Dados da linha:
Linha: 116T Duque de Caxias x Conceição de Jacareí via Campo Grande
Empresa: RJ 110 Auto Viação Reginas Ltda
Tipo: Rodoviária Intermunicipal
A linha parte do Terminal Rodoviário de Duque de Caxias, mais conhecido como Terminal Center Shopping, devido a sua localização e as linhas que param no entorno do seu quarteirão.
Pela Rua Bulhões Marcial seguimos até Parada de Lucas margeando a Estrada de Ferro Leopoldina.
Essa estrada é parte da Antiga Estrada Rio-Petrópolis ligando a Capital da República à Petrópolis.
Estrada Rio-Petrópolis
Sua construção deveria seguir "da Penha a Meriti (atual Caxias), em vez da estrada Benfica a Pavuna, por ser mais curto e evitar os pântanos", providenciando até o alargamento daquela estrada e sua “macadamização”.
Entretanto o primitivo projeto do Automóvel Clube, (o qual foi construído), seguia pela Pavuna, São João de Meriti, Fazenda de São Bento, Pilar, prosseguindo quase em linha reta até Santa Cruz (da Serra).
A estrada a partir daí, contornando “uma montanha”, atravessava solos secos e "grande quantidade de fazendas, outrora opulentas: Santa Cruz, da Taquara, da Tocaia e do Fragoso.
Da Raiz da Serra até a cidade de Petrópolis a estrada do Automóvel Clube vai, mais ou menos ladeando a linha da Leopoldina Railway".
As novas rodovias Rio-Petrópolis
Pelos idos de 1926, o presidente da República, Washington Luís, declarava à Nação que "governar é construir estradas", num país que já tinha, na época, 93.682 automóveis e 38.075 caminhões.
O Rio de Janeiro (Distrito Federal na época) e o estado do Rio de Janeiro somavam 13.252 automóveis e 5.452 caminhões. O lema do Presidente se materializou em 25 de agosto de 1928, com a inauguração da primeira rodovia asfaltada do país, a Rodovia Rio-Petrópolis, segunda ligação entre as duas cidades, passando pelo centro de Duque de Caxias (atual Avenida Presidente Kennedy).
A nova estrada foi construída aproveitando em muito o trajeto feito pelo Automóvel Clube. Este também começava em São Cristóvão, passando por Benfica, seguia por um pequeno trecho da Avenida Suburbana e, depois, pela Rua dos Democráticos e pela Rua Uranos, para daí acompanhar a linha de trem da Leopoldina pelas atuais Ruas Ibiapina, Itabira e Bulhões Marcial até encontrar, e ultrapassar, o Rio Meriti, entrando em Duque de Caxias e seguindo até o Lote XV, onde encontrava com a antiga Avenida Automóvel Clube, seguindo por ela até Petrópolis, sem entrar em Santa Cruz da Serra, agora ela seguia reto e subia a serra a partir de Xerém.
Variante Rio-Petrópolis
Em 1950 é inaugurada a Variante Rio-Petrópolis, construída em linha reta, o que torna 4km a menos de extensão do seu início no trevo das Missões até o encontro com a Antiga Rio-Petrópolis no Pilar.
Nos anos 50, mais precisamente no dia 6 de janeiro, inaugurou-se a Rodovia do Contorno (nova pista, só de descida da serra), em conjunto com a variante Rio-Petrópolis, a terceira estrada, que passa fora do centro de Duque de Caxias, depois chamada Rodovia Washington Luiz (parte da atual BR 040, que liga o Rio de Janeiro a Juiz de Fora), e abandonou-se também a segunda Rio-Petrópolis (atual Avenida Governador Leonel de Moura Brizola). Essa terceira rodovia foi inaugurada pelo General Eurico Gaspar Dutra.
Chegando na Avenida Brasil vamos em direção à Zona Oeste.
No Jardim América passamos pelo Trevo das Margaridas onde se inicia a Rodovia Presidente Dutra.
Passamos por Irajá em em Coelho Neto passamos sobre a Linha 2 do metrô e a Estrada RJ-083 Avenida Automóvel Clube, essa que seria a Linha Verde do Plano Doxíadis, ligando a Gávea à Rodovia Presidente Dutra no Parque Columbia.
Ao longo do Distrito Industrial de Fazenda Botafogo atravessamos a ponte sobre o Rio Acari e chegamos em Barros Filho.
No século XVIII toda a região que pertencia a freguesia de Irajá era ocupada por grandes fazendas, como a Botafogo e a do Engenho Boa Esperança.
A família Costa Barros era proprietária desses latifúndios. O pai passou toda a área para seu herdeiro, Barros Filho. Com a construção da linha auxiliar, entre os anos de 1892 e 1898, nela foi instalada a estação Barros Filho, que deu nome ao Bairro.
É atravessado pela avenida Brasil, abrange o Distrito Industrial da Fazenda Botafogo e diversas comunidades.
Terminal Rodoviário de Deodoro
O terminal rodoviário de Deodoro era considerado o mais importante de um sistema que previa cinco grandes paradas de ônibus em Madureira, Usina, Méier e Praça Quinze.
Construído por Marcelo Alencar por Cr$ 1,18 bilhão, o terminal de Deodoro, entregue em 28 de dezembro de 1992, serviria de integração rodoferroviária. Passageiros de 18 linhas da Zona Oeste passariam a fazer ali a baldeação para os trens ou para uma linha principal ônibus.
A linha experimental e de protótipo do serviço durou por vários anos.
A 301 Deodoro x Praça XV atravessava toda extensão da Avenida Brasil pela faixa seletiva, acessando então o Elevado da perimetral e a Rua Camerino, onde atravessava a Avenida Presidente Vargas e pela mesma chegava ao Mergulhão da praça XV, dando acesso ao Terminal Rodoviário Urbano da Misericórdia, também extinto atualmente.
