O intenso e acelerado crescimento com que a cidade do Rio de Janeiro vinha experimentando desde o final do século XIX, fez com que o século XX começasse com a cogitação de um sistema de transporte rápido, eficiente e de grande capacidade.
Vários estudos quanto à viabilidade técnica e econômica foram desenvolvidos visando a construção de um metrô para a segunda maior cidade do país, entre eles, os estudos da Companhia de Carris Luz e Força do Rio de Janeiro (em 1947), bem como a formação da Comissão Executiva do Projeto do Metropolitano no início da década de 50.
Mesmo com seu sistema de bondes, ônibus, lotações e vários túneis construídos para vencer as distâncias impostas pelos morros da cidade, o Rio de Janeiro, já nos fins da década de 50, demostrava sinais da necessidade de um metrô, uma vez que os problemas de tráfego e transporte se acentuavam.
Atento aos problemas que ameaçavam surgir, o governo do então Estado da Guanabara, na gestão do governador Negrão de Lima determinou, em 1966, a constituição de um grupo de trabalho para estudar a implantação de um sistema metroviário. Através de concorrência pública, foi formado um consórcio composto pela Companhia Construtora Nacional S.A., Hocthief Aktiengesellschaft für Hoch – und Tiefbauten vorm. Gergr. Helfmann e Deutche Elsenbahn Consulting GmbH, para o qual foi encomendado um estudo mais detalhado.
Completo e pormenorizado, o estudo estabeleceu a prioridade da construção inicial de 37,4 km de linhas.
Visando construir, implantar e operar o sistema metroviário no Rio de Janeiro, foi criada em 14 de novembro de 1968 pela Lei Estadual 1736, a Companhia do Metropolitano do Rio de Janeiro – METRÔ / RJ. Através do Decreto Lei 35 de março de 1975, a Companhia passou efetivamente a existir. Estatal vinculada à SECTRAN – Secretaria de Estado de Transportes, o Metrô foi constituído como sociedade de economia mista, sendo regulada pela Lei Federal 6404/76.
Em 1979 a nova companha cria um novo projeto:
Linha 1
Numa cerimônia no dia 23 de junho de 1970, foi cravada a primeira estaca na Praça Paris, no bairro da Glória, marcando o início das obras. As obras prosseguiram até 1971, quando foram paralisadas por falta de recursos. Somente em 1975 as obras foram retomadas definitivamente, começando novamente na Glória.
As obras prosseguiam em ritmo acelerado. A imprensa denunciava o trabalho intenso dos operários. As ruas da cidade se transformaram em grandes trincheiras, causando muitos transtornos aos moradores das áreas lindeiras e enorme caos ao trânsito do Rio de Janeiro.
Se por um lado as obras mexiam com a vida dos cariocas, não se podia negar a curiosidade dos mesmos para com o novo sistema de transporte. Embora poucos conheciam um sistema metroviário (além daqueles que já conheciam o metrô paulistano e os de outros países), o Metrô do Rio de Janeiro reservava muitas surpresas e novidades.
Carro 001 do Metrô Carioca
De uma maneira um tanto quanto rápida o primeiro protótipo dos carros já estava pronto na Mafersa no ano de 1977 e realizava testes no mês de julho deste ano. Por pouco também que a Mafersa não consegue sair como vencedora também da licitação dos carros do Pré-Metrô,na qual também competiam a Cobrasma e a Companhia Industrial Santa Matilde,e na qual no mesmo ano, em março, a licitação havia anunciado a Cobrasma como vencedora da licitação.
E assim foi: no mês de janeiro de 1978 a Villares entrega os primeiros truques para a montagem nos carros,e a empresa americana Westinghouse foi a responsável pela instalação dos motores elétricos.
No dia 7 de abril de 1978 o primeiro carro do Metrô é concluído e a ser transportado para o Rio de Janeiro por trilhos, rebocado por locomotiva da Rede Ferroviária Federal. Quatro dias depois os dois primeiros carros já estavam presentes na cidade do Rio de Janeiro e uma semana depois no dia 18 de abril houve a primeira inspeção visual nos veículos.
Com a presença das autoridades federais e estaduais na Estação Central, o Metrô do Rio de Janeiro foi inaugurado em uma grande cerimônia no dia 05 de março de 1979. A bordo de um trem, os governadores Chagas Freitas e o presidente João Figueiredo, inauguraram na seqüência as Estações Praça Onze (onde havia um trem em exposição para conhecimento da população), Presidente Vargas, Cinelândia e Glória. Era o começo da Linha 1.
Nos primeiros dias, as viagens eram gratuitas, com as estações abertas ao público das 9h às 15h. Com apenas 4 trens de 4 carros, o intervalo entre as composições era de 8 minutos. Nos primeiros 10 dias, o Metrô transportou mais de 500 mil passageiros, com média diária de 60 mil pessoas. O maior movimento de embarque e desembarque era registrado na Estação Cinelândia, com mais de 1/3 do total. A partir do dia 15 de março de 1979, o Metrô passou a operar comercialmente cobrando Cr$ 4,00 pelo bilhete unitário. Com a proximidade das festas de final de ano, em dezembro de 1979, o horário de funcionamento do Metrô foi ampliado para às 23 horas.
Com o primeiro trecho em funcionamento, as obras continuavam à pleno vapor em várias frentes. Além das estações Uruguaiana e Carioca (que faziam parte do trecho inaugurado, mas ainda não tinham sido entregues), a Linha 1 era expandida em seus extremos. Enquanto isso moradores da Tijuca, Flamengo e Botafogo continuavam vivendo em meio a grandes canteiros de obra. Porém, a cada estação inaugurada, toda a área lindeira às novas estações era reurbanizada, o que fazia aumentar a simpatia da população pelo metrô.
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O ano de 1980 foi marcado pela inauguração de 2 grandes e importantes estações. No dia 17 de março foram abertas ao público a Estação Uruguaiana (no centro da cidade) e a Estação Estácio (que posteriormente passou a permitir a integração para a Linha 2), trazendo um aumento significativo no número de passageiros, justificando a entrada de mais 2 trens em circulação (passou para 6 trens) a partir de setembro de 1980.
Morro do Inhangá
Hoje o que restou do Morro do Inhangá pode ser visto próximo a Praça Cardeal Arcoverde. Ficava atrás do Hotel Copacabana Palace e foi parcialmente demolido na década de 20 para ligar duas partes de rua que se transformaram na longa Avenida Nossa Senhora de Copacabana.
Na foto, um prédio de oito andares ao lado do hotel mostra qual o padrão de gabarito na orla nos anos 30. Palavra de origem tupi-guarani, Inhangá vem de Anhangá que significa espírito ruim ou alma errante. Reza a lenda que o costão rochoso do morro atraía os raios nas tempestades. A rocha foi parcialmente derrubada em 1934 para construção da piscina do Copacabana Palace. O acidente geográfico desapareceu completamente em 1951 para a construção dos edifícios Chopin, Balada e Prelúdio.
Ainda se vê um pedaço do morro colado ao hotel, onde hoje existe a Rua Fernando Mendes, transversal a Avenida Atlântica.
Linha 2
O transporte de massa, especialmente o ferroviário, nunca foi uma prioridade para os recentes governantes do Estado do Rio de Janeiro a partir de meados da década de 1980 até os dias atuais, com a alegação de que parte da rede ferroviária, por ser de bitola diferente (de 1,00 m, quando os trens modernos necessitam de bitola de 1,60 m), alguns trechos foram simplesmente extintos, ou ficando apenas com o transporte de cargas.
A Baixada Fluminense, foi quem mais sofreu com a desativação de trechos ferroviários, como, por exemplo, o extinto ramal Rio d’Ouro que, em sua melhor fase, servia diversos subúrbios da região, como o Engenho da Rainha, Inhaúma, Irajá, Vicente de Carvalho e Pavuna, além de diversas localidades da Baixada Fluminense, como Belford Roxo, Areia Branca, etc.
Com a desativação de suas linhas, ocorrida no começo da década de 70, a maior parte do seu leito foi utilizada para a implantação da Linha 2 do Metrô que, gradativamente, foi se expandindo até atingir, em 1998, a sua atual estação final, Pavuna, e em cujo percurso existem, entre outras, as estações de Del Castilho, Inhaúma, Engenho da Rainha, Vicente de Carvalho, Irajá, Colégio e Coelho Neto.
Em obras desde o final da década de 70, a Linha 2 veio a ser inaugurada apenas com 3 estações em 19 de novembro de 1981. Partindo da estação Estácio, de onde vinham os passageiros da linha 1, a nova linha contava com as Estações São Cristóvão e Maracanã, permitindo acesso privilegiado aos dias de jogos no estádio do Maracanã, bem como ao Campus Universitário da UERJ. A princípio funcionava das 6h às 20h e apenas com 2,92 km.
A medida que o sistema crescia, novidades surgiam. A bilhetagem automática passou a funcionar em janeiro de 1981, permitindo controle do acesso dos passageiros, além das estatísticas de tráfego.
Maio de 1982 trouxe mais novidades para o metrô carioca. Além da inauguração do trecho norte (dia 27), com as estações Afonso Pena, São Francisco Xavier e Saens Peña, a Linha 1 passou a contar com sistema de Piloto Automático, que controla a aceleração e frenagem do trem, cabendo apenas ao operador do trem a abertura e fechamento das portas e anúncio das estações. Deste modo há maior segurança operacional, permitindo maior velocidade e redução no intervalo de trens. Estrearam ainda a integração tarifária com as Barcas e os trens articulados na Linha 2.
A Linha 2 passou a ser dividida em 2 segmentos. O trecho Estácio – Maria da Graça operava com 4 trens das 6h às 20h, com intervalos de 6 minutos e 15 segundos. Para seguir viagem à Iraja era necessário desembarcar em Maria da Graça e aguardar outro trem. O outro trecho tinha apenas 2 trens com intervalo de 18 minutos, operando das 9h às 15h.
Embora a baldeação de trens na Estação Maria da Graça desagradava os passageiros, o pior ocorreu em 2 de dezembro de 1985. Em função de um vazamento na tubulação da CEDAE (estatal de águas e esgoto) na altura da futura Estação Engenho da Rainha que veio a causar graves danos à via permanente, o sistema de Pré-Metrô foi desativado.
A partir da segunda metade da década de 80, no governo de Leonel Brizola e nas gestões que lhe sucederam, o Metrô do Rio passou por problemas bem graves. Além de não investir mais no Metrô, o sistema começou a encolher. Ao ser reaberto em 1987, o Pré-Metrô não mais ia à Irajá, mas apenas até Inhaúma.
As estações abandonadas foram invadidas e as vias do Pré-Metrô deram origem à favelas. Inaugurações, somente de estações intermediárias do trecho que restava em funcionamento. Estação Triagem passou a funcionar em 30 de junho de 1988 e Engenho da Rainha somente em 13 de março de 1991.
Novamente a Linha 2 foi paralisada durante 7 meses em 1994 em razão da falta de material rodante. Além da malha metroviária ter diminuída, a imprensa começava a denunciar a canibalização de trens. Com a falta de recursos e investimentos no Metrô, peças eram tiradas de alguns trem para serem colocadas em outros. Assim sendo, muitos trens acabavam ficando inviabilizados de prestar serviços de passageiros.
No ano de 1985 cinco trens de 6 carros estavam canibalizados nas dependências do Centro de Manutenção, em decorrência da falta de peças, a situação veio a se agravar no mesmo ano com mais duas unidades canibalizadas em seguida. Para completar,35 carros estavam sucateados no pátio da Mafersa em São Paulo,carros estes inacabados em decorrência do cancelamento de contrato por não-pagamento.
No dia 4 de junho do mesmo ano era suspensa a operação automática dos trens, sendo retomada a operação automática somente no dia 11 de janeiro de 1986...
Em maio de 1985 aproximadamente 15 bilhões de cruzeiros são repassados ao Governo do Estado para o início da recuperação da frota canibalizada.
A conclusão da Linha 2 foi pela primeira vez parada quando sob o túnel da Frei Caneca construída pelo shield, prédios antigos começaram a apresentar rachaduras em suas estruturas. As plantas do local eram muito antigas e estavam desatualizadas, sem as estruturas dos prédios no subsolo. Um estudo sobre as soldagens, estaqueamento e as estruturas existentes no local chegaram a ser orçadas mas encareceriam a obra consideravelmente.
Neste momento, o Governador Leonel Brizola assumiu o estado do Rio de Janeiro e usou o custo da obra como desculpa para paralisá-la. O fato é que após a Estação Estácio, poucos metros de metrô foram construídos. São cerca de 80. O túnel por onde passariam os trilhos vai um pouco mais à frente.
Com a diminuição dos trens disponíveis, começou a aumentar os atrasos e intervalos entre as composições. Para piorar, a cidade passava pelo projeto Rio Cidade, de autoria do prefeito César Maia que pretendida revitalizar a cidade. Com obras e congestionamentos pela cidade toda, aumentaram o número de usuários, mas sem que o Metrô tivesse capacidade de transporte necessária, tendo em vista a falta de trens. O Metrô chegou a ter a metade dos trens em circulação nas horas de pico na Linha 1 com atrasos de mais de 20 minutos.
Embora os problemas financeiros eram graves e as situações muitos difíceis, o fato da companhia possuir excelente recurso humano compensava as dificuldades. O Metrô sempre zelou pela qualidade de seus serviços. Os trens circulavam limpos, seguros e muito bem conservados, não deixando claro aos usuários os problemas da companhia, exceto pelos grandes intervalos entre os trens.
A partir de 1996, o governo Marcelo Alencar deu atenção especial para o Metrô, retomando obras que permitiram a expansão da Linha 1 para Copacabana (obra que havia sido paralisada no Governo Brizola no ínicio da década de 90) e da Linha 2 para a Pavuna. Em setembro daquele ano, as estações Tomás Coelho e Vicente de Carvalho foram inauguradas na Linha 2.
Ainda na capital fluminense, outras estações previstas para a linha 2 nem se quer foram construídas, e apenas em 2010 uma nova estação foi erguida.
Integrante da Linha 1A, prevista no projeto Metrô no Século XXI. A obra foi executada pela MetrôRio e inaugurada em novembro de 2010 sendo uma ligação entre as estações São Cristóvão, da Linha 2 e Central, com a construção de uma estação intermediária em frente a Prefeitura do Rio de Janeiro, a Estação Cidade Nova.
