Rotas Fluminenses: 707I Miguel Couto x Olinda

Dados da linha:
Linha 707I - Miguel Couto x Olinda
Empresa: RJ 112 Auto Viação Vera Cruz

Tipo: Urbana Intermunicipal



A linha parte da Praça Manuel Joaquim Casimiro, há alguns metros da estação Olinda do Ramal Japeri da Supervia.



Partindo dali, segue pela Avenida Getúlio de Moura, passando pelo centro do município de Nilópolis e chega à ponte sobre o Rio Sarapuí, onde está marcado o limite de municípios. Agora no bairro Edson Passos, estamos no município de Mesquita, o mais jovem da Baixada Fluminense. 



A Estação Edson Passos foi aberta para atender à "Companhia Matadouro Iguaçu" que posteriormente veio a se chamar "Companhia Frigorífico Iguaçu", na época localizado na Rua Gonçalves dias, ao lado do Rio Sarapuí.


Antigo matadouro entre Nilópolis e Mesquita na década de 1930 - Foto: Reprodução da internet
A Companhia Frigorífico Iguaçu S.A. chegou a ter um time de futebol fundado na década de 40 por por funcionários. O Clube Atlético Frigorífico de Nilópolis foi uma agremiação da cidade de Nilópolis.


Fonte: reprodução da internet


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Chegamos ao Centro do município e após passarmos pela 52DP, anicia-se um trecho de congestionamento que vai até o semáforo dá esquina com a rua João Pereira Goulart. Em seguida acessa o Viaduto de Mesquita sob a EFCB e ao descer segue no sentido obrigatório em direção à Nova Iguaçu.

Viaduto de Mesquita em 1986 - Foto: Reprodução da internet

Agora em via larga e com canteiro divisório seguimos até o retorno próximo à estação Juscelino.



Estação Presidente Juscelino

Em 1998, Juscelino e Vila Nova estavam entre os bairros integrantes da URG I Centro de Nova Iguaçu. Com a separação de Mesquita em 1999, Juscelino passou a fazer parte do novo município, enquanto Vila Nova permaneceu em Nova Iguaçu.

Foto: Reprodução da internet
Em 1961, foi inaugurada a estação ferroviária de Vila Nova, que posteriormente teve seu nome alterado para "Presidente Juscelino". Após a mudança de nome, a área mais próxima da estação recebeu o nome de Juscelino, separando-se do restante do bairro. 

A estação de Vila Nova foi inaugurada como estação para os trens de subúrbios da Central. Outro nome pela qual era conhecida na época da sua abertura era Papavento. Em seguida o nome foi alterado para o de Presidente Juscelino.


Tragédia Ferroviária

Em janeiro de 2015, um trem que ia da Central do Brasil para Japeri colidiu com uma composição que estava parada na Estação Presidente Juscelino. Na ocasião, a circulação de trens no Ramal Japeri foi interrompida e o sistema só voltou a operar, de forma parcial, no dia seguinte. Mais de 200 pessoas ficaram feridas. 


Foto: Jornal O Globo
Os peritos analisaram as condições meteorológicas no momento do acidente, bem como o sistema de sinalização, as condições dos trens envolvidos, equipamentos, procedimentos operacionais e fator humano.
De acordo com a nota técnica, houve violação da sinalização automática por parte do trem UP223 no trecho entre as estações Mesquita e Presidente Juscelino, que deveria ter deixado Mesquita em velocidade restrita, obedecendo ao sinal amarelo, e parado no próximo sinal vermelho. 


Foto: Paulo Quaresma - Twitter

O desrespeito à sinalização causou o choque desse trem com a composição UP221, que estava estacionada na plataforma da Estação Presidente Juscelino.



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Após o retorno, seguimos de volta em direção ao Viaduto e, ao invés de subí-lo, passamos pelo cruzamento com a pista de descida e seguimos pela Rua Baronesa de Mesquita em direção à Praça da Telemar, porém antes de alcançá-la, entramos na Avenida Governador Celso Peçanha, uma das principais vias do município que além de servir como meio de acesso, marca o limite geográfico entre:

Bairro Cruzeiro do Sul <|> Parque Ludolf
Santo Elias <|> Banco de Area
Jacutinga <|> Banco de Areia




Chegando ao fim da Celso Peçanha, entramos na Avenida Coelho da Rocha, via que liga a Via Ligth à Belford Roxo em linha reta. Por ela, atravessamos a passagem de nível da linha auxiliar da EFCB e ao lado vemos a Estação Rocha Sobrinho que hoje serve à MRS Logística.