A ideia previa a substituição do ônibus da linha por veículos articulados, atendendo então à maior demanda.
O Terminal Rodoviário de Deodoro foi demolido em 2002, dando lugar ao Parque das Vizinhanças Dias Gomes (Piscinão de Deodoro).
O Terminal Rodoviário Urbano da Misericórdia foi demolido e o terreno deu espaço ao Boulevard Olímpico.
Cruzamos a Estrada de Ferro Central do Brasil e a Avenida Getúlio de Moura, que dá acesso á Baixada Fluminense. Em instantes seguindo pela Avenida Brasil acompanhamos o leito do Rio Marngá e chegamos ao acesso da Via Expressa Transolímpica, que liga Magalhães Bastos ao Recreio dos Bandeirantes, ambos na Zona Oeste do Rio.
Em Realengo passamos pela Comunidade do Batan, localizada no cruzamento com a Estrada do Engenho Novo A estrada que liga Anchieta à Relengo se inicia na Avenida Getúlio de Moura em frente à Estação ferroviária passa pela área militar do Campo de Gericinó e chega em Realengo cortando o Morro do Batan, onde atravessa a Avenida Brasil e termina na Estrada da Água Branca em frente à EsIE - Escola de Instrução Especializada do Exército.
Agora em Padre Miguel passamos rapidamente pelo viaduto sobre a Estrada da Cancela Preta, que dá acesso à cancela Preta, ao Jardim Bangu e aos Conjuntos Seis de Novembro e João Saldanha.
Em Bangu cruzamos a ponte sobre o Rio Sarapuí e a Rua Catiri, que dá acesso à localidade com esse nome.
Entre as estradas do Gericinó e Guandu do Sena passamos pelo bairro Gericinó.
Gericinó
O nome Gericinó é composto de Iarí - Airy- “em cima, no alto” e Cin-ó, “liso e fechado”, formando, “morro liso e fechado”. Esse morro é o do Gericinó, com 889 metros de altura, na divisa com o município de Mesquita.
O bairro foi desmembrado do bairro de Bangu e suas terras ficam entre as serras do Quitungo, Gericinó, morro do Capim Melado e o Campo de Gericinó. A área era formada por lavouras e sítios quando, em 1966, nas estradas do Guandu do Sena e Emílio Maurell Filho, iniciou-se a implantação de um complexo penitenciário, com a construção dos presídios Esmeraldino Bandeira e Muniz Sodré.
Em seguida, foi construída uma série de presídios:
Laércio da Costa Pellegrino em 1988
Alfredo Tranjan em 1995
Doutor Serrano Neves em 1997
Jonas Lopes de Carvalho em 1999
Conhecidos, respectivamente, por Bangu 1, 2, 3 e 4.
Há, ainda, o presídio feminino Talavera Bruce, na estrada do Guandu do Sena. No total, são 14 unidades penais, 3 hospitais e o quartel do 14° Batalhão da PMERJ.
O Bairro do Gericinó abrange todo o complexo penitenciário, as áreas do Aterro Sanitário, controlado pela COMLURB e atualmente desativado, Além de parte da área do Exército, no campo de Gericinó, e segue até a encosta florestada da Serra do Gericinó, encontrando a divisa Norte do Município.
Foi criado em 2004 com parte da sua área pertencendo originalmente no bairro de Bangu.
Na Estrada do Mendanha seguimos em direção ao centro comercial do bairro. Após passarmos pelo West Shopping entramos na Estrada das Capoeiras.
Entramos na Estrada Rio do A e seguimos até o fim na Praça dos Estudantes. Passamos ao lado da alça de subida do viaduto Prefeito alim Pedro e acessamos a Rua Campo Grande. A partir daqui seguiremos margeando o Ramal de Santa Cruz dos trens da Supervia.
Chegamos em Inhoaíba nas proximidades da estação Benjamim do Monte, a mesma foi aberta em 1971 com a construção do estaleiro da Ishikawajima que ficava em frente a essa estação. Atualmente resta apenas o terreno abandonado.
Os trilhos que partiam da estação até o estaleiro marcavam a divisa entre os dois bairros.
mesmo tendo deixado para trás o bairro, continuamos na Rua Campo Grande, onde por ela seguimos até a estação ferroviária de Inhoaíba. Após a Praça Filomena Carlos Magno a rua passa a se chamar Guarujá.
Pela Rua Guarujá cortamos todo o bairro de Cosmos até o viaduto da Estrada de Paciência. A partir desse ponto estamos no bairro de Paciência onde se inicia a Estrada de Urucânia, a qual seguimos daqui em diante.
Após a estação Tancredo Neves chegamos na Praça José Soares dos Santos, já no bairro de Santa Cruz. continuamos na Estrada de Urucânia e após atravessarmos a ponte sobre o Rio Cação Vermelho chegamos na esquina com a Estrada Linha de Austin, onde havia a Estrada de Ferro Carlos Sampaio - Santa Cruz.
Ramal Carlos Sampaio (Austin) - Santa Cruz
No dia 5 de fevereiro de 1929, ocorreu a inauguração do ramal Carlos Sampaio x Santa Cruz, com 34 km de extensão, ligando a estação de Carlos Sampaio da Linha Auxiliar até Santa Cruz no Ramal de Mangaratiba, passando por Austin na Linha do Centro. Com isso são inauguradas as estações de Cabuçu, Engenheiro Araripe, Engenheiro Heitor Lira e a Estação Marapicu que não chegou a ser inaugurada.
Já no centro do bairro de Santa Cruz, a Estrada de Urucânia termina na Rua Francisco Belisário. por ela seguimos até a Praça Ruão.