Os trens da Linha 2 passaram a seguir pelo novo trecho, que não passa pela Estação Estácio, antiga ligação entre as duas linhas, e seguir pelos trilhos da Linha 1 até a Estação Botafogo, trecho de maior demanda de passageiros. Apenas nos fins de semanas é que o caminho antigo continua sendo usado, com baldeação entre as linhas em Estácio, e com a Cidade Nova inoperante
Porém, a sobreposição de caminhos entre Central e Botafogo tornou a operação mais lenta neste trecho. Na opinião de especialistas, o problema é fruto do erro representado pelo fim da baldeação. Para o Estado, a nova estação foi uma aposta correta e muito importante, já que desafogou o sistema com um investimento menor do que o necessário para a expansão da Linha 2.
Entretanto, o governo reconhece que a operação chegou a seu limite novamente e que a construção do novo trecho é necessária agora para o aumento da capacidade do metrô. Ela permitirá a redução do período de intervalo entre os trens e que eles circulem entre Pavuna e Praça XV com oito vagões (como previa o projeto de 1968) e não seis (como se verifica atualmente), o que deve facilitar a circulação de um número maior de passageiros. As dimensões de todas as estações da Linha 2, por exemplo, estão de acordo com o padrão de carros de oito vagões.
A partir da estação Estácio, o projeto da linha 2 prevê as estações:
Estação Catumbi:
Estação Carioca:
Metrô Mafersa - Foto: Transportes Urbanos RJ |
De olho nos sistemas subterrâneos que surgiam nas capitais européias e principais cidades americanas, a idéia de um sistema metroviário para o Rio de Janeiro, até então capital do Brasil, ganhava força.
Avenida Presidente Vargas em 1974 - Foto: Marcelo Almirante |
Preocupavam ainda os primeiros idealizadores com a elaboração de um traçado ideal, tendo em vista a complexa geografia da cidade, característica da Cidade Maravilhosa, com bairros entre a orla marítima e morros. A diversidade dos tipos de terrenos (rochosos, sedimentares, etc.) a serem perfurados era outro aspecto a ser observado.
Vários estudos quanto à viabilidade técnica e econômica foram desenvolvidos visando a construção de um metrô para a segunda maior cidade do país, entre eles, os estudos da Companhia de Carris Luz e Força do Rio de Janeiro (em 1947), bem como a formação da Comissão Executiva do Projeto do Metropolitano no início da década de 50.
Mesmo com seu sistema de bondes, ônibus, lotações e vários túneis construídos para vencer as distâncias impostas pelos morros da cidade, o Rio de Janeiro, já nos fins da década de 50, demostrava sinais da necessidade de um metrô, uma vez que os problemas de tráfego e transporte se acentuavam.
Avenida Brasil no início dos anos 60 - Fonte: O globo digital 28/9/2015 |
Atento aos problemas que ameaçavam surgir, o governo do então Estado da Guanabara, na gestão do governador Negrão de Lima determinou, em 1966, a constituição de um grupo de trabalho para estudar a implantação de um sistema metroviário. Através de concorrência pública, foi formado um consórcio composto pela Companhia Construtora Nacional S.A., Hocthief Aktiengesellschaft für Hoch – und Tiefbauten vorm. Gergr. Helfmann e Deutche Elsenbahn Consulting GmbH, para o qual foi encomendado um estudo mais detalhado.
Completo e pormenorizado, o estudo estabeleceu a prioridade da construção inicial de 37,4 km de linhas.
Projeto original do metrô, de 1968, previa estações de Jacarepaguá até Niterói, passando por baixo do mar - reprodução |
Em 1979 a nova companha cria um novo projeto:
Linha 1
Numa cerimônia no dia 23 de junho de 1970, foi cravada a primeira estaca na Praça Paris, no bairro da Glória, marcando o início das obras. As obras prosseguiram até 1971, quando foram paralisadas por falta de recursos. Somente em 1975 as obras foram retomadas definitivamente, começando novamente na Glória.
Estação Glória, na década de 1970 - Foto: Reprodução da internet |
Obras da estação Central e do Centro de Manutenção em 1975. Vários sobrados foram demolidos. Foto: Rio Trilhos. |
Se por um lado as obras mexiam com a vida dos cariocas, não se podia negar a curiosidade dos mesmos para com o novo sistema de transporte. Embora poucos conheciam um sistema metroviário (além daqueles que já conheciam o metrô paulistano e os de outros países), o Metrô do Rio de Janeiro reservava muitas surpresas e novidades.
Carro 001 do Metrô Carioca
De uma maneira um tanto quanto rápida o primeiro protótipo dos carros já estava pronto na Mafersa no ano de 1977 e realizava testes no mês de julho deste ano. Por pouco também que a Mafersa não consegue sair como vencedora também da licitação dos carros do Pré-Metrô,na qual também competiam a Cobrasma e a Companhia Industrial Santa Matilde,e na qual no mesmo ano, em março, a licitação havia anunciado a Cobrasma como vencedora da licitação.
Carro 001, o primeiro entregue a Cia. do Metropolitano nas dependências do Centro de Manutenção Foto: Reprodução da internet |
No dia 7 de abril de 1978 o primeiro carro do Metrô é concluído e a ser transportado para o Rio de Janeiro por trilhos, rebocado por locomotiva da Rede Ferroviária Federal. Quatro dias depois os dois primeiros carros já estavam presentes na cidade do Rio de Janeiro e uma semana depois no dia 18 de abril houve a primeira inspeção visual nos veículos.
Com a presença das autoridades federais e estaduais na Estação Central, o Metrô do Rio de Janeiro foi inaugurado em uma grande cerimônia no dia 05 de março de 1979. A bordo de um trem, os governadores Chagas Freitas e o presidente João Figueiredo, inauguraram na seqüência as Estações Praça Onze (onde havia um trem em exposição para conhecimento da população), Presidente Vargas, Cinelândia e Glória. Era o começo da Linha 1.
O presidente Geisel, o governador do Rio, almirante Faria Lima, o general Figueiredo e Noel Almeida (presidente do Metrô) inauguram trecho Glória-Praça Onze - Foto: Anibal Philot |
Com o primeiro trecho em funcionamento, as obras continuavam à pleno vapor em várias frentes. Além das estações Uruguaiana e Carioca (que faziam parte do trecho inaugurado, mas ainda não tinham sido entregues), a Linha 1 era expandida em seus extremos. Enquanto isso moradores da Tijuca, Flamengo e Botafogo continuavam vivendo em meio a grandes canteiros de obra. Porém, a cada estação inaugurada, toda a área lindeira às novas estações era reurbanizada, o que fazia aumentar a simpatia da população pelo metrô.
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Obras na Tijuca em 1991 - Foto: Márcia Foletto |
Muitas inaugurações ocorreram em 1981. No mês de junho (dia 14), a Carioca, a principal estação do metrô do Rio foi inaugurada. Em setembro (dia 18), o trecho sul foi inaugurado com as Estações Catete, Morro Azul (atual Flamengo – alterado a pedido dos moradores) e Botafogo (com estacionamento integrado ao Metrô), enquanto a Estação Largo do Machado vinha a funcionar somente em 23 de dezembro daquele ano, completando deste modo o trecho sul que estava em obras.
Morro do Inhangá
Hoje o que restou do Morro do Inhangá pode ser visto próximo a Praça Cardeal Arcoverde. Ficava atrás do Hotel Copacabana Palace e foi parcialmente demolido na década de 20 para ligar duas partes de rua que se transformaram na longa Avenida Nossa Senhora de Copacabana.
Foto: Reprodução da internet |
Na foto, um prédio de oito andares ao lado do hotel mostra qual o padrão de gabarito na orla nos anos 30. Palavra de origem tupi-guarani, Inhangá vem de Anhangá que significa espírito ruim ou alma errante. Reza a lenda que o costão rochoso do morro atraía os raios nas tempestades. A rocha foi parcialmente derrubada em 1934 para construção da piscina do Copacabana Palace. O acidente geográfico desapareceu completamente em 1951 para a construção dos edifícios Chopin, Balada e Prelúdio.
Avenida Nossa Senhora de Copacabana em 1951 - Foto: Reprodução da internet |
Ainda se vê um pedaço do morro colado ao hotel, onde hoje existe a Rua Fernando Mendes, transversal a Avenida Atlântica.
Linha 2
O transporte de massa, especialmente o ferroviário, nunca foi uma prioridade para os recentes governantes do Estado do Rio de Janeiro a partir de meados da década de 1980 até os dias atuais, com a alegação de que parte da rede ferroviária, por ser de bitola diferente (de 1,00 m, quando os trens modernos necessitam de bitola de 1,60 m), alguns trechos foram simplesmente extintos, ou ficando apenas com o transporte de cargas.
Sistema Ferroviário Suburbano - Estrada de Ferro Rio D'ouro - 1983 |
A Baixada Fluminense, foi quem mais sofreu com a desativação de trechos ferroviários, como, por exemplo, o extinto ramal Rio d’Ouro que, em sua melhor fase, servia diversos subúrbios da região, como o Engenho da Rainha, Inhaúma, Irajá, Vicente de Carvalho e Pavuna, além de diversas localidades da Baixada Fluminense, como Belford Roxo, Areia Branca, etc.
Com a desativação de suas linhas, ocorrida no começo da década de 70, a maior parte do seu leito foi utilizada para a implantação da Linha 2 do Metrô que, gradativamente, foi se expandindo até atingir, em 1998, a sua atual estação final, Pavuna, e em cujo percurso existem, entre outras, as estações de Del Castilho, Inhaúma, Engenho da Rainha, Vicente de Carvalho, Irajá, Colégio e Coelho Neto.
Em obras desde o final da década de 70, a Linha 2 veio a ser inaugurada apenas com 3 estações em 19 de novembro de 1981. Partindo da estação Estácio, de onde vinham os passageiros da linha 1, a nova linha contava com as Estações São Cristóvão e Maracanã, permitindo acesso privilegiado aos dias de jogos no estádio do Maracanã, bem como ao Campus Universitário da UERJ. A princípio funcionava das 6h às 20h e apenas com 2,92 km.
A medida que o sistema crescia, novidades surgiam. A bilhetagem automática passou a funcionar em janeiro de 1981, permitindo controle do acesso dos passageiros, além das estatísticas de tráfego.
Foto: Reprodução da internet |
Em setembro de 1981, começa a circulação das primeiras linhas de integração Metrôônibus, M21 e M22, administradas pela então companhia de ônibus CTC, que seria extinta no início da década de 1990. Essas linhas tinham ponto inicial na estação de Botafogo.
A primeira, M21, saía da estação de Botafogo, seguindo pelas Ruas São Clemente, Real Grandeza, Siqueira Campos, Barata Ribeiro, Rainha Elisabeth, até a Praça General Osório em Ipanema.
A segunda, M22, saía da estação Botafogo, seguia as Ruas São Clemente, Jardim Botânico, Visconde de Albuquerque, Ataulfo de Paiva, até a Praça Antero de Quental. Em 1983 é iniciada a integração com linhas de ônibus de passagem comuns.
O trem articulado (ou VLT – Veículo Leve sobre Trilhos) foi concebido pelo Metrô do Rio em parceria com a Cobrasma. Formado por carros articulados, em duas seções, permite a combinação de 2 ou 4 carros. Em março de 1983 (dia 12) passaram a ligar as recém inauguradas estações Maria da Graça, Del Castilho, Inhaúma e Irajá, através de um sistema de pré-metrô.
Inicialmente com alimentação elétrica através de rede aérea (posteriormente com terceiro trilho, em 750 volts em corrente contínua) o trecho próximo a estação Irajá contava inclusive com passagem em nível.
Estação Irajá da antiga Estrada de Ferro Rio D'ouro, cuja linha tronco foi parcialmente utilizada na construção da Linha 2 - Foto: Reprodução da internet |
Embora a baldeação de trens na Estação Maria da Graça desagradava os passageiros, o pior ocorreu em 2 de dezembro de 1985. Em função de um vazamento na tubulação da CEDAE (estatal de águas e esgoto) na altura da futura Estação Engenho da Rainha que veio a causar graves danos à via permanente, o sistema de Pré-Metrô foi desativado.
VLT do Pré-Metrô sucateado e acidentado,em 2008,onde atualmente passa uma das vias da Linha 1A.Com a construção desse viaduto o VLT foi removido do local e posteriormente cortado |
As estações abandonadas foram invadidas e as vias do Pré-Metrô deram origem à favelas. Inaugurações, somente de estações intermediárias do trecho que restava em funcionamento. Estação Triagem passou a funcionar em 30 de junho de 1988 e Engenho da Rainha somente em 13 de março de 1991.
Em 03 de Junho de 1989, O Globo anunciava que uma nova crise financeira pegaria o metrô em cheio. |
Novamente a Linha 2 foi paralisada durante 7 meses em 1994 em razão da falta de material rodante. Além da malha metroviária ter diminuída, a imprensa começava a denunciar a canibalização de trens. Com a falta de recursos e investimentos no Metrô, peças eram tiradas de alguns trem para serem colocadas em outros. Assim sendo, muitos trens acabavam ficando inviabilizados de prestar serviços de passageiros.
No ano de 1985 cinco trens de 6 carros estavam canibalizados nas dependências do Centro de Manutenção, em decorrência da falta de peças, a situação veio a se agravar no mesmo ano com mais duas unidades canibalizadas em seguida. Para completar,35 carros estavam sucateados no pátio da Mafersa em São Paulo,carros estes inacabados em decorrência do cancelamento de contrato por não-pagamento.
No dia 4 de junho do mesmo ano era suspensa a operação automática dos trens, sendo retomada a operação automática somente no dia 11 de janeiro de 1986...
Em maio de 1985 aproximadamente 15 bilhões de cruzeiros são repassados ao Governo do Estado para o início da recuperação da frota canibalizada.
A conclusão da Linha 2 foi pela primeira vez parada quando sob o túnel da Frei Caneca construída pelo shield, prédios antigos começaram a apresentar rachaduras em suas estruturas. As plantas do local eram muito antigas e estavam desatualizadas, sem as estruturas dos prédios no subsolo. Um estudo sobre as soldagens, estaqueamento e as estruturas existentes no local chegaram a ser orçadas mas encareceriam a obra consideravelmente.
Neste momento, o Governador Leonel Brizola assumiu o estado do Rio de Janeiro e usou o custo da obra como desculpa para paralisá-la. O fato é que após a Estação Estácio, poucos metros de metrô foram construídos. São cerca de 80. O túnel por onde passariam os trilhos vai um pouco mais à frente.
Com a diminuição dos trens disponíveis, começou a aumentar os atrasos e intervalos entre as composições. Para piorar, a cidade passava pelo projeto Rio Cidade, de autoria do prefeito César Maia que pretendida revitalizar a cidade. Com obras e congestionamentos pela cidade toda, aumentaram o número de usuários, mas sem que o Metrô tivesse capacidade de transporte necessária, tendo em vista a falta de trens. O Metrô chegou a ter a metade dos trens em circulação nas horas de pico na Linha 1 com atrasos de mais de 20 minutos.