Dois ônibus da extinta empresa São Geraldo de Transportes, operando a linha Nova Iguaçu x São João de Meriti via BNH nessa época a linha ainda nao era Austin x Pavuna, na foto os ônibus estavam passando pela cancela da linha do Trem da estação de Rocha Sobrinho, exatamente ao lado do campo da Bica, meses depois dessa foto a empresa Vila rica assumiu a linha, bem como a linha Nova Iguaçu x BNH da também extinta Auto viação São jorge LTDA.


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A estação de Rocha Sobrinho em 1950, quando ainda recebia trens de passageiros.O levantamento do leito deu-se nos anos 1970, quando da instalação da linha cargueira.

Após a travessia da ferrovia, chegamos ao BNH, bairro construído com recursos do Banco Nacional de Habitação.


A região é predominada por indústrias, fato que se dá desde a década do século XX, quando amplia-se o número de indústrias em Mesquita, com predominância das olarias, que vão se centralizar nos atuais bairros de Rocha Sobrinho, BNH, Banco de Areia e Vila Emil. A predominância da mão de obra nas Olarias era de negros e negras que ainda na década de 1940 trabalhavam em troca de moradia e lenha, que as olarias disponibilizavam para seus operários.

Um exemplo disso é a família Praxedes que reside até o presente nas casas que pertenciam a olaria, local conhecido hoje como “venidão”, o qual pertencia a antiga olaria do Quintela.

Na década de 1960, com a total decadência da laranja e início do processo de decadência das olarias, inicia-se no bairro Banco de Areia, um polo moveleiro com cinco fábricas que criou uma grande de mão de obra. Sua decadência ocorreu nas décadas de 1980 e 1990.

O BNH, foi marcado por duas grandes enchentes, uma em 1971 e a segunda em 1988. Na segunda enchente algumas casas no quarteirão da linha do trêm que ficam nas ruas entre o Colégio Castelo Branco e o Rio Sarapuí, receberam águas a 2,70 metros de altura. Várias pessoas perderam tudo dentro de casa e muitos moradores venderam a casa a preço de banana e outros abandonaram suas casas, que logo foram invadidas por novos moradores e o Banco Unibanco que assumiu esses financiamentos deu a quem estava na casa o direito de financiar e virar próprietario da casa.



Matéria da enchente de 1988 no BNH - Foto: Reprodução da internet

Nessa enchente de 1988, o moradores da parte alta abrigaram os seus carros no Campo do Sobe e Desce, próximo a Dutra para que não fossem prejudicados com a água. Na enchente de 1988, vários moradores se abrigaram no segundo andar do Colégio Municipal Castelo Branco, os militares do Corpo de Bombeiros tiveram que resgatar essas pessoas com lanchas, na parte de cima do colégio. Quem parava em frente à padaria principal e olhava em direção ao Rio Sarapuí, só via um mar de Água, esse foi o momento mais triste da história do bairro.


Os moradores do BNH se uniram fazendo um protesto e fechando a Dutra com sofás Colchoes é tudo que tinham perdido na enchente por algumas horas, Mesquita era distrito de Nova Iguaçu e devido a esse protesto o Governo do estado dragou toda extensão do Rio Sarapuí para dar vazão a carga d'Água da chuva, essa limpeza demorou meses. Alguns moradores abrigaram vizinhos dentro de casa pois não tinha onde ficar.

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Após o BNH, passamos sobre a BR-116 Rodovia Presidente Dutra e chegamos em Belford Roxo, em uma área ainda industrial. Da Avenida Coelho da Rocha, entramos na Rua 28 de Setembro até a Avenida Doutor Carvalhaes, uma das principasi portas de entrada do município de Bilford Roxo.

O Pórtico de Belford Roxo

Na Avenida Doutor carvalhães, havia um pórtico de boas vindas ao município. O antigo Pórtico construído em pouco mais de quatro meses na entrada de Belford Roxo foi inaugurada em agosto de 1995 pelo ex-prefeito Mair Rosa, que assumiu o posto de Jorge Julio Costa, o Joca, assassinado em 20 de junho do mesmo ano, em Laranjeiras.


Pórtico na Avenida Doutor Carvalhaes - Foto: Reprodução da internet
pórtico foi construído em território de Nova Iguaçu que foi cedido a Belford Roxo em negociação com ex-prefeito de Nova Iguaçu Altamir Gomes. Há muito, a cidade necessitava de uma entrada oficial. Depois da tão sonhada emancipação de Nova Iguaçu. A iniciativa encheu de orgulho os moradores da cidade que aprovaram o empreendimento.