Passamos rapidamente próximo à estação ferroviária de Santa Cruz, atualmente a estação final desse ramal.
Na Rua Senador Camará seguimos até a Praça do Gado, onde se inicia a Avenida Padre Guilherme Decaminada. Por ela seguimos até a Avenida Brasil e seguimos n sentido São Cristóvão até o primeiro retorno. Agora vamos em direção a Itaguaí.
Cortamos todo Distrito Industrial de Santa Cruz pela Avenida Brasil e em seguida pela Rodovia Rio-Santos, que nada mais é do que a continuação da BR-101.
Na entrada do Distrito Industrial há um grande largo com retorno e cruzamento na rodovia. As pistas centrais são bloqueadas e a passagem em ambos os sentidos são realizadas pela pista lateral, formando assim uma rotatória.
Após esse ponto estamos na Zona Industrial de Itaguaí. Após o Rio da Guarda chegamos em Sanatana, onde estão localizados o Shopping Patio Mix Costa Verde e o SENAI.
No cruzamento com a RJ-099 Estrada do Piranema há um trevo, o qual acessamos a Estrada Deputado Octávio Cabral. Seguimos em direção ao centro do município e chegamos no bairro Califórnia após atravessarmos a ponte sobre o Canal Ponte da Preta.
Em instantes chegamos ao Centro no Terminal Rodoviário de Itaguaí, onde paramos para fiscalização.
Saindo do Terminal continuamos na RJ-099 Rua Doutor Curvelo Cavalcanti passamos pelo Engenho e pela Vila Margarida, chegando então em Brisamar onde passamos pelo Viaduto Tobogã sobre a linha cargueira Japeri-Brisamar.
Variante Japeri x Brisamar
O triângulo de Japeri
A estação de Japeri já foi um importante entroncamento ferroviário e uma base de operação da EFCB.
Devido ao seu posicionamento aos pés da Serra do Mar, foi durante muito tempo o ponto de preparação da subida dos trens serra acima, sediando locomotivas de auxílio, e manutenção leve, tanto de equipamentos quanto da via.
Na época da tração a vapor as locomotivas normalmente precisava ser giradas para permitir seu tráfego em em ré durante longos trechos (há exceções como as locomotivas "Ramonas" da EF Leopoldina), para isto as ferrovias construíam triângulos de reversão.
Japeri devido a sua importância teve no seu pátio 2 triângulos, um para atender aos trens da linha auxiliar, bitola métrica, e outro para os trens da linha do centro da EFCB, bitola de 1,6 metros "larga".
A linha auxiliar da Central/leopoldina foi devorada pelo tempo, e junto com ela seu triângulo de reversão.
O da linha do centro ainda existe, porém com uma função bem menos nobre, hoje opera como um "bota-fora", uma local onde o lixo removido das linhas é descarregado.
Durante anos após a desativação da tração a vapor, até meados da década de 90, a ferrovia deu uso a esta parte do pátio, continuaram a ser feitas ali as reversões de trens de serviço, do Barrinha , e inspeção de TUEs - trens unidade elétricos.
Como curiosidade, quando se decidiu construir a variante Japeri-Brisamar (finalizada em 1974), a mesma começou a ser construída a partir da ponta deste triângulo em direção ao Rio Guandu, chegando a abrir uma linha até as margens do rio.
Percebendo que a nova variante para tráfego de minério sofreria interferência dos TUEs da linha de subúrbio, que utilizam o pátio de Japeri, e até mesmo a inconveniência de atravessar o centro urbano do então distrito de Nova Iguaçu, ao invés de partir de Japeri a RFFSA mudou o ponto de saída da linha para Guedes Costa (Km 64), a placa de inauguração da variante inclusive fica na estação de Japeri.
Ainda em Brisamar, encontramos mais uma vez com a BR-101 Rodovia Governador Mário Covas (Rio-Santos) e com a BR-493 Rodovia Raphael de Almeida Magalhães (Arco Metropolitano).
O Arco Metropolitano dá acesso ao Porto de Itaguaí. Após o cruzamento com o Arco passamos pela Vila Paraíso e chegamos em Coroa Grande, o último bairro de Itaguaí.
Passamos pela cidade abandonada de Albanoel e atravessamos o Rio Itingussú, chegando então em Mangaratiba no bairro de Itacuruçá.
Acessamos a Rodovia RJ-014 e passamos pelo interior do bairro de Itacuruçá acompanhando a Estrada de Ferro de Mangaratiba. Após a Praia de Itacuruçá estamos em Muriqui.
A estrada passa a se chamar Avenida Cândido José da Costa Jorge e segue por todo o bairro até entroncar-se com a Rodovia Rio-Santos.
Estamos agora em Praia Grande e rapidamente chegamos em Sahy, onde há uma reserva ecológica onde havia uma mineradora.
Novamente passamos por um trevo e a RJ-014 volta a surgir adentrando o bairro passando pelas praias de Sahy, Figueiras, Brava, Ibicuí e Mangaratiba onde se inicia a RJ-149 Estrada de São João Marcos.
Seguimos então pela Rio-Santos e atravessamos o Rio Sahy e passamos pela galeria do túnel que nos levará até o distrito sede.
Chegamos então no Trevo de Mangaratiba, cruzamento da Rio-Santos com a RJ-149. Essa liga Mangaratiba à Rio Claro passando pela Serra do Piloto e pelo antigo município de São João Marcos, inundado para construção da represa de Ribeirão das Lajes.
São João Marcos
São João Marcos foi um antigo município do estado do Rio de Janeiro despovoado e demolido na década de 1940 para a formação da represa de Ribeirão das Lages para a produção de energia elétrica e abastecimento da cidade do Rio de Janeiro.