Embora os problemas financeiros eram graves e as situações muitos difíceis, o fato da companhia possuir excelente recurso humano compensava as dificuldades. O Metrô sempre zelou pela qualidade de seus serviços. Os trens circulavam limpos, seguros e muito bem conservados, não deixando claro aos usuários os problemas da companhia, exceto pelos grandes intervalos entre os trens.
A partir de 1996, o governo Marcelo Alencar deu atenção especial para o Metrô, retomando obras que permitiram a expansão da Linha 1 para Copacabana (obra que havia sido paralisada no Governo Brizola no ínicio da década de 90) e da Linha 2 para a Pavuna. Em setembro daquele ano, as estações Tomás Coelho e Vicente de Carvalho foram inauguradas na Linha 2.
Ainda na capital fluminense, outras estações previstas para a linha 2 nem se quer foram construídas, e apenas em 2010 uma nova estação foi erguida.
Integrante da Linha 1A, prevista no projeto Metrô no Século XXI. A obra foi executada pela MetrôRio e inaugurada em novembro de 2010 sendo uma ligação entre as estações São Cristóvão, da Linha 2 e Central, com a construção de uma estação intermediária em frente a Prefeitura do Rio de Janeiro, a Estação Cidade Nova.
Os trens da Linha 2 passaram a seguir pelo novo trecho, que não passa pela Estação Estácio, antiga ligação entre as duas linhas, e seguir pelos trilhos da Linha 1 até a Estação Botafogo, trecho de maior demanda de passageiros. Apenas nos fins de semanas é que o caminho antigo continua sendo usado, com baldeação entre as linhas em Estácio, e com a Cidade Nova inoperante
Foto: Reprodução da internet |
Porém, a sobreposição de caminhos entre Central e Botafogo tornou a operação mais lenta neste trecho. Na opinião de especialistas, o problema é fruto do erro representado pelo fim da baldeação. Para o Estado, a nova estação foi uma aposta correta e muito importante, já que desafogou o sistema com um investimento menor do que o necessário para a expansão da Linha 2.
Malha atual do Metrô Carioca |
Entretanto, o governo reconhece que a operação chegou a seu limite novamente e que a construção do novo trecho é necessária agora para o aumento da capacidade do metrô. Ela permitirá a redução do período de intervalo entre os trens e que eles circulem entre Pavuna e Praça XV com oito vagões (como previa o projeto de 1968) e não seis (como se verifica atualmente), o que deve facilitar a circulação de um número maior de passageiros. As dimensões de todas as estações da Linha 2, por exemplo, estão de acordo com o padrão de carros de oito vagões.
A partir da estação Estácio, o projeto da linha 2 prevê as estações:
Estação Catumbi:
Esta estação fazia parte do projeto original da Linha 2 e perdurou até o final dos anos 70 nos mapas da Rio Trilhos. Posteriormente, nas duas tentativas de se concluir a Linha 2, nos anos 80 e nos anos 90, esta estação já havia sido retirada do projeto. Ela ganha força agora, pois no lugar do presídio que ali existia, agora há uma grande área residencial. Além disso, ela poderá servir para desafogar o acesso ao Sambódromo durante o Carnaval e outros eventos.
Estação Praça da Cruz Vermelha:
Estação Praça da Cruz Vermelha:
Se algo foi feito para a construção da Estação Praça da Cruz Vermelha não é possível confirmar. No lugar do terreno onde ficaria a estação subiu um prédio da Petrobrás.
A Estação Praça da Cruz Vermelha teve sua obra iniciada nos anos 80. Na Cruz Vermelha, o remanejamento da rede de serviços públicos foi feito. O tatuzão escavou cerca de 80 metros no bairro do Estácio.
Esta matéria do O Globo foi publicada em 28 de Abril de 1992. Moradores revoltados com a demora do metrô em retirar os tapumes decidiram eles mesmos fazer o serviço. |
Estação Santo Antônio:
Esta estação foi descartada logo nos anos 70 pela Rio Trilhos. Ela ficaria muito próxima da Estação Carioca. Só teria utilidade para interligar o metrô com o bondinho de Santa Teresa numa mesma estação. Seria mais fácil fazer uma saída do metrô para o bondinho por baixo de terra.
Estação Carioca:
Cerca de um terço da obra foi feita. Ela é considerada fundamental no projeto.
Estação Praça XV:
Estação Praça XV:
Seria a nova estação terminal da Linha 2. É preciso que ela seja construída em profundidade suficiente para uma futura ligação por baixo da Baía de Guanabara com a Estação Praça Araribóia, em Niterói. Nunca foi feito um projeto detalhado da estação nem estudos do solo.
Cronologia sos trechos operantes da linha 2:
1981: Maracanã - Estácio
1983: Irajá - Estácio
1985: Maria da Graça - Estácio
1987: Inhaúma - Estácio
1991: Engenho da Rainha - Estácio
1996: Vicente de Carvalho - Estácio
1998: Pavuna - Estácio
2010: Pavuna - Botafogo (apenas em dias úteis)
2017: Pavuna - Ipanema/General Osório (teste)
Linha 3
Em 1968, quando um estudo definitivo do metrô fluminense foi publicado, a Linha 2 começaria na Estação Pavuna e terminaria em São Gonçalo.
Seu estudo detalhado, incluindo a localização das estações terminou na Estação Praça Araribóia. A ligação entre o Rio de Janeiro e o outro lado da Baía de Guanabara seria feito por túnel subterrâneo, tão comum em metrôs do mundo inteiro. Alguns dos sistemas mais antigos do mundo, como Londres e Paris cruzam rios o tempo todo por baixo de terra.
Pelo projeto dos anos 60, o metrô fluminense teria apenas três linhas, de acordo com as zonas de alta intensidade demográfica da época.
Linha 1 > Ligaria a Estação Praça Nossa Senhora da Paz à Jacarepaguá;
Linha 2 > Ligação da Pavuna à São Gonçalo;
Linha 3 > Ligando as linhas 1 e 2 de Jacarepaguá à Irajá.
A cidade evoluiu, cresceu, mas o metrô não acompanhou a nova demanda populacional
A "nova" Linha 1, deveria ser circular passando pelas zonas Norte, Centro e Sul.
A Linha 2 deveria começar em Belford Roxo, cruzaria os municípios de São João de Meriti, Rio de Janeiro, Niterói, São Gonçalo e terminaria em Itaboraí.
A Linha 6 (antiga Linha 3) deveria ser maior chegando da Barra da Tijuca até a Ilha do Governador;
A Linha 4 ligando as zonas Oeste, Sul e Centro;
A Linha 5 ligando a Ilha do Governador ao Centro.
Então da onde surgiu a tal Linha 3 entre São Gonçalo e Rio de Janeiro?
Este termo surgiu no Governo Rosinha Garotinho. A Governadora publicou um projeto para utilizar a plataforma abandonada da Linha 2 na Estação Carioca. Dali o metrô sairia diretamente para a Estação Praça Araribóia e seguiria até a Estação Guaxindiba, em São Gonçalo.
Não haveria a Estação Praça XV, nem a Estação Catumbi, nem a Estação Praça da Cruz Vermelha e a Linha 2 terminaria mesmo na Estação Estácio. Esse é o motivo de grande confusão entre os termos Linha 2 e Linha 3, o que na verdade esta linha é uma só, da Estação Belford Roxo até a Estação Visconde de Itaboraí.
Segundo o Projeto das estaçãoes:
Estação Belford Roxo
Estação Coelho da Rocha
Estação Agostinho Porto
Estação Vila Rosali
Estação Pavuna
Estação Engenheiro Rubens Paiva
Estação Acari/Fazenda Botafogo
Estação Coelho Neto
Estação Colégio
Estação Irajá
Estação Vicente de Carvalho
Estação Tomás Coelho
Estação Engenho da Rainha
Estação Inhaúma
Estação Del Castilho
Estação Maria da Graça
Estação Triagem
Estação Maracanã
Estação São Cristóvão
Estação Estácio
Estação Catumbi
Estação Praça da Cruz Vermelha
Estação Carioca
Estação Praça XV
Estação Praça Araribóia
Estação Jansen de Mello
Estação Barreto
Estação Neves
Estação Vila Laje
Estação Paraíso
Estação Parada Quarenta
Estação Zé Garoto
Estação Mauá
Estação Antonina
Estação Nova Cidade
Estação Alcântara
Estação Jardim Catarina
Estação Guaxindiba
Estação Itambi
Estação Visconde de Itaboraí
Atualmente o trecho compreendido entre a estação Pavuna e a estação Belford Roxo, pertence ao Ramal de trens urbanos da Supervia.
O traçado da linha 6 do Metrô foi incorporado ao sistema de BRt do corredor Transcarioca.
Privatização do sistema
O governo de Marcelo Alencar iniciou em 1995 um processo de transferência dos serviços públicos do Estado para a iniciativa privada. Em 1997 foi a vez do metrô. Após inúmeros protestos por parte do Sindicato do Metroviários, às 10 horas do dia 19 de Dezembro de 1997, os serviços de operação e manutenção do sistema metroviário foram leiloados na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro. Num leilão muito disputado, venceu o consórcio Opportrans, que ofereceu o segundo maior ágio na história do país (921%), no valor de R$ 291 milhões, para operar o metrô carioca até 2018.
Na fase de transição, coube à Companhia do Metropolitano do Rio de Janeiro permitir a transferência de conhecimento técnico (know-how) e de pessoal. Em 1997, o Metropolitano tinha 2406 funcionários, sendo que nem todos foram incorporados pela Metrô Rio (apenas 573 – os demais funcionários se inscreveram em programa de demissão voluntária ou foram remanejados para outras empresas e secretarias do Estado do Rio).
Cronologia sos trechos operantes da linha 2:
1981: Maracanã - Estácio
1983: Irajá - Estácio
1985: Maria da Graça - Estácio
1987: Inhaúma - Estácio
1991: Engenho da Rainha - Estácio
1996: Vicente de Carvalho - Estácio
1998: Pavuna - Estácio
2010: Pavuna - Botafogo (apenas em dias úteis)
2017: Pavuna - Ipanema/General Osório (teste)
Linha 3
Em 1968, quando um estudo definitivo do metrô fluminense foi publicado, a Linha 2 começaria na Estação Pavuna e terminaria em São Gonçalo.
Seu estudo detalhado, incluindo a localização das estações terminou na Estação Praça Araribóia. A ligação entre o Rio de Janeiro e o outro lado da Baía de Guanabara seria feito por túnel subterrâneo, tão comum em metrôs do mundo inteiro. Alguns dos sistemas mais antigos do mundo, como Londres e Paris cruzam rios o tempo todo por baixo de terra.
Pelo projeto dos anos 60, o metrô fluminense teria apenas três linhas, de acordo com as zonas de alta intensidade demográfica da época.
Linha 1 > Ligaria a Estação Praça Nossa Senhora da Paz à Jacarepaguá;
Linha 2 > Ligação da Pavuna à São Gonçalo;
Linha 3 > Ligando as linhas 1 e 2 de Jacarepaguá à Irajá.
A cidade evoluiu, cresceu, mas o metrô não acompanhou a nova demanda populacional
A "nova" Linha 1, deveria ser circular passando pelas zonas Norte, Centro e Sul.
A Linha 2 deveria começar em Belford Roxo, cruzaria os municípios de São João de Meriti, Rio de Janeiro, Niterói, São Gonçalo e terminaria em Itaboraí.
A Linha 6 (antiga Linha 3) deveria ser maior chegando da Barra da Tijuca até a Ilha do Governador;
A Linha 4 ligando as zonas Oeste, Sul e Centro;
A Linha 5 ligando a Ilha do Governador ao Centro.
Então da onde surgiu a tal Linha 3 entre São Gonçalo e Rio de Janeiro?
Este termo surgiu no Governo Rosinha Garotinho. A Governadora publicou um projeto para utilizar a plataforma abandonada da Linha 2 na Estação Carioca. Dali o metrô sairia diretamente para a Estação Praça Araribóia e seguiria até a Estação Guaxindiba, em São Gonçalo.
Não haveria a Estação Praça XV, nem a Estação Catumbi, nem a Estação Praça da Cruz Vermelha e a Linha 2 terminaria mesmo na Estação Estácio. Esse é o motivo de grande confusão entre os termos Linha 2 e Linha 3, o que na verdade esta linha é uma só, da Estação Belford Roxo até a Estação Visconde de Itaboraí.
Segundo o Projeto das estaçãoes:
Estação Belford Roxo
Estação Coelho da Rocha
Estação Agostinho Porto
Estação Vila Rosali
Estação Pavuna
Estação Engenheiro Rubens Paiva
Estação Acari/Fazenda Botafogo
Estação Coelho Neto
Estação Colégio
Estação Irajá
Estação Vicente de Carvalho
Estação Tomás Coelho
Estação Engenho da Rainha
Estação Inhaúma
Estação Del Castilho
Estação Maria da Graça
Estação Triagem
Estação Maracanã
Estação São Cristóvão
Estação Estácio
Estação Catumbi
Estação Praça da Cruz Vermelha
Estação Carioca
Estação Praça XV
Estação Praça Araribóia
Estação Jansen de Mello
Estação Barreto
Estação Neves
Estação Vila Laje
Estação Paraíso
Estação Parada Quarenta
Estação Zé Garoto
Estação Mauá
Estação Antonina
Estação Nova Cidade
Estação Alcântara
Estação Jardim Catarina
Estação Guaxindiba
Estação Itambi
Estação Visconde de Itaboraí
Atualmente o trecho compreendido entre a estação Pavuna e a estação Belford Roxo, pertence ao Ramal de trens urbanos da Supervia.
O traçado da linha 6 do Metrô foi incorporado ao sistema de BRt do corredor Transcarioca.
Privatização do sistema
O governo de Marcelo Alencar iniciou em 1995 um processo de transferência dos serviços públicos do Estado para a iniciativa privada. Em 1997 foi a vez do metrô. Após inúmeros protestos por parte do Sindicato do Metroviários, às 10 horas do dia 19 de Dezembro de 1997, os serviços de operação e manutenção do sistema metroviário foram leiloados na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro. Num leilão muito disputado, venceu o consórcio Opportrans, que ofereceu o segundo maior ágio na história do país (921%), no valor de R$ 291 milhões, para operar o metrô carioca até 2018.