Cartão telefônico com o Pórtico ilustrado - Foto: Notícias de Belford Roxo
O pórtico sempre foi referência ao município. Já ilustrou cadernos, livros, sites, carnês de iptu, jornais, campanhas políticas e cartão telefônico de orelhão. Já foi decorado com iluminação Natalina e até um papai Noel de 3 metros de altura já ficou no alto do pórtico.



Em julho de 2017, a prefeitura demoliu o pórtico afirmando que faz parte do processo de revitalização entrada da cidade, 


Demolição do Cartão de Visita do município de Belford Roxo - Foto: Reprodução da Internet

Nove meses após ter demolido o pórtico de Belford Roxo, a Prefeitura Municipal de Belford Roxo começou a reconstrução de um portal para o município. A obra polêmica, já que a antiga estrutura não tinha problemas estruturais ou oferecia risco de cair, custou R$ 205 mil e ocorre em um momento em que a cidade sofre com a falta de serviços públicos e os salários dos servidores atrasados.


Construção do novo Pórtico do município de Belford Roxo - Foto: Reprodução da internet.

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Em instantes, atravessamos a ponte sob o Rio da Prata e já estamos circulando pelo perímetro urbano do Centro do município.


Localizado na Baixada Fluminense, este município já foi chamado de Brejo, Camalhaço e Ipueras até o ano de 1890, quando adotou o nome de Belford Roxo, uma homenagem a Raimundo Teixeira Belford Roxo, um engenheiro maranhense que realizava serviços para a Corte. O engenheiro Belford Roxo adquiriu grande notoriedade em 1888, quando conseguiu captar quinze milhões de litros de água, durante uma das mais terríveis estiagens que se abateu na Baixada.


Antígo catálogo de Belford Roxo em uma exibição de artes plásticas - Foto: Reprodução da internet

Desde então, este sucesso no abastecimento de água passou a ser conhecido como o "Milagre das Águas. Foi criado pela Lei Estadual N° 1.640, de 03 de abril de 1990 e instalado em 01 de janeiro de 1993, quando então emancipou-se de Nova Iguaçu. Hoje, Belford Roxo faz divisa com os municípios de Duque de Caxias, Nova Iguaçu e São João de Meriti, possuindo um área total de 80 km2.



Passamos ao lado da estação Ferroviária de Belford Roxo, hoje estação terminal desse ramal que, até meados dos anos 1960, pertencia a Estrada de Ferro Rio D'Ouro. 


Dessa estação derivavam-se três ramais, sendo dois com trecho compartilhado até a Vila de cava.

Os Ramais de Jaceruba e de Tinguá, seguiam pelo cominho onde hoje está situada a Estrada Geral, que através de outras vias, segue até o acesso à Estrada Federal de Tinguá, onde havia a bifurcação.

Já o Ramal de Xerém seguia pela Estrada Retiro da Imprensa, onde através da Estrada do farrula alcançava Nova Aurora e seguia em direção à Xerém pela Estrada Rio D'Ouro.

Os Ramais da Estrada de Ferro Rio Douro à partir de Belford Roxo

> Xerém:
O ramal de Xerém foi aberto provavelmente já em 1883, com a linha principal da E. F. Rio D'Ouro. Saía da estação de Belford Roxo e seguia até a localidade de Xerém. Passou a transportar passageiros e fechou sua linha em maio de 1969, quando correu o último trem de passageiros.

> Tinguá
O ramal do Tinguá foi aberto provavelmente já em 1883, com a linha principal da E. F. Rio D'Ouro. Saía da estação de José Bulhões (Cava) e seguia até a localidade de Tinguá. Passou a transportar passageiros e fechou suas linhas em 1964.

> Jaceruba:
O ramal de São Pedro, posteriormente Ramal de Jaceruba, foi aberto provavelmente já em 1883, com a linha principal da E. F. Rio D'Ouro. Saía da estação de Belford Roxo e seguia até a localidade de São Pedro (Jaceruba). Passou a transportar passageiros e fechou sua linha em 1970. Foi a última linha da Rio de Ouro a fechar.


Trem na estação de Belford Roxo em 1955 - Foto: - Acervo Hugo Caramuru

Destes hoje há pouquíssimos resquícios. A estação atual foi inaugurada pelo ministro dos Transportes, General Dirceu Nogueira em 04 de abril de 1978.