Formada a partir da abertura da estrada entre o Rio de Janeiro e São Paulo, ainda no governo de Luís Vaía Monteiro, com a instalação de lavouras e comércios de passagem, foi fundada em 1739 por João Machado Pereira, que em suas terras criou uma capela dedicada a São João Marcos.
Conheceu o apogeu quando da chegada da cultura do café, que fez a cidade atingir seu ápice no século XIX, quando chegou a ter mais de 14 mil habitantes, com sua principal vila tendo dez ruas e dez travessas, onde havia um teatro, um hospital, dois clubes, um posto dos correios e duas escolas.
Até o século XIX teve o nome de São João Marcos do Príncipe e o município era constituído das paróquias de São João Marcos (sede da Vila) e Nossa Senhora da Conceição de Passa Três.
Diversas epidemias de malária dizimaram parte considerável da população local após o declínio da lavoura cafeeira e, juntamente com a instalação, no início do século XX, das usinas hidrelétricas de Fontes, e com a formação do lago da Represa de Ribeirão das Lajes, pertencente à companhia canadense The Rio de Janeiro Tramway, Light and Power, contribuíram para sua decadência.
Em 1943, a população restante foi deslocada para municípios vizinhos como Rio Claro (que era seu distrito), Mangaratiba, Itaguaí e Piraí, sendo que as águas da represa nunca cobriram a maior parte da antiga cidade.
Foi tombada em 1939 e destombada em 1940, por decreto de Getúlio Vargas, que desapropriou as terras da cidade. A matriz foi o último prédio da cidade, haja vista ninguém querer fazer a explosão, pois a população acreditava que destruir uma igreja seria um pecado, ao que um comerciante teria se habilitado a fazer a explosão, sendo utilizados vinte quilos de dinamite.
Atualmente parte de seu território é o 3º distrito do município de Rio Claro, no Vale do Paraíba Fluminense, e a outra parte é o 4º distrito daquele mesmo município, com nome de Passa Três. As ruínas deste antigo município fluminense podem ser vistas às margens da rodovia RJ-149 entre os municípios de Rio Claro e Mangaratiba, onde foi construído um parque arqueológico mantido pela empresa Light S.A., com a finalidade de preservar sua memória.
Agora mais próximo ao mar, a rodovia segue por encostas que contemplam uma vista paradisíaca das baías de Sepetiba e da Ilha Grande. Estamos agora em um bairro chamado Marina, lugar com particularidades distintas a outros bairros. O bairro abriga rios navegáveis que favorecem a economia local. No entorno dos rios Ingaíba, do Saco e Furado existem diversos hotéis e resorts com portos particulares.
Ao chegar em Conceição de Jacareí percorremos um grande trecho de curvas sinuosas e vegetação predominante. Estamos nos aproximando do vilarejo quando conseguimos avistar Ilha da Sororoca.
No centro de Conceição de Jacareí a Rodovia Rio-Santos se torna dupla, possuindo um canteiro divisório em uma extensão de aproximadamente 700 metros.
Contornamos então a direita e entramos na Rua Euclides Claudino da Silva, uma rua lateral à Rodovia Rio-Santos.
A viagem termina na altura da Rua Adalberto Pereira Pinto, onde paramos na frente da linha 458S.
Informações complementares:
A linha teve origem com a empresa Expresso Mangaratiba em 1967.
Inicialmente denominada 116T, a linha era operada por veículos urbanos e teve esse código alterado para 1900T em 2014.
Através da portaria do Departamento de Transporte Rodoviário n° 1150 de 28 de maio de 2014, as linhas e serviços metropolitanos Seletivos/Especiais de transporte coletivo operado por ônibus rodoviários receberam numerações exclusivas.
A linha recebeu o código 1900T, tendo as suas variantes e parciais com os códigos:
1901T Conceição de Jacareí x Duque de Caxias (Direto)
1902S Conceição de Jacareí x Campo Grande
1903S Conceição de Jacareí x Itaguaí
Em março de 2017 a linha foi passada para a Auto Viação Reginas que desde janeiro já operava outras quatro linhas da Expresso Mangaratiba.
A versão direta desta linha também ficou com a Auto Viação Reginas.
Inicialmente utilizou em sua frota veículos da empresa OPTAR, pertencente ao mesmo grupo de investidores da Reginas.
As demais linhas desse destino ficaram com a Expresso Recreio.
Atualmente a Expresso Mangaratiba está fora de operação devido a uma série de intervenções sofridas nesse ano. Com isso, suas linhas foram entregues às empresas:
Auto Viação Reginas
Empresa de Transportes Flores
Expresso Recreio
Expresso Real Rio
Viação Ponte Coberta
Referências Bibliográficas
Revista Eletrônica História, Natureza e Espaço, Estações Ferroviárias, Cia de Ônibus, Portal GEO, Ônibus Brasil, Atlas Escolar da Cidade do Rio de Janeiro 2000, Prefeitura Municipal de Itaguaí, Rio das Ostras In Focus, Veloz o Pascoal
Linha: 116T Duque de Caxias x Conceição de Jacareí via Campo Grande
Empresa: RJ 110 Auto Viação Reginas Ltda
Tipo: Rodoviária Intermunicipal
A linha parte do Terminal Rodoviário de Duque de Caxias, mais conhecido como Terminal Center Shopping, devido a sua localização e as linhas que param no entorno do seu quarteirão.
Saindo do terminal vamos em direção à Vigário Geral pela Estrada RJ-101 Avenida Governador Leonel de Moura Brizola (antiga Avenida Presidente Kennedy).