A Opportrans adotou o nome fantasia de Metrô Rio, e assumiu o controle operacional e de manutenção do sistema no dia 05 de Abril de 1998. Para chamar a atenção dos usuários, o sistema operou das 14h às 20h com entradas gratuitas. A propriedade sobre o patrimônio físico (túneis, estações, trens, etc.), contudo, permanece sob responsabilidade do Estado.
Na fase de transição, coube à Companhia do Metropolitano do Rio de Janeiro permitir a transferência de conhecimento técnico (know-how) e de pessoal. Em 1997, o Metropolitano tinha 2406 funcionários, sendo que nem todos foram incorporados pela Metrô Rio (apenas 573 – os demais funcionários se inscreveram em programa de demissão voluntária ou foram remanejados para outras empresas e secretarias do Estado do Rio).
Estação Nova América/Del Castilho - Identidade Visual 2007 |
Depois que o consórcio Opportrans passou a ser o controlador do serviço de Metrô no Rio,esta foi a pintura sucessora ao da Cia.do Metropolitano. Grandes mudanças,no que diz respeito as cores e a nova logomarca.
Ainda à Companhia do Metropolitano do Rio de Janeiro coube inicialmente a função de elaborar projetos e construção de futuras linhas e estações e a fiscalização da nova concessionária Metrô Rio, bem como era a proprietária direta dos bens do sistema.
Após o controle da Metrô Rio, ainda em 1998, foram inauguradas as estações (na linha 1) Cardeal Arcoverde (dia 02 de julho), (e na linha 2) Pavuna (dia 31 de agosto), Irajá (31 de agosto), Acari-Fazenda Botafogo e Engenheiro Rubens Paiva (24 de setembro), Coelho Neto e Colégio (dia 29 de setembro).
A fiscalização do sistema metroviário passou a ser de responsabilidade da ASEP (Agência Reguladora de Serviços Públicos Concedidos do Estado do Rio de Janeiro) em outubro de 2000. Cabia ainda a ASEP, a gerência do contrato de concessão e estabelecer tarifas.
Em janeiro de 2001, a Companhia do Metropolitano foi desvinculado da Secretaria de Transportes, passando a ser subordinado à SEDUR (Secretaria de Desenvolvimento Urbano). Através do Decreto 28.313 (11 de Maio de 2001), a SEDUR iniciou os procedimentos para a cisão parcial da Companhia do Metropolitano do Rio de Janeiro.
Em 25 de Maio de 2001, foi criada uma nova empresa, a RIOTRILHOS - Companhia de Transportes sobre Trilhos do Estado do Rio de Janeiro. A histórica Companhia do Metropolitano do Rio de Janeiro - METRÔ/RJ passou a se encontrar em regime de liquidação.
Entre 2002 e 2003 a população carioca assistiu a um impasse quanto à inauguração da Estação Siqueira Campos, no extremo sul da linha 1, justamente no período de troca de governadoras. Após um impasse político entre a Benedita da Silva (que inaugurou a estação em 21 de dezembro de 2002, mas não a colocou em funcionamento) e Rosinha Mateus que alegava problemas de segurança, depois de muitos adiamentos, a inauguração ocorreu definitivamente em 1º de Março de 2003.
Exatos 4 anos depois a história se repetia. Em 18 de dezembro de 2006, Rosinha inaugurava a Estação Cantagalo (novo terminal no extremo sul da linha 1) - também sem condições de funcionamento. Cantagalo somente viria a ser liberada para operações comerciais em fins de fevereiro de 2007, já no Governo de Sérgio Cabral.
Em dezembro de 2009, o Metro alcança o bairro de Ipanema, na Zona Sul da cidade. Suas obras começaram a partir da primeira explosão realizada pelo ex presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva no dia 11 de abril de 2007. Em onze meses, após a inauguração, os reflexos dessa monumental obra já foram sentidos: a revitalização local e a valorização imobiliária na região. Durante a maior parte do ano de 2013, a estação ficou fechada para obras de ampliação.
A estação foi construída na rocha, tem três plataformas, sendo uma central para embarque, e duas laterais para desembarque de passageiros.
A estação possui quatro acessos:
Dois que atendem ao bairro de Ipanema;
Dois que atendem ao bairro de Copacabana;
A Estação General Osório possui espaço para manobras dos trens antes da estação. Apresenta ainda duas vias laterais destinadas ao estacionamento de trens em forma de X, após a estação.
Em fevereiro de 2013 a estação, juntamente com Cantagalo, fora fechada para que serviços de expansão para a linha 4 pudessem ser realizados. Enquanto Cantagalo reabriu em março do mesmo ano, a estação terminal da Linha 1 reabriu em dezembro de 2013.
Em 2014 foi iniciada a construção de um novo acesso à estação pela Lagoa Rodrigo de Freitas, inaugurado em 2016 o novo acesso localiza-se no canteiro central da avenida Epitácio Pessoa, na altura do Parque do Cantagalo.
Alguns meses após a reinauguração, no segundo semestre de 2016, as duas linhas 1 e 4 se fundiram, tendo como final do trajeto a Estação Jardim Oceânico, e com isso, o embarque e desembarque ocorre somente na nova plataforma da linha 4 enquanto a plataforma terminal da linha 1 se encontra no momento desativada.
Com o fim da baldeação entre as linhas 1 e 4 do metrô, a estação General Osório passará por mudanças. A plataforma que recebe os trens da linha 4 é a principal de acesso do público à linha que faz o trajeto Jardim Oceânico-Uruguai. As entradas da estação foram mantidas, mas a plataforma antiga, que era usada para os trens da linha 1 foi desativada. Segundo a Secretaria Estadual de Transportes (Setrans), há um projeto para que a linha 2, que hoje vai de Pavuna a Botafogo, seja estendida até Ipanema, na estação General Osório. Com essa nova operação, a plataforma antiga passaria a servir os passageiros da linha 2.
Linha 4
Em seu projeto original, a linha 4 ligaria a estação Carioca à Barra da Tijuca, cruzando com a linha 1 na estação Gávea.
Ainda no projeto, seu percurso se daria pelos bairros de São Conrado, Gávea, Jardim Botânico, Humaitá, Laranjeiras e Santa Teresa.
De acordo com o projeto, que levou em consideração três caminhos diferentes para a Linha 5, o traçado que tem a preferência dos técnicos do estado passaria sob a Rua Jardim Botânico e não causaria impacto no parque. Em Botafogo, o trajeto tomaria o caminho do maciço rochoso abaixo do Morro Dona Marta, na altura do Motel Panda, passando sob os bairros de Laranjeiras e Santa Teresa, chegando ao Centro, nas imediações da estação Carioca.
Alteração no projeto original
O Consórcio Rio Barra previa que a Linha 4 começasse no Centro na chamada Estação Santo Antônio e fizesse o seguinte trajeto:
Estação Santo Antônio > Estação Riachuelo > Estação Laranjeiras > Estação São Clemente > Estação Morro de São João > Estação Humaitá I > Estação Humaitá II > Estação Gávea > Estação São Conrado > Estação Jardim Oceânico > Estação Canal de Marependi > Estação Nova Ipanema > Estação Alvorada.
O que o Consórcio Rio Barra ganhou foi a construção da Linha 1 circular no Leblon e em Ipanema. O que foi licitado em 1998 foi apenas uma parte deste trajeto que não teria todas as estações, pois o estado não tinha dinheiro suficiente. O trajeto seria:
Estação Morro de São João > Estação Dona Marta > Estação Humaitá > Estação Gávea > Estação São Conrado - Estação Jardim Oceânico.
O projeto da linha 4 passou por diversos estudos e acabou sendo redizido, como ocorreu com a linha 2, que teve seu traçado encurtado, dando origem a "Nova" linha 3, que nada mais é do que a continuação da 2.
Três alternativas foram apresentadas para a construção da linha:
Na primeira alternativa, a linha 4 partiria da Estação Morro de São João e seguiria passando pelo Humaitá, Jardim Botânico, Gávea, São Conrado, Joá e Barra da Tijuca.
Na segunda alternativa, a linha 4 partiria da Estação Carioca, passando por Santa
Teresa, Laranjeiras, Humaitá, Jardim Botânico, Gávea, São Conrado, Joá e Barra da Tijuca.
Na terceira alternativa, a linha 4 partiria da Estação General Osório, passando por Ipanema, Leblon e Gávea, trecho esse que compreende ao traçado da linha 1 circular e na sequencia São Conrado, Joá e Barra da Tijuca.
O que se fez com a linha 4 foi continuar a linha 1 no caminho seguiria para a Gávea desiando em direção à Barra sem passar pela Gávea e a alternativa 2 conforme a ilustração acima se tornou a linha 5, na ligação Carioca-Gávea.
Canal do Jardim de Alah
Uma solução complexa de engenharia abriu as portas do Leblon para o tatuzão das obras do metrô. Para passar sob o canal do Jardim de Alah a gigantesca máquina literalmente navegou. A área da estação Jardim de Alah foi inundada com dez mil metros cúbicos de água, o equivalente a quatro piscinas olímpicas.
A medida foi tomada para compensar diferenças de pressão durante a perfuração do túnel sob o canal, algo que, segundo o Clube de Engenharia, poderia provocar o desvio de rota do tatuzão ou mesmo um acidente.
Linha 5
A linha 5 original de acordo com o projeto elaborado nos anos 80, previa a ligação da Estação Carioca com a Ilha do Governador.
Com o atual Plano Diretor de Transportes do Estado do Rio de Janeiro com previsão para 2021, o traçado da linha 5 coincide com outros corredores:
Entre o AIRJ e Bonsucesso > Corredor Transcarioca
Entre Bonsucesso e Santo Cristo > Corredor Transbrasil
Entre Santo Cristo e a Carioca > VLT Linha 1
Recentemente, um estudo preliminar elaborado pelo governo do estado propõe que a linha 5 parta da Praça Santos Dumont na Gávea, até a Carioca, incorporando o trajeto que era da linha 4, recentemente modificado.
Centro.
Além do fechamento temporário da Praça Santos Dumont, o projeto propõe o uso de outras áreas públicas e privadas para os acessos das estações, na Zona Sul e no Centro.
No Jardim Botânico, o estudo levou em conta sete opções e a preferência recaiu sobre o terreno do Hospital da Lagoa, onde haveria “utilização da área dos jardins com recomposição”. Projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer, o hospital é tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac) desde 1992. Seus jardins foram desenhados por Burle Marx.
A localização é questionada pela Associação de Moradores do Jardim Botânico, que promete ir à Justiça contra a proposta. O estudo diz ainda que é prevista a ocupação de parte do Jockey Club com um poço de saída de emergência, localizado em frente à entrada principal do Jardim Botânico.
O estudo alerta ainda que em função da localização da estação Jardim Botânico, outras desapropriações ou comodatos podem ocorrer. O eventual uso de parte da área do Jockey nas obras exigiria uma discussão não apenas com a instituição, mas com órgãos de patrimônio. A área próxima ao Jardim Botânico é ocupada pelas cocheiras, que são tombadas junto com o resto do Jockey pelos governos federal, estadual e municipal.
No Humaitá, a estação teria uma de suas entradas num posto de gasolina, na esquina das ruas Humaitá e Visconde Silva, que precisaria ser desapropriado. Também no Humaitá, haveria uma segunda estação no Largo dos Leões. Já em Botafogo, a Linha 5 teria um acesso à estação Dona Marta. O traçado até Laranjeiras poderá prever a desapropriação de um terreno desocupado na Rua Ministro Raul Fernandes, em Botafogo, e a possibilidade de desapropriação ou comodato do imóvel de uma agência bancária da Rua das Laranjeiras, perto do Fluminense Futebol Clube.
Em Santa Teresa um dos acessos à estação está previsto para o Largo dos Guimarães. O poço com 20 metros de diâmetro a ser aberto para acesso fica na Rua Almirante Alexandrino e na Ladeira do Castro.
Outra estação que ainda está indefinida seria no Bairro de Fátima nas proximidades à Rua do Riachuelo.
Na chegada ao Centro, a Linha 5 deverá desembocar numa estação Carioca provisória, construída no subsolo entre a Catedral Metropolitana do Rio e a Petrobras, na Avenida República do Paraguai, o que prevê a futura integração com extensão da Linha 2 e com a Linha 1, ambas da estação Carioca atual.
O projeto descarta ainda o uso de uma plataforma já existente na atual estação Carioca para receber a Linha 5. Escavada nos anos 70, ela fica logo abaixo da usada hoje pelos passageiros do metrô. Projetada para servir a uma eventual expansão da Linha 2, essa plataforma foi descartada porque, segundo o estudo, exigiria que o tatuzão fizesse uma grande curva depois da estação Santa Teresa.
Linha 6
Estação abandonada
Toda cidade que se preze tem os seus mistérios. No caso do Rio, não poderia ser diferente. Quem circula pela estação Carioca, uma das mais movimentadas do metrô, sequer desconfia, mas está cerca de 18 metros acima de outra estação praticamente pronta e fora de operação.
Batizada de Carioca 2, ela fazia parte do projeto original do local, tendo sido inclusive construída antes da parte que hoje recebe passageiros, mas não foi concluída por falta de dinheiro.
O acesso à estação fantasma é restrito e se dá por meio de portas nos cantos das plataformas da área por onde hoje circulam as composições. Poucos metros depois de uma delas, existe uma escada sem acabamento. Seus degraus vão dar num amplo corredor que termina no espaço abandonado. Ali, as plataformas têm a mesma disposição e dimensão das vistas na parte de cima, embora sem mármore nem qualquer tipo de finalização.
Há um espaço central e dois laterais, para embarque e desembarque. No local reservado aos trilhos, o que se vê é água empossada e lixo. Latas de refrigerante e cadeiras quebradas dividem espaço com vergalhões enferrujados. Nas paredes, pichações. No teto, encanamentos e fiações expostas. Vigas de ferro obstruem o caminho no qual trens deveriam estar circulando.
De acordo com o engenheiro Fernando MacDowell, diretor de planejamento do metrô entre 1975 e 1979 e responsável pela implantação do sistema na cidade, construir uma estação como a Carioca 2 nos dias de hoje seria uma tarefa cara, complexa e praticamente impossível.
A estação Carioca é de julho de 1981. Sua construção consumiu mais cimento do que a obra do Maracanã e custou cerca de 300 milhões de reais em números atualizados. Na inauguração, o brinde foi com champanhe Moet e Chandon e a previsão era de que a atual estação fantasma entrasse em operação no ano seguinte.
A conclusão da Linha 2 também beneficiaria a Estação Catumbi e a Estação Praça XV cujas obras nunca saíram do papel. O último capítulo desta estória aconteceu no final de 2015, quando Carlos Osório, então Secretário de Transportes, declarou que o Governo pagou R$ 25 milhões para que a Metrô Rio entregasse o projeto técnico de engenharia para a conclusão desta obra.