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Seguimos até a rodovia RJ-105 no trecho denominado Avenida José Mariano dos Passos e por ela percorremos alguns metros até a Rua Félix da Costa, rua que marca o limite do Centro com o bairro Santo Antônio da Prata, a rua nos leva até a Avenida Carolina Ferreira.

A Avenida Carolina Ferreira tem toda a sua extensão dentro do bairro Areia Branca. a via em si é formada por duas pistas com canteiro divisório, canteiro este que está no lugar antes ocupado pelos trilhos do ramal de Jaceruba. Com a denominação Avenida Carolina Ferreira,a via leva o fluxo no sentido Heliópolis. Já com a denominação de Avenida Augusto Vasco Aranha, leva o fluxo em direção ao Centro.

A estação de Areia Branca, aberta com a linha original em 1883, foi desativada em 1970. De Belford Roxo a Jaceruba a ferrovia foi suprimida e deixou pouquíssimos vestígios.


Estação de Areia Branca em 1962, uma parada simples com cobertura de madeira - Foto: - O Cruzeiro, 30/6/1962
No bairro de Areia Branca, a única coisa que restou foi o leito,que passou a servir como um grande canteiro central entre duas pistas. Em 2009, boa parte desse canteiro/leito estava ocupada por campos de futebol e academias ao ar livre.



Atravessamos o Rio Maxambomba e estamos em Heliópolis, local onde originalmente a linha partia em direção à Olinda, antes de ter sido alongada. Seguimos pela Avenida Tapajós até a Avenida Heliópolis, onde acessamos a Avenida General Müller,que nos leva até Itaipu após atravessarmos a ponte sob o Rio Botas.

O Rio Botas nasce na cidade de Nova Iguaçu no bairro de Adrianopolis, passa pelo bairro de Comendador Soares, mais conhecido como Morro Agudo, deságuando no Rio Iguaçu, no município de Belford Roxo. Seu principal afluente é o Rio Maxambomba.


Rio Botas - Foto: Ana Clara Veloso

Com 20Km de extensão, era um Rio de característica rural, hoje sofre com construções irregulares em vários trechos, principalmente nas áreas mais urbanizadas dificultando os serviços de dragagem. É muito prejudicado pela quantidade de resíduos tais como entulhos, galhadas e lixo domiciliar que constantemente são removidos.

Aqui passamos pela esquina com a Avenida Itaipu, uma das principasi ligações com os bairros de São Francisco de Assis, Nova Aurora e Shangri-lá através da Estrada de Itaipu-Babi, fazendo ligação com a Estrada do Farrula em dois pontos, um no Largo da Baiana e o outro na Praça do Ganha Pouco. 



Ainda em Itaipu, a via recebe outros dois nomes até chegarmos ao trecho chamado Avenida Rio D'Ouro, mesmo nome da antiga ferrovia que passava pelo local e até a Avenida Itapemirim, seguimos margeando o bairro de Shangri-lá.


Em 2013, Revoltados com a péssima situação da Rio Douro, os moradores de Itaipú fizeram um boneco – indicando ser o prefeito Dennis Dauttmam, e o colocaram dentro de uma grande cratera que se formou na avenida.


Boneco à beira de uma cretera na Avenida Rio Douro em Itaipu, Belford Roxo - Foto: Reprodução da internet

As ruas e avenidas de Itaípú, em Belford Roxo estavam intransitáveis devido aos inúmeros buracos nas pistas, causando grande revolta entre os munícipes que começaram protestar contra o prefeito Dennis Dauttmam.


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Chegando ao Trevo da Avenida Itapemirim, nos despedimos de Belford Roxo. Agora estamos entre Boa Esperança e Miguel Couto no município de Nova Iguaçu.




A polêmica bimunicipal 

A Lei estadual 2288/94, incluiu o bairro de Miguel Couto no Município de Belford Roxo. Na ocasião, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro confirmou que a modificação dos limites entre os referidos municípios dependia de prévia consulta à população local.


Agentes da Prefeitura Municipal de Nova Iguaçu ordenam o tráfego em Miguel Couto - Foto: Reproduçaõ da internet

No dia 29 de dezembro de 2009 a Câmara de Vereadores de Belford Roxo aprovou projeto de Rolim que anexa Miguel Couto ao município de Belford Roxo. Miguel Couto, que fica junto à fronteira entre as duas cidades, concentra 18 mil moradores e representa uma receita em torno de R$ 30 milhões por mês, sendo a segunda maior arrecadação de Nova Iguaçu atualmente, atrás somente do centro da cidade.



