (a empresa absorveu grande quantidade de linhas, e não deu conta sequer de suas linhas originais).
Logo após a cisão, faziam parte da empresa as seguintes linhas:
301 Pça. XV x Deodoro
389 Tiradentes x Vila Aliança
396 Tiradentes x Bairro Jabour
397 Tiradentes x Campo Grande
689 Méier x Campo Grande
784 Mal. Hermes x Vila Kennedy
811 Bangu x Vila Kennedy
812 Bangu x Guandu
813 Bangu x Catiri
817 Campo Grande x Fazenda Botafogo (parcial da 397)
819 Bangu x Jardim Bangu.
Noves fora a 301, a 784, as linhas circulares de Bangu e a 389, as outras linhas passavam pelo lado "ocidental" da linha férrea, ao oeste. Nesta primeira fase, entre 95 e 99, as renovações de frota eram bemdosadas e variadas. Havia Scania para as linhas pesadas, Alpha para a 689 e Millenium para a dupla dinâmica 397/689.
Em 98, a empresa assume o transporte do parque temático Terra Encantada, local que nunca atendeu à proposta inicial. A Ocidental começa a crescer ou inchar em 1999. Ela assume grande fatia da Santa Sofia, composta das seguintes linhas e 60 ônibus:
857 Campo Grande x Sete de Abril
858 Campo Grande x Santa Cruz via Cesário de Melo
859 Campo Grande x Base Aérea de Santa Cruz 860 Pedra de Guaratiba x Conjunto Manguariba 861 Reta do Rio Grande x Cesarão
862 Urucânia x Conjunto João XXIII
863 Conjunto São Fernando x Cesarão
881 Campo Grande x Vilar Carioca
886 Santa Cruz x Jesuítas
892 Santa Cruz x São Benedito.
Após assumir um naco da Santa Sofia e fazer uma renovação expressiva em 2000 (mais de 60 ônibus 0km, entre Viale 1721 e Senior 814), a Ocidental pega mais três linhas da falida Mosa.
A operação fez parte de um serviço emergencial iniciado em março de 2002:
340 Vila Kosmos x Pça. XV via Rua Uranos e Praça Mauá
345 Vila Kosmos x Pça. XV rápido/ via Av. Meriti e Lucas
346 Vila Kosmos x Pça. XV via São Cristóvão, Leopoldina e Pres. Vargas
Pode-se elogiar a empresa por ter ressuscitado três linhas que estavam à beira da morte, mas a operação prolongada podia trazer e trouxe problemas para a estrutura da Ocidental. Os recursos que poderiam ser usados nas linhas mais problemáticas da Zona Oeste foram aplicados em trajetos que não tinham relação com a empresa.
Após um tempo, o trio 340, 345 e 346 voltou a ter as mesmas condições da época da Mosa. O último surto de crescimento ocorre quando a Ocidental já demonstra certo inchaço. No início de 2006, a Santa Sofia repassa mais linhas e forma o quarto setor de sua irmã:
786 Mal. Hermes x Campo Grande
828 Augusto Vasconcelos x São Jorge
846 Campo Grande x Rio da Prata
847 Campo Grande x Rio da Prata
848 Campo Grande x Monte Santo
S027 Mal. Hermes x Urucânia
Junto com as linhas, chegou uma remessa de Svelto 1418 micrão, a última compra de veículos novos da Ocidental. Entretanto, o ponto fraco da empresa se acentua: a excessiva quantidade de linhas, com perfis muito diferenciados. A 858 tem necessidades diferentes da 689, que não complementa a 345, que por sua vez faz um caminho completamente diferente da 397.
A antiga Auto Diesel também passou por tal problema, resolvido com as cisões entre 94 e 95. A situação da Ocidental piorou a olhos vistos entre 2006 e 2009, com a nítida piora da frota. Os Viale e Turquesa, que eram ônibus um pouco velhos mas adequados, passaram a quebrar constantemente, reduzindo a quantidade de veículos na rua e prejudicando a operação de diversas linhas.
A situação, que contou com lances pitorescos como o recebimento de Cidade I 98, se modifica com o pool estabelecido pela SMTU. Linhas como 389, 396 e 784 vão para empresas como Bangu, Campo Grande e Andorinha, enquanto a 397 é dividida com a Amigos Unidos.
Em maio de 2009, a empresa sofreu intervenção da Prefeitura do Rio e do Ministério Público diante de centenas de denúncias sobre o péssimo serviço prestado à população da Zona Oeste. Sendo assim, a Secretaria Municipal de Transportes decidiu distribuir parte das suas linhas a outras empresas da região.
Em Setembro de 2009 a empresa teve sua garagem lacrada pelo Mininstério Público pela falta de manutenção/conservação e comprometimento da segurança de seus veículos, sendo apenas 40 de 180 veículos liberados para circulação.
Em 04/01/2010 a empresa entrou em processo de cassação de suas linhas pela Prefeitura do Rio de Janeiro. Em março do mesmo ano, a SMTR indeferiu o pedido da Ocidental para reintegração de suas linhas embargadas, o mesmo ocorrendo com sua empresa originária, a tradicional, Transportes Oriental.
Em 2010, a empresa deixou de operar, não tendo sido incluída em nenhum dos consórcios que se formaram naquele ano. A empresa encerrou suas atividades no dia 29/10/2010.
Em dezembro de 2012, o Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro reconheceu que a Rio Rotas não poderia ser considerada sucessora da Ocidental.
Em 12/09/2013 a antiga garagem da empresa sofreu o principio de incêndio, atingindo 20 ônibus que estavam estacionados no local.
Incêndio atinge empresa de ônibus em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio - Foto: Reprodução/ TV Globo |
Referências Bibliográficas
resgatando Memórias, Chopp Duplo, Mais Ônibus, Jornal O Globo, Ônibus Brasil, Cia de Ônibus, SMTU.