Estação não confirmada
Além da Carioca e da Praça da Cruz Vermelha, outra estação abandonada é a Estação Morro de São João em Botafogo, muitas vezes chamada de Estação Rio Sul, também emperrou, apesar de vermos sua caverna quando pegamos o trem da Estação Cardeal Arco Verde em direção à Estação Botafogo.
Desde 1988, foi elaborado um estudo para a construção da estação São João, permitindo acesso às imediações da Rua da Passagem, Rua Álvaro Ramos e Av. Lauro Sodré, onde fica o Shopping Rio Sul. Neste mesmo ano, a Companhia do Metropolitano elaborou um Estudo de Viabilidade da Implantação da Estação Morro de São João, com acesso pela rua Álvaro Ramos.
Em 1994 após o Governo Estadual anunciar que cortaria diversas construções para levar finalmente o metrô à Copacabana, o Rio Sul, que é administrado pela Brascan, disse querer negociar a construção da Estação Morro de São João e os acessos ao centro comercial.
No ano seguinte, um novo estudo foi feito para a construção da Estação Morro de São João. Não houve acordo entre Brascan e Estado para a construção desta estação e o metrô acabou indo direto para Copacabana.
No entanto, o esqueleto da Estação Morro de São João foi feito. Ao andar no metrô, é possível ver as plataformas e os buracos de acesso à mesma. Em 25 de setembro de 1997, moradores de Botafogo, munidos de tochas, realizam protesto a favor da construção de nova estação na rua Álvaro Ramos, promessa do Governo do Estado.
Em 1998, o trajeto Estação Morro de São João - Estação Jardim Oceânico, parte da Linha 4, foi licitado. A Estação Morro de São João receberia trens da Linha 1 e da Linha 4. Em 2007, o estado renovou a concessão por 30 anos com o Metrô Rio. A concessionária passou a ter a opção de construir a Estação Morro de São João, mas sem obrigação.
Diariamente o Rio Sul recebe milhares de trabalhadores em seu centro comercial e em sua torre comercial, onde também se encontram consulados. A Estação Morro de São João desafogaria a Estação Botafogo e beneficiaria milhares de moradores de uma outra parte de Botafogo.
Estação Paralizada
A estação Gávea teve obras iniciadas em 2013. Tais obras foram paralisadas pois o governo alegou que estava dando prioridade ao “trecho olímpico” do metrô (Ipanema-Jardim Oceânico) e necessitava remanejar operários e maquinas para as obras do “trecho olímpico”.
A estação Gávea seria a solução ideal para resolver parte dos problemas operacionais do metrô. Essa estação sempre esteve prevista no planejamento do metrô, pois ali seria a integração entre as Linhas 1 e 4.
Em 2010, quando o governo estadual decidiu modificar o traçado da Linha 4, transformando-a em prolongamento da Linha 1, a estação Gávea entrou numa acirrada discussão.
O governo não possuía intenção de fazer a estação de modo a possibilitar expansões futuras os moradores e técnicos, sempre souberam que a Gávea é uma importante estação de integração entre as Linhas 1 e 4. Tanto que a estação Gávea só saiu do papel e de modo a permitir as expansões futuras, graças as constantes reivindicações do movimento Metrô que o Rio Precisa, que desde 2010 promove discussão sobre o tema metrô e é a favor de uma rede consciente para a região metropolitana.
O projeto da estação Gávea, já com as duas estações paralelas que possibilitam no futuro levar a Linha 1 para Uruguai e a Linha 4 rumo ao Centro.
O projeto prevê que a estação fique em um nível, mas com duas plataformas. A exigência de uma estação que possibilitasse a expansão das Linhas 1 e 4 ocorreu em 2012 e as obras foram iniciadas em 2013, a estação Gávea está com mais de 40% de obras concluídas.
A estação Gávea é importante não somente aos moradores do bairro e aos que trabalham na região, mas representa um resgate ao projeto original do metrô. Com a estação Gávea seria possível levar a Linha 1 até essa estação e a Linha 4 operar entre Jardim Oceânico e Gávea, possibilitando reduzir os intervalos entre trens e no futuro concluir o anel da Linha 1, possibilitando ligar a Tijuca a Gávea em 5 minutos.
Projeto Pré-Metrô
O projeto do Pré-Metrô consistia em três lotes:
> Lote 60: R.Pires Carvalho(650m após a estação Maria da Graça)-Tomás Coelho
> Lote 61: Tomás Coelho-Irajá
> Lote 62: Irajá-Pavuna
Ao final do ano de 1975 foram feitas as devidas licitações para a construção da "Pré-Metrô 1" e em fevereiro de 1976 abria-se o edital para o fornecimento de 68 carros do tipo Pré-Metrô.
As propostas foram entregues somente em novembro,e a divulgação do vencedor saiu somente em março de 1977. Dos consórcios Cobrasma-BN of Belgium, Companhia Industrial Santa Matilde-MAM, e Mafersa-Duwag o primeiro saiu vencedor.
Pelas datas percebe-se a morosidade tamanha da divulgação do edital, apresentação e entrega das propostas e resultado final..
Atualmente os trens que operavam na Linha 2 do então sistema de pré-metrô estão sem uso desde 2004. Sob sol e chuva, eles se deterioram lentamente estocados no pátio do Metrô Rio na Cidade Nova.
Em 2015 a Secretaria Estadual de Transportes (Setrans) transferiu 28 composições antigas para que em troca a concessionária assuma a construção de duas subestações de energia, avaliadas em R$ 18 milhões, que seria custeada pelo governo.
As novas subestações, em Thomaz Coelho e Coelho Neto, já foram construídas pelo MetrôRio, mas em relação às composições, o órgão argumenta que as composições ficaram obsoletas em relação ao modelo de operação atual e se tornaram patrimônio da concessionária e assim não serão reaproveitados em nenhuma linha.
A companhia avalia que destino dará às composições, que receberam instalações de ar-condicionado na época em que eram do governo.
O Doutor em Engenharia de Transporte, Fernando Mac Dowell, responsável pelo projeto do pré-metrô, garante que os VLTs poderiam ter sido colocados em operação no metrô antes da compra dos atuais trens chineses. Na visão dele, o governo poderia aproveitar melhor os veículos se fosse criada uma linha de VLT na Barra da Tijuca, ligando regiões do bairro à estação da Linha 4, no Jardim Oceânico.
Trens Chineses
A China CNR Corporation Ltd., uma das maiores fabricantes de trens na China produz trens que podem ser operados sob altas temperaturas. Os trens de metrô são equipados com o primeiro ar-condicionado da China a ter uma capacidade de refrigeração de 50 quilowatts, permitindo a operação dos trens em temperaturas de até 56 graus centígrados.
A CNR foi estabelecida com a reorganização da China Northern Locomotive and Rolling Stock Industry (Group) em junho de 2008. Seus produtos são usados em mais de 40 países e regiões.
Enquanto as composições adquiridas pela Mafersa são formadas por vagões independentes com tração em todos os eixos, o que permite total aderência aos trilhos, os trens chineses são "reboques", com alguns vagões motorizados e outros que operam sem tração.
Nesse caso, mais leves, têm aderência menor e a tendência é movimento lateral maior. "É mais ou menos como um carro de tração 4X4: tem dois eixos que funcionam como peso, chamado peso aderente. Isso faz com que ele possa sair de situações mais adversas e possa usar toda a potência do motor", explica o professor de Engenharia de Transportes da Coppe (pós-graduação de Engenharia da UFRJ) Hostílio Ratton Neto.
De acordo com Fernando MacDowell, a concessionária não teria levado em consideração o gabarito aerodinâmico dos novos trens, o que poderia causar descarrilamentos, colisões em estruturas de concreto e outros acidentes. "Quanto maior a velocidade, mais o trem chacoalha. Se o tamanho do túnel for muito estreito, os chacoalhões podem causar colisões."
O gabarito dinâmico é o tamanho mínimo para a passagem do comboio, em um cenário em que se apresentem as condições mais adversas no trajeto. É preciso levar em conta, portanto, medidas como dimensões dos carros, velocidade operacional, desgaste dos trilhos, suspensão dos vagões, espaço para as passarelas de emergência e raio das curvas do trajeto. "Para evitar acidentes, deveriam ser feitos ajustes de 2cm até 3cm em alguns trechos e estações", diz MacDowell.
Integração Metrô-Ônibus
A primeira tentativa de integração do serviço de transporte por ônibus e o Metrô do Rio de Janeiro aconteceu em 1982. Após alguns anos, o sistema perdeu seu impulso, e só recentemente se conseguiu integrar os dois modais de maneira eficiente.
As linhas surgiram com a empresa estatal CTC - Companhia de Transportes Coletivos do Rio de Janeiro, fundada em 1962 e teve seu encerramento em 1966. Dentre as demais linhas urbanas operadas, ela operava linhas que faziam a integração com o metrô Carioca nas estações Saens Peña, São Francisco Xavier, Maria da Graça, Estácio, Praça 11 e Botafogo.
M-21 Metro Botafogo X Leblon
M-22 Metro Botafogo X Gen.Osório via Copacabana
M-51 Metro São Francisco Xavier X Vila Isabel
M-52 Saens Pena X Grajau
M-53 Saens Pena X Lins
M-63 Saens Pena X Boca do Mato
M-62 Estacio X Usina
M-61 Saens Pena X Usina
M-91 Bancarios x Praça 11
M-92 Bancarios x Maria da Graça
M-93 Cocota x Maria da Graça
M-94 Cocota x Praça 11
M-95 Bancarios x Praça 11
Ao longo das últimas décadas, as linhas sofreram alterações em seu itinerário, numeração e empresas operadoras, além da criação de novas linhas.
Com as diversas mudanças ocorridas no sistema de transportes por ônibus na cidade do Rio de Janeiro, navamente houveram mudanças em itinerários e linhas.
Além dos serviços acima, em 2009 surgiu mais uma opção de transporte integrado entre metrô e ônibus na Zona Oeste. Com o projeto Expresso Oeste, foram lançadas três linhas de integração do projeto Expresso Oeste:
Como no metrô de superfície na Zona Sul, o trajeto possuía paradas intermediárias em pontos exclusivos e sinalizados, além de frota exclusiva.
As linhas eram operadas pelas empresas Viação Algarve, Transportes Campo Grande e Expresso Pégaso.
E01 Santa Cruz x Coelho Neto
E02 Bangu x Coelho Neto
E03 Campo Grande x Coelho Neto
Identificados pela cor azul e uma silhueta da Serra do Mendanha na parte lateral do veículo, os ônibus Expresso Oeste possuem ar condicionado.
Nesse sistema, os ônibus da Expresso Oeste alimentavamm o metrô, que é um transporte de maior capacidade, proporcionando uma capacidade de locomoção maior.
Atualmente o serviço não existe mais, e as linhas tornaram-se regulares com as numerações:
756 Santa Cruz x Coelho Neto
772 Bangu x Coelho Neto
771 Campo Grande x Coelho Neto
Com a chegada da linha 2 na Pavuna e a abertura da Via Ligh no mesmo ano,surgiu a possibilidade e o interesse de se criar linhas de integração para a Baixada Fluminense com o destino o bairro da Pavuna. Surgindo então diversas linhas além das já existentes desde a abertura do terminal Rodoviário doa Pavuna em 1992.
Dentre as novas linhas de integração estão:
131I Nova Iguaçu x Duque de Caxias
541I Pavuna x Nova Iguaçu
651B Pavuna x Mesquita via Nilópolis
749L Pavuna x Morro Agudo
Além dessas, outras linhas para Baixada Fluminense faziam parada no Terminal Rodoviário da Pavuna e serviam como alimentadoras do sistema de Metrô.
104I Nilópolis x Pavuna via Tomazinho
147I Nova Iguaçu x Pavuna
420I Nova Aurora x Pavuna
552I Bairro Santa Maria x Pavuna via Gogó da
562I Austin x Pavuna
Metrô na Superfície
O início dos anos 2000 deu-se início a integração do metrô com outros modais, nesse ano começou a funcionar o bilhete de integração tarifária do metrô com os trens da SuperVia. Dois anos depois, em 2002, começou a funcionar a extensão do sistema através de ônibus, o chamado Metrô na Superfície.
Inicialmente os carros partiam da estação final do sistema, a Cardeal Arcoverde, até a Praça General Osório, no bairro de Ipanema.
Em março de 2003 a Estação Siqueira Campos, a segunda no bairro de Copacabana, é concluída. A extensão Metrô na Superfície passa ter um novo traçado, saindo agora da nova estação para o campus da PUC-Rio, no bairro da Gávea, passando por Ipanema e Leblon.
Até 2005 foi implantada ainda a Integração Expressa com a criação de 12 linhas de ônibus que partem de estações metroviárias rumo a bairros próximos não atendidos pelo metrô. Os sistema tinham integração tarifária: o passageiro pagava a passagem do metrô e mais um adicional pela extensão.
Os bairros atendidos pelo sistema eram Urca, São Cristóvão, Cajú, Cosme Velho, Vila Isabel, Andaraí, Usina, Grajaú, Muda e Cidade Universitária. Além disso o sistema também dava acesso à Rodoviária Novo Rio.
Em 2007 com a inauguração da Estação Cantagalo, duas novas extensões de ônibus foram criadas:
O Expresso tem tarifação semelhante a da Integração Expressa, enquanto o Metrô na Superfície cobra apenas a tarifa simples do metrô.
Tunel Boring Machine - O Tatuzão
Com suas 2.700 toneladas, 123 metros de comprimento e 11,5 metros de altura, o equipamento veio da Alemanha em três navios. Foram 92 peças grandes e 23 contêineres.
Encomendado em 2011, montado em 2012 e entregue em meados de 2013, o Tatuzão é a máquina de proporções colossais que destruiu pedra, areia, terra e o que mais pintou pela frente nas profundezas que unem os bairros de Ipanema e Gávea. Comprado por R$ 100 milhões pelo consórcio formado por Odebrecht, Queiroz Galvão e Carioca Engenharia, a engenhoca, fabricada pela empresa alemã Herrenknecht foi feita sob medida para o solo carioca.
É a única com capacidade simultânea de deglutir terrenos rochosos (Copacabana e Morro Dois Irmãos) e arenosos (Ipanema e Leblon).