A em 2010, o então prefeito prefeito de Belford Roxo, Alcides Rolim tentou alterar os limites territoriais com o município de Nova Iguaçu conforme a lei 2288/94, o prefeito de Belford Roxo chegou a ocupar o bairro com equipes de trânsito, de coleta de lixo e de obras, deixando os moradores confusos e apreensivos com a possibilidade de mudar de município.


Para surpresa de Alcides, a decisão foi de encontro a uma determinação do Poder Judiciário de 1995, que ratificou que Miguel Couto pertence ao território do município de Nova Iguaçu. 

Em meio à polêmica, moradores de Miguel Couto recolheram na praça central do bairro mais de 1.500 assinaturas contra a mudança. O abaixo-assinado foi entregue à Alerj.


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Chegando ao centro comercial de Miguel Couto a Avenida Itapemirim passa a se chamar Estrada Velha de Iguaçu, onde então entramos na Rua São Pedro e rapidamente entramos na Rua Profª. Marli Pereira de Carvalho, rua que abriga as linhas de onibus do Terminal Rodoviário de Miguel Couto.



Em 21 de janeiro de 2010 os moradores do bairro abriram o processo de número E-10/130.590/10 anexando um abaixo-assinado com mais de 500 assinaturas. Neste documento os passageiros pedem ao órgão a criação de linhas de ônibus que ligam o bairro à Madureira, Duque de Caxias, Barra da Tijuca e Queimados.



O Terminal de Miguel Couto fazia parte de um projeto de mobilidade urbana da Prefeitura de Nova Iguaçu, que em 2015 deu início à primeira licitação pública da história da cidade para operar todas as naquela época 83 linhas de ônibus responsáveis pelo transporte coletivo de cerca de 4 milhões de passageiros/mês.


Através de concorrência pública, as empresas de ônibus da cidade passariam de permissionárias a concessionárias com utilização de tecnologias de ponta nos coletivos organizando a atuação de cada uma delas por região da cidade.

O Plano de Concessão dos Serviços Públicos de Transporte Coletivo de Nova Iguaçu dividiria a cidade em dois lotes – Norte (1) e Sul (2) -, com cinco novos terminais – Miguel Couto, Santa Rita, Austin, Cabuçu e Praça Santos Dumont, que seriam construídos pelos próprios consórcios.





O Lote 1 engloba bairros localizadas ao lado direito da rede ferroviária, como Cerâmica, Austin, Miguel Couto, Vila de Cava e Tinguá, entre outras regiões, com cerca de 2,3 milhões de passageiros/mês operando em 41 linhas.

Já o Lote 2, que abrange o Centro da cidade e K-11, além de regiões localizadas ao longo do corredor viário da Avenida Abílio Augusto Távora (antiga Estrada de Madureira), como Bairro da Luz, Jardim Alvorada, Valverde, Cabuçu e km 32,

No ano seguinte a cidade de Nova Iguaçu inicia a operação com novos padrões técnicos visuais de sua frota, porém nada conforme o projeto anterior que previa a criação dos terminais.




Através da resolução 001/SEMTMU/2016, foram criados dois consórcios operacionais, o Consórcio Reserva de Tinguá e o Consórcio Serra do Vulcão, assim como o layout padrão a ser adotado pelas empresas operadoras.



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Ao acessar o terminal, é possível ver um espaço aberto e arborizado, que até 2002, abrigava a Estação Miguel Couto do Ramal Jaceruba.


Interrupção do tráfego devido à danos causados pela chuva
O Estado de S. Paulo, 24 de janeiro de 1940
A estação de Miguel Couto, aberta com a linha original em 1883, foi desativada em 1970. Chamou-se também Retiro. O prédio foi demolido em 2002 para se construir uma praça Para a posteridade sobra uma placa colocada num pedestal homenageando a velha estação.




Dados adicionais:

A linha faz parada atás da linha 705I Edson Passos x Miguel Couto e na frente da linha 490B Central x Miguel Couto.

A linha é oriunda da Transportadora São Jorge, que explorava como Heliópolis x Olinda.
A Transportadora São Jorge, que não tem nada a ver com a Expresso São Jorge, foi vendida para a Rio Lisboa, essa última teve a linha adquirida pela Auto Viação Vera Cruz.


