Dados da linha:
Linha: 490B Miguel Couto x Central via Luís de LemosEmpresa: RJ156 Transportadora Tinguá Ltda
Tipo: Urbana Intermunicipal
A linha parte da Rua Marli Pereira de Carvalho. Essa da rua correspondente à denominação de Terminal Rodoviário de Miguel Couto.
O local conhecido como Terminal Rodoviário de Miguel Couto está no traçado do antigo leito do Ramal de Jaceruba da E.F. Rio Douro. No local também havia a estação ferroviária do bairro. Atualmente demolida.
Saindo do "terminal" entramos na Rua Cameron em direção ao Parque Ambaí e seguimos pela Rua Hermelinda até chegramos nos trilhos da Estrada de Ferro Linha Auxiliar.
Ambaí e Parque Ambaí
O surgimento das ocupações nessa região está relacionado à abertura da Estrada de Ferro Melhoramentos em 1898.
A linha fazia a ligação entre Japeri e a Mangueira, posteriormente à Barão de Mauá.
Em 1968 foi construída a linha Ambaí-São Bento. Essa iniciava na Estação Ambaí da Linha Auxiliar (E.F. Melhoramentos)e atravessava o Ramal de Jacutinga da E.F. Rio Douro em Miguel Couto e seguia até São Bento onde fazia a ligação com a E.F. Leopoldina.
A linha Ambaí-São Bento foi suprimida em 1968, com isso a estação que ficava ao lado do Rio das Velhas também foi desativada.
A prosperidade do local chegou com a implantação da Estrada do Ambaí, atual Avenida Henrique Duque Estrada Mayer, ligando Nova Iguaçu à Miguel Couto - até então o seu bairro-metrópole.
Em 1999 Ambaí foi dividido em dois. Através do Decreto de nº 6.083 ficou estabelecido:
À oeste da Estrada de Ferro: Ambaí
À leste da Estrada de Ferro: Parque Ambaí
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Agora de frente com a ferrovia entramos à esquerda na Rua Doutor Borgueth e atravessamos a passagem de Nível e chegamos na Vila Bela Vista e seguiremos a Estrada Luís de Lemos até o fim, passando pelo Carmari.
Chegamos na Posse e entramos na RJ-111 Avenida Duque Estrada Mayer até a Avenida Governador Roberto Silveira, essa se inicia próximo ao Viaduto da Posse e segue eté o centro de Nova Iguaçu terminando ao lado do Terminal Rodoviário e embaixo do Viaduto Padre João Musch, na esquina com a Avenida Marechal Floriano Peixoto.
RJ-111 Estrada Zumbi dos Palmares
A RJ-111 possui 28,0 km de extensão, ligando o bairro da Posse à localidade de Tinguá, ambos no município de Nova Iguaçu.
O caminho foi aberto no século XVIII ligando a antiga sede do município de Iguaçu velho à Maxambomba (atual sede do município hoje chamado Nova Iguaçu. Em 1883 com a construção da Estrada de Ferro Rio Douro, o trecho entre Ambaí e Tinguá serviram aos ramais de jaceruba e Tinguá suprimidos na década de 1960.
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Após atravessarmos o Viaduto da Posse sobre a BR-116 Rodovia Presidente Dutra e chegamos em Moquetá, onde seguimos por algumas ruas que darão acesso a Via Dutra passando ao lado do Aeroclube de Nova Iguaçu.
O acesso à BR-116 é feito pela Avenida Doutor Salles Teixeira. Pela Rodovia Presidente Dutra seguiremos até o Trevo das Margaridas no entroncamento com a Rodovia BR-101 Governador Mário Covas (Avenida Brasil).
Em Nova Iguaçu passamos por Moquetá, após a ponte sobre o Rio Botas estamos no Centro e chegamos ao bairro Califórnia após a Rua Frederico de Castro Ferreira. Continuando em frente passamos por Vila Nova após a esquina com a RJ-105 Rua Oscar Soares e saímos de Nova Iguaçu após a travessia do Rio da Prata.
Agora em Mesquita passamos rapidamente por Jacutinga e pelo Bairro Industrial que termina na Rua Coelho da Rocha, onde há o viaduto que faz a ligação de Mesquita com Belford Roxo. Deste ponto até o Rio Sarapuí passamos pelo BNH.