O Tatuzão escavou entre oito e 15 metros abaixo do asfalto. Os primeiros a “sentirem” a presença dessa indústria móvel subterrânea foram os moradores da Rua Barão da Torre, em Ipanema. Depois de atingir a Praça Nossa Senhora da Paz, o Tatuzão seguiu sob a Avenida Visconde de Pirajá e a Ataulfo de Paiva. O trajeto final, até a estação a ser construída na Gávea, passou sob o Alto Leblon.
A primeira máquina do tipo foi inventada no começo do século XIX pelo engenheiro Marc Brunel, que sonhava em construir um túnel sob o rio Tâmisa, em Londres. Reza a lenda que certa feita, observando uma larva corroer a madeira de um barco, Brunel percebeu que o bicho, ao mesmo tempo em que engolia a matéria-prima, liberava uma substância que encobria o caminho percorrido. Nascia ali a ideia da primeira tuneladora moderna — máquina que perfura e cria um escudo à sua volta, seja de metal ou concreto.
Inaugurado em 1843, o túnel, de 400 metros, foi o primeiro escavado por máquinas sob a água. Projetado no final da década de 1960, o metrô do Rio jamais se valeu de tuneladoras do tipo para alcançar os 46 quilômetros de malha que possuí. A primeira linha, que ia da Glória à Praça Onze, foi escavada a céu aberto, com a abertura de enormes buracos rasgando as ruas do Centro.
A partir da década de 1990, quando chegou a Copacabana, a expansão foi feita à base de explosivos, detonados sem risco para os moradores, sob a cadeia montanhosa que emoldura o bairro. Mas quando o metrô atingiu a Praça General Osório, em 2009, os engenheiros se depararam com um novo problema. O solo, muito arenoso, não comportaria explosões do tipo. Várias soluções foram estudadas. Dentre elas, a do Tatuzão.
Movido a energia elétrica, o Tatuzão é composto de uma roda de manganês e cromo, na parte da frente, que corta, tritura e engole o solo em pedaços de até 40 centímetros. Uma vez “deglutidos”, os nacos de terra são enviados, por uma esteira, até a estação de apoio, localizada em pontos sob o Túnel.
Ao mesmo tempo em que escava, a máquina se encarrega de cobrir o espaço com placas de concreto de 8,5 toneladas. As placas utilizadas foram feitas na Leopoldina. Foi na Estação Leopoldina, inclusive, que o Tatuzão foi pré-montado, quando desembarcou da Alemanha, antes de ser remetido, em 92 viagens de caminhão, até o subsolo carioca.
A coordenação de montagem e operação ficou por conta do engenheiro de produção Alexandre Mahfuz, de 30 anos, que já trabalhou no metrô paulistano. As mesmas pessoas que montaram trabalharam na operação. Asim já sabiam onde está cada peça, para o que serve etc.
Como tradição, o equipamento recebe sempre um nome no feminino. O do Rio se chama Barbara, em homenagem à padroeira dos tuneleiros.
Operadoras do Sistema
A Opportrans Concessão Metroviária SA assumiu em 9 de dezembro de 1997 a concessão do sistema. A empresa hoje batizada de MetrôRio. O controle de fato passou para a companhia em abril do ano seguinte.
O Rabicho da Tijuca
Em 23 de Fevereiro de 1985, o jornal O Globo noticiava as futuras expansões do metrô carioca. As prioridades naquele momento eram as mesmas de anos atrás e algumas delas perduram até hoje:
Construção do rabicho da Tijuca para diminuir o intervalo de trens na Linha 1;
Extensão da Linha 1 de Botafogo para Copacabana;
A extensão da Linha 2 de Irajá à Pavuna e de Estácio à Carioca.
O projeto dependeria de aprovação de um empréstimo de US$ 230 milhões por parte do Governo Federal e da aprovação do Governador Leonel Brizola.
Apenas em 1993 foram iniciadas as obras do "Rabicho da Tijuca" para a liberação das quatro ruas que estavam interditadas desde 1976. Naquele ano (93) havia a pretenção da prefeitura em tranferir o controle do metrô para o governo municipal. O então prefeito César Maia prometeu a liberação de Cr$ 24 bilhões para a construção do rabicho.
A oito metros de profundidade da Rua Conde de Bonfim, a zona de manobras do metrô e a garagem para 17 composições conhecida como "Rabicho da Tijuca" começou a tomar forma e receber seus primeiros trilhos em 1988. Na época, tinha como objetivo possibilitar a redução de intervalo entre cada uma das saídas do trem e o aumento do número de passageiros de 350 mil para 550 mil por dia na linha 1 (Saens Peña x Botafogo).
Acima do pátio de manobras e da garagem, entre as ruas General Roca e Dona Delfina, foi contruída uma outra galeria, destinada ao Estacionamento Rotativo, com capacidade para 812 automóveis. A partir de março de 1989 os motoristas já podiam utilizar as primeiras 233 vagas entre as ruas General Roca e Heitor Beltrão.
A Zona de Manobras, entre a Rua General Roca e a Travessa Padre Damião, com cerca de 330 metros, permitiu que na Estação Saens Peña, o trem chegasse por um lado da plataforma e saísse pelo outro, como ocorre em Botafogo. O pátio para as composições começava 30 metros adiante da Travessa Padre Damião e se estendia até a Rua Dona Delfina, onde haviam as oficinas.
O estacionamento rotativo possuía entredas independentes, não comunicando-se com a estação de passageiros. Inicialmente foi cogitada a construção de 15 escadas, mas esse número foi reduzido a 8, a fim de facilitar a vigilância do local. O Estacionamento foi administrado pela CODERTE, funcionando 24 horas por dia de segunda à sábado, período em que o Metrô funcionava.
Foram construídas cinco entradas para o estacionamento:
1 na Rua Pinto de Figueiredo;
1 na Rua Heitor Beltrão;
1 na Rua Clóvis Beviláqua;
1 na Rua Visconde de Cabo Frio;
1 na Rua Itacuruçá.
Quando foi anunciada em 2011 a obra do metrô para receber a Estação Urugaui, a ideia era usar parte desse túnel já existente. A área final da extensão recebeu o mezanino com as bilhetereias, onde temos um pé direito mais elevado, que era o estacionamento, sendo assum, seus acessos foram remodelados para pedestres.
Onde estão localizadas as plataformas de embarque, foi necessário remanejar as colunas de sustentação que ficavam localizadas nas laterais para colunas centrais. Dessa forma, os antigos acessos do estacionamento e do pátio de manobras se tornaram acessos da Estação Uruguai, inaugurada em 2014.
Essa enorme extensão subterrânea ficou desativada por longos anos, sendo a parte entre a Rua General Roca e a Rua Clóvis Beviláqua utulizada como estacionamento para veículos particulares, gerenciado por uma empresa privada.
O trecho entre a Rua Clóvis Beviláqua e a Rua Itacuruçá, que abrigava o pátio de manobras dos trens, foi reutilizado para ser a Estação Uruguai, para minimizar os custos da obra.
A parte estrutural da plataforma de acesso aos trens foi toda modificada, sendo pilares centrais em forma de árvore. Já na parte do estacionamento e a atual bilheteria, a estrutura foi mantda. Para a implantação da estação foi necessário adequar a estrutura existente, que inviabilizava o embarque e desembarque de passageiros, no nível da plataforma.
A malha de 138 pilares existentes na plataforma foi substituída por apenas 23 pilares metálicos (em formato de ávore) localizados no centro da plataforma. A substituição da estrutura foi feita em duas etapas:
Primero foram localizados os novos pilares, fazendo a transferência de cargas de forma a não prejudicar a estrutura existente.
Posteriormente foram retirados os pilares antigos. Nas extremidades da plataforma, onde os pilares originaios foram mantidos, localizam-se os elevadores e escadas de acesso ao mezanino e salas técnicas.
Referências Bibliográficas
Ainda à Companhia do Metropolitano do Rio de Janeiro coube inicialmente a função de elaborar projetos e construção de futuras linhas e estações e a fiscalização da nova concessionária Metrô Rio, bem como era a proprietária direta dos bens do sistema.
Após o controle da Metrô Rio, ainda em 1998, foram inauguradas as estações (na linha 1) Cardeal Arcoverde (dia 02 de julho), (e na linha 2) Pavuna (dia 31 de agosto), Irajá (31 de agosto), Acari-Fazenda Botafogo e Engenheiro Rubens Paiva (24 de setembro), Coelho Neto e Colégio (dia 29 de setembro).
A fiscalização do sistema metroviário passou a ser de responsabilidade da ASEP (Agência Reguladora de Serviços Públicos Concedidos do Estado do Rio de Janeiro) em outubro de 2000. Cabia ainda a ASEP, a gerência do contrato de concessão e estabelecer tarifas.
Em janeiro de 2001, a Companhia do Metropolitano foi desvinculado da Secretaria de Transportes, passando a ser subordinado à SEDUR (Secretaria de Desenvolvimento Urbano). Através do Decreto 28.313 (11 de Maio de 2001), a SEDUR iniciou os procedimentos para a cisão parcial da Companhia do Metropolitano do Rio de Janeiro.
Em 25 de Maio de 2001, foi criada uma nova empresa, a RIOTRILHOS - Companhia de Transportes sobre Trilhos do Estado do Rio de Janeiro. A histórica Companhia do Metropolitano do Rio de Janeiro - METRÔ/RJ passou a se encontrar em regime de liquidação.
Entre 2002 e 2003 a população carioca assistiu a um impasse quanto à inauguração da Estação Siqueira Campos, no extremo sul da linha 1, justamente no período de troca de governadoras. Após um impasse político entre a Benedita da Silva (que inaugurou a estação em 21 de dezembro de 2002, mas não a colocou em funcionamento) e Rosinha Mateus que alegava problemas de segurança, depois de muitos adiamentos, a inauguração ocorreu definitivamente em 1º de Março de 2003.
Exatos 4 anos depois a história se repetia. Em 18 de dezembro de 2006, Rosinha inaugurava a Estação Cantagalo (novo terminal no extremo sul da linha 1) - também sem condições de funcionamento. Cantagalo somente viria a ser liberada para operações comerciais em fins de fevereiro de 2007, já no Governo de Sérgio Cabral.
Em dezembro de 2009, o Metro alcança o bairro de Ipanema, na Zona Sul da cidade. Suas obras começaram a partir da primeira explosão realizada pelo ex presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva no dia 11 de abril de 2007. Em onze meses, após a inauguração, os reflexos dessa monumental obra já foram sentidos: a revitalização local e a valorização imobiliária na região. Durante a maior parte do ano de 2013, a estação ficou fechada para obras de ampliação.
A estação foi construída na rocha, tem três plataformas, sendo uma central para embarque, e duas laterais para desembarque de passageiros.
A estação possui quatro acessos:
Dois que atendem ao bairro de Ipanema;
- Rua Jangadeiros
- Praça General Osório
Dois que atendem ao bairro de Copacabana;
- Rua Sá Ferreira
- Rua Teixeira de Melo
A Estação General Osório possui espaço para manobras dos trens antes da estação. Apresenta ainda duas vias laterais destinadas ao estacionamento de trens em forma de X, após a estação.
Em fevereiro de 2013 a estação, juntamente com Cantagalo, fora fechada para que serviços de expansão para a linha 4 pudessem ser realizados. Enquanto Cantagalo reabriu em março do mesmo ano, a estação terminal da Linha 1 reabriu em dezembro de 2013.
Em 2014 foi iniciada a construção de um novo acesso à estação pela Lagoa Rodrigo de Freitas, inaugurado em 2016 o novo acesso localiza-se no canteiro central da avenida Epitácio Pessoa, na altura do Parque do Cantagalo.
Alguns meses após a reinauguração, no segundo semestre de 2016, as duas linhas 1 e 4 se fundiram, tendo como final do trajeto a Estação Jardim Oceânico, e com isso, o embarque e desembarque ocorre somente na nova plataforma da linha 4 enquanto a plataforma terminal da linha 1 se encontra no momento desativada.
Com o fim da baldeação entre as linhas 1 e 4 do metrô, a estação General Osório passará por mudanças. A plataforma que recebe os trens da linha 4 é a principal de acesso do público à linha que faz o trajeto Jardim Oceânico-Uruguai. As entradas da estação foram mantidas, mas a plataforma antiga, que era usada para os trens da linha 1 foi desativada. Segundo a Secretaria Estadual de Transportes (Setrans), há um projeto para que a linha 2, que hoje vai de Pavuna a Botafogo, seja estendida até Ipanema, na estação General Osório. Com essa nova operação, a plataforma antiga passaria a servir os passageiros da linha 2.
Linha 4
Em seu projeto original, a linha 4 ligaria a estação Carioca à Barra da Tijuca, cruzando com a linha 1 na estação Gávea.
Ainda no projeto, seu percurso se daria pelos bairros de São Conrado, Gávea, Jardim Botânico, Humaitá, Laranjeiras e Santa Teresa.
Alteração no projeto original
O Consórcio Rio Barra previa que a Linha 4 começasse no Centro na chamada Estação Santo Antônio e fizesse o seguinte trajeto:
Estação Santo Antônio > Estação Riachuelo > Estação Laranjeiras > Estação São Clemente > Estação Morro de São João > Estação Humaitá I > Estação Humaitá II > Estação Gávea > Estação São Conrado > Estação Jardim Oceânico > Estação Canal de Marependi > Estação Nova Ipanema > Estação Alvorada.
O que o Consórcio Rio Barra ganhou foi a construção da Linha 1 circular no Leblon e em Ipanema. O que foi licitado em 1998 foi apenas uma parte deste trajeto que não teria todas as estações, pois o estado não tinha dinheiro suficiente. O trajeto seria:
Estação Morro de São João > Estação Dona Marta > Estação Humaitá > Estação Gávea > Estação São Conrado - Estação Jardim Oceânico.
O projeto da linha 4 passou por diversos estudos e acabou sendo redizido, como ocorreu com a linha 2, que teve seu traçado encurtado, dando origem a "Nova" linha 3, que nada mais é do que a continuação da 2.
Três alternativas foram apresentadas para a construção da linha:
Na primeira alternativa, a linha 4 partiria da Estação Morro de São João e seguiria passando pelo Humaitá, Jardim Botânico, Gávea, São Conrado, Joá e Barra da Tijuca.
Na segunda alternativa, a linha 4 partiria da Estação Carioca, passando por Santa
Teresa, Laranjeiras, Humaitá, Jardim Botânico, Gávea, São Conrado, Joá e Barra da Tijuca.
Obras de construção da Ponte Estaiada sobre o Canal de Marapendi - Foto: Reprodução da internet |
Na terceira alternativa, a linha 4 partiria da Estação General Osório, passando por Ipanema, Leblon e Gávea, trecho esse que compreende ao traçado da linha 1 circular e na sequencia São Conrado, Joá e Barra da Tijuca.