Após o cruzamento com a Estrada RJ-071 Via Expressa Presidente João Goulart (Linha Vermelha) atravessamos a ponte sobre o Rio Pavuna e já estamos em Vigário Geral na Cidade do Rio de Janeiro.Pela Rua Bulhões Marcial seguimos até Parada de Lucas margeando a Estrada de Ferro Leopoldina.
Essa estrada é parte da Antiga Estrada Rio-Petrópolis ligando a Capital da República à Petrópolis.
Estrada Rio-Petrópolis
Sua construção deveria seguir "da Penha a Meriti (atual Caxias), em vez da estrada Benfica a Pavuna, por ser mais curto e evitar os pântanos", providenciando até o alargamento daquela estrada e sua “macadamização”.
Inauguração em 1926 da Estrada Automóvel Clube, 1ª Estrada Rio-Petrópolis |
Entretanto o primitivo projeto do Automóvel Clube, (o qual foi construído), seguia pela Pavuna, São João de Meriti, Fazenda de São Bento, Pilar, prosseguindo quase em linha reta até Santa Cruz (da Serra).
A estrada a partir daí, contornando “uma montanha”, atravessava solos secos e "grande quantidade de fazendas, outrora opulentas: Santa Cruz, da Taquara, da Tocaia e do Fragoso.
Da Raiz da Serra até a cidade de Petrópolis a estrada do Automóvel Clube vai, mais ou menos ladeando a linha da Leopoldina Railway".
As novas rodovias Rio-Petrópolis
Pelos idos de 1926, o presidente da República, Washington Luís, declarava à Nação que "governar é construir estradas", num país que já tinha, na época, 93.682 automóveis e 38.075 caminhões.
O Rio de Janeiro (Distrito Federal na época) e o estado do Rio de Janeiro somavam 13.252 automóveis e 5.452 caminhões. O lema do Presidente se materializou em 25 de agosto de 1928, com a inauguração da primeira rodovia asfaltada do país, a Rodovia Rio-Petrópolis, segunda ligação entre as duas cidades, passando pelo centro de Duque de Caxias (atual Avenida Presidente Kennedy).
Até então, a ligação entre a capital federal e a cidade imperial era feita pela primeira rodovia, a Estrada Automóvel Clube, um caminho de terra que ficava intransitável em grande parte do ano, que a partir daí caiu em desuso e no esquecimento da população e das autoridades.
A nova estrada foi construída aproveitando em muito o trajeto feito pelo Automóvel Clube. Este também começava em São Cristóvão, passando por Benfica, seguia por um pequeno trecho da Avenida Suburbana e, depois, pela Rua dos Democráticos e pela Rua Uranos, para daí acompanhar a linha de trem da Leopoldina pelas atuais Ruas Ibiapina, Itabira e Bulhões Marcial até encontrar, e ultrapassar, o Rio Meriti, entrando em Duque de Caxias e seguindo até o Lote XV, onde encontrava com a antiga Avenida Automóvel Clube, seguindo por ela até Petrópolis, sem entrar em Santa Cruz da Serra, agora ela seguia reto e subia a serra a partir de Xerém.
Variante Rio-Petrópolis
Em 1950 é inaugurada a Variante Rio-Petrópolis, construída em linha reta, o que torna 4km a menos de extensão do seu início no trevo das Missões até o encontro com a Antiga Rio-Petrópolis no Pilar.
Terminal Rodoviário Mariano Procópio (Praça Mauá) - 1950 |
Nos anos 50, mais precisamente no dia 6 de janeiro, inaugurou-se a Rodovia do Contorno (nova pista, só de descida da serra), em conjunto com a variante Rio-Petrópolis, a terceira estrada, que passa fora do centro de Duque de Caxias, depois chamada Rodovia Washington Luiz (parte da atual BR 040, que liga o Rio de Janeiro a Juiz de Fora), e abandonou-se também a segunda Rio-Petrópolis (atual Avenida Governador Leonel de Moura Brizola). Essa terceira rodovia foi inaugurada pelo General Eurico Gaspar Dutra.
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Chegando na Avenida Brasil vamos em direção à Zona Oeste.
No Jardim América passamos pelo Trevo das Margaridas onde se inicia a Rodovia Presidente Dutra.
Passamos por Irajá em em Coelho Neto passamos sobre a Linha 2 do metrô e a Estrada RJ-083 Avenida Automóvel Clube, essa que seria a Linha Verde do Plano Doxíadis, ligando a Gávea à Rodovia Presidente Dutra no Parque Columbia.
Ao longo do Distrito Industrial de Fazenda Botafogo atravessamos a ponte sobre o Rio Acari e chegamos em Barros Filho.
No século XVIII toda a região que pertencia a freguesia de Irajá era ocupada por grandes fazendas, como a Botafogo e a do Engenho Boa Esperança.
A família Costa Barros era proprietária desses latifúndios. O pai passou toda a área para seu herdeiro, Barros Filho. Com a construção da linha auxiliar, entre os anos de 1892 e 1898, nela foi instalada a estação Barros Filho, que deu nome ao Bairro.
É atravessado pela avenida Brasil, abrange o Distrito Industrial da Fazenda Botafogo e diversas comunidades.
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Após as torres de transmissão da Light chegamos em Guadalupe e rapidamente estamos em Deodoro, onde se iniciará o Corredor Transbrasil, operado por BRT's, sendo ele integrado aos trens da Supervia e com o Corredor Transolímpico.
Terminal Rodoviário de Deodoro
O terminal rodoviário de Deodoro era considerado o mais importante de um sistema que previa cinco grandes paradas de ônibus em Madureira, Usina, Méier e Praça Quinze.
Construído por Marcelo Alencar por Cr$ 1,18 bilhão, o terminal de Deodoro, entregue em 28 de dezembro de 1992, serviria de integração rodoferroviária. Passageiros de 18 linhas da Zona Oeste passariam a fazer ali a baldeação para os trens ou para uma linha principal ônibus.