Do outro lado do Rio Sarapuí chegamos em São joão de Meriti no bairro Grande Rio, que nada tem há ver com o Shopping. Em seguida cortamos Coelho da Rocha, onde atravessamos o Ramal de Belford Roxo da Supervia. Passando pela Vila Rosali chegaremos ao Jardim Meriti após o acesso da Rua Pernambucana.
Após o cruzamento com o viaduto da estrada RJ-085 Avenida Automóvel Clube chegamos ao Centro do município, o qual seguiremos até ponte sobre o Rio Pavuna,, deixando então o município.
Na Capital nosso primeiro bairro é a Pavuna, onde passamos pelo Distrito Industrial. Aqui se inicia a RJ-071 Via Expressa Presidente João Goulart (Linha Vermelha). Em poucos metros estamos no Parque Colúmbia entre o viaduto da Avenida Coronel Phidias Távora e o Rio Acari.
Após o Rio Acari chegamos em Irajá, onde passamos pela Superintendência Regional do DNIT e pelo Trevo das Margaridas, onde termina a Via Dutra no entroncamento com a BR-101 Avenida Brasil.
Trevo das Margaridas
Nossa aérea de hoje, do segunda metade dos anos 50, mostra a ainda em obras Avenida das Bandeiras com um dos seus conjuntos de viadutos mais importantes já concluído, o Trevo das Margaridas.
A Av. das Bandeiras construída como prolongamento natural da Av. Brasil, a partir de Parada de Lucas tinha a finalidade de ser uma via de penetração rumo ao Sertão Carioca, interligando e racionalizando o acesso de vários bairros, bem como se conectar com bairros longíquos perto das fronteiras do então Distrito Federal.
Além disso a Av. das Bandeiras iria racionalizar o acesso à São Paulo, como anos antes a Av. Brasil tinha feito, eliminado o transito por dentro dos subúrbios da Leopoldina e o mais importante se conectando com um trecho da nova Via Dutra que trouxe no início da década a estrada mais para perto do centro da cidade.
Trevo das Margaridas nos anos 50 - Vista Alegre |
A antiga Rio-São Paulo dava uma grande volta por Itaguaí e Nova Iguaçu e desembocava em Campo Grande. Nossa foto mostra a Av. das Bandeiras já funcional nesse trecho, bem como os viadutos do trevo, inclusive já duplicados. Mas um pouco mais a frente tem-se a nítida noção que a Dutra ainda não está totalmente pronta ou funcionando em pista simples, pois vemos apenas um grande caminho de terra e não notamos o asfalto. O que contraria as informações oficiais que dizem que nos anos 50 as pistas eram duplicadas do trevo até Seropédica.
Conjunto técnico-funcional-industrial do DER-DF, final dos anos 50 |
O grande complexo mais à frente é a usina do de asfalto do DER-DF, hoje Funderj, complexo este que já teve muita importância nos anos 60 e 70 com seu laboratório de engenharia, à época um dos mais importantes e sofisticados do país nos estudos de estruturas e massa asfáltica.
O grande terreno, com a saída da capital para Brasília foi dividido entre a Guanabara e o Gov. Federal e depois da fusão a parte da Guanabara foi novamente fracionada entre o Estado do Rio e a prefeitura da cidade do Rio de Janeiro. No pé da imagem podemos observar que o bairro de Jardim América praticamente não existia.
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Acessamos a Avenida Brasil no sentido Centro e após passarmos pelas torres de transmissão da Light chegamos em Parada de Lucas, onde passamos sobre a Estrada de Ferro Leopoldina na altura da estação Parada de Lucas.
Chegando às margens dos conjuntos da Cidade Alta, estamos em cordovil e em instantes no entroncamento com a BR-040 Rodovia Washington Luiz no Trevo das Missões.
Continuamos na Avenida Brasil e chegamos n Penha Circular após a ponte sobre o Rio Irajá. Até a Avenida Lobo Júnior todo bairro é industrial, sediando diversos galpões, pátios e armazéns. Então chegamos na Penha que mantém as mesmas características do bairro anterior.
Na altura da Central de tratamento da CEDAE havia uma ferrovia que cruzava a região em direção ao Porto de Maria Angu. A região foi aterrada para construção da Avenida Brasil. Hoje o local onde havia o antigo porto abriga o Centro de Educação Física Adalberto Nunes, de propriedade da Marinha.
Porto de Maria Angu
A região praieira da Penha, próxima aos mangues do Saco do Viegas, era chamada de “MARIANGU”, nome indígena de uma ave abundante no litoral da Baía de Guanabara.
Nela surgiu o Porto de “Maria Angu”, do qual partiam embarcações para o centro do Rio de Janeiro colonial. No início do século XX, o Prefeito Pereira Passos instalou no Porto de “Maria Angu”, uma ponte para as barcas da Cantareira atracarem, ligando a Penha à Praça XV, com conexão para a Ilha do Governador.
Os grandes aterros que ocorreram nesta área fizeram desaparecer toda a sua orla marítima. No lugar, foi aberta a avenida Brasil e o atual Complexo da Marinha.
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Agora passamos por Olaria e Ramos, onde encontramos com o Corredor Transcarioca do BRT. do outro lado, a favela Parque união, no Complexo da Maré. Após a passarela 9 chegamos em Bonsucesso.
Assim como nos bairros anteriores, em Bonsucesso também há um "cinturão" industrial nas no percurso da Avenida Brasil, possuindo sede de transportadoras e empresas diversas à frente da área residencial, que fica no interior desses bairros.
Ao chegarmos no viaduto da Avenida Governador Carlos Lacerda (Linha amarela) chegamos em Manguinhos, onde passamos pela Fundação Oswaldo Cruz e pela Refinaria de Manguinhos, além da travessia sobre o Canal do Cunha, que inicia no encontro dos Rios Jacaré e Faria, no Conjunto Nelson Mandela. O conjunto foi construído em uma área aterrada onde haviam alagados e era conhecida como Praia Rasa.
Foto: Reprodução |
Na divisa dos bairros Manguinhos e Benfica passamos embaixo do viaduto da linha cargueira Japeri-Arará. Esse viaduto foi construído em 1974, mesmo ano em que foi inaugurada a Ponte Rio-Niterói. Antes da existência do viaduto havia uma passagem de nível no local.
Foto: Reprodção |
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Agora em Benfica, passamos brevemente até a Rua Prefeito Olimpo de Melo no bairro de Benfica, e depois seguimos por São Cristóvão até o acesso ao Viaduto do Gasômetro e à Ponte Presidente Costa e Silva (Rio-Niterói).
No bairro do Caju seguimos por baixo do Viaduto o Gasômetro até o Canal do Mangue. Após a travessia deste chegamos no Santo Cristo, onde está localizada a Rodoviária Novo Rio.
Agora na Avenida Rodrigues Alves seguimos até a Gamboa, onde na altura da Cidade do Samba acessamos a Via Binário do Porto. Seu percurso contempla o Túnel da Saúde, que atravessa o morro com o mesmo nome e nos leva até a Avenida Venezuela.
Com a inauguração da Via Expressa da Avenida Rodrigues e do Túnel Marcelo Alencar em 2016, as linhas de ônibus que circulam na região tiveram se trajeto alterado.
Entramos na Rua Barão de Tefé e continuamos pela Rua Camerino, a mudança de nome ocorre após o cruzamento com a Rua Sacadura Cabral, mesmo ponto onde está localizado o Cais do Valongo.
As ruas Barão de Tefé e Camerino fazem divisa entre os bairros da Saúde e da Gamboa.
Ao chegar na Praça dos Estivadores, entramos na Rua Barão de São Félix, essa também limita o bairro da Gamboa com o Centro. Seguimos por ela até o fim, no Terminal Rodoviário Américo Fontenelle.
A linha para na plataforma C do terminal, sendo ela a primeira da fila, dividindo suas baias com as variantes executivas.
Morro da Providência
Integrante do perímetro reconhecido como Zona Portuária, o Morro da Providência é considerado pelos pesquisadores como a primeira favela do Brasil: o Morro da Favela.
No fim dos século XIX, após a instalação da Estação Central, ruas foram abertas e consolidadas na área pelos donos das pedreiras e proprietários de terras e negócios. O comércio de atacado e as oficinas para conserto de carroças proliferam pelas ruas do Príncipe e da Princesa, antigas nominações das ruas Senador Pompeu e Barão de São Félix. Os armazéns de secos e molhados proliferaram em toda a extensão da circunferência que partia do Largo do Depósito – hoje Praça dos Estivadores – até o Morro da Providência.
A diversificação dos gêneros alimentícios e a proximidade das fábricas da região com o Centro aumentou o trabalho dos ambulantes, já que a circulação de pessoas era muito grande. Por conta do fluxo crescente no entorno da Estação ao longo do século XIX e início do XX, foi instalado ali em 1978 o Terminal Rodoviário Américo Fontenelle, hoje em processo de reconstrução.
Estação Central do Brasil |
A sua arquitetura, com plataformas largas e abertas para a rua, possibilitou que trabalhadores ocupassem seu interior para a venda de mercadorias. A área do Morro da Providência é extensa e composta por mais de uma dezena de localidades: Pedra Lisa, Sessenta, Morrinho, Barão da Gamboa, Grota, Toca, Cantão, Bica, Nova Brasília, Ladeira do Faria, Ladeira do Barroso, 6 Escadaria, AP, Cruzeiro, Largo da Igreja, Buraco Quente.
Há ainda a área limítrofe à favela, chamada também de área da Central que é composta por: Cajueiros – eixo da Rua Audomaro Costa com a Alfredo Dolabela Portela; área da Barão de São Felix e da Senador Pompeu, e área da Rua Rego Barros. Além dessas localidades temos a área entre o Morro e a Baía, que é conhecida como: Livramento, Marítima, Vila dos Portuários, Praça dos Servidores, Pedro Ernesto.
Porto do RJ - Início do século XXI |
Toda essa zona, especialmente aquela localizada entre os bairros da Saúde e Gamboa – que fazem junto com o bairro do Santo Cristo limite com o Morro da Providência – foram palco de duas importantes revoltas no início do século XX: a Revolta das Carnes Verdes (1902) e a Revolta da Vacina (1904).
Essas manifestações de resistência eclodiram nas ruelas desses bairros contra ações e determinações oficiais que prejudicavam e alteravam negativamente o cotidiano dos pobres, condição da maioria dos habitantes dessas áreas. Revoltados contra imposições dos governantes, os pobres rebelaram-se exigindo mais informações e melhores condições de vida, seja através da exigência de melhores preços e variedade nos alimentos, seja contra a ação das políticas de estado sobre seus corpos.
As transformações relacionadas às atividades no cais do porto também geraram impacto na vida dos trabalhadores que viviam delas e por intermédio dessas atividades estabeleceram ou fixaram moradia na área entorno do cais. A região portuária leva o trabalho portuário no nome das ruas, na sociabilidade dos percursos, e na organização da classe – os sindicatos ligados ao trabalho no porto estão todos instalados ali.
Curiosidades:
A linha teve origem na Viação Presmic na década de 50 com trajeto até o Terminal Mariano Procópio na Praça Mauá
A trajetória da Viação Presmic foi marcada por diversas tragédias, levando o seu fechamento em 1975, quando foi absorvida pela Transportadora Tinguá que na época operava linhas municipais em Nova Iguaçu e outras intermunicipais.
Com a inauguração do Terminal Rodoviário Coronel Américo Fontenelle em 1978, a linha ganha uma variante com aquele destino (Central).
Em 1975 a Transportadora Tinguá passava por uma nova reestruturação.
Com a aquisição da Presmic, a Tinguá criou a Viação Rival e a Rio Lisboa, onde houve a divisão das linhas e setores.
Transportadora Tinguá > Passou a operar apenas no setor intermunicipal (Linhas ex Presmic)
Rio Lisbôa Transporte e Turismo > Belford Roxo x Bonsucesso (ex Tinguá)
Rival Transportes > Linhas Municipais de Nova Iguaçu (ex Tinguá)
*Em 1975, a Viação Rival foi extinta e as linhas passaram a ser operadas pela Elmar, extinta em 2008.
* Sua linha Caxias x Nova Iguaçu foi passada para a Master Transp.
Versões Rodoviárias
Através da portaria do Departamento de Transporte Rodoviário n° 1150 de 28 de maio de 2014, as linhas e serviços metropolitanos Seletivos/Especiais de transporte coletivo operado por ônibus rodoviários receberam numerações exclusivas.
As linhas seletivas da 490B receberam os códigos:
2490B Miguel Couto x Praça Mauá via Luís Lemos e Linha Vermelha
4490B Miguel Couto x Central via Luís Lemos e Avenida Brasil
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Referências Bibliográficas