O que se fez com a linha 4 foi continuar a linha 1 no caminho seguiria para a Gávea desiando em direção à Barra sem passar pela Gávea e a alternativa 2 conforme a ilustração acima se tornou a linha 5, na ligação Carioca-Gávea.
Canal do Jardim de Alah
Uma solução complexa de engenharia abriu as portas do Leblon para o tatuzão das obras do metrô. Para passar sob o canal do Jardim de Alah a gigantesca máquina literalmente navegou. A área da estação Jardim de Alah foi inundada com dez mil metros cúbicos de água, o equivalente a quatro piscinas olímpicas.
A medida foi tomada para compensar diferenças de pressão durante a perfuração do túnel sob o canal, algo que, segundo o Clube de Engenharia, poderia provocar o desvio de rota do tatuzão ou mesmo um acidente.
A linha 5 original de acordo com o projeto elaborado nos anos 80, previa a ligação da Estação Carioca com a Ilha do Governador.
Com o atual Plano Diretor de Transportes do Estado do Rio de Janeiro com previsão para 2021, o traçado da linha 5 coincide com outros corredores:
Entre o AIRJ e Bonsucesso > Corredor Transcarioca
Entre Bonsucesso e Santo Cristo > Corredor Transbrasil
Entre Santo Cristo e a Carioca > VLT Linha 1
Recentemente, um estudo preliminar elaborado pelo governo do estado propõe que a linha 5 parta da Praça Santos Dumont na Gávea, até a Carioca, incorporando o trajeto que era da linha 4, recentemente modificado.
Centro.
Além do fechamento temporário da Praça Santos Dumont, o projeto propõe o uso de outras áreas públicas e privadas para os acessos das estações, na Zona Sul e no Centro.
No Jardim Botânico, o estudo levou em conta sete opções e a preferência recaiu sobre o terreno do Hospital da Lagoa, onde haveria “utilização da área dos jardins com recomposição”. Projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer, o hospital é tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac) desde 1992. Seus jardins foram desenhados por Burle Marx.
A localização é questionada pela Associação de Moradores do Jardim Botânico, que promete ir à Justiça contra a proposta. O estudo diz ainda que é prevista a ocupação de parte do Jockey Club com um poço de saída de emergência, localizado em frente à entrada principal do Jardim Botânico.
O estudo alerta ainda que em função da localização da estação Jardim Botânico, outras desapropriações ou comodatos podem ocorrer. O eventual uso de parte da área do Jockey nas obras exigiria uma discussão não apenas com a instituição, mas com órgãos de patrimônio. A área próxima ao Jardim Botânico é ocupada pelas cocheiras, que são tombadas junto com o resto do Jockey pelos governos federal, estadual e municipal.
Projeto Estação Santa Teresa |
Outra estação que ainda está indefinida seria no Bairro de Fátima nas proximidades à Rua do Riachuelo.
Na chegada ao Centro, a Linha 5 deverá desembocar numa estação Carioca provisória, construída no subsolo entre a Catedral Metropolitana do Rio e a Petrobras, na Avenida República do Paraguai, o que prevê a futura integração com extensão da Linha 2 e com a Linha 1, ambas da estação Carioca atual.
O projeto descarta ainda o uso de uma plataforma já existente na atual estação Carioca para receber a Linha 5. Escavada nos anos 70, ela fica logo abaixo da usada hoje pelos passageiros do metrô. Projetada para servir a uma eventual expansão da Linha 2, essa plataforma foi descartada porque, segundo o estudo, exigiria que o tatuzão fizesse uma grande curva depois da estação Santa Teresa.
Linha 6
A linha 6 surgiu do traçado da linha 3 de 1968, quando foi prevista a ligação de Jacarepaguá na Zona Oeste com o bairro de Irajá na Zona Norte, fazendo integração com a linha 2 nessa estação.
Nos anos 90, a linha 3 passou a denominar outra rota, surgindo então a linha 6 em seu lugar. Com isso, a linha teve previsão de ligar a Barra da Tijuca ao Aeroporto Internacional do Galeão.
A idéia de se ligar as duas regiões remete à 1965, na crição do Plano Doxíads, que previa a construção da linha Azul entre o recreio dos Bandeirantes e a Penha.
Atualmente essa ligação e realizada pelo serviço de BRT através de dois corredores expressos, o Transolímpico, entre o Recreio e Curicica, e o Transcarioca entre Curicica e a Penha.
Ainda que previsto até a penha, uma nova licitação foi feita e o corredor alcançou as ilhas do Fundão e do Governador, substituindo-se então 100% da projetada linha 6 do metrô.
Estação abandonada
Toda cidade que se preze tem os seus mistérios. No caso do Rio, não poderia ser diferente. Quem circula pela estação Carioca, uma das mais movimentadas do metrô, sequer desconfia, mas está cerca de 18 metros acima de outra estação praticamente pronta e fora de operação.
Batizada de Carioca 2, ela fazia parte do projeto original do local, tendo sido inclusive construída antes da parte que hoje recebe passageiros, mas não foi concluída por falta de dinheiro.
Plataformas da estação Carioca 2 do metrô no Centro do Rio - Foto: Luis Henrique Barroso |
Corredor da estação Carioca 2 do metrô no Centro do Rio - Foto: Luis Henrique Barroso |
Vigas da construção da estação estão aparentes (Foto: Luis Henrique Barroso / Arquivo pessoal) |
De acordo com o engenheiro Fernando MacDowell, diretor de planejamento do metrô entre 1975 e 1979 e responsável pela implantação do sistema na cidade, construir uma estação como a Carioca 2 nos dias de hoje seria uma tarefa cara, complexa e praticamente impossível.
Planta baixa da estação Carioca - Foto: Reprodução da internet |
A estação Carioca é de julho de 1981. Sua construção consumiu mais cimento do que a obra do Maracanã e custou cerca de 300 milhões de reais em números atualizados. Na inauguração, o brinde foi com champanhe Moet e Chandon e a previsão era de que a atual estação fantasma entrasse em operação no ano seguinte.
A conclusão da Linha 2 também beneficiaria a Estação Catumbi e a Estação Praça XV cujas obras nunca saíram do papel. O último capítulo desta estória aconteceu no final de 2015, quando Carlos Osório, então Secretário de Transportes, declarou que o Governo pagou R$ 25 milhões para que a Metrô Rio entregasse o projeto técnico de engenharia para a conclusão desta obra.
Estação não confirmada
Além da Carioca e da Praça da Cruz Vermelha, outra estação abandonada é a Estação Morro de São João em Botafogo, muitas vezes chamada de Estação Rio Sul, também emperrou, apesar de vermos sua caverna quando pegamos o trem da Estação Cardeal Arco Verde em direção à Estação Botafogo.
Desde 1988, foi elaborado um estudo para a construção da estação São João, permitindo acesso às imediações da Rua da Passagem, Rua Álvaro Ramos e Av. Lauro Sodré, onde fica o Shopping Rio Sul. Neste mesmo ano, a Companhia do Metropolitano elaborou um Estudo de Viabilidade da Implantação da Estação Morro de São João, com acesso pela rua Álvaro Ramos.
Esta matéria foi publicada pelo O Globo em 28 de Dezembro de 1994. |
No ano seguinte, um novo estudo foi feito para a construção da Estação Morro de São João. Não houve acordo entre Brascan e Estado para a construção desta estação e o metrô acabou indo direto para Copacabana.
No entanto, o esqueleto da Estação Morro de São João foi feito. Ao andar no metrô, é possível ver as plataformas e os buracos de acesso à mesma. Em 25 de setembro de 1997, moradores de Botafogo, munidos de tochas, realizam protesto a favor da construção de nova estação na rua Álvaro Ramos, promessa do Governo do Estado.
Em 1998, o trajeto Estação Morro de São João - Estação Jardim Oceânico, parte da Linha 4, foi licitado. A Estação Morro de São João receberia trens da Linha 1 e da Linha 4. Em 2007, o estado renovou a concessão por 30 anos com o Metrô Rio. A concessionária passou a ter a opção de construir a Estação Morro de São João, mas sem obrigação.
Diariamente o Rio Sul recebe milhares de trabalhadores em seu centro comercial e em sua torre comercial, onde também se encontram consulados. A Estação Morro de São João desafogaria a Estação Botafogo e beneficiaria milhares de moradores de uma outra parte de Botafogo.
Estação Paralizada
A estação Gávea teve obras iniciadas em 2013. Tais obras foram paralisadas pois o governo alegou que estava dando prioridade ao “trecho olímpico” do metrô (Ipanema-Jardim Oceânico) e necessitava remanejar operários e maquinas para as obras do “trecho olímpico”.
A estação Gávea seria a solução ideal para resolver parte dos problemas operacionais do metrô. Essa estação sempre esteve prevista no planejamento do metrô, pois ali seria a integração entre as Linhas 1 e 4.
Nesse mapa a estação Gávea aparece com o nome Jóquei/ Linha 1 Circular em Laranja e Linha 4 em Azul – foto CENTRAL |
Em 2010, quando o governo estadual decidiu modificar o traçado da Linha 4, transformando-a em prolongamento da Linha 1, a estação Gávea entrou numa acirrada discussão.
O governo não possuía intenção de fazer a estação de modo a possibilitar expansões futuras os moradores e técnicos, sempre souberam que a Gávea é uma importante estação de integração entre as Linhas 1 e 4. Tanto que a estação Gávea só saiu do papel e de modo a permitir as expansões futuras, graças as constantes reivindicações do movimento Metrô que o Rio Precisa, que desde 2010 promove discussão sobre o tema metrô e é a favor de uma rede consciente para a região metropolitana.
Projeto da estação Gávea, já com as duas estações paralelas que possibilitam no futuro levar a Linha 1 para Uruguai e a Linha 4 rumo ao Centro |
O projeto da estação Gávea, já com as duas estações paralelas que possibilitam no futuro levar a Linha 1 para Uruguai e a Linha 4 rumo ao Centro.
O projeto prevê que a estação fique em um nível, mas com duas plataformas. A exigência de uma estação que possibilitasse a expansão das Linhas 1 e 4 ocorreu em 2012 e as obras foram iniciadas em 2013, a estação Gávea está com mais de 40% de obras concluídas.
A estação Gávea é importante não somente aos moradores do bairro e aos que trabalham na região, mas representa um resgate ao projeto original do metrô. Com a estação Gávea seria possível levar a Linha 1 até essa estação e a Linha 4 operar entre Jardim Oceânico e Gávea, possibilitando reduzir os intervalos entre trens e no futuro concluir o anel da Linha 1, possibilitando ligar a Tijuca a Gávea em 5 minutos.
Projeto Pré-Metrô
O projeto do Pré-Metrô consistia em três lotes:
> Lote 60: R.Pires Carvalho(650m após a estação Maria da Graça)-Tomás Coelho
> Lote 61: Tomás Coelho-Irajá
> Lote 62: Irajá-Pavuna
Ao final do ano de 1975 foram feitas as devidas licitações para a construção da "Pré-Metrô 1" e em fevereiro de 1976 abria-se o edital para o fornecimento de 68 carros do tipo Pré-Metrô.
O VLT recém-chegado no Metrô carioca.Ele nunca rodou dessa maneira,já que recebeu modificações nas portas para que pudesse operar nas estações com plataformas de Metrô. - Foto: Reprodução da Internet |
As propostas foram entregues somente em novembro,e a divulgação do vencedor saiu somente em março de 1977. Dos consórcios Cobrasma-BN of Belgium, Companhia Industrial Santa Matilde-MAM, e Mafersa-Duwag o primeiro saiu vencedor.
Pelas datas percebe-se a morosidade tamanha da divulgação do edital, apresentação e entrega das propostas e resultado final..
Foto: Reprodução da Internet |
Atualmente os trens que operavam na Linha 2 do então sistema de pré-metrô estão sem uso desde 2004. Sob sol e chuva, eles se deterioram lentamente estocados no pátio do Metrô Rio na Cidade Nova.
Em 2015 a Secretaria Estadual de Transportes (Setrans) transferiu 28 composições antigas para que em troca a concessionária assuma a construção de duas subestações de energia, avaliadas em R$ 18 milhões, que seria custeada pelo governo.
VLTs estacionados em um pátio na Cidade Nova - Foto: Reprodução da internet |
As novas subestações, em Thomaz Coelho e Coelho Neto, já foram construídas pelo MetrôRio, mas em relação às composições, o órgão argumenta que as composições ficaram obsoletas em relação ao modelo de operação atual e se tornaram patrimônio da concessionária e assim não serão reaproveitados em nenhuma linha.
A companhia avalia que destino dará às composições, que receberam instalações de ar-condicionado na época em que eram do governo.
O Doutor em Engenharia de Transporte, Fernando Mac Dowell, responsável pelo projeto do pré-metrô, garante que os VLTs poderiam ter sido colocados em operação no metrô antes da compra dos atuais trens chineses. Na visão dele, o governo poderia aproveitar melhor os veículos se fosse criada uma linha de VLT na Barra da Tijuca, ligando regiões do bairro à estação da Linha 4, no Jardim Oceânico.
Trens Chineses
A China CNR Corporation Ltd., uma das maiores fabricantes de trens na China produz trens que podem ser operados sob altas temperaturas. Os trens de metrô são equipados com o primeiro ar-condicionado da China a ter uma capacidade de refrigeração de 50 quilowatts, permitindo a operação dos trens em temperaturas de até 56 graus centígrados.
Foto: Caio Lobo |
Enquanto as composições adquiridas pela Mafersa são formadas por vagões independentes com tração em todos os eixos, o que permite total aderência aos trilhos, os trens chineses são "reboques", com alguns vagões motorizados e outros que operam sem tração.
À esqerda MAFERSA 1998 - À direita CNR 2011 Foto: David Rodrigues |
Nesse caso, mais leves, têm aderência menor e a tendência é movimento lateral maior. "É mais ou menos como um carro de tração 4X4: tem dois eixos que funcionam como peso, chamado peso aderente. Isso faz com que ele possa sair de situações mais adversas e possa usar toda a potência do motor", explica o professor de Engenharia de Transportes da Coppe (pós-graduação de Engenharia da UFRJ) Hostílio Ratton Neto.
Janelas trincadas no Trem número 1 (4001-4002). - Foto: David Rodrigues |
De acordo com Fernando MacDowell, a concessionária não teria levado em consideração o gabarito aerodinâmico dos novos trens, o que poderia causar descarrilamentos, colisões em estruturas de concreto e outros acidentes. "Quanto maior a velocidade, mais o trem chacoalha. Se o tamanho do túnel for muito estreito, os chacoalhões podem causar colisões."
Distância e desnível - Foto: Reprodução da Internet |
Integração Metrô-Ônibus
A primeira tentativa de integração do serviço de transporte por ônibus e o Metrô do Rio de Janeiro aconteceu em 1982. Após alguns anos, o sistema perdeu seu impulso, e só recentemente se conseguiu integrar os dois modais de maneira eficiente.
Foto: Reprodução da internet |
M-21 Metro Botafogo X Leblon
M-22 Metro Botafogo X Gen.Osório via Copacabana
M-51 Metro São Francisco Xavier X Vila Isabel
M-52 Saens Pena X Grajau
M-53 Saens Pena X Lins
M-63 Saens Pena X Boca do Mato
M-62 Estacio X Usina
M-61 Saens Pena X Usina
M-91 Bancarios x Praça 11
M-92 Bancarios x Maria da Graça
M-93 Cocota x Maria da Graça
M-94 Cocota x Praça 11
M-95 Bancarios x Praça 11
Ao longo das últimas décadas, as linhas sofreram alterações em seu itinerário, numeração e empresas operadoras, além da criação de novas linhas.
Com as diversas mudanças ocorridas no sistema de transportes por ônibus na cidade do Rio de Janeiro, navamente houveram mudanças em itinerários e linhas.
Mapa de Linhas de Superfície e integração Metrô-Ônibus em 2009 |
Além dos serviços acima, em 2009 surgiu mais uma opção de transporte integrado entre metrô e ônibus na Zona Oeste. Com o projeto Expresso Oeste, foram lançadas três linhas de integração do projeto Expresso Oeste:
Como no metrô de superfície na Zona Sul, o trajeto possuía paradas intermediárias em pontos exclusivos e sinalizados, além de frota exclusiva.
As linhas eram operadas pelas empresas Viação Algarve, Transportes Campo Grande e Expresso Pégaso.
E01 Santa Cruz x Coelho Neto
E02 Bangu x Coelho Neto
E03 Campo Grande x Coelho Neto
Identificados pela cor azul e uma silhueta da Serra do Mendanha na parte lateral do veículo, os ônibus Expresso Oeste possuem ar condicionado.
Nesse sistema, os ônibus da Expresso Oeste alimentavamm o metrô, que é um transporte de maior capacidade, proporcionando uma capacidade de locomoção maior.
Atualmente o serviço não existe mais, e as linhas tornaram-se regulares com as numerações:
756 Santa Cruz x Coelho Neto
772 Bangu x Coelho Neto
771 Campo Grande x Coelho Neto
Com a chegada da linha 2 na Pavuna e a abertura da Via Ligh no mesmo ano,surgiu a possibilidade e o interesse de se criar linhas de integração para a Baixada Fluminense com o destino o bairro da Pavuna. Surgindo então diversas linhas além das já existentes desde a abertura do terminal Rodoviário doa Pavuna em 1992.
Dentre as novas linhas de integração estão:
131I Nova Iguaçu x Duque de Caxias
541I Pavuna x Nova Iguaçu
651B Pavuna x Mesquita via Nilópolis
749L Pavuna x Morro Agudo
Além dessas, outras linhas para Baixada Fluminense faziam parada no Terminal Rodoviário da Pavuna e serviam como alimentadoras do sistema de Metrô.
104I Nilópolis x Pavuna via Tomazinho
147I Nova Iguaçu x Pavuna
420I Nova Aurora x Pavuna
421I Miguel Couto x Pavuna
422I Grama x Pavuna
423I Tinguá x Pavuna
433I Nilópolis x Pavuna via Eden552I Bairro Santa Maria x Pavuna via Gogó da
553I Bairro Santa Maria x Pavuna
561I Santa Rita x Pavuna562I Austin x Pavuna
Ema
751L Morro Agudo x Pavuna via CosmoramaMetrô na Superfície
O início dos anos 2000 deu-se início a integração do metrô com outros modais, nesse ano começou a funcionar o bilhete de integração tarifária do metrô com os trens da SuperVia. Dois anos depois, em 2002, começou a funcionar a extensão do sistema através de ônibus, o chamado Metrô na Superfície.
Foto: Reprodução da Internet |
Em março de 2003 a Estação Siqueira Campos, a segunda no bairro de Copacabana, é concluída. A extensão Metrô na Superfície passa ter um novo traçado, saindo agora da nova estação para o campus da PUC-Rio, no bairro da Gávea, passando por Ipanema e Leblon.
Até 2005 foi implantada ainda a Integração Expressa com a criação de 12 linhas de ônibus que partem de estações metroviárias rumo a bairros próximos não atendidos pelo metrô. Os sistema tinham integração tarifária: o passageiro pagava a passagem do metrô e mais um adicional pela extensão.
Os bairros atendidos pelo sistema eram Urca, São Cristóvão, Cajú, Cosme Velho, Vila Isabel, Andaraí, Usina, Grajaú, Muda e Cidade Universitária. Além disso o sistema também dava acesso à Rodoviária Novo Rio.
Em 2007 com a inauguração da Estação Cantagalo, duas novas extensões de ônibus foram criadas:
- A segunda linha do Metrô na Superfície, da Estação Botafogo à PUC-Rio passando pelos bairros de Humaitá e Jardim Botânico;
Foto: Reprodução da internet |
- A Barra Expresso, ligando a Estação Siqueira Campos à região da Barra da Tijuca, passando por Ipanema, Leblon e São Conrado.
Tunel Boring Machine - O Tatuzão
Com suas 2.700 toneladas, 123 metros de comprimento e 11,5 metros de altura, o equipamento veio da Alemanha em três navios. Foram 92 peças grandes e 23 contêineres.
Tunel Boring Machine - O Tatuzão - Foto: Reprodução da internet |
Encomendado em 2011, montado em 2012 e entregue em meados de 2013, o Tatuzão é a máquina de proporções colossais que destruiu pedra, areia, terra e o que mais pintou pela frente nas profundezas que unem os bairros de Ipanema e Gávea. Comprado por R$ 100 milhões pelo consórcio formado por Odebrecht, Queiroz Galvão e Carioca Engenharia, a engenhoca, fabricada pela empresa alemã Herrenknecht foi feita sob medida para o solo carioca.
Maquete da máquina Come Pedra (Tunel Boring Machine . A mesma usada na construção do metrô - Foto: Reprodução da internet |
É a única com capacidade simultânea de deglutir terrenos rochosos (Copacabana e Morro Dois Irmãos) e arenosos (Ipanema e Leblon).
O Tatuzão escavou entre oito e 15 metros abaixo do asfalto. Os primeiros a “sentirem” a presença dessa indústria móvel subterrânea foram os moradores da Rua Barão da Torre, em Ipanema. Depois de atingir a Praça Nossa Senhora da Paz, o Tatuzão seguiu sob a Avenida Visconde de Pirajá e a Ataulfo de Paiva. O trajeto final, até a estação a ser construída na Gávea, passou sob o Alto Leblon.
A primeira máquina do tipo foi inventada no começo do século XIX pelo engenheiro Marc Brunel, que sonhava em construir um túnel sob o rio Tâmisa, em Londres. Reza a lenda que certa feita, observando uma larva corroer a madeira de um barco, Brunel percebeu que o bicho, ao mesmo tempo em que engolia a matéria-prima, liberava uma substância que encobria o caminho percorrido. Nascia ali a ideia da primeira tuneladora moderna — máquina que perfura e cria um escudo à sua volta, seja de metal ou concreto.
Cinelândia. Vista aérea da obra de construção do metrô. Ao fundo, o Theatro - Foto: Reprodução da internet |
Estação Cardeal Arco Verde do Metrô Rio aberta com dinamites- Foto: Reprodução da internet |
A partir da década de 1990, quando chegou a Copacabana, a expansão foi feita à base de explosivos, detonados sem risco para os moradores, sob a cadeia montanhosa que emoldura o bairro. Mas quando o metrô atingiu a Praça General Osório, em 2009, os engenheiros se depararam com um novo problema. O solo, muito arenoso, não comportaria explosões do tipo. Várias soluções foram estudadas. Dentre elas, a do Tatuzão.
Movido a energia elétrica, o Tatuzão é composto de uma roda de manganês e cromo, na parte da frente, que corta, tritura e engole o solo em pedaços de até 40 centímetros. Uma vez “deglutidos”, os nacos de terra são enviados, por uma esteira, até a estação de apoio, localizada em pontos sob o Túnel.
Foto: Reprodução da internet |
A coordenação de montagem e operação ficou por conta do engenheiro de produção Alexandre Mahfuz, de 30 anos, que já trabalhou no metrô paulistano. As mesmas pessoas que montaram trabalharam na operação. Asim já sabiam onde está cada peça, para o que serve etc.
Como tradição, o equipamento recebe sempre um nome no feminino. O do Rio se chama Barbara, em homenagem à padroeira dos tuneleiros.
Operadoras do Sistema
A estatal Companhia do Metropolitano do Rio de Janeiro que operou o sistema nos anos 70, 80 e 90 deixa em 1997 a operação do metrô fluminense.
A Opportrans Concessão Metroviária SA assumiu em 9 de dezembro de 1997 a concessão do sistema. A empresa hoje batizada de MetrôRio. O controle de fato passou para a companhia em abril do ano seguinte.
Foto: Jornal O Globo |
Construção do rabicho da Tijuca para diminuir o intervalo de trens na Linha 1;
Extensão da Linha 1 de Botafogo para Copacabana;
A extensão da Linha 2 de Irajá à Pavuna e de Estácio à Carioca.
O projeto dependeria de aprovação de um empréstimo de US$ 230 milhões por parte do Governo Federal e da aprovação do Governador Leonel Brizola.
Virgílio Góes - Presidente do Metrô e Marcio Queiroz - Secretário Municipal de Transportes - Foto: Sérgio Moraes |
Apenas em 1993 foram iniciadas as obras do "Rabicho da Tijuca" para a liberação das quatro ruas que estavam interditadas desde 1976. Naquele ano (93) havia a pretenção da prefeitura em tranferir o controle do metrô para o governo municipal. O então prefeito César Maia prometeu a liberação de Cr$ 24 bilhões para a construção do rabicho.
A oito metros de profundidade da Rua Conde de Bonfim, a zona de manobras do metrô e a garagem para 17 composições conhecida como "Rabicho da Tijuca" começou a tomar forma e receber seus primeiros trilhos em 1988. Na época, tinha como objetivo possibilitar a redução de intervalo entre cada uma das saídas do trem e o aumento do número de passageiros de 350 mil para 550 mil por dia na linha 1 (Saens Peña x Botafogo).
Acima do pátio de manobras e da garagem, entre as ruas General Roca e Dona Delfina, foi contruída uma outra galeria, destinada ao Estacionamento Rotativo, com capacidade para 812 automóveis. A partir de março de 1989 os motoristas já podiam utilizar as primeiras 233 vagas entre as ruas General Roca e Heitor Beltrão.
A Zona de Manobras, entre a Rua General Roca e a Travessa Padre Damião, com cerca de 330 metros, permitiu que na Estação Saens Peña, o trem chegasse por um lado da plataforma e saísse pelo outro, como ocorre em Botafogo. O pátio para as composições começava 30 metros adiante da Travessa Padre Damião e se estendia até a Rua Dona Delfina, onde haviam as oficinas.
Foto: Reprodução da internet |
Foram construídas cinco entradas para o estacionamento:
1 na Rua Pinto de Figueiredo;
1 na Rua Heitor Beltrão;
1 na Rua Clóvis Beviláqua;
1 na Rua Visconde de Cabo Frio;
1 na Rua Itacuruçá.
Estação Uruguai - Foto: Reprodução da inernet |
Quando foi anunciada em 2011 a obra do metrô para receber a Estação Urugaui, a ideia era usar parte desse túnel já existente. A área final da extensão recebeu o mezanino com as bilhetereias, onde temos um pé direito mais elevado, que era o estacionamento, sendo assum, seus acessos foram remodelados para pedestres.
Pilares em forma de árvore sustentam a estrutura - Foto: Reprodução da internet |
Onde estão localizadas as plataformas de embarque, foi necessário remanejar as colunas de sustentação que ficavam localizadas nas laterais para colunas centrais. Dessa forma, os antigos acessos do estacionamento e do pátio de manobras se tornaram acessos da Estação Uruguai, inaugurada em 2014.
Essa enorme extensão subterrânea ficou desativada por longos anos, sendo a parte entre a Rua General Roca e a Rua Clóvis Beviláqua utulizada como estacionamento para veículos particulares, gerenciado por uma empresa privada.
Sob a Rua Conde de Bonfim, os primeiros trilhos instalados Foto: O Globo |
A parte estrutural da plataforma de acesso aos trens foi toda modificada, sendo pilares centrais em forma de árvore. Já na parte do estacionamento e a atual bilheteria, a estrutura foi mantda. Para a implantação da estação foi necessário adequar a estrutura existente, que inviabilizava o embarque e desembarque de passageiros, no nível da plataforma.
Materiais entravam por meio do poço de ventilação (à esquerda) e seguiam pelo túnel para as suas posições de projeto (à direita) - Foto: Reprodução da internet |
Túnel de manobras tinha pilares a cada dois metros - Foto: Reprodução da internet |
Primero foram localizados os novos pilares, fazendo a transferência de cargas de forma a não prejudicar a estrutura existente.
Posteriormente foram retirados os pilares antigos. Nas extremidades da plataforma, onde os pilares originaios foram mantidos, localizam-se os elevadores e escadas de acesso ao mezanino e salas técnicas.
Referências Bibliográficas
Railbuss, Metrô do Rio por Miguel Gonzales, Sala Cristina Geo, O Globo, Cidades Possíveis, Metrô Rio, Rio Trilhos, Museu da ANTU, Diário do Rio, Jornal Extra, Light Rail no Brasil, Ciudad Maravillosa, Estações Ferroviárias, Meu Transporte, Ônibus Expresso, Estação, Transporte Subusrbano Fluminense, Biblioteca da Escola de Arquitetura e Urbanismo BAU/UFF, Via Trólebus, G1 Rio de Janeiro, Professor Gonçalves, Embaixada da República Popular da China no Brasil, Jornal O Dia, Classical Buses, Centro de Preservação Ferroviária do Rio de Janeiro, Veja Rio, Associação de Moradores do Jardim Oceânico e Tijucamar, JBMC Arquitetura e Urbanismo, Jornal do Brasil, SECTRANS Secretaria de Estado de Transportes, Memória do Transporte Público, Departamento de Serviço Social - PUC/RJ, Zé Luiz Fotos Portifólio, Barra da Tijuca.