Linha 301 dentro do Terminal de Deodoro |
A linha experimental e de protótipo do serviço durou por vários anos.
A 301 Deodoro x Praça XV atravessava toda extensão da Avenida Brasil pela faixa seletiva, acessando então o Elevado da perimetral e a Rua Camerino, onde atravessava a Avenida Presidente Vargas e pela mesma chegava ao Mergulhão da praça XV, dando acesso ao Terminal Rodoviário Urbano da Misericórdia, também extinto atualmente.
A ideia previa a substituição do ônibus da linha por veículos articulados, atendendo então à maior demanda.
O Terminal Rodoviário de Deodoro foi demolido em 2002, dando lugar ao Parque das Vizinhanças Dias Gomes (Piscinão de Deodoro).
O Terminal Rodoviário Urbano da Misericórdia foi demolido e o terreno deu espaço ao Boulevard Olímpico.
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Cruzamos a Estrada de Ferro Central do Brasil e a Avenida Getúlio de Moura, que dá acesso á Baixada Fluminense. Em instantes seguindo pela Avenida Brasil acompanhamos o leito do Rio Marngá e chegamos ao acesso da Via Expressa Transolímpica, que liga Magalhães Bastos ao Recreio dos Bandeirantes, ambos na Zona Oeste do Rio.
Em Realengo passamos pela Comunidade do Batan, localizada no cruzamento com a Estrada do Engenho Novo A estrada que liga Anchieta à Relengo se inicia na Avenida Getúlio de Moura em frente à Estação ferroviária passa pela área militar do Campo de Gericinó e chega em Realengo cortando o Morro do Batan, onde atravessa a Avenida Brasil e termina na Estrada da Água Branca em frente à EsIE - Escola de Instrução Especializada do Exército.
Agora em Padre Miguel passamos rapidamente pelo viaduto sobre a Estrada da Cancela Preta, que dá acesso à cancela Preta, ao Jardim Bangu e aos Conjuntos Seis de Novembro e João Saldanha.
Em Bangu cruzamos a ponte sobre o Rio Sarapuí e a Rua Catiri, que dá acesso à localidade com esse nome.
Entre as estradas do Gericinó e Guandu do Sena passamos pelo bairro Gericinó.
Gericinó
O nome Gericinó é composto de Iarí - Airy- “em cima, no alto” e Cin-ó, “liso e fechado”, formando, “morro liso e fechado”. Esse morro é o do Gericinó, com 889 metros de altura, na divisa com o município de Mesquita.
Em seguida, foi construída uma série de presídios:
Laércio da Costa Pellegrino em 1988
Alfredo Tranjan em 1995
Doutor Serrano Neves em 1997
Jonas Lopes de Carvalho em 1999
Conhecidos, respectivamente, por Bangu 1, 2, 3 e 4.
Há, ainda, o presídio feminino Talavera Bruce, na estrada do Guandu do Sena. No total, são 14 unidades penais, 3 hospitais e o quartel do 14° Batalhão da PMERJ.
O Bairro do Gericinó abrange todo o complexo penitenciário, as áreas do Aterro Sanitário, controlado pela COMLURB e atualmente desativado, Além de parte da área do Exército, no campo de Gericinó, e segue até a encosta florestada da Serra do Gericinó, encontrando a divisa Norte do Município.
Foi criado em 2004 com parte da sua área pertencendo originalmente no bairro de Bangu.
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Seguindo pela Avenida Brasil passamos pela Vila Kennedy, cujo a avenida a divide em dois lados. Agora em Santíssimo passamos pelo viaduto do acesso à Estrada dos Coqueiros e continuamos na BR-101 em direção à Campo Grande, onde entramos na Estrada do Mendanha.Na Estrada do Mendanha seguimos em direção ao centro comercial do bairro. Após passarmos pelo West Shopping entramos na Estrada das Capoeiras.
Entramos na Estrada Rio do A e seguimos até o fim na Praça dos Estudantes. Passamos ao lado da alça de subida do viaduto Prefeito alim Pedro e acessamos a Rua Campo Grande. A partir daqui seguiremos margeando o Ramal de Santa Cruz dos trens da Supervia.
Chegamos em Inhoaíba nas proximidades da estação Benjamim do Monte, a mesma foi aberta em 1971 com a construção do estaleiro da Ishikawajima que ficava em frente a essa estação. Atualmente resta apenas o terreno abandonado.
Os trilhos que partiam da estação até o estaleiro marcavam a divisa entre os dois bairros.
mesmo tendo deixado para trás o bairro, continuamos na Rua Campo Grande, onde por ela seguimos até a estação ferroviária de Inhoaíba. Após a Praça Filomena Carlos Magno a rua passa a se chamar Guarujá.
Pela Rua Guarujá cortamos todo o bairro de Cosmos até o viaduto da Estrada de Paciência. A partir desse ponto estamos no bairro de Paciência onde se inicia a Estrada de Urucânia, a qual seguimos daqui em diante.
Após a estação Tancredo Neves chegamos na Praça José Soares dos Santos, já no bairro de Santa Cruz. continuamos na Estrada de Urucânia e após atravessarmos a ponte sobre o Rio Cação Vermelho chegamos na esquina com a Estrada Linha de Austin, onde havia a Estrada de Ferro Carlos Sampaio - Santa Cruz.
Ramal Carlos Sampaio (Austin) - Santa Cruz
No dia 5 de fevereiro de 1929, ocorreu a inauguração do ramal Carlos Sampaio x Santa Cruz, com 34 km de extensão, ligando a estação de Carlos Sampaio da Linha Auxiliar até Santa Cruz no Ramal de Mangaratiba, passando por Austin na Linha do Centro. Com isso são inauguradas as estações de Cabuçu, Engenheiro Araripe, Engenheiro Heitor Lira e a Estação Marapicu que não chegou a ser inaugurada.
O ramal teve vida efêmera, pois o trecho Santa Cruz - Cabuçu foi fechado em 1932, restando apenas o tráfego de trens de serviço entre Cabuçu e Carlos Sampaio até 1948, quando o ramal foi totalmente erradicado com o início das obras de construção da Rodovia Presidente Dutra.
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Já no centro do bairro de Santa Cruz, a Estrada de Urucânia termina na Rua Francisco Belisário. por ela seguimos até a Praça Ruão.
Passamos rapidamente próximo à estação ferroviária de Santa Cruz, atualmente a estação final desse ramal.
Na Rua Senador Camará seguimos até a Praça do Gado, onde se inicia a Avenida Padre Guilherme Decaminada. Por ela seguimos até a Avenida Brasil e seguimos n sentido São Cristóvão até o primeiro retorno. Agora vamos em direção a Itaguaí.
Cortamos todo Distrito Industrial de Santa Cruz pela Avenida Brasil e em seguida pela Rodovia Rio-Santos, que nada mais é do que a continuação da BR-101.
Na entrada do Distrito Industrial há um grande largo com retorno e cruzamento na rodovia. As pistas centrais são bloqueadas e a passagem em ambos os sentidos são realizadas pela pista lateral, formando assim uma rotatória.
Após esse ponto estamos na Zona Industrial de Itaguaí. Após o Rio da Guarda chegamos em Sanatana, onde estão localizados o Shopping Patio Mix Costa Verde e o SENAI.
No cruzamento com a RJ-099 Estrada do Piranema há um trevo, o qual acessamos a Estrada Deputado Octávio Cabral. Seguimos em direção ao centro do município e chegamos no bairro Califórnia após atravessarmos a ponte sobre o Canal Ponte da Preta.
Em instantes chegamos ao Centro no Terminal Rodoviário de Itaguaí, onde paramos para fiscalização.
Saindo do Terminal continuamos na RJ-099 Rua Doutor Curvelo Cavalcanti passamos pelo Engenho e pela Vila Margarida, chegando então em Brisamar onde passamos pelo Viaduto Tobogã sobre a linha cargueira Japeri-Brisamar.
Variante Japeri x Brisamar
O triângulo de Japeri
A estação de Japeri já foi um importante entroncamento ferroviário e uma base de operação da EFCB.
Devido ao seu posicionamento aos pés da Serra do Mar, foi durante muito tempo o ponto de preparação da subida dos trens serra acima, sediando locomotivas de auxílio, e manutenção leve, tanto de equipamentos quanto da via.
Variante Japeri-Brisamar |
Na época da tração a vapor as locomotivas normalmente precisava ser giradas para permitir seu tráfego em em ré durante longos trechos (há exceções como as locomotivas "Ramonas" da EF Leopoldina), para isto as ferrovias construíam triângulos de reversão.
Japeri devido a sua importância teve no seu pátio 2 triângulos, um para atender aos trens da linha auxiliar, bitola métrica, e outro para os trens da linha do centro da EFCB, bitola de 1,6 metros "larga".
A linha auxiliar da Central/leopoldina foi devorada pelo tempo, e junto com ela seu triângulo de reversão.
O da linha do centro ainda existe, porém com uma função bem menos nobre, hoje opera como um "bota-fora", uma local onde o lixo removido das linhas é descarregado.
Vista aérea de Japeri - Entroncamento ferroviário |
Durante anos após a desativação da tração a vapor, até meados da década de 90, a ferrovia deu uso a esta parte do pátio, continuaram a ser feitas ali as reversões de trens de serviço, do Barrinha , e inspeção de TUEs - trens unidade elétricos.
Como curiosidade, quando se decidiu construir a variante Japeri-Brisamar (finalizada em 1974), a mesma começou a ser construída a partir da ponta deste triângulo em direção ao Rio Guandu, chegando a abrir uma linha até as margens do rio.
Percebendo que a nova variante para tráfego de minério sofreria interferência dos TUEs da linha de subúrbio, que utilizam o pátio de Japeri, e até mesmo a inconveniência de atravessar o centro urbano do então distrito de Nova Iguaçu, ao invés de partir de Japeri a RFFSA mudou o ponto de saída da linha para Guedes Costa (Km 64), a placa de inauguração da variante inclusive fica na estação de Japeri.
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Ainda em Brisamar, encontramos mais uma vez com a BR-101 Rodovia Governador Mário Covas (Rio-Santos) e com a BR-493 Rodovia Raphael de Almeida Magalhães (Arco Metropolitano).
O Arco Metropolitano dá acesso ao Porto de Itaguaí. Após o cruzamento com o Arco passamos pela Vila Paraíso e chegamos em Coroa Grande, o último bairro de Itaguaí.
Passamos pela cidade abandonada de Albanoel e atravessamos o Rio Itingussú, chegando então em Mangaratiba no bairro de Itacuruçá.
Acessamos a Rodovia RJ-014 e passamos pelo interior do bairro de Itacuruçá acompanhando a Estrada de Ferro de Mangaratiba. Após a Praia de Itacuruçá estamos em Muriqui.
A estrada passa a se chamar Avenida Cândido José da Costa Jorge e segue por todo o bairro até entroncar-se com a Rodovia Rio-Santos.
Estamos agora em Praia Grande e rapidamente chegamos em Sahy, onde há uma reserva ecológica onde havia uma mineradora.
Novamente passamos por um trevo e a RJ-014 volta a surgir adentrando o bairro passando pelas praias de Sahy, Figueiras, Brava, Ibicuí e Mangaratiba onde se inicia a RJ-149 Estrada de São João Marcos.
Seguimos então pela Rio-Santos e atravessamos o Rio Sahy e passamos pela galeria do túnel que nos levará até o distrito sede.
Chegamos então no Trevo de Mangaratiba, cruzamento da Rio-Santos com a RJ-149. Essa liga Mangaratiba à Rio Claro passando pela Serra do Piloto e pelo antigo município de São João Marcos, inundado para construção da represa de Ribeirão das Lajes.
São João Marcos
São João Marcos foi um antigo município do estado do Rio de Janeiro despovoado e demolido na década de 1940 para a formação da represa de Ribeirão das Lages para a produção de energia elétrica e abastecimento da cidade do Rio de Janeiro.
Formada a partir da abertura da estrada entre o Rio de Janeiro e São Paulo, ainda no governo de Luís Vaía Monteiro, com a instalação de lavouras e comércios de passagem, foi fundada em 1739 por João Machado Pereira, que em suas terras criou uma capela dedicada a São João Marcos.
Conheceu o apogeu quando da chegada da cultura do café, que fez a cidade atingir seu ápice no século XIX, quando chegou a ter mais de 14 mil habitantes, com sua principal vila tendo dez ruas e dez travessas, onde havia um teatro, um hospital, dois clubes, um posto dos correios e duas escolas.
Capela de Nossa Senhora da Conceição de Passa Três |
Diversas epidemias de malária dizimaram parte considerável da população local após o declínio da lavoura cafeeira e, juntamente com a instalação, no início do século XX, das usinas hidrelétricas de Fontes, e com a formação do lago da Represa de Ribeirão das Lajes, pertencente à companhia canadense The Rio de Janeiro Tramway, Light and Power, contribuíram para sua decadência.
Em 1943, a população restante foi deslocada para municípios vizinhos como Rio Claro (que era seu distrito), Mangaratiba, Itaguaí e Piraí, sendo que as águas da represa nunca cobriram a maior parte da antiga cidade.
Foi tombada em 1939 e destombada em 1940, por decreto de Getúlio Vargas, que desapropriou as terras da cidade. A matriz foi o último prédio da cidade, haja vista ninguém querer fazer a explosão, pois a população acreditava que destruir uma igreja seria um pecado, ao que um comerciante teria se habilitado a fazer a explosão, sendo utilizados vinte quilos de dinamite.
Vila de São João Marcos |
Atualmente parte de seu território é o 3º distrito do município de Rio Claro, no Vale do Paraíba Fluminense, e a outra parte é o 4º distrito daquele mesmo município, com nome de Passa Três. As ruínas deste antigo município fluminense podem ser vistas às margens da rodovia RJ-149 entre os municípios de Rio Claro e Mangaratiba, onde foi construído um parque arqueológico mantido pela empresa Light S.A., com a finalidade de preservar sua memória.
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Agora mais próximo ao mar, a rodovia segue por encostas que contemplam uma vista paradisíaca das baías de Sepetiba e da Ilha Grande. Estamos agora em um bairro chamado Marina, lugar com particularidades distintas a outros bairros. O bairro abriga rios navegáveis que favorecem a economia local. No entorno dos rios Ingaíba, do Saco e Furado existem diversos hotéis e resorts com portos particulares.
Ao chegar em Conceição de Jacareí percorremos um grande trecho de curvas sinuosas e vegetação predominante. Estamos nos aproximando do vilarejo quando conseguimos avistar Ilha da Sororoca.
No centro de Conceição de Jacareí a Rodovia Rio-Santos se torna dupla, possuindo um canteiro divisório em uma extensão de aproximadamente 700 metros.
Contornamos então a direita e entramos na Rua Euclides Claudino da Silva, uma rua lateral à Rodovia Rio-Santos.
A viagem termina na altura da Rua Adalberto Pereira Pinto, onde paramos na frente da linha 458S.
Informações complementares:
A linha teve origem com a empresa Expresso Mangaratiba em 1967.
Inicialmente denominada 116T, a linha era operada por veículos urbanos e teve esse código alterado para 1900T em 2014.
Através da portaria do Departamento de Transporte Rodoviário n° 1150 de 28 de maio de 2014, as linhas e serviços metropolitanos Seletivos/Especiais de transporte coletivo operado por ônibus rodoviários receberam numerações exclusivas.
A linha recebeu o código 1900T, tendo as suas variantes e parciais com os códigos:
1901T Conceição de Jacareí x Duque de Caxias (Direto)
1902S Conceição de Jacareí x Campo Grande
1903S Conceição de Jacareí x Itaguaí
Em março de 2017 a linha foi passada para a Auto Viação Reginas que desde janeiro já operava outras quatro linhas da Expresso Mangaratiba.
A versão direta desta linha também ficou com a Auto Viação Reginas.
Inicialmente utilizou em sua frota veículos da empresa OPTAR, pertencente ao mesmo grupo de investidores da Reginas.
As demais linhas desse destino ficaram com a Expresso Recreio.
Atualmente a Expresso Mangaratiba está fora de operação devido a uma série de intervenções sofridas nesse ano. Com isso, suas linhas foram entregues às empresas:
Auto Viação Reginas
Empresa de Transportes Flores
Expresso Recreio
Expresso Real Rio
Viação Ponte Coberta
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Referências Bibliográficas
Revista Eletrônica História, Natureza e Espaço, Estações Ferroviárias, Cia de Ônibus, Portal GEO, Ônibus Brasil, Atlas Escolar da Cidade do Rio de Janeiro 2000, Prefeitura Municipal de Itaguaí, Rio das Ostras In Focus, Veloz o Pascoal