Sob administração da A.V. Vera Cruz, a linha teve seu intinerário alterado por duas vezes, sendo levada para a Grama e em seguida encurtada até Miguel Couto, itinerário operado atualmente.




Data de 1959 o surgimento da Vera Cruz, então com sede a Rua Valério Vilas Boas, em São João de Meriti, sob a direção dos irmãos Thurler de Mendonça, vindos de Natividade para entrarem no sistema de transporte por ônibus na Região Metropolitana, primeiramente com a Empresa de Transportes Municipal Ltda.


Transportes Municipal - Registro DETRO-RJ 130

A empresa foi inaugurada em seu primeiro terminal, ao lado da estação ferroviária, no centro de São João de Meriti, cujos trens seguiam em direção ao distrito de São Mateus. Seus ônibus tinham a pintura dividida horizontalmente entre o vermelho e o creme. Nos primórdios fazia a linha São João – BNH, passando pelo centro de Belford Roxo.


Com a aquisição de uma linha com apenas dois veículos de Belford Roxo para Shangri-lá surgiu a possibilidade de traçar estratégia para prolongamentos e conexões de linhas, criando a necessidade de transferir a garagem para o Farrula, ainda com os donos primitivos.



O Grupo atual, está a frente da Empresa desde 1991, depois de a mesma ter passado pela administração de Manuel Gonçalves e mais a frente do Grupo JAL.



Em Nilópolis, linha teve seu ponto final alterado por inúmeras vezes. Do seu ponto de origem na Praça Manuel Joaquim Casimiro, a linha muda seu ponto de endereço devido ao Decreto Nº 4.077 de 2016 que determinava a inversão de sentido da Rua Pedro Roque
A Prefeitura então  extinguiu o ponto final da linha 707, que ficava junto a Praça Joaquim Casemiro, na divisa com o bairro de Anchieta.



Sem ter onde parar, a empresa chegou a levar o ponto final para a Estrada Marechal Alencastro, em Anchieta, porém, pouco tempo depois, a empresa passou a fazer a parada na baia da Rua Getúlio de Moura, em frente ao Calçadão de Olinda.


Foto: Reprodução da internet
A parada no ponto de ônibus da Avenida Getúlio de Moura, causou muito transtorno na mobilidade local devido aos ônibus da linha 478B da mesma empresa que paravam em fila dupla para fiscalização.


No ano seguinte, a Prefeitura de Nilópolis, por meio da Secretaria Municipal de Transporte, revogou o Decreto Nº 4.077.

O decreto foi alvo de inúmeras críticas, já que a empresa Vera Cruz, foi obrigada a colocar o ponto final na Avenida Getúlio de Moura, em frente ao Calçadão do bairro, o que atrapalhava consideravelmente o trânsito.

Com a revogação, o ponto final da linha 707 já está de volta à Praça Joaquim Manoel Casemiro e a Rua Pedro Roque voltou a ter mão-de-direção no sentido da Av. Getúlio Vargas para a Av. Getúlio de Moura.




Apenas as linhas 02 Cabral x Paiol, 06 Maria Braga x Cabral, 001 Mirandela x Cabral e 428 Cabral x Comendador Soares, continuaram a seguir pela Rua João Rodrigues da Cunha até a Rua Getúlio de Moura.




Em 2017 a Auto Viação Vera Cruz renovou a frota da linha passando a oferecer mais conforto para os seus clientes em Nilópolis. Após climatizar toda a frota da linha 478 Mesquita x Central, chegou a vez da linha 707 Miguel Couto x Olinda receber veículos dotados com sistema de refrigeração.



A Auto Viação Vera Cruz tem sua sede no município de Belford Roxo opera no município de Nilópolis as linhas 707I e 478B.



Vale lembrar, que a linha 478 era operada até 2014 pela empresa Turismo Trans1000, que foi impedida de operar linhas intermunicipais por força de portaria expedida pelo DETRO, após inúmeras reclamações dos usuários.






Referências Bibliográficas

Verminosos por Futebol, A Noite, o Cruzeiro, Cia de Ônibus, Vermelho, Ônibus Brasil, Notícias de Belford Ros, Diário de Notícias, Busologia por Pablo Melo, Jornal O Globo, Associação Nacional de Transportes Públicos, HI-7.Co, Estações Ferroviárias, O Estado de São Paulo, Nilópolis Online, Busologia do RJ, Prefeitura Municipal de Mesquita, Globo Comunicação e Participações S.